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sábado, 8 de janeiro de 2022

Gripe H3N2: o que é, sintomas, tratamentos e tem cura?


O que é Gripe H3N2?

O H3N2 trata-se de um subtipo do vírus influenza A, que pode ser classificado de acordo com suas características em diferentes hemaglutininas (H) e neuraminidases (N) – H1N1, H3N2, H7N1 e outros. (1)

 

O influenza A é um vírus causador da gripe influenza. Os vírus da gripe, basicamente, possuem os tipos A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações, sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior mortalidade que o tipo C. (5)

 

No entanto, as epidemias e pandemias estão mais associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não possui nenhuma importância clínica e epidemiológica. Atualmente circulam no Brasil são os vírus do influenza A/H1N1pdm09, A/H3N2 e influenza B. (4)

 

Existem diferenças entre H3N2, H2N3 e o H1N1?

Não há grandes diferenças no que diz respeito a que doenças causam, como se prevenir e como tratar. A diferença entre os três subtipos de vírus está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície.

Eles são cepas diferentes do mesmo vírus, com características semelhantes. Recentemente, o Ministério da Saúde revelou que vírus H2N3 não existe no Brasil.

Em 2018, até 07 de abril, foram registrados 286 casos de influenza em todo o país, com 41 óbitos. Do total, 71 casos e 12 óbitos foram por A/H3N2. Em relação ao vírus A/H1N1pdm09, foram registrados 116 casos e 16 óbitos. Ainda foram registrados 52 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 46 casos e 7 óbitos por influenza A não subtipado. (2,4)

 

Causas

O H3N2 é um vírus que causa gripe. Sua transmissão é igual a transmissão dos vírus da gripe, ocorrendo através de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, após a pessoa contaminada tossir, espirrar ou até falar.

Seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto dia, os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios aumentam, aparecendo com frequência uma tosse seca. (3,4)

 

Fatores de risco

A gripe H3N2, como qualquer gripe, pode afetar pessoas de todas as idades. Porém alguns indivíduos têm maior chance de desenvolver formas graves da doença: (1,4)

Idosos

Crianças

Gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz

Portadores de doenças crônica e imunocomprometidos

Pessoas com obesidade.

Permanecer em locais fechados e com um aglomerado de pessoas, levar as mãos à boca ou ao nariz sem lavá-las antes e permanecer em contato próximo com uma pessoa doente são os principais fatores que podem aumentar os riscos de uma pessoa vir a desenvolver gripe H3N2.

 

Sintomas de Gripe H3N2

Os sintomas são bem parecidos com os da gripe comum: (2)

Febre alta, em geral acima de 38ºC

Tosse seca

Dor de garganta

Falta de ar

Dores musculares

Fraqueza

Dor de cabeça

Náuseas e vômitos

Diarreia

Congestão nasal e espirros.

Buscando ajuda médica

É importante buscar ajuda médica se os sintomas forem muito intensos nas primeiras 48 horas, se a pessoa apresentar dispnéia (falta de ar) e se os sintomas persistirem por mais de sete dias. (2)

 

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar a gripe H3N2 são:

Clínico geral

Infectologista

Pneumologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram

Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade

Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 

Quais são seus sintomas?

Quando seus sintomas surgiram?

Você manteve contato próximo com alguém que estava doente?

Você esteve recentemente em locais fechados ou com aglomerados de pessoas?

Você sente falta de ar? Com que frequência?

Você tomou vacina para gripe?

 

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para gripe H3N2, algumas perguntas básicas incluem:

 

Qual é a causa mais provável da minha gripe?

Quais os tratamentos para H3N2?

Quanto tempo fico contagioso depois de iniciar o tratamento?

Existe uma alternativa genérica ao medicamento que você me prescreve?

Preciso voltar para uma visita de acompanhamento?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

 

Diagnóstico de Gripe H3N2

O diagnóstico é feito por um médico, baseado nos sinais clínicos do paciente e com uma amostra da secreção da nasofaringe, que deve ser colhida preferencialmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas. (2)

 

Tratamento de Gripe H3N2

O principal tratamento para qualquer cepa do vírus influenza é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), que somente deve ser usado com prescrição médica.

Como em toda gripe, os tratamentos são sintomáticos, com antitérmicos, analgésicos, expectorantes, que controlam os sintomas da doença, como febre e dores. Os antivirais só devem ser utilizados sob prescrição médica, para casos específicos.

