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terça-feira, 23 de abril de 2024

Veja as diferenças entre tontura e labirintite


Médica explica os sintomas que acompanham essas condições e como tratá-las

 

Ao falar sobre tontura, é comum que muitas pessoas automaticamente façam a ligação com “labirintite”. No entanto, essa conexão nem sempre é precisa e pode ser equivocada. É importante compreender as diferenças entre essas duas condições para um diagnóstico correto e um tratamento adequado.

 

“A tontura é realmente um dos sintomas da labirintite e de diversas outras doenças. E é muito comum que as pessoas cheguem ao consultório já certas do seu diagnóstico, mas são poucos os casos em que essa suspeita se confirma. A labirintite, na verdade, é um quadro raro e o mais provável é que a tontura ou vertigem esteja relacionado a outras condições”, explica a otoneurologista Dra. Nathália Prudencio, otorrinolaringologista especialista em tontura e zumbido.

 

O que é a labirintite?

Segundo a Dra. Nathália Prudencio, a labirintite é uma condição caracterizada por uma inflamação ou infecção do labirinto, localizado na orelha interna. E como o labirinto é responsável pela audição e pelo equilíbrio, a tontura pode surgir.

“Geralmente, a labirintite é consequência de uma infecção na orelha média, de uma meningite ou até de uma infecção de vias aéreas superiores. Porém, hoje temos tratamentos muito eficazes para essas infecções que podem ser administrados precocemente, resolvendo o problema em alguns dias. Então dificilmente essa infecção evoluirá e acometerá o labirinto. Por isso, o diagnóstico de labirintite é raro, são poucos os casos que evoluem a esse ponto”, diz a otoneurologista.

 

O que são tontura e vertigem?

A médica afirma que o mais provável é que quadros de tontura e vertigem estejam relacionados a outras doenças do ouvido interno, como a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB). “As doenças do ouvido interno figuram entre as principais causas de tontura e, entre elas, a VPPB é a mais comum. Popularmente conhecida como tontura dos cristais ou labirintite dos cristais, apesar de não terem relação, essa doença causa vertigens frequentes que surgem quando o paciente faz movimentos com a cabeça, por exemplo, ao se levantar e ao se deitar na cama”, explica.

Segundo ela, a condição recebe esse nome, tontura dos cristais, “pois ocorre quando os otólitos, pequenos cristais envolvidos no equilíbrio e localizados no labirinto, se desprendem, geralmente, de forma espontânea, gerando esse quadro de vertigem que dura alguns segundos com a movimentação da cabeça”, explica a especialista.

 

Tontura de maneira isolada

O surgimento de tontura de maneira isolada, sem qualquer outro sintoma associado, já é um bom indício de que o problema não se resume à labirintite. “A ausência de sintomas auditivos é um sinal importante de que a origem da tontura não é uma labirintite. Apesar de a tontura ser o sintoma mais comum, a labirintite também vem acompanhada de alterações como náuseas e vômitos, vertigem, suor, zumbido no ouvido, perda de audição ou nistagmo, que são pequenos movimentos involuntários dos olhos”, destaca a médica.

Mas vale lembrar que, mesmo que não esteja associada a sintomas auditivos, a tontura nunca deve ser ignorada. “Preste atenção nos diferentes aspectos da tontura. Ela é breve ou prolongada? Trata-se de um caso isolado ou as crises surgem com frequência? Tem algum sintoma associado? Há algum gatilho?”, pontua a Dra. Nathália Prudencio.

A otoneurologista afirma que uma tontura única e isolada, que não dura mais de um minuto e não é acompanhada de outros sintomas, não é motivo de preocupação. “Muitas pessoas podem sofrer com episódios isolados de tontura devido a fatores como jejum, dias muito quentes, falta de hidratação e excesso de esforço físico”, diz a especialista. Porém, se essa tontura é persistente ou recorrente, é importante investigar.

 

Tontura com frequência

Conforme a médica, sentir tontura frequentemente nunca é normal. “É um sintoma que pode prejudicar seriamente a qualidade de vida do paciente, aumentando o risco de quedas e criando dificuldades no dia a dia. Por exemplo, algumas pessoas sentem tontura simplesmente ao levantar da cama, o que pode ser uma tontura ortostática causada por uma queda repentina da pressão arterial ao mudar de posição”, explica.

Além disso, a Dra. Nathália Prudencio explica que a tontura também pode ocorrer em outros momentos. “Outras pessoas podem sentir vertigem, além de enjoo e dores de cabeça, durante viagens, o que chamamos de cinetose.  Então, devemos sempre buscar a causa dessa tontura, que pode envolver, além de problemas no ouvido, doenças neurológicas e cardíacas, alterações sistêmicas, efeitos colaterais de medicações, entre diversos outros fatores”, alerta a médica.

 

Diagnóstico da tontura e da labirintite

Buscar um médico otoneurologista é indispensável para identificar a real causa da tontura, o que é um grande desafio, visto que não existem exames específicos. No geral, o diagnóstico é dado a partir dos relatos do paciente e, dependendo do caso, alguns exames podem ser solicitados, mas não são sempre necessários.

