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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Por que os homens têm maior risco de câncer do que as mulheres?



Mais câncer entre os homens

 

As taxas de ocorrência da maioria dos tipos de câncer são mais altas nos homens do que nas mulheres - por razões que a ciência ainda não sabe explicar.

 

E compreender as razões dessas diferenças pode fornecer informações importantes para melhorar a prevenção e o tratamento.

 

Para investigar essa questão, Sarah Jackson e seus colegas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA avaliaram as diferenças no risco de câncer para cada um de 21 locais de câncer no corpo entre 171.274 homens e 122.826 mulheres adultas, com idades entre 50 e 71 anos, que participaram de um monitoramento de 1995 a 2011.

 

Durante esse período, 17.951 novos cânceres surgiram em homens e 8.742 em mulheres. A incidência foi menor nos homens do que nas mulheres apenas para os cânceres de tireoide e vesícula biliar, e os riscos foram de 1,3 a 10,8 vezes maiores para os homens do que para as mulheres em outros locais anatômicos.

 

Os maiores aumentos de risco para os homens foram observados no câncer de esôfago (risco 10,8 vezes maior), laringe (risco 3,5 vezes maior), cárdia gástrica (risco 3,5 vezes maior) e câncer de bexiga (risco 3,3 vezes maior).

 

Diferença biológica, e não comportamental

 

Os resultados indicam que a causa da maior prevalência do câncer em homens deve-se a diferenças biológicas, em vez de diferenças comportamentais, como as relacionadas ao tabagismo, uso de álcool, dieta ou outros fatores.

 

As diferenças biológicas entre os sexos que afetam o câncer incluem diferenças fisiológicas, imunológicas, genéticas e outras.

 

O risco aumentado dos homens se manteve para maioria dos cânceres mesmo após o ajuste dos dados para uma ampla gama de comportamentos de risco e exposições cancerígenas - de fato, as diferenças nos comportamentos de risco e exposições carcinogênicas entre os sexos representaram apenas uma proporção modesta da predominância masculina da maioria dos cânceres (variando de 11% para câncer de esôfago a 50% para câncer de pulmão).

 

"Nossos resultados mostram que existem diferenças na incidência de câncer que não são explicadas apenas por exposições ambientais. Isso sugere que existem diferenças biológicas intrínsecas entre homens e mulheres que afetam a suscetibilidade ao câncer," disse a Dra. Jackson.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Sex disparities in the incidence of 21 cancer types: quantification of the contribution of risk factors

Autores: Sarah S. Jackson, Morgan A. Marks, Hormuzd A. Katki, Michael B. Cook, Noorie Hyun, Neal D. Freedman, Lisa L. Kahle, Philip E. Castle, Barry I. Graubard, Anil K. Chaturvedi

Publicação: Cancer

DOI: 10.1002/cncr.34390

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=por-homens-tem-maior-risco-cancer-mulheres&id=15480 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: V. Altounian/Science/M. Atarod/Science/Gtex


Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte.

Tiago 1:6


quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Anticorpos de COVID não duram para sempre, diz estudo


Pesquisa verificou que taxas de anticorpos desabam durante recuperação da Covid-19

 

A imunidade contra COVID-19 pode não ser tão duradoura, é o que avalia um estudo publicado na última segunda-feira (7) no periódico científico Science Immunology.

 

A pesquisa elaborada por cientistas da Universidade de Stanford analisou as interações de anticorpos produzidos contra o coronavírus (SARS-CoV-2).

 

Para a elaboração do estudo, 254 pessoas positivas para SARS-CoV-2 foram observadas ao longo de cinco meses. Dessas, 79 foram hospitalizadas com COVID-19, 175 não precisaram de internação e 25 morreram.

 

A partir de testes de RT-PCR, pesquisadores observaram como o corpo das pessoas que fizeram parte do estudo produziam os anticorpos.

 

De acordo com os dados descobertos, três tipos de anticorpos (IgA, IgM e IgG) normalmente são detectáveis no sangue logo no começo da infecção pelo SARS-CoV-2 - cerca de duas semanas após o contágio, quando o corpo já manifestou os primeiros sintomas de COVID-19.

 

Para os cientistas, isso mostra uma reação do sistema imunológico que ajuda a combater a doença logo de cara, mesmo que ela não tenha atingido seu nível mais intenso.