Além disso, é indicado que o paciente permaneça em repouso, consuma bastante líquido e tenha uma dieta equilibrada. (1,2,3)

 

Medicamentos para Gripe H3N2

Os medicamentos mais usados para o tratamento de gripe são:

Acetilcisteína

Aspirina 500mg

Advil

Alivium

Apracur

Benegrip

Bisolvon

Bromexina

Clobutinol + Succinato de Doxilamina

Carbocisteína

Cimegripe 77C

Cimegripe Dia

Coristina D

Flanax 550mg

Fluitoss

Ibupril (cápsula)

Ibupril (gotas)

Ibupril 400mg

Ibuprofeno

Leucogen

Multigrip

Naldecon Dia

Naldecon Noite

Paracetamol

Tamiflu

Trimedal

Tylenol sinus.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 

Gripe H3N2 tem cura?

Geralmente o prognóstico é bom, mas em alguns casos dependendo da gravidade, a gripe H3N2 pode levar a óbito. Contudo, quando o paciente segue o tratamento indicado pelo médico tem uma completa resolução do quadro.

 

Complicações possíveis

A principal complicação decorrente de gripe H3N2 consiste em crises de insuficiência respiratória, que podem levar o paciente a óbito se não forem tratadas imediatamente e em caráter de urgência. (1,2,3)

 

Além disso, existem outras complicações como:

Pneumonia

Desidratação

Outras infecções já que as defesas do organismo estão baixas pela infecção viral.

Convivendo/ Prognóstico

O paciente deve repousar e ficar em casa, isso ajuda na recuperação e evita transmitir o vírus aos amigos e familiares. Beber bastante água e uma boa alimentação também são necessários para uma melhor recuperação. É importante que o paciente não passe muito tempo deitado, para que possa haver uma melhor ventilação pelos pulmões. (2,3)

 

Prevenção

A vacina da gripe é a melhor maneira de evitar a gripe e suas complicações. Todos os anos, é necessário receber uma nova dose, já que a sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar. A vacina da gripe previne aproximadamente 70-90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias, como o resfriado. (2)

Além disso, algumas medidas simples ajudam a manter a gripe longe, como:

Seguir hábitos de vida saudáveis: ter uma boa alimentação ajuda a manter o sistema imune em pleno funcionamento. Para os bebês a amamentação é prioridade

Beber bastante água: quando o tempo esfria um pouco tendemos a diminuir a quantidade de água ingerida, isso prejudica nosso organismo

Lavar sempre as mãos: higienizar as mãos com água e sabão, várias vezes ao dia, é uma medida simples e muito eficaz, o uso do álcool gel também é bem vindo

Cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar: Esses simples hábito de cobrir com as mãos ou o braço ao tossir ou espirrar contribui para que o vírus não se espalhe com facilidade. É usar sempre que possível um lenço de papel descartável e lavar as mãos em seguida

Evitar circular em locais com muitas pessoas: Em locais cheios a proliferação dos vírus acaba sendo maior, já que pode haver alguém infectado

Abra as janelas: Quando o frio chega é comum fecharmos as janelas de casa e do trabalho. Contudo, é preciso manter os ambientes bem arejados, para que o vírus não permaneça em um único ambiente facilitando a transmissão.

 

Vacinação

A vacina da gripe está disponível na rede pública para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais de saúde, mulheres que tiveram filhos a menos de 45 dias, crianças de 6 meses a 4 anos de idade, pessoas com doenças crônicas e indígenas. (4)

As vacinas são trivalentes, ou seja, imuniza contra três tipos de vírus diferentes. A composição da vacina é recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Dessa forma, a cada ano a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da gripe naquela época.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2018 começou no dia 23 de abril. A meta do governo é imunizar 54 milhões de pessoas, que fazem parte do grupo prioritário, até o dia 1º de julho.

 

Referências

(1) Renato Kfouri, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana

(2) Andréa Kasmim, clínica geral e pediatra

(3) Marcelo Mendonça, infectologista do Hospital Santa Paula

(4) Ministério da Saúde. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/influenza

(5) Sociedade Brasileira de Infectologia. Disponível em: https://www.infectologia.org.br/pg/971/influenza

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gripe-h3n2?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9494445 - Especialista consultado Leonardo Peixoto


Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

1 Coríntios 15:57


quarta-feira, 5 de junho de 2019

Gripe: quais são as complicações mais perigosas?