“No caso da labirintite, por exemplo, precisamos verificar se houve uma infecção prévia, se existe algum sintoma associado à tontura, como essa tontura se apresenta e se há alterações na audição, o que é feito através da audiometria”, detalha a Dra. Nathália Prudencio. Após uma avaliação, o médico poderá confirmar se realmente se trata de labirintite e recomendar o tratamento mais adequado.

“A labirintite se resolve com o tratamento correto, porém pode deixar algumas sequelas. Como a doença está ligada a uma infecção, o tratamento geralmente envolve repouso, alimentação balanceada, hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas, além de antibióticos caso trate-se de uma infecção bacteriana. Mas você não deve assumir o diagnóstico de labirintite e se automedicar, pois essa pode não ser a causa da tontura, exigindo um tratamento completamente diferente. Então procure um otoneurologista”, recomenda.

 

Outros tipos de tontura e seus sintomas

Abaixo, a médica explica sobre outros tipos de tontura comuns:

 

1. Tontura neurológica ou de origem central

Nesse caso, há alterações no sistema nervoso central (cérebro) que indicam doenças ou disfunções neurológicas. “Este tipo de tontura é caracterizado por desequilíbrios e instabilidades, que geralmente são contínuas e pioram ao se movimentar. Entre as possíveis causas, temos: traumas na cabeça; doença vascular; tumores; AVC (Acidente Vascular Cerebral); e esclerose múltipla. Como falamos de causas de fundo neurológico, também são esperados sintomas típicos de quadros desse tipo, como alterações na visão e na fala, bem como dificuldade de movimentar membros ou segurar objetos”, explica.

 

2. Tontura hemodinâmica

Alterações vasculares ou cardíacas que comprometem a irrigação sanguínea do cérebro também podem estar envolvidas no desenvolvimento do sintoma de tontura. “Geralmente é acompanhada de fraqueza, escurecimento da visão e sensação de desmaio iminente. Quando ocorre de forma breve, após realizar movimentos bruscos, se levantar após um tempo deitado, ou em atividades físicas vigorosas, geralmente se deve a uma queda de pressão (tontura ortostática)”, diz a médica.

Algumas pessoas experimentam esse tipo de tontura no treino de pernas na academia, em virtude de os músculos da perna requererem um maior fluxo sanguíneo enquanto são estimulados, o que diminui a circulação sanguínea na cabeça.

“Também pode se apresentar como efeito colateral de medicamentos ou desidratação. Episódios frequentes ou que envolvem desmaios, porém, merecem investigação, pois podem indicar problemas de saúde importantes, como arritmias; insuficiência cardíaca; disautonomias ligadas a doenças como o diabetes”, destaca a Dra. Nathália Prudencio.

 

3. Tontura de ordem emocional (ou psicológica)

Também não é incomum a tontura associada a fatores emocionais ou psicológicos. “Alterações neuroquímicas observadas em pacientes com algum tipo de transtorno de humor podem gerar sensações de tontura associadas à ansiedade, por exemplo. É importante observar se os episódios surgem em momentos de maior sensibilidade ou estresse, e se vêm associados a tremores, palpitações, aperto no peito, nó na garganta e sudorese excessiva, que podem sinalizar crises de pânico. Vale analisar também se há algum gatilho aparente para as crises, como um determinado tipo de ambiente ou situação social”, diz a médica.

Além disso, conforme a Dra. Nathália Prudencio, é preciso ter cautela, porém, ao correlacionar a tontura às emoções. “Na maior parte dos casos, alterações psicológicas ou psiquiátricas funcionam como gatilhos ou surgem em consequência da experiência do paciente ao sofrer com os sintomas e limitações impostas pela tontura”, completa.

 

4. Tontura causada por padrão alimentar

A médica também enfatiza que há interações entre o padrão alimentar e a tontura. “Deficiências de vitaminas do complexo B podem ser causa de tontura, uma anemia por deficiência de ferro pode causar fraqueza e o paciente referir esse sintoma como uma certa tontura, por exemplo. É importante destacar que jejuns prolongados, consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar refinado, esquecer de beber água, abusar de substâncias estimulantes como o café também podem piorar a tontura”, diz a Dra. Nathália Prudencio.

 

5. Tontura em viagens

Existe um quadro conhecido como cinetose, quando há uma sensação de enjoo, vômitos, dores de cabeça e até tonturas com a movimentação passiva e ocorre geralmente em viagens de carro, de navio e, em menor frequência, de avião.

“Nesse caso, o nosso sistema do equilíbrio funciona de forma integrada recebendo, em conjunto e a todo momento, informações do nosso labirinto, da nossa visão e propriocepção. Quando essas informações convergem para o nosso cérebro de forma diferente (ou seja, informando de forma conflituosa se estamos parados ou em movimento), os sintomas da cinetose aparecem”, explica a médica.

 

Tratamento para a tontura

Para o diagnóstico da tontura, a história contada pelo paciente no consultório é o mais importante. “Como diversas disfunções e doenças podem trazer a tontura como sintoma , para cada causa existem recursos e procedimentos específicos, além de indicações personalizadas para o paciente. Podemos prescrever medicações para tratar a doença de base, corrigir deficiências nutricionais, dar orientações quanto ao consumo de alimentos e bebidas. Mas o mais importante é buscar ajuda de um otoneurologista para diagnosticar corretamente”, finaliza a médica.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-04-22/veja-as-diferencas-entre-tontura-e-labirintite.html - Por Maria Claudia Amoroso - Imagem: Mary Long | Shutterstock)


Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.