 

Entretanto, conforme o tempo de recuperação avança, os níveis de IgA e IgM caem rapidamente - isso acontece a partir da quarta e quinta semana de tratamento. As taxas de IgG chegam a se manter no corpo por mais tempo, mas ainda assim também entram em declínio.

 

"É importante notar que a diminuição dos níveis de anticorpos não indica necessariamente que toda a imunidade será perdida", diz o estudo.

 

"É possível que a produção local de anticorpos na mucosa nas vias aéreas possa ajudar a prevenir ou impedir a infecção por SARS-CoV-2 após a reexposição. Mesmo que os anticorpos diminuam para níveis indetectáveis, as células B e T de memória estimuladas por infecção podem fornecer uma resposta mais rápida ou eficaz após uma exposição futura".

 

Reinfecção

Um dos temores sobre o coronavírus é um possível quadro de reinfecção e reincidência de COVID-19. Segundo o estudo de Stanford, ainda não é possível estabelecer qual fração da população será suscetível à reinfecção - e que será necessário tempo adicional de estudo e acompanhamento para obter essas informações.

 

"Os relatórios iniciais de reinfecção oferecem alguma esperança de que o SARS-CoV-2 possa se comportar de maneira semelhante a outros coronavírus da comunidade, com a reinfecção geralmente produzindo uma doença mais branda do que a infecção inicial".

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37105-anticorpos-de-covid-nao-duram-para-sempre-diz-estudo - Escrito por Redação Minha Vida

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Colesterol: as taxas ideais


Se todos os brasileiros fizessem agora um exame de sangue para medir o colesterol, cerca de 40% veriam que a taxa já ultrapassou os limites saudáveis

Quase metade da população enfrenta problemas com o colesterol, sempre associado a infartos e derrames quando está em excesso. Mas a grande verdade é que sem ele a gente não sobreviveria. Ele é essencial ao organismo, pois desempenha funções vitais, serve de matéria-prima para a produção de hormônios, do ácido biliar que regula a digestão e da vitamina D, e entra na construção de membranas celulares.

E essas são apenas algumas de suas nobres funções. Então o jeito é manter suas taxas no devido lugar. Apesar de conhecido como gordura, quimicamente ele é um álcool. A confusão tem razão de ser: de fato o colesterol se comporta como um lipídeo pois só circula acoplado a moléculas chamadas de lipoproteínas – que, como o próprio nome diz, estão cheias de lipídeos e proteínas.

Conforme a carga de colesterol que elas carregam, elas podem ser de dois tipos: LDL, conhecido como mau colesterol, ou HDL, o famoso bom colesterol. Os valores considerados ideais no sangue dependem dos fatores de risco da pessoa. Veja a seguir os resultados desejados do exame de colesterol e frações:

Colesterol total
Desejável: abaixo de 190 mg/dl

LDL
Indivíduos com risco baixo: abaixo de 130 mg/dl
Indivíduos com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl
Indivíduos com risco alto: abaixo de 70 mg/dl

Indivíduos com risco muito alto: abaixo de 50 mg/dl

HDL
Desejável: acima de 40 mg/dl

O colesterol das crianças
Nos últimos anos tem aumentado, e muito, o número de crianças com altos níveis de colesterol. A culpa aqui é da alimentação dos pequenos, cada vez mais rica em comidas industrializadas e fast-food. O risco para essa turminha é enorme: quanto mais tempo esse vilão perambula pelo sangue, mais estragos é capaz de fazer. E atenção: o valor ideal para os pequenos é diferente dos adultos. Para eles, um colesterol total de 170 já é alto demais.


quinta-feira, 12 de abril de 2018

Os novos limites para pressão alta – e os tratamentos contra ela

As taxas da pressão arterial consideradas saudáveis ficaram mais rígidas. Mas há remédios contra a hipertensão e causas do problema que você pode evitar

Não há doença mais democrática que hipertensão. Em meio a 1 bilhão de vítimas pelo planeta, ela não distingue cor, sexo, religião ou classe social. “A pressão alta está entre as principais culpadas por infarto, acidente vascular cerebral, entre outros males”, afirma o cardiologista Marcus Malachias, da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Ou seja, financia as primeiras causas de morte no Brasil e em boa parte do mundo.

