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segunda-feira, 7 de março de 2022

10 mitos e verdades sobre o colesterol


Tire as principais dúvidas sobre o colesterol, saiba como ele influencia sua saúde e veja como manter bons índices


Quatro em cada dez brasileiros têm as taxas de colesterol acima do indicado, segundo dados do Ministério da Saúde. Falta acesso à informação? Há negligência nos cuidados necessários após o diagnóstico? Seja qual for a razão, é fundamental a compreensão de que o colesterol elevado no sangue é um dos fatores de risco que mais interferem na incidência de doenças e eventos que atingem o sistema cardiovascular, como o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).

 

O que você sabe sobre colesterol? Mesmo sendo um assunto muito falado, o tema ainda é rodeado de dúvidas e informações equivocadas. Por isso, vamos começar esclarecendo: trata-se de um tipo de gordura presente no organismo, não encontrada apenas no sangue, mas em qualquer tecido do corpo. É produzida naturalmente por nós e adquirida também dos alimentos. O colesterol é um composto lipossolúvel, ou seja, não se dissolve em água.

 

1. O colesterol é um vilão para a saúde.

Mito. O colesterol é fundamental para as funções e o bom funcionamento do organismo. O perigo está no excesso da substância, em especial em um de seus tipos. O corpo precisa de colesterol para realizar trabalhos importantes, como a construção e manutenção das membranas que envolvem nossas células.

Também é essencial na produção de hormônios: é utilizado como precursor (substância-base para a síntese de outra). O colesterol está ainda envolvido no metabolismo das vitaminas lipossolúveis, como as A, D, E e K, além de participar da fabricação dos ácidos biliares que atuam na digestão.

 

2. Os alimentos são a principal fonte de colesterol.

Mito. Apesar dos hábitos alimentares terem influência direta nos níveis de colesterol, apenas 30% é proveniente dos alimentos. Os outros 70% são produzidos pelo próprio corpo, mais especificamente pelo fígado.

Aqui, vale destacar que a capacidade do organismo em absorver colesterol é limitada a 300 miligramas por dia (em adultos). Depois de passar pela circulação sanguínea e cumprir suas funções, quando em condições normais, tem seu excesso eliminado. Sendo assim, os níveis de colesterol no sangue dependem, principalmente, da capacidade do fígado em removê-lo, o que varia de pessoa para pessoa.

 

3. Não há só um tipo de colesterol no nosso organismo.

Verdade. Primeiro, vale uma breve explicação sobre como ele circula no corpo. Para que o colesterol seja transportado pelo sangue até os tecidos, é fundamental que esteja dissolvido. Como é insolúvel em água, segue na forma de lipoproteína, isto é, associa-se a um fosfolipídio e a uma proteína. Por esse motivo, durante a produção do colesterol no fígado, ele adere a variadas combinações de fosfolipídios e proteínas, o que faz surgir diferentes tipos de colesterol.

Dois tipos de lipoproteínas transportam o colesterol por todo o corpo: -O LDL (ou lipoproteína de baixa densidade), chamado de colesterol "ruim": proteína que se une ao colesterol para levá-lo às células. Compõe a maior parte do colesterol do corpo. Quanto maior a taxa de LDL, maior o risco de aparecimento e agravamento de doenças cardiovasculares.;2. O HDL (ou lipoproteína de alta densidade), o colesterol "bom": é dele a responsabilidade de remover o excesso de colesterol dos tecidos e artérias e quem leva a substância de volta ao fígado - para depois ser eliminado, impedindo assim seu acúmulo. Em outras palavras, o HDL ajuda a limpar o excedente de gordura dos vasos sanguíneos. Quando essa proteína está em níveis baixos, as chances de problemas cardiovasculares são maiores.

 

4. O colesterol tem relação direta com a saúde cardiovascular.

Verdade. Quando o colesterol ruim gera acumulação de placa de gordura nas artérias é que é considerado um fator de risco importante para ataques cardíacos, doenças que atingem o coração e acidentes vasculares cerebrais. Portanto, é o excesso de LDL que está associado aos problemas no sistema cardiovascular.