Colossenses 3:15


quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Colesterol: entenda quando ele se torna um problema


Cardiologista explica a diferença entre o colesterol bom e ruim e dá dicas para controlar os níveis de gordura no sangue

 

O colesterol é tido muitas vezes como um inimigo, mas na verdade ele é fundamental para o funcionamento do organismo. Encontrado exclusivamente em alimentos de origem animal, ele é matéria-prima dos hormônios esteróides, dos ácidos biliares e da vitamina D.

 

Além disso, essa gordura é essencial para as células e enzimas do corpo. No entanto, altos níveis de colesterol no sangue podem apresentar riscos à saúde, sobretudo o aumento de problemas cardiovasculares, como infarto ou AVC.

 

Conforme o Dr. Fernando Barreto, cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde, existem dois tipos de colesterol: o HDL e o LDL. “Ambos são lipoproteínas carregadoras de gordura e existem para permitir que o colesterol se desloque através do nosso plasma sanguíneo, pois são hidrossolúveis”, esclarece.

 

O médico explica a principal diferença entre os dois:

HDL (lipoproteínas de alta densidade): conhecido como ‘colesterol bom’, carrega o excesso de gordura do sangue em direção ao fígado para ser metabolizado;

LDL (lipoproteínas de baixa densidade): é o ‘colesterol ruim’; leva o excesso de gordura para ser depositada nas paredes dos vasos sanguíneos, o que poderá causar a obstrução desses vasos e outros problemas sérios, como o infarto agudo do miocárdio.

 

Como controlar o colesterol

O cardiologista aponta que a atividade física regular é fundamental para o controle adequado dos níveis de gordura no sangue. De acordo com o médico, a melhor atividade física é aquela que dá maior prazer ao praticá-la. “Nem que seja por poucos minutos e poucos dias. Uma simples caminhada, por 1 hora, 3 vezes por semana, já terá efeito cardioprotetor considerável”, completa.

 

Ser mais seletivo na hora de escolher os alimentos também é uma maneira de controlar os níveis de colesterol. A gordura saturada e a gordura trans presentes em embutidos, bebidas alcoólicas, alguns alimentos industrializados e/ou contendo açúcares, aumentam o LDL, como destaca o Dr. Fernando.

 

“Por outro lado, as gorduras vegetais, como o azeite extravirgem, frutas, verduras, leguminosas e cereais ajudam no controle do colesterol. Alimentos com fibras auxiliam também no controle do colesterol ruim, pois permitem captar a gordura e eliminar uma parte dela nas fezes”, recomenda o médico.

 

Além do controle de peso, a dica final do cardiologista é eliminar o tabagismo, consumir álcool apenas socialmente e controlar o estresse. “Além de dieta saudável e atividade física, é fundamental ter atividades de lazer e convívio com familiares e amigos”, finaliza o especialista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/colesterol-entenda-quando-ele-se-torna-um-problema.phtml - By Redação / Foto: Shutterstock


Adora o SENHOR, teu Deus, e a sua bênção estará sobre a tua comida e água. Tirarei as doenças de entre vós. (Êxodo 23:25)


sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Por que os homens têm maior risco de câncer do que as mulheres?



Mais câncer entre os homens

 

As taxas de ocorrência da maioria dos tipos de câncer são mais altas nos homens do que nas mulheres - por razões que a ciência ainda não sabe explicar.

 

E compreender as razões dessas diferenças pode fornecer informações importantes para melhorar a prevenção e o tratamento.

 

Para investigar essa questão, Sarah Jackson e seus colegas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA avaliaram as diferenças no risco de câncer para cada um de 21 locais de câncer no corpo entre 171.274 homens e 122.826 mulheres adultas, com idades entre 50 e 71 anos, que participaram de um monitoramento de 1995 a 2011.

 

Durante esse período, 17.951 novos cânceres surgiram em homens e 8.742 em mulheres. A incidência foi menor nos homens do que nas mulheres apenas para os cânceres de tireoide e vesícula biliar, e os riscos foram de 1,3 a 10,8 vezes maiores para os homens do que para as mulheres em outros locais anatômicos.

 

Os maiores aumentos de risco para os homens foram observados no câncer de esôfago (risco 10,8 vezes maior), laringe (risco 3,5 vezes maior), cárdia gástrica (risco 3,5 vezes maior) e câncer de bexiga (risco 3,3 vezes maior).

 

Diferença biológica, e não comportamental

 

Os resultados indicam que a causa da maior prevalência do câncer em homens deve-se a diferenças biológicas, em vez de diferenças comportamentais, como as relacionadas ao tabagismo, uso de álcool, dieta ou outros fatores.

 

As diferenças biológicas entre os sexos que afetam o câncer incluem diferenças fisiológicas, imunológicas, genéticas e outras.

 

O risco aumentado dos homens se manteve para maioria dos cânceres mesmo após o ajuste dos dados para uma ampla gama de comportamentos de risco e exposições cancerígenas - de fato, as diferenças nos comportamentos de risco e exposições carcinogênicas entre os sexos representaram apenas uma proporção modesta da predominância masculina da maioria dos cânceres (variando de 11% para câncer de esôfago a 50% para câncer de pulmão).