Entenda por que o vírus influenza pode provocar estragos, independente de ele ser H1N1, H3N2 ou tipo B

Estamos na época de aumento dos casos de gripe, e a campanha de vacinação contra a doença ainda não atingiu sua cobertura desejada. Até o dia 27 de maio, 71,6% do público-alvo tinha recebido a dose – a meta é imunizar 90% até 31 de maio, quando termina a mobilização. Idosos, crianças, gestantes e portadores de doenças autoimunes e crônicas fazem parte da turma que não pode deixar de tomar a vacina.

Isso porque, apesar de a gripe geralmente ser uma condição passageira, sem grandes repercussões, em alguns casos ela pode causar complicações importantes. Pessoas com o sistema imunológico comprometido – seja pelo uso de remédios, pela condição de saúde ou pela própria idade – estão mais sujeitas a encrencas.

A principal ameaça é para o pulmão. “Existe o risco de o vírus provocar uma inflamação no órgão, que dificulta seu funcionamento e abre caminho para uma bactéria oportunista”, explica Helio Magarinos Torres Filho, patologista e diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, no Rio de Janeiro.

Esse quadro pode culminar em uma pneumonia ou insuficiência respiratória aguda, condição capaz de levar à morte. “Fora que, quando o pulmão tem dificuldade de enviar oxigênio para os órgãos, todo o corpo é afetado”, acrescenta Torres Filho.


Qual vírus faz mais estrago?
Toda vez que um novo vírus começa a circular, tende a ser mais perigoso, já que o sistema imune da população não o conhece. No caso do influenza, que possui diversos subtipos e vive sofrendo mutações, isso ocorre com certa frequência.

Lembra do H1N1, que assustou na década passada? Ele continua causando problemas, mas muitas pessoas já têm imunidade contra ele. “Agora, o H3N2, que é mais novo, pode se mostrar mais danoso, porque nem todo mundo se vacinou contra ele nos últimos anos”, destaca o patologista.

Vale ressaltar que, independente do subtipo, a evolução dos quadros de gripe é bem parecida. “O risco de complicações depende muito mais do hospedeiro do que do vírus”, reforça Heloísa Giamberardino, pediatra e coordenadora do Centro de Vacinas do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba (PR).

Uso de remédios é fator que merece atenção
Em geral, toda a condição que exige medicamentos constantes pode afetar a forma do organismo reagir a uma ameaça. Portadores de transtornos autoimunes – artrite reumatoide, lúpus, doença de Chron, etc. –, por exemplo, têm que tomar drogas que suprimem o sistema imune. Eles controlam as substâncias inflamatórias que atacam o organismo, mas também diminuem as defesas contra ameaças, como o vírus da gripe.

O mesmo vale para quem vive com males crônicos, como hipertensão e diabetes. Ainda que os fármacos não atuem diretamente sobre o sistema imunológico, a própria condição de saúde debilita o organismo. Assim, a gripe poderia enfraquecer ainda mais um órgão já prejudicado.

Para ter ideia, para os idosos e portadores de doenças cardíacas, um dos riscos de uma gripe mais agressiva é o infarto, porque o estado provocado pela infecção sobrecarrega o coração.

Vacinar é a melhor forma de prevenção
E ela precisa ser reaplicada anualmente, pois inclui os subtipos que provavelmente circularão mais naquele ano. Fora que a imunidade promovida pela vacina tem duração limitada. A dose é segura, não provoca gripe e garante uma boa taxa de proteção. Se mesmo assim a pessoa ficar gripada, a probabilidade de a doença evoluir mal diminui consideravelmente.

Além de recorrer à vacina, dá para minimizar o risco de adoecer com medidas de prevenção básicas, como lavar as mãos constantemente, usar álcool em gel, evitar locais fechados e aglomerações, manter uma dieta saudável (rica em frutas e legumes) e se exercitar com frequência.