Caso seus níveis estejam altos, a gordura pode se acumular e ficar depositada na parede das artérias (aterosclerose), o que, gradualmente, evolui e forma uma placa que chamamos de ateroma. Esses ateromas obstruem os vasos dificultando ou bloqueando a passagem do sangue. Com o tempo, isso pode resultar em falta de ar e dor no peito (angina), na doença arterial coronária (DAC), em um infarto ou AVC. Leva anos para uma placa de ateroma se desenvolver, no entanto, quanto mais avançada a idade, maior o risco.

 

5. Pessoas magras também podem ter taxas de colesterol elevadas.

Verdade. Pessoas com qualquer tipo corporal podem ter o colesterol alto. Estar acima do peso ou ser obeso aumentam as chances, mas ser magro não exclui o risco de apresentar descontrole nos níveis de gordura no sangue.

Primeiro, porque alguns indivíduos exageram exageram em alimentos gordurosos, industrializados e ultraprocessados apesar de estarem no peso considerado ideal. Depois, por um componente genético que interfere na capacidade de remoção de colesterol pelo fígado. Histórico familiar de algumas doenças, como diabetes, hipotireoidismo e síndrome de Cushing, também aumentam a probabilidade de níveis elevados de colesterol no organismo, independente de ter o corpo magro ou gordo.

 

6. Problema com os níveis de colesterol podem ser hereditários.

Verdade. Colesterol alto também tem o fator genético como causa. Um parente de primeiro grau com a condição torna maiores as chances de ter o colesterol elevado, independente de outros fatores. E isso tem nome: hipercolesterolemia familiar (HF), problema que impede a remoção dos excessos de colesterol do corpo. Como consequência, o risco de desenvolver complicações cardiovasculares não só aumenta como elas aparecem ainda mais cedo. Seus portadores têm níveis até quatro vezes maiores de LDL do que o apresentado por pessoas sem a disfunção genética.

Grande parte dos portadores de HF não sabe que tem a condição, o que acaba retardando o início dos cuidados e tratamento. A disfunção que origina a HF é de transmissão autossômica dominante, o que significa que a metade dos descendentes em primeiro grau de um indivíduo afetado vão ser portadores do problema e irão apresentar níveis elevados de LDL desde o nascimento.

 

7. Apenas adultos têm colesterol.

Mito. Crianças têm níveis elevados de colesterol, assim como os adultos. Como vimos o problema pode ser genético. Assim, aqueles que herdam níveis altos de colesterol de um ou ambos os pais, correm mais risco de ataque cardíaco prematuro ou derrame.

Portanto, é importante que todos por volta dos 10 anos façam a dosagem do colesterol e suas frações, mesmo sem nenhum indício ou histórico familiar, repetindo os testes entre 17 e 21 anos. Nos indivíduos que têm pais ou parentes próximos com colesterol elevado e que tiveram doenças cardiovasculares jovens, a recomendação é que a dosagem seja feita a partir do segundo ano de vida.

Vale destacar ainda que as crianças hoje tendem ao ganho de peso e à obesidade, questão no qual o colesterol está presente. Dados do Ministério da Saúde apontam que 20% dos adolescentes, de 12 a 17 anos, têm índices altos de colesterol ruim.

 

8. Ovo é o maior inimigo do colesterol.

Mito. Tido como o grande vilão do colesterol no passado, o ovo não deve ser deixado de fora do cardápio, uma vez que é uma das fontes de proteína mais completas e contém diversas vitaminas e nutrientes. As recomendações atuais, porém, indicam a ingestão de um ovo ao dia - se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na dieta.

Quando o assunto é alimentação, em resumo, a ideia é ter atenção ao consumo de gorduras saturadas e trans presentes em alimentos de origem animal, como carnes vermelhas e derivados do leite, além de frituras, produtos industrializados e ultraprocessados. Ao invés disso, procure incluir nas refeições, por exemplo, muita fibra, castanhas, nozes, amêndoas, azeite de oliva, abacate, carnes brancas, queijos magros, frutas e vegetais.