Fatos tão preocupantes cobram uma medida enérgica. E foi o que fizeram a Associação Americana do Coração e o Colégio Americano de Cardiologia ao atualizar as recomendações de diagnóstico e tratamento da pressão alta. Antes, o sujeito era hipertenso se o aparelhinho mostrasse números acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Agora, 130 por 80 (o popular 13 por 8) já é doença, e situações que variam de 120 a 129 por 80 – antes normais – acionam o sinal amarelo.

“Essa foi a maior ação de prevenção cardiovascular realizada pelo bem da humanidade”, diz o cardiologista Flavio Fuchs, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mais abaixo, você confere as novas taxas em detalhes.

Debates à parte – alguns médicos acham os novos limites muito radicais -, a questão é que flagrar (e controlar) o problema mais cedo faz diferença. Com mudanças no estilo de vida, é possível domar uma pressão mais elevada a ponto de impedir ou postergar sua conversão para a hipertensão – e sem apelar a remédios.

Ajustes na dieta e exercícios derrubam até 20 mmHg. Parece pouco? “A cada redução de 2 mmHg, o risco de um AVC cai em 10%”, calcula o cardiologista Luiz Bortolotto, diretor da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH).

Como saber se eu tenho pressão alta
Veja como eram e como ficaram as recomendações americanas para pressão arterial. A última diretriz brasileira já apontava a mesma tendência

Como ficou nos EUA

Normal – abaixo de 120 por 80
Pré-hipertensão / pressão elevada* – de 120 a 129 por 80 (antes era de 120 por 80 a 139 por 89)
Hipertensão – acima 130 por 80 (antes era acima de 140 por 90)

Como é no Brasil

Normal – abaixo de 120 por 80
Pré-hipertensão / pressão elevada* – de 121 por 81 a 139 por 89
Hipertensão – acima de 140 por 90
*não existe mais o termo “pré-hipertensão” por aqui

Os remédios que combatem a pressão alta
Por mais que as mudanças de estilo de vida sejam vitais, muitos casos não conseguem escapar dos medicamentos. E não enxergue essa necessidade como sinal de fracasso.
Eles são prescritos quando a pressão está acima dos 140 por 90 mmHg, ou se o risco cardíaco é elevado (se o paciente é mais velho, fuma, tem colesterol alto ou diabetes…) ou ainda se as medidas de alimentação, atividade física e manejo do estresse não trouxeram os resultados esperados após alguns meses de tentativas. Hoje, 60% dos hipertensos tomam dois ou mais remédios.
Todas as classes farmacológicas são bastante seguras e efetivas. “Nós escolhemos o tipo de remédio a ser usado de acordo com as particularidades de cada um”, explica o cardiologista Heno Lopes, do Instituto do Coração e da Universidade Nove de Julho, ambos na capital paulista. O tratamento é contínuo e exige a adesão do paciente: não dá pra se esquecer ou desistir de tomar os comprimidos.
Existem até aplicativos de celular com lembretes da hora de usar a medicação. “O controle é a cura da hipertensão”, reflete o cardiologista Marcelo Sampaio, da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Diuréticos (clortalidona, metolazona…): retiram o excesso de sódio que está impregnado no organismo. Esse conteúdo é descartado no xixi.

IECA (captopril, enalapril…): bloqueiam a fabricação da angiotensina, um hormônio produzido nas glândulas suprarrenais (na parte de cima dos rins) que contrai os vasos sanguíneos.

BRA (losartana, valsartana…): também atuam na angiotensina. A diferença é que essas drogas impedem que a substância se ligue a receptores nas células.

BCC (amlodipina, felodipina…): regulam a ação do cálcio, mineral que participa ativamente dos movimentos de contração e dilatação das artérias.

Betabloqueadores (atenolol, nebivolol…): inibem o aperto dos vasos por onde o sangue transita. Porém, são utilizados somente em casos mais específicos.

Coquetel para baixar a pressão
E quando os fármacos não dão conta do recado? O quadro, conhecido por hipertensão resistente, acontece ao não se chegar nos 140 por 90 mmHg nem com três remédios combinados e todas as reformas no estilo de vida. “Nesse contexto, podemos lançar mão de uma quarta e até uma quinta medicação para fugir das complicações”, conta Luiz Bortolotto.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/os-novos-limites-para-pressao-alta-e-os-tratamentos-contra-ela/ - Por André Biernath - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

14 formas de baixar o colesterol

A substância é essencial para o organismo, mas fora de controle é fator de risco para problemas. Conheça os hábitos que derrubam as taxas

Colesterol. Esse nome provoca calafrios em muita gente. E em você? Com o passar dos anos e diante de novos estudos, aquele que é encarado como o principal fator de risco para problemas cardiovasculares ganhou alguns minutos para se justificar. Por um tempo, buscou-se tiranizar o LDL, “o mau”, e glorificar o HDL, “o bom”. Agora, especialistas lutam para acabar com esse estigma, mostrando que tudo depende do equilíbrio. Nem vilão nem mocinho, o colesterol descontrolado traz malefícios à saúde. No entanto, o bom funcionamento de nosso organismo também depende dele.