Para aqueles que estão no grupo de risco de complicações, uma alternativa para garantir segurança extra pode ser a imunização de quem está próximo, como familiares e cuidadores. Ela está prevista pelo Ministério da Saúde e deve ser prescrita por um médico.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/gripe-quais-sao-as-complicacoes-mais-perigosas/ - Por Chloé Pinheiro - Foto: Omar Paixão/SAÚDE é Vital

sábado, 23 de abril de 2016

H1N1: conheça os verdadeiros riscos e saiba como se prevenir

H1N1 apresenta sintomas mais intensos que a gripe comum e pode ser prevenida

A lavagem das mãos e o cuidado de cobrir a boca e o nariz quando tossir ou espirrar são medidas fundamentais de prevenção

As epidemias de zika e dengue têm tirado o sono de boa parte da população, mas elas não são as únicas. Outra doença vem ganhando destaque nos noticiários: a gripe influenza H1N1.

O surto da doença tem, inclusive, intrigado os médicos. Isto porque, a gripe influenza é sazonal (própria de uma estação) e acontece normalmente nos meses mais frios, de outono e inverno. Porém, as pessoas começaram a ser infectadas mais cedo, em dias quentes do verão, e não existe ainda explicação para esse fenômeno.

O H1N1 é uma variação da gripe comum. Vale destacar que o vírus da gripe é muito suscetível a sofrer mutações e, assim, ao longo dos anos, o ser humano pode adquirir essas “variações” da gripe. Como no caso do H1N1 que, estima-se, surgiu em 2009, com sua transmissão primeiramente em suínos, o que popularizou a doença como “gripe suína”.

Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz Morumbi, destaca que a gripe H1N1 é transmitida de pessoa para pessoa através de tosse ou espirro. E algumas pessoas podem se infectar entrando em contato com objetos contaminados, acrescenta a infectologista.

“O vírus da influenza pode afetar qualquer pessoa. Mas os grupos que possuem maiores riscos são os idosos, gestantes e crianças novas”, destaca Raquel.

Sintomas da gripe H1N1
Os sintomas são basicamente os mesmos de uma gripe comum, porém, costumam ser mais intensos. Desta forma, na gripe H1N1 podem/costumam ser observados:
Tosse;
Febre alta;
Dor de garganta;
Dor de cabeça intensa;
Dor no corpo;
Calafrios;
Cansaço/Fraqueza;
Diarreia;
Vômito;
Secreção nasal;
Falta de ar;
Dores no peito;
Tontura;
Confusão mental;
Desidratação.
“Em crianças, o batimento de asa do nariz, que mostra uma dificuldade respiratória, e a recusa em ingerir líquido podem aparecer”, acrescenta a infectologista Raquel.
“Ao iniciar a febre e o desconforto respiratório, o médico deve ser procurado, lembrando que, quanto mais breve, melhor a elucidação do diagnóstico”, destaca Raquel.

H1N1 X gripe comum X dengue X zika
Raquel explica que a gripe comum inicia-se repentinamente, caracterizada por calafrios, febre, dor de garganta, dores musculares e de cabeça, tosse, espirro, irritação nos olhos, congestão nasal e fadiga. Porém, nem sempre se desenvolvem todos os sintomas.
No caso de H1N1, os sintomas são praticamente os mesmos da gripe comum, porém, costumam ser mais intensos.
Para entender por que o H1N1 é mais agressivo do que a gripe comum, basta saber que, quando o vírus da gripe sofre mutações, ele mantém algumas proteínas que formam a sua estrutura. Se a pessoa já tem imunidade para o vírus anterior, está mais preparada para combater a nova variação. Porém, alguns tipos epidêmicos se rearranjam em proteínas que as pessoas não têm resistência, tornando algumas mutações mais desconhecidas ao sistema imunológico, como é o caso do H1N1.
Em relação à dengue, a infectologista destaca que os sintomas da doença e da gripe H1N1 são parecidos. Mas, no caso da dengue, não há coriza, tosse, nem dor de garganta.
“No caso da zika, pode haver a presença de coceira de pele, conjuntivite, aumento dos gânglios. Já a gripe H1N1 apresenta dor de cabeça intensa, calafrios, tosse e secreção nasal”, diz a médica.