 

"Nossos resultados mostram que existem diferenças na incidência de câncer que não são explicadas apenas por exposições ambientais. Isso sugere que existem diferenças biológicas intrínsecas entre homens e mulheres que afetam a suscetibilidade ao câncer," disse a Dra. Jackson.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Sex disparities in the incidence of 21 cancer types: quantification of the contribution of risk factors

Autores: Sarah S. Jackson, Morgan A. Marks, Hormuzd A. Katki, Michael B. Cook, Noorie Hyun, Neal D. Freedman, Lisa L. Kahle, Philip E. Castle, Barry I. Graubard, Anil K. Chaturvedi

Publicação: Cancer

DOI: 10.1002/cncr.34390

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=por-homens-tem-maior-risco-cancer-mulheres&id=15480 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: V. Altounian/Science/M. Atarod/Science/Gtex


Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.

Tiago 1:6


terça-feira, 16 de agosto de 2022

Atividade física afeta meninos e meninas de forma diferente


Há várias razões possíveis para as diferenças nos resultados das atividades físicas entre os sexos.

 

Gordura corporal e atividade física

 

Ser fisicamente ativo traz grandes benefícios para a saúde, mas a atividade física afeta meninos e meninas de forma diferente.

 

"Nós analisamos a conexão entre a atividade física medida objetivamente e a proporção de gordura corporal em meninas e meninos," conta a professora Silje Steinsbekk, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

 

Para isso, a equipe mediu a composição corporal dos participantes - em vez de meramente seu peso e altura - e examinou as crianças a cada dois anos, dos 6 anos aos 14 anos.

 

A principal descoberta é que o nível de atividade física afeta os sexos de maneira diferente.

 

"Nas meninas, não encontramos relação entre a atividade física e a quantidade de gordura corporal. O aumento da atividade física não levou a menos gordura corporal nas meninas, e a gordura corporal não teve efeito sobre as mudanças na atividade física," contou a pesquisadora Tonje Zahl-Thanem.

 

Mas para os meninos é diferente: A quantidade de gordura corporal influencia sua atividade física. "O aumento da gordura corporal dos meninos levou a menos atividade física dois anos depois, quando eles tinham 8, 10 e 12 anos," completou Zahl-Thanem.

 

No geral, o aumento da atividade física não teve efeito sobre as mudanças na gordura corporal, com uma exceção.

 

"Nós descobrimos que os meninos que são mais ativos fisicamente aos 12 anos têm uma proporção menor de gordura corporal aos 14 anos. Este não foi o caso em um estágio de desenvolvimento anterior," disse Steinsbekk.

 

Por quê?

 

Segundo a equipe, há várias razões possíveis para as diferenças nos resultados das atividades físicas entre os sexos.

 

Infelizmente, o estudo não foi projetado para estudar essas razões, porque não se suspeitava dessas diferenças, mas os pesquisadores apontam que corpos grandes são mais pesados e exigem mais esforço durante o exercício, o que pode explicar por que meninos cuja gordura corporal aumenta se tornam menos ativos ao longo do tempo.

 

Mas por que isso não acontece com as meninas nas mesmas condições?

 

"Aqui só podemos especular, mas os meninos geralmente são mais ativos fisicamente do que as meninas, então quando os meninos reduzem seu nível de atividade, o impacto físico é maior," sugere Steinsbekk.

 

Também se sabe que crianças com corpos grandes geralmente são menos satisfeitas com seus corpos; mas aqui, paradoxalmente, a insatisfação corporal está associada a menor atividade física entre os meninos, mas não entre as meninas.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Relations between physical activity, sedentary time, and body fat from childhood to adolescence: Do they differ by sex?

Autores: Tonje Zahl-Thanem, Lars Wichstrom, Silje Steinsbekk

Publicação: International Journal of Obesity

DOI: 10.1038/s41366-022-01156-6

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=atividade-fisica-afeta-meninos-meninas-forma-diferente&id=15435 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Merio/Pixabay


Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo.

Provérbios 13:24


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Saiba por que não devemos deitar tarde e levantar cedo


Ficar acordado até tarde da noite aumenta o risco de uma 'pandemia silenciosa'

 

Costuma fazer maratonas de séries ou ler tarde da noite? Temos más notícias para você. Segundo um estudo divulgado na Biological Rhythm Research, quem adormece mais tarde e acorda cedo têm mais propensão de desenvolver patologias psiquiátricas, como a depressão, neuroticismo e de ter uma regulação emocional mais fragilizada.

 

De acordo com o o estudo, deitar tarde e levantar cedo está associado a uma maior auto-percepção da solidão e a um menor volume do hipocampo direito.  E não é tudo. Este hábito também está relacionado com um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

 

Ray Norbury, autor do estudo, recrutou 4684 adultos entre os 40 e os 70 anos para entender se a solidão varia entre quem acorda mais tarde e quem o faz mais cedo e tentaram perceber o seu impacto no volume subcortical na amígdala e no hipocampo. O investigador teve em conta o sexo, a duração do sono e dados socioeconômicos.

 

Além de responderem se acordam cedo ou tarde, os voluntários também foram inquiridos acerca do seu histórico de saúde mental, bem como sobre a solidão. O cientista recolheu ainda imagens dos cérebros que, posteriormente, foram divididas em três tipos de tecidos, incluindo a matéria cinzenta, a matéria branca e o fluido cérebro-espinhal, para estimarem o volume intracraniano.