O colesterol é um tipo de gordura essencial para nosso corpo com duas funções principais: ele faz parte da estrutura de todas as células e participa da síntese dos hormônios sexuais. Para além dos benefícios, o problema é quando há excesso da substância no sangue, o que aumenta a chance de acúmulo de placas de gordura nas artérias e, consequentemente, eleva as chances de infarto e derrame.

Mas os especialistas reforçam que não há um colesterol bom e outro ruim. “Como ele não pode andar livre no sangue, é carregado por lipoproteínas (LDL e HDL)”, explica o cardiologista José Rocha Faria, professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Contudo, enquanto o LDL pode ficar acumulado nas artérias, o HDL é capaz de carregar o excesso de colesterol para o fígado, onde ele é sintetizado e eliminado do organismo. “É preciso haver um equilíbrio entre os dois”, pondera a nutricionista funcional Alessandra Sguario (PR).

Sinal de alerta
Do ponto de vista médico, todo LDL acima de 160 mg de gordura em cada mililitro de sangue é considerado elevado e o ideal é que o HDL seja superior a 45. No entanto, do ponto de vista nutricional, o sinal de alerta pode ser ligado a partir de limites, que podem variar de acordo com cada indivíduo. Para controlar o colesterol, a prática de atividades físicas e a ingestão de uma dieta rica em fibras com pouca gordura – já que ela é absorvida pelo organismo e vai direto para o sangue – são orientações frequentes e que devem caminhar juntas. Confira aseguir 14 dicas elencadas pela VivaSaúde em conjunto com os especialistas, que você pode adotar no dia a dia, sem recorrer a medicamentos,e que ajudarão a reduzir ou aumentar os níveis de colesterol HDL e LDL, mantendo-os na linha.

1. Acelere o ritmo
Qualquer atividade física é bem-vinda para o controle do colesterol. Praticar atividades aeróbias de três a quatro vezes durante a semana, por 30 minutos, é um grande avanço. O educador físico César Ribeiro (PR) explica que a queima calórica provocada pelo exercício atua diretamente na redução do colesterol LDL e aumento do HDL. O ideal é manter os batimentos cardíacos entre 138 e 150 por minuto. Para não perder tempo, vale praticar caminhada ou subir e descer escadas.

2. Turbine os músculos
Para queimar mais calorias, Ribeiro aconselha intercalar ao longo da semana três treinos musculares de 40 minutos. O ideal é que você mantenha os batimentos cardíacos entre 122 e 138 ao longo de toda a atividade. O circuito funcional seria o exercício mais indicado, já que intercala trabalhos musculares com atividades aeróbias.

3. Aposte no prazer
Para fugir da obrigação e continuar a se exercitar fora da rotina, procure praticar algum esporte como hobby de uma a duas vezes por semana. Trabalhar o corpo de forma prazerosa mantém oritmo de exercícios e também ajuda na queima calórica. “O ideal é que esse tipo de atividade não seja praticada em dias consecutivos para não se tornar lesiva”, considera o educador físico Ribeiro.

4. Atenção aos frutos do mar
Eles são pequenos e podem parecer saudáveis, mas têm em sua composição uma grande quantidade de gordura saturada. O alerta é para camarão, lula, mariscos, caranguejos e outros frutos do mar. “Nenhum alimento é proibido desde que a gente saiba evitar e comer uma quantidade moderada. Nesse caso, a melhor opção seria pelo peixe mesmo”, orienta Alessandra. A porção adequada de camarões grandes em uma refeição seria de cinco unidades.