 

9. Quando meu colesterol está alto, os sintomas são evidentes.

Mito. O colesterol alto, no geral, não apresenta sinais ou sintomas, o que pode revelar um inimigo silencioso. O fato é que a situação piora lentamente. Quando o corpo dá algum sinal, provavelmente, já é reflexo de um evento grave: está prestes ou efetivamente no meio de um infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral.

Um dado interessante para entender a gravidade da questão é que somente uma em cada três pessoas com colesterol LDL alto tem a condição sob controle. É por isso que é tão importante verificar os níveis de colesterol rotineiramente? a partir dos 20 anos deve ser feito pelo menos a cada 5 anos ou de acordo com a orientação do seu médico. Isso nos dá a chance de intervir mais cedo se os números começarem a subir.

 

10. O colesterol não tem cura.

Verdade. Muitos acreditam que ao fazerem mudanças nos hábitos e, especialmente, ao tomarem o medicamento indicado, os níveis de colesterol baixam e o problema desaparece. Estão enganados! O colesterol não tem cura e precisa de atenção e cuidados por toda a vida.

O que é preciso ficar claro é que não se busca a cura e sim um controle. O tratamento envolve a prática de exercícios físicos, ajustes e cuidados com a alimentação, controle do peso e de outros fatores de risco para o coração (como diabetes e pressão arterial), além da adoção de um estilo de vida saudável, a exemplo de não fumar e abusar do consumo de álcool.

Quando necessário, também pode ser indicado o uso de medicamentos. Porém, não adianta tratar por um período e depois abandonar. Se parar, o colesterol sobe de novo. E quanto mais alto o colesterol, mais indispensável é o tratamento.

 

Entenda a sua taxa de colesterol

Por meio de um exame de sangue é possível verificar níveis totais de colesterol, bem como do HDL e do LDL. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é manter os níveis de colesterol total, HDL e LDL da seguinte forma:

- Colesterol total (medida sem distinção entre HDL e LDL): em adultos, abaixo de 200 mg de colesterol por decilitro de sangue (200 mg/dl) e, em crianças, abaixo de 170 mg/dl;

- HDL: acima de 35 mg por decilitro (35 mg/dl);

- LDL: abaixo de 130 mg por decilitro (130 mg/dl).

 

Entretanto, os limites são mais restritos para quem já apresenta fatores de risco para doenças cardiovasculares. Em pessoas com risco intermediário, o objetivo é ter menos de 100 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue de LDL. Para quem têm um risco alto, os valores ideais do LDL são de 70 mg/dl; e para aqueles com um risco muito alto, é de 50 mg/dl. Por fim, é importante reforçar um aspecto quanto a taxa de colesterol total: se ela estiver abaixo do esperado, em torno de 30mg/dl a 40mg/dl, as chances de lesão nas membranas celulares aumentam, uma vez que elas necessitam do colesterol.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/38452-10-mitos-e-verdades-sobre-o-colesterol?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9586858 - Escrito por Paulo Chaccur - Cardiologia - CRM 22868/SP


Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

Isaías 40:29


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Colesterol alto: veja tudo o que você deve comer para controlar o problema


O colesterol é um composto essencial para o organismo, pois desempenha diversas funções, como transporte das gorduras, manutenção da permeabilidade das células, síntese de hormônios e de vitamina D.

O colesterol é composto de frações: o LDL-colesterol, conhecido como “colesterol ruim”, é o que causa acúmulo nas paredes das artérias, aumentando o risco de problemas cardiovasculares.

Já o HDL-colesterol, ou “colesterol bom” representa fator de proteção das artérias, dificultando a entrada do LDL. Os valores considerados de referência para as taxas de colesterol são:

Colesterol ruim (LDL): pessoas com risco cardíaco elevado devem ter taxa abaixo de 50 mg/dl.
Colesterol bom (HDL): a taxa considerada desejável deve estar acima de 40 mg/dl.
Colesterol total: o novo parâmetro indica que a taxa desejável deve estar abaixo de 190 mg/dl.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o aumento do colesterol ruim pode ser decorrência de diversos fatores, como tendências genéticas, obesidade, idade, gênero, diabetes, sedentarismo e, principalmente, alimentação, já que 30% do colesterol vem do que comemos.