 

Dados do estudo mostram que os mais velhos preferem acordar mais cedo. No entanto, não foram encontradas diferenças entre homens e mulheres ou na duração de sono de ambos, embora o sexo feminino tenha demonstrado que é mais predisposto a sentimentos de solidão.

 

Entre os voluntários que se sentem mais sozinhos, os que preferem acordar cedo têm um maior volume do hipocampo, em comparação aos indivíduos que preferem dormir até mais tarde.  Ray Norbury revela que ficar acordado até mais tarde resulta num menor volume no hipocampo direito. O mesmo não se verifica no esquerdo ou na amígdala.

 

No entanto, Norbury aponta para algumas limitações do estudo, nomeadamente o fato de ter sido usada uma só pergunta para determinar a solidão.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1876972/saiba-por-que-no-devemos-deitar-tarde-e-levantar-cedo - © Shutterstock


Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.

Marcos 10:27


sábado, 8 de janeiro de 2022

Gripe H3N2: o que é, sintomas, tratamentos e tem cura?


O que é Gripe H3N2?

O H3N2 trata-se de um subtipo do vírus influenza A, que pode ser classificado de acordo com suas características em diferentes hemaglutininas (H) e neuraminidases (N) – H1N1, H3N2, H7N1 e outros. (1)

 

O influenza A é um vírus causador da gripe influenza. Os vírus da gripe, basicamente, possuem os tipos A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações, sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior mortalidade que o tipo C. (5)

 

No entanto, as epidemias e pandemias estão mais associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não possui nenhuma importância clínica e epidemiológica. Atualmente circulam no Brasil são os vírus do influenza A/H1N1pdm09, A/H3N2 e influenza B. (4)

 

Existem diferenças entre H3N2, H2N3 e o H1N1?

Não há grandes diferenças no que diz respeito a que doenças causam, como se prevenir e como tratar. A diferença entre os três subtipos de vírus está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície.

Eles são cepas diferentes do mesmo vírus, com características semelhantes. Recentemente, o Ministério da Saúde revelou que vírus H2N3 não existe no Brasil.

Em 2018, até 07 de abril, foram registrados 286 casos de influenza em todo o país, com 41 óbitos. Do total, 71 casos e 12 óbitos foram por A/H3N2. Em relação ao vírus A/H1N1pdm09, foram registrados 116 casos e 16 óbitos. Ainda foram registrados 52 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 46 casos e 7 óbitos por influenza A não subtipado. (2,4)

 

Causas

O H3N2 é um vírus que causa gripe. Sua transmissão é igual a transmissão dos vírus da gripe, ocorrendo através de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, após a pessoa contaminada tossir, espirrar ou até falar.

Seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto dia, os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios aumentam, aparecendo com frequência uma tosse seca. (3,4)

 

Fatores de risco

A gripe H3N2, como qualquer gripe, pode afetar pessoas de todas as idades. Porém alguns indivíduos têm maior chance de desenvolver formas graves da doença: (1,4)

Idosos

Crianças

Gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz

Portadores de doenças crônica e imunocomprometidos

Pessoas com obesidade.

Permanecer em locais fechados e com um aglomerado de pessoas, levar as mãos à boca ou ao nariz sem lavá-las antes e permanecer em contato próximo com uma pessoa doente são os principais fatores que podem aumentar os riscos de uma pessoa vir a desenvolver gripe H3N2.

 

Sintomas de Gripe H3N2

Os sintomas são bem parecidos com os da gripe comum: (2)

Febre alta, em geral acima de 38ºC

Tosse seca

Dor de garganta

Falta de ar

Dores musculares

Fraqueza

Dor de cabeça

Náuseas e vômitos

Diarreia

Congestão nasal e espirros.

Buscando ajuda médica

É importante buscar ajuda médica se os sintomas forem muito intensos nas primeiras 48 horas, se a pessoa apresentar dispnéia (falta de ar) e se os sintomas persistirem por mais de sete dias. (2)

 

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar a gripe H3N2 são:

Clínico geral

Infectologista

Pneumologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram

Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade

Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 

Quais são seus sintomas?

Quando seus sintomas surgiram?

Você manteve contato próximo com alguém que estava doente?

Você esteve recentemente em locais fechados ou com aglomerados de pessoas?

Você sente falta de ar? Com que frequência?

Você tomou vacina para gripe?

 

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para gripe H3N2, algumas perguntas básicas incluem:

 

Qual é a causa mais provável da minha gripe?

Quais os tratamentos para H3N2?

Quanto tempo fico contagioso depois de iniciar o tratamento?

Existe uma alternativa genérica ao medicamento que você me prescreve?

Preciso voltar para uma visita de acompanhamento?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

 

Diagnóstico de Gripe H3N2

O diagnóstico é feito por um médico, baseado nos sinais clínicos do paciente e com uma amostra da secreção da nasofaringe, que deve ser colhida preferencialmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas. (2)

 

Tratamento de Gripe H3N2

O principal tratamento para qualquer cepa do vírus influenza é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), que somente deve ser usado com prescrição médica.