Tratamento para H1N1
Raquel explica que o tratamento é focado em aliviar os sintomas e evitar a desidratação. “Inclui também o uso de medicamentos específicos para combater o vírus desta doença, como o Tamiflu. Tais medicamentos devem ser tomados de 24 a 72 horas após o início dos sintomas”, diz.
A infectologista explica que atualmente existem duas vacinas disponíveis: a trivalente e a tetravalente. “Na trivalente, há prevenção para A (H1N1), A (H3N2), Influenza B do subtipo Brisbane. Na quadrivalente, a prevenção é para A (H1N1); A (H3N2); e para 2 vírus Influenza B (os subtipos Brisbane e Phuket)”, diz.
Raquel reforça que a proteção contra o H1N1 está contida nas duas. “As vacinas estão indicadas para todas as pessoas, menos para bebês com menos de 6 meses. Mas, dependendo do fabricante da vacina, a indicação para crianças é modificada”, explica.
A infectologista destaca que, caso a gripe H1N1 não seja tratada, a evolução pode incluir formas graves da doença, com pneumonia e falência respiratória, podendo levar à morte. “O H1N1 pode causar também uma piora de doenças crônicas já existentes”, alerta.
Abaixo você confere um quadro comparativo entre a gripe H1N1, a gripe comum e a dengue, em relação aos sintomas que mais costumam causar dúvidas.


Como prevenir a gripe H1N1
Fernando Gatti de Menezes, infectologista do Hospital Albert Einstein, explica que para evitar a transmissão de vírus respiratórios, principalmente o vírus Influenza, as pessoas devem se atentar às seguintes medidas:
Fazer a adequada higiene das mãos. Podendo ser feita com água e sabão (durante 40 a 60 segundos) ou com uso de produto alcoólico (gel alcoólico ou álcool gel), por 20 a 30 segundos. Isso deve ser feito sempre após contato com superfícies ou após o cumprimento entre pessoas. É prática fundamental para evitar a disseminação de vírus.
Evitar aglomerações em épocas de surto de influenza.
Evitar contato com pessoas que apresentem sintomas respiratórios.
Evitar ao máximo o compartilhamento de utensílios domésticos, como copos, pratos e talheres com pessoas com sintomas respiratórios.
Ao tossir ou espirrar, lembrar-se de cobrir a região da boca e nariz com lenço de papel descartável, tendo como prática, em seguida, a higienização das mãos.
Lembrar-se da importância da hidratação, para reduzir os efeitos da baixa umidade relativa do ar nos meses de outono e inverno (período de maior circulação do vírus influenza).
Ter uma boa alimentação, não pulando refeições e seguindo uma nutrição balanceada com verduras, legumes, carnes e carboidratos.
Dormir bem.
Praticar atividades físicas.
Controlar o estresse.
Tentar não tocar superfícies que podem estar contaminadas com o vírus da gripe (como lugares em que várias pessoas tocam ao longo do dia). Ou, lavar as mãos logo em seguida.
Orientações específicas para pessoas que apresentam sintomas da gripe, de acordo com o Ministério da Saúde, são:
Se tiver o quadro gripal, evitar visitar pacientes nos hospitais pelo risco de transmissão.
Seguir sempre as orientações passadas por seu médico caso já esteja com o quadro gripal.
Evitar sair de casa no período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas).
Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados.
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Procurar o serviço de saúde imediatamente caso apresente: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vômito persistente, convulsão.
Lembre-se sempre que a prevenção é a melhor arma contra qualquer doença, e não é diferente no caso da gripe H1N1, que tem preocupado tanta gente. Adote o hábito de higienizar as mãos e também a “etiqueta da tosse”: usar o antebraço, tecido ou papel quando ocorrer tosse ou espirro, evitando assim a contaminação de outras pessoas. Além disso, mantenha-se saudável, adotando a prática de exercícios, alimentação balanceada e ingestão de bastantes líquidos.


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Diferença entre o H1N1 e a gripe comum

Fique por dentro sobre a diferença entre o H1N1 e a gripe comum, segundo explicação de um especialista

Os sintomas são semelhantes, mas segundo Renato Ferneda de Souza, infectologista hospitalar, não há muita diferença entre o H1N1 e a gripe comum. “É importante ficar atento. Ao observar que após três dias os sintomas estão mais intensos:febre constante, tosse e falta de ar, procure a orientação de um especialista, pois tais sintomas podem ser considerados da Gripe H1N1”, conclui.


Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/diferenca-entre-o-h1n1-e-a-gripe-comum/6120/ - *Por Kelly Miyazzato | Foto Shutterstock | Agradecimentos ao Renato Ferneda de Souza, infectologista hospitalar e à Doctoralia.