Alimentos que ajudam a controlar o colesterol
Rosana Perim, nutricionista gerente do Serviço de Nutrição do Hospital do Coração (HCor), afirma que, na maioria dos casos, o aumento do colesterol ruim ocorre por meio de hábitos alimentares incorretos, influenciados pelo elevado consumo de comidas em gorduras saturadas e gordura trans.

 Para controlar e combater o colesterol ruim, a profissional lista alimentos considerados “amigos” da saúde e que devem estar sempre presentes no cardápio. Confira as opções:

Verduras e legumes
Frutas
Cereais integrais
Aveia
Laticínios desnatados
Peixes (de preferência salmão, sardinha, anchova e atum)
Azeite de oliva
Azeitona
Óleos vegetais de soja, milho, girassol ou canola
Linhaça
Oleaginosas (como castanhas, nozes, amêndoas, amendoim)

De acordo com a nutricionista, uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais é indicada para todos os indivíduos, mas especialmente importante para aqueles que pretendem manter os níveis de colesterol no sangue desejáveis.


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Colesterol: as taxas ideais


Se todos os brasileiros fizessem agora um exame de sangue para medir o colesterol, cerca de 40% veriam que a taxa já ultrapassou os limites saudáveis

Quase metade da população enfrenta problemas com o colesterol, sempre associado a infartos e derrames quando está em excesso. Mas a grande verdade é que sem ele a gente não sobreviveria. Ele é essencial ao organismo, pois desempenha funções vitais, serve de matéria-prima para a produção de hormônios, do ácido biliar que regula a digestão e da vitamina D, e entra na construção de membranas celulares.

E essas são apenas algumas de suas nobres funções. Então o jeito é manter suas taxas no devido lugar. Apesar de conhecido como gordura, quimicamente ele é um álcool. A confusão tem razão de ser: de fato o colesterol se comporta como um lipídeo pois só circula acoplado a moléculas chamadas de lipoproteínas – que, como o próprio nome diz, estão cheias de lipídeos e proteínas.

Conforme a carga de colesterol que elas carregam, elas podem ser de dois tipos: LDL, conhecido como mau colesterol, ou HDL, o famoso bom colesterol. Os valores considerados ideais no sangue dependem dos fatores de risco da pessoa. Veja a seguir os resultados desejados do exame de colesterol e frações:

Colesterol total
Desejável: abaixo de 190 mg/dl

LDL
Indivíduos com risco baixo: abaixo de 130 mg/dl
Indivíduos com risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl
Indivíduos com risco alto: abaixo de 70 mg/dl

Indivíduos com risco muito alto: abaixo de 50 mg/dl

HDL
Desejável: acima de 40 mg/dl

O colesterol das crianças
Nos últimos anos tem aumentado, e muito, o número de crianças com altos níveis de colesterol. A culpa aqui é da alimentação dos pequenos, cada vez mais rica em comidas industrializadas e fast-food. O risco para essa turminha é enorme: quanto mais tempo esse vilão perambula pelo sangue, mais estragos é capaz de fazer. E atenção: o valor ideal para os pequenos é diferente dos adultos. Para eles, um colesterol total de 170 já é alto demais.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

14 formas de baixar o colesterol

A substância é essencial para o organismo, mas fora de controle é fator de risco para problemas. Conheça os hábitos que derrubam as taxas

Colesterol. Esse nome provoca calafrios em muita gente. E em você? Com o passar dos anos e diante de novos estudos, aquele que é encarado como o principal fator de risco para problemas cardiovasculares ganhou alguns minutos para se justificar. Por um tempo, buscou-se tiranizar o LDL, “o mau”, e glorificar o HDL, “o bom”. Agora, especialistas lutam para acabar com esse estigma, mostrando que tudo depende do equilíbrio. Nem vilão nem mocinho, o colesterol descontrolado traz malefícios à saúde. No entanto, o bom funcionamento de nosso organismo também depende dele.