Como em toda gripe, os tratamentos são sintomáticos, com antitérmicos, analgésicos, expectorantes, que controlam os sintomas da doença, como febre e dores. Os antivirais só devem ser utilizados sob prescrição médica, para casos específicos.

Além disso, é indicado que o paciente permaneça em repouso, consuma bastante líquido e tenha uma dieta equilibrada. (1,2,3)

 

Medicamentos para Gripe H3N2

Os medicamentos mais usados para o tratamento de gripe são:

Acetilcisteína

Aspirina 500mg

Advil

Alivium

Apracur

Benegrip

Bisolvon

Bromexina

Clobutinol + Succinato de Doxilamina

Carbocisteína

Cimegripe 77C

Cimegripe Dia

Coristina D

Flanax 550mg

Fluitoss

Ibupril (cápsula)

Ibupril (gotas)

Ibupril 400mg

Ibuprofeno

Leucogen

Multigrip

Naldecon Dia

Naldecon Noite

Paracetamol

Tamiflu

Trimedal

Tylenol sinus.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 

Gripe H3N2 tem cura?

Geralmente o prognóstico é bom, mas em alguns casos dependendo da gravidade, a gripe H3N2 pode levar a óbito. Contudo, quando o paciente segue o tratamento indicado pelo médico tem uma completa resolução do quadro.

 

Complicações possíveis

A principal complicação decorrente de gripe H3N2 consiste em crises de insuficiência respiratória, que podem levar o paciente a óbito se não forem tratadas imediatamente e em caráter de urgência. (1,2,3)

 

Além disso, existem outras complicações como:

Pneumonia

Desidratação

Outras infecções já que as defesas do organismo estão baixas pela infecção viral.

Convivendo/ Prognóstico

O paciente deve repousar e ficar em casa, isso ajuda na recuperação e evita transmitir o vírus aos amigos e familiares. Beber bastante água e uma boa alimentação também são necessários para uma melhor recuperação. É importante que o paciente não passe muito tempo deitado, para que possa haver uma melhor ventilação pelos pulmões. (2,3)

 

Prevenção

A vacina da gripe é a melhor maneira de evitar a gripe e suas complicações. Todos os anos, é necessário receber uma nova dose, já que a sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar. A vacina da gripe previne aproximadamente 70-90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias, como o resfriado. (2)

Além disso, algumas medidas simples ajudam a manter a gripe longe, como:

Seguir hábitos de vida saudáveis: ter uma boa alimentação ajuda a manter o sistema imune em pleno funcionamento. Para os bebês a amamentação é prioridade

Beber bastante água: quando o tempo esfria um pouco tendemos a diminuir a quantidade de água ingerida, isso prejudica nosso organismo

Lavar sempre as mãos: higienizar as mãos com água e sabão, várias vezes ao dia, é uma medida simples e muito eficaz, o uso do álcool gel também é bem vindo

Cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar: Esses simples hábito de cobrir com as mãos ou o braço ao tossir ou espirrar contribui para que o vírus não se espalhe com facilidade. É usar sempre que possível um lenço de papel descartável e lavar as mãos em seguida

Evitar circular em locais com muitas pessoas: Em locais cheios a proliferação dos vírus acaba sendo maior, já que pode haver alguém infectado

Abra as janelas: Quando o frio chega é comum fecharmos as janelas de casa e do trabalho. Contudo, é preciso manter os ambientes bem arejados, para que o vírus não permaneça em um único ambiente facilitando a transmissão.

 

Vacinação

A vacina da gripe está disponível na rede pública para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais de saúde, mulheres que tiveram filhos a menos de 45 dias, crianças de 6 meses a 4 anos de idade, pessoas com doenças crônicas e indígenas. (4)

As vacinas são trivalentes, ou seja, imuniza contra três tipos de vírus diferentes. A composição da vacina é recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Dessa forma, a cada ano a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da gripe naquela época.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2018 começou no dia 23 de abril. A meta do governo é imunizar 54 milhões de pessoas, que fazem parte do grupo prioritário, até o dia 1º de julho.

 

Referências

(1) Renato Kfouri, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana

(2) Andréa Kasmim, clínica geral e pediatra

(3) Marcelo Mendonça, infectologista do Hospital Santa Paula

(4) Ministério da Saúde. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/influenza

(5) Sociedade Brasileira de Infectologia. Disponível em: https://www.infectologia.org.br/pg/971/influenza

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gripe-h3n2?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9494445 - Especialista consultado Leonardo Peixoto


Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

1 Coríntios 15:57


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Você está ansioso ou estressado? Saiba a diferença


Reconhecer os sintomas de cada quadro emocional ajuda no processo de autoconhecimento

 

Muitas pessoas usam os termos ansiedade e estresse como se fossem sinônimos, mas, na verdade, não são. Embora nos dois casos possa acontecer a experiência de sintomas físicos e emocionais parecidos (por isso a possível confusão), eles não são necessariamente iguais.

 

A ansiedade é uma emoção. Sentir ansiedade como resposta aos estímulos do dia a dia pode fazer parte de um traço de personalidade ou ser uma resposta pontual a algo. Mas o que, afinal, a pessoa com ansiedade sente?