5. Prefira carnes magras
Em vez de colocar no prato aqueles cortes de carne com grande concentração de gordura ou com ela aparente, como picanha, costela e cupim, escolha os pedaços considerados magros: alcatra, patinho, coxão mole, filet-mignon. Para melhorar ainda mais na escolha, incluir na dieta o consumo de peito de frango sem pele e peixes de pequeno porte, entre eles o atum, a sardinha e a tainha seria o mais indicado para ingerir menos gordura.
6. Evite as frituras
Pelo excesso de gordura que esse processo de cozimento agrega aos alimentos, a nutricionista funcional Alessandra Sguario (PR) sugere que qualquer tipo de fritura seja evitado para que não eleve o nível de colesterol LDL no sangue. Ela lembra que temos outras opções de preparo de alimentos que podem ser adotadas com facilidade na cozinha: assados, grelhados e cozidos.

7. Troque o integral pelo desnatado
Ao consumir leite e derivados, a orientação é deixar os produtos integrais de lado e optar pelas versões zero, light ou desnatadas. Entre os queijos, os brancos, como cottage, ricota e frescal, são os com menor quantidade de gordura.

8. Aumente a ingestão de fibras
As fibras fazem com que o intestino absorva menos gordura e também contribuem com a saúde do fígado, aumentando a excreção de sais biliares, por onde o colesterol é eliminado. Não devem ficar de fora da dieta farelo de aveia, farinha de linhaça, farinha de berinjela, saladas verdes e legumes crus, já que, quando cozidos, perdem fibras e nutrientes. Para aumentar a ingestão de fibras, também vale dar preferência a alimentos integrais, como pão, arroz e biscoito.

9. Coma mais frutas
Use e abuse das frutas e, quando puder comê-las com casca, melhor. É nessa parte que está a maior concentração de fibras. “Vale qualquer fruta: maçã, pêssego, pera ... Mesmo o abacate pode ser consumido. Ele é rico em fitoesterol, que ajuda a controlar o colesterol. Mas não se deve consumir mais que uma unidade por dia”, comenta Alessandra.

10. Nada de gordura trans!
Presente em alimentos industrializados, como bolacha recheada, salgadinho e congelados, a gordura trans deve ser abolida da dieta. “É preciso prestar atenção no rótulo. Se tiver qualquer quantidade de gordura trans, procure outro alimento. Não tem tolerância”, sacramenta Alessandra. A nutricionista explica que a gordura trans é produzida a partir de um processo químico e tem um grande poder de fixação para se armazenar nas artérias.

11. Acerte na lista de compras
A nutricionista funcional Alessandra Sguario indica outros alimentos que também podem fazer parte da dieta com o intuito de controlar o colesterol. Estão na lista 30 g diárias de chocolate amargo com pelo menos 65% de cacau e três a quatro xícaras de chá verde por dia. Os dois alimentos têm função antioxidante e atuam no organismo de forma parecida com as fibras. Outra indicação é ingerir 30 g de oleaginosas – nozes, amêndoas, castanhas – todos os dias.

12. Acrescente azeite
O azeite de oliva extravirgem é uma gordura monoinsaturada que contribui com a redução do colesterol LDL e com o aumento do colesterol HDL no sangue. O ideal é optar pelo produto engarrafado em vidro escuro e com acidez de até 0,5. A quantidade indicada é uma colher (sopa) por refeição, sem levá-lo ao fogo. Outra dica é: ao cozinhar, optar sempre por óleos vegetais em vez de gordura animal.
13. Comprometa-se
Modificar hábitos alimentares e incluir atividades físicas na rotina exigem uma dose de comprometimento da nossa parte. É preciso estar disposto a abrir mão de certos alimentos e saber esperar pelos resultados, que podem aparecer entre três semanas e três meses. “A determinação do paciente em mudar a alimentação é primordial. É preciso ter a consciência de que a mudança é necessária”, afirma Alessandra.

14. Fique de olho na família
Se você tem índice de colesterol LDL elevado, é importante conhecer o histórico familiar para descobrir se pode haver algum fator genético relacionado a isso. Em caso positivo, o cardiologista José Rocha Faria recomenda que seja feito exame de sangue uma vez ao ano para que a situação seja monitorada preventivamente. A mesma orientação é dada a idosos e pessoas com dieta inadequada, com grande ingestão de gordura. Para aqueles que não se enquadram nessas situações o exame pode ser feito a cada dois ou três anos.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/14-formas-de-baixar-o-colesterol/5562/ - Texto Jorge Olavo / Foto: Shutterstock - por Marília Alencar