O colesterol é um tipo de gordura essencial para nosso corpo com duas funções principais: ele faz parte da estrutura de todas as células e participa da síntese dos hormônios sexuais. Para além dos benefícios, o problema é quando há excesso da substância no sangue, o que aumenta a chance de acúmulo de placas de gordura nas artérias e, consequentemente, eleva as chances de infarto e derrame.

Mas os especialistas reforçam que não há um colesterol bom e outro ruim. “Como ele não pode andar livre no sangue, é carregado por lipoproteínas (LDL e HDL)”, explica o cardiologista José Rocha Faria, professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Contudo, enquanto o LDL pode ficar acumulado nas artérias, o HDL é capaz de carregar o excesso de colesterol para o fígado, onde ele é sintetizado e eliminado do organismo. “É preciso haver um equilíbrio entre os dois”, pondera a nutricionista funcional Alessandra Sguario (PR).

Sinal de alerta
Do ponto de vista médico, todo LDL acima de 160 mg de gordura em cada mililitro de sangue é considerado elevado e o ideal é que o HDL seja superior a 45. No entanto, do ponto de vista nutricional, o sinal de alerta pode ser ligado a partir de limites, que podem variar de acordo com cada indivíduo. Para controlar o colesterol, a prática de atividades físicas e a ingestão de uma dieta rica em fibras com pouca gordura – já que ela é absorvida pelo organismo e vai direto para o sangue – são orientações frequentes e que devem caminhar juntas. Confira aseguir 14 dicas elencadas pela VivaSaúde em conjunto com os especialistas, que você pode adotar no dia a dia, sem recorrer a medicamentos,e que ajudarão a reduzir ou aumentar os níveis de colesterol HDL e LDL, mantendo-os na linha.

1. Acelere o ritmo
Qualquer atividade física é bem-vinda para o controle do colesterol. Praticar atividades aeróbias de três a quatro vezes durante a semana, por 30 minutos, é um grande avanço. O educador físico César Ribeiro (PR) explica que a queima calórica provocada pelo exercício atua diretamente na redução do colesterol LDL e aumento do HDL. O ideal é manter os batimentos cardíacos entre 138 e 150 por minuto. Para não perder tempo, vale praticar caminhada ou subir e descer escadas.

2. Turbine os músculos
Para queimar mais calorias, Ribeiro aconselha intercalar ao longo da semana três treinos musculares de 40 minutos. O ideal é que você mantenha os batimentos cardíacos entre 122 e 138 ao longo de toda a atividade. O circuito funcional seria o exercício mais indicado, já que intercala trabalhos musculares com atividades aeróbias.

3. Aposte no prazer
Para fugir da obrigação e continuar a se exercitar fora da rotina, procure praticar algum esporte como hobby de uma a duas vezes por semana. Trabalhar o corpo de forma prazerosa mantém oritmo de exercícios e também ajuda na queima calórica. “O ideal é que esse tipo de atividade não seja praticada em dias consecutivos para não se tornar lesiva”, considera o educador físico Ribeiro.

4. Atenção aos frutos do mar
Eles são pequenos e podem parecer saudáveis, mas têm em sua composição uma grande quantidade de gordura saturada. O alerta é para camarão, lula, mariscos, caranguejos e outros frutos do mar. “Nenhum alimento é proibido desde que a gente saiba evitar e comer uma quantidade moderada. Nesse caso, a melhor opção seria pelo peixe mesmo”, orienta Alessandra. A porção adequada de camarões grandes em uma refeição seria de cinco unidades.

5. Prefira carnes magras
Em vez de colocar no prato aqueles cortes de carne com grande concentração de gordura ou com ela aparente, como picanha, costela e cupim, escolha os pedaços considerados magros: alcatra, patinho, coxão mole, filet-mignon. Para melhorar ainda mais na escolha, incluir na dieta o consumo de peito de frango sem pele e peixes de pequeno porte, entre eles o atum, a sardinha e a tainha seria o mais indicado para ingerir menos gordura.
6. Evite as frituras
Pelo excesso de gordura que esse processo de cozimento agrega aos alimentos, a nutricionista funcional Alessandra Sguario (PR) sugere que qualquer tipo de fritura seja evitado para que não eleve o nível de colesterol LDL no sangue. Ela lembra que temos outras opções de preparo de alimentos que podem ser adotadas com facilidade na cozinha: assados, grelhados e cozidos.