 

Seja por um aspecto, traço de personalidade ou por uma resposta pontual a um determinado estímulo, essa pessoa vivencia alterações no corpo e na mente. Os sintomas mais comuns de ansiedade são:

 

Respiração curta

Coração acelerado

Tremor no corpo

Dificuldade para relaxar

Tensão no corpo

Insônia

Pensamento acelerado

Medo

Preocupação exacerbada com o futuro (aquilo que está por vir, ainda que seja algo eminente)

Pensamento catastrófico

Senso de urgência.

 

Nem todas as pessoas vão sentir todos os sintomas ao mesmo tempo. A intenção de descrever esses sinais é para iniciar o autoconhecimento - jamais para o autodiagnóstico. Portanto, se você se identificou com esses sintomas, procure uma orientação médica e psicológica, pois a ansiedade pode fazer parte de outros quadros emocionais e/ou físicos, como, por exemplo, alterações hormonais.

 

Quando pensamos em personalidade com traço de ansiedade, entendemos que a pessoa com estas características vivencia a ansiedade como sendo um dos pilares do seu ser ao responder muitos dos estímulos da vida. Mas atenção: nem tudo será ansiedade na vida desta pessoa!

 

Pessoas assim tendem a ter, constantemente, uma resposta mais exacerbada aos estímulos do cotidiano. Com isso, entende-se que podem ser pessoas mais "sensíveis", assim, rapidamente interpretam e percebem situações, coisas, lugares e pessoas, como potencialmente "ameaçadoras".

 

O desdobramento disso é "ligar" o senso de proteção interno para se cuidar, se proteger e escapar, se necessário. Em outras pessoas, há ainda uma resposta emocional desproporcional (RED) ao interpretar o mundo - dos próprios pensamentos e também do que acontece fora da mente.

 

Em relação à resposta de ansiedade, que seria um estado momentâneo de ansiedade, algo do momento, e não um padrão de resposta, entende-se que houve um aprendizado prévio por experiência (vivida ou imaginária) para aquela situação. Por exemplo, uma pessoa que ficou presa em um elevador pode ter resposta de ansiedade ao ter que usar o dispositivo novamente. Se a resposta for impeditiva de ação, talvez, seja um trauma ou um medo maior. Mas, de qualquer forma, a pessoa tende a responder com ansiedade sobre este estímulo.

 

Para todos estes temas: ansiedade (traço ou estado), trauma e medo é possível tratamento, cura e bem-estar do paciente. E você pode pensar sobre diferentes estímulos da sua história de vida que lhe despertam reações de ansiedade.

 

Como resposta de ansiedade, é possível senti-la também em situações de risco, como um precipício. Ainda que a pessoa nunca tenha chegado perto de nenhum, é possível que ela sinta uma certa apreensão (entendemos como saudável) para sua autoproteção. E alguns "alarmes" internos podem ser ativados para ajudar a se afastar, se proteger e se cuidar, evitando um acidente.

 

Agora, quando pensamos em estresse, que está relacionado a desgaste, excessos e acúmulos, ele seria um estímulo percebido como negativo que, possivelmente, perdurou muito e levou a um estado emocional e/ou físico de "esgotamento".

 

Para entender melhor, o estresse tem ligação com o processo de adaptação. Ou seja, com a resposta frente a certos estímulos que são entendidos como ameaçadores, teríamos que mudar, sair do "piloto automático", sair da "homeostase" e ter que se reorganizar frente a uma situação.

 

A questão do estresse não é apenas a resposta emocional e física, nem somente os sintomas sentidos no momento, mas tem a ver com o grau de facilidade ou dificuldade de adaptar-se ao novo, quando a pessoa sai do equilíbrio da homeostase e acaba entrando no processo de entropia ("caos" e "desordem" até que possa se estabelecer).

 

O estresse tem ligação direta com aquilo que precisamos nos adaptar; situações que entendemos que são esperadas e planejadas e também aqueles momentos que nunca se imaginou viver, mas precisamos superar e seguir em frente, sempre. Para se adaptar, o corpo e a mente desencadeiam diversas reações na busca de retornar ao processo de equilíbrio, gerando um estado de alerta. Todo estado de alerta prolongado gera desgaste e estresse.

 

Agora que você sabe a diferença entre ansiedade e estresse, pense sobre sua vida, suas escolhas e como está vivendo o momento do agora. Você está em harmonia com suas emoções? Aqui, a pergunta não tem ligação com a felicidade plena e máxima, mas com a capacidade de passear pelos sentimentos positivos ou negativos sem se perder.

 

Siga bem, siga na direção dos seus objetivos e busque ajuda profissional se necessário. Afinal, um bom psicólogo clínico pode lhe auxiliar neste momento de autodesenvolvimento e crescimento pessoal!

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/38152-voce-esta-ansioso-ou-estressado-saiba-a-diferenca - Escrito por Adriana de Araújo

 

Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.

Marcos 11:24

domingo, 12 de setembro de 2021

Pesquisa expõe diferenças nas respostas de anticorpos à covid-19


Dados avaliados por cientistas americanos podem resultar em estratégias diferentes para lidar com a doença

 

A esperança de um futuro sem medo de covid-19 se resume a anticorpos circulantes e células (linfócitos) B de memória. Ao contrário dos anticorpos circulantes, que atingem o pico logo após a vacinação ou infecção apenas para desaparecer alguns meses depois, as células B de memória podem permanecer por aí para prevenir doenças graves por décadas. E elas evoluem com o tempo, aprendendo a produzir “anticorpos de memória” sucessivamente mais potentes, melhores na neutralização do vírus e mais capazes de se adaptar a variantes.