7. Troque o integral pelo desnatado
Ao consumir leite e derivados, a orientação é deixar os produtos integrais de lado e optar pelas versões zero, light ou desnatadas. Entre os queijos, os brancos, como cottage, ricota e frescal, são os com menor quantidade de gordura.

8. Aumente a ingestão de fibras
As fibras fazem com que o intestino absorva menos gordura e também contribuem com a saúde do fígado, aumentando a excreção de sais biliares, por onde o colesterol é eliminado. Não devem ficar de fora da dieta farelo de aveia, farinha de linhaça, farinha de berinjela, saladas verdes e legumes crus, já que, quando cozidos, perdem fibras e nutrientes. Para aumentar a ingestão de fibras, também vale dar preferência a alimentos integrais, como pão, arroz e biscoito.

9. Coma mais frutas
Use e abuse das frutas e, quando puder comê-las com casca, melhor. É nessa parte que está a maior concentração de fibras. “Vale qualquer fruta: maçã, pêssego, pera ... Mesmo o abacate pode ser consumido. Ele é rico em fitoesterol, que ajuda a controlar o colesterol. Mas não se deve consumir mais que uma unidade por dia”, comenta Alessandra.

10. Nada de gordura trans!
Presente em alimentos industrializados, como bolacha recheada, salgadinho e congelados, a gordura trans deve ser abolida da dieta. “É preciso prestar atenção no rótulo. Se tiver qualquer quantidade de gordura trans, procure outro alimento. Não tem tolerância”, sacramenta Alessandra. A nutricionista explica que a gordura trans é produzida a partir de um processo químico e tem um grande poder de fixação para se armazenar nas artérias.

11. Acerte na lista de compras
A nutricionista funcional Alessandra Sguario indica outros alimentos que também podem fazer parte da dieta com o intuito de controlar o colesterol. Estão na lista 30 g diárias de chocolate amargo com pelo menos 65% de cacau e três a quatro xícaras de chá verde por dia. Os dois alimentos têm função antioxidante e atuam no organismo de forma parecida com as fibras. Outra indicação é ingerir 30 g de oleaginosas – nozes, amêndoas, castanhas – todos os dias.

12. Acrescente azeite
O azeite de oliva extravirgem é uma gordura monoinsaturada que contribui com a redução do colesterol LDL e com o aumento do colesterol HDL no sangue. O ideal é optar pelo produto engarrafado em vidro escuro e com acidez de até 0,5. A quantidade indicada é uma colher (sopa) por refeição, sem levá-lo ao fogo. Outra dica é: ao cozinhar, optar sempre por óleos vegetais em vez de gordura animal.
13. Comprometa-se
Modificar hábitos alimentares e incluir atividades físicas na rotina exigem uma dose de comprometimento da nossa parte. É preciso estar disposto a abrir mão de certos alimentos e saber esperar pelos resultados, que podem aparecer entre três semanas e três meses. “A determinação do paciente em mudar a alimentação é primordial. É preciso ter a consciência de que a mudança é necessária”, afirma Alessandra.

14. Fique de olho na família
Se você tem índice de colesterol LDL elevado, é importante conhecer o histórico familiar para descobrir se pode haver algum fator genético relacionado a isso. Em caso positivo, o cardiologista José Rocha Faria recomenda que seja feito exame de sangue uma vez ao ano para que a situação seja monitorada preventivamente. A mesma orientação é dada a idosos e pessoas com dieta inadequada, com grande ingestão de gordura. Para aqueles que não se enquadram nessas situações o exame pode ser feito a cada dois ou três anos.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/14-formas-de-baixar-o-colesterol/5562/ - Texto Jorge Olavo / Foto: Shutterstock - por Marília Alencar 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Como reduzir o colesterol ruim sem remédios

O acúmulo do LDL nas veias e artérias é resultado, entre outros fatores, da alimentação inadequada e do sedentarismo

Você sabia que as doenças do coração são a causa número 1 de mortes no Brasil e no mundo? O dado é da Organização Mundial da Saúde (OMS). É neste contexto que o assunto “colesterol” merece total atenção.

Ele não deve ser tratado como um grande “vilão”, mas é preciso controlar o índice desse tipo de gordura presente no sangue, pois, quando em níveis elevados, ele aumenta o risco de doenças cardiovasculares (principalmente infarto e derrame).

José Alves Lara, médico nutrólogo e vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), destaca que o colesterol é uma substância lipídica produzida no fígado. “É a base para a fabricação de hormônios, DNA e membranas celulares, inclusive do cérebro”.

Ou seja, colesterol é um composto que possui funções no organismo humano, porém, sua elevação ou o desequilíbrio de suas frações geram malefícios à saúde.

O problema ocorre quando há acúmulo do LDL (conhecido como mau colesterol) nas veias e artérias do corpo. Isto é resultado, entre outros fatores, de uma alimentação inadequada e do sedentarismo, além de fatores como tabagismo, álcool, obesidade.

É preciso entender que, para ser transportado pelo sangue, o colesterol depende de veículos (chamados de lipoproteínas). A s principais lipoproteínas são: LDL–colesterol e a HDL – colesterol. Quando existe excesso de LDL no organismo, acaba ocorrendo o depósito desse excesso na parede das artérias, o que dificulta a circulação sanguínea, podendo levar ao entupimento da artéria e a complicações cardiovasculares.

Apesar dos milhares de trabalhos científicos em décadas (mostrando a relação do aumento do colesterol com o aumento do risco de doenças cardiovasculares), ainda perdemos vidas, apesar das informações bem esclarecidas oferecidas a todas as camadas sociais”, comenta Lara.

Porém, a boa notícia é que existem medidas relativamente simples que contribuem para o controle e manutenção dos níveis de LDL-colesterol (“colesterol ruim”). Abaixo você confere quais são elas e pode esclarecer suas principais dúvidas sobre o assunto.

4 formas de reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom
1. Alimentação equilibrada
Christiane Vitola, nutricionista funcional, lembra que uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis são a melhor forma de se reduzir o LDL-colesterol, conhecido como colesterol “ruim” e aumentar o HDL-colesterol, conhecido como colesterol “bom”.
“Há fatores não modificáveis, relacionados aos níveis de colesterol, tais como genética, condições hereditárias (Hiperlipidemia Familiar) e idade, que necessitam de um acompanhamento com profissionais de saúde para melhor terapia”, ressalta a nutricionista.
Porém, quando o foco é alimentação especificamente, algumas orientações são muito importantes, de acordo com Christiane:
Priorizar o consumo de alimentos com baixos teores de gorduras saturadas, como carnes magras, leites e laticínios desnatados;
Ter um consumo regular de alimentos fontes de fibras, como grãos e cereais integrais, frutas e hortaliças. “Essas mudanças contribuem com a manutenção dos níveis de colesterol no sangue”, diz a nutricionista.
Fitoesteróis, presentes em menores quantidades em alimentos de origem vegetal, como óleo de soja, frutas e hortaliças, e em maior quantidade em alimentos adicionados dessa substância, como cremes vegetais, podem contribuir com a redução dos níveis do LDL-colesterol. “Seu consumo deve ser associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”, destaca Christiane.
2. Atividade física
Não há como fugir: a prática de atividade física é fundamental também quando o assunto é controle dos níveis de colesterol.
“A prática de atividades físicas regular contribui com o aumento dos níveis de HDL-colesterol, sendo um coadjuvante na manutenção dos níveis de colesterol”, diz Christiane.
Vale destacar ainda que praticar atividades físicas e seguir uma alimentação equilibrada são os fatores essenciais para baixar o peso, quando necessário.”