 

A vacinação produz maiores quantidades de anticorpos circulantes do que a infecção natural. Mas um novo estudo sugere que nem todas as células B de memória são criadas iguais. Enquanto a vacinação dá origem a células B de memória que evoluem ao longo de algumas semanas, a infecção natural dá origem a células B de memória que continuam a evoluir ao longo de vários meses, produzindo anticorpos altamente potentes, capazes de eliminar até mesmo variantes virais.

 

Os resultados destacam uma vantagem conferida pela infecção natural em vez da vacinação, mas os autores alertam que os benefícios de células B de memória mais fortes não superam o risco de invalidez e morte por covid-19.

 

“Embora possa induzir a maturação de anticorpos com atividade mais ampla do que uma vacina, uma infecção natural também pode matar você”, disse o professor Michel C. Nussenzweig, chefe do Laboratório de Imunologia Molecular da Universidade Rockefeller (EUA) e coautor do estudo publicado no arquivo preprint bioRxiv. “Uma vacina não fará isso e, na verdade, protege contra o risco de doenças graves ou morte por infecção.”

 

Seu corpo contra a covid-19

Quando qualquer vírus entra no corpo, as células do sistema imunológico imediatamente produzem hordas de anticorpos circulantes. Soldados de infantaria do sistema imunológico, esses anticorpos trabalham intensamente, mas decaem em taxas variáveis ​​dependendo da vacina ou infecção – eles podem nos proteger por meses ou anos, mas depois diminuem em número, permitindo uma possível reinfecção.

 

O sistema imunológico tem um plano de reserva: um quadro de elite de células B de memória que sobrevivem aos anticorpos circulantes para produzir os chamados anticorpos de memória, que fornecem proteção de longo prazo. Estudos sugerem que as células B de memória da varíola duram pelo menos 60 anos após a vacinação; os da gripe espanhola, quase um século. E embora as células B de memória não bloqueiem necessariamente a reinfecção, elas podem prevenir formas graves das doenças.

 

Estudos recentes sugeriram que dentro de cinco meses após receber a vacina ou se recuperar de uma infecção natural, alguns de nós não retemos mais anticorpos circulantes suficientes para manter o novo coronavírus sob controle, mas nossas células B de memória permanecem vigilantes. Até agora, no entanto, os cientistas não sabiam se as vacinas poderiam fornecer o tipo de resposta robusta das células B de memória observada após a infecção natural.

 

A vantagem da convalescença

Nussenzweig e colegas resolveram detectar quaisquer diferenças na evolução das células B de memória comparando amostras de sangue de pacientes convalescentes com covid-19 com as de indivíduos vacinados com RNA mensageiro, ou mRNA (as vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech), que nunca haviam sofrido infecção natural.

 

A vacinação e a infecção natural geraram um número semelhante de células B de memória. As células B de memória evoluíram rapidamente entre a primeira e a segunda dose das vacinas de mRNA, produzindo anticorpos de memória cada vez mais potentes. Mas depois de dois meses, o progresso parou. As células B de memória estavam presentes em grande número e expressavam anticorpos potentes, mas não estavam ficando mais fortes. Embora alguns desses anticorpos possam neutralizar a delta e outras variantes, não houve melhora geral na amplitude.

 

Em pacientes convalescentes, por outro lado, as células B de memória continuaram a evoluir e melhorar até um ano após a infecção. Anticorpos de memória mais potentes e mais amplamente neutralizantes estavam surgindo a cada atualização de células B de memória.

 

Impulsionar ou não impulsionar

Existem várias razões potenciais para que as células B de memória produzidas por infecção natural superem as produzidas por vacinas de mRNA, dizem os pesquisadores.

 

É possível que o corpo responda de maneira diferente aos vírus que entram pelo trato respiratório e aos que são injetados em nossos braços. Ou talvez um vírus intacto incite o sistema imunológico de uma forma que a proteína spike isolada representada pelas vacinas simplesmente não consegue. Então, novamente, talvez seja porque o vírus persiste nos naturalmente infectados por semanas, dando ao corpo mais tempo para montar uma resposta robusta. A vacina, por outro lado, é eliminada do corpo poucos dias após o desencadeamento da resposta imune desejada.

 

Independentemente da causa, as implicações são claras. Podemos esperar que as células B de memória passem por ciclos limitados de evolução em resposta às vacinas de mRNA, uma descoberta que pode ter implicações significativas para o projeto e lançamento de doses de reforço. Um reforço com a vacina de mRNA atualmente disponível seria esperado para envolver as células de memória para produzir anticorpos circulantes que são fortemente protetores contra o vírus original e um pouco menos contra as variantes, disse Nussenzweig.

 

“Quando administrar o reforço depende do objetivo do reforço”, observou ele. “Se o objetivo é prevenir a infecção, o reforço terá de ser feito entre 6 e 18 meses depois, dependendo do estado imunológico do indivíduo. Se o objetivo é prevenir doenças graves, o reforço pode não ser necessário por anos”.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/pesquisa-expoe-diferencas-nas-respostas-de-anticorpos-a-covid-19/ - Crédito: National Infection Service/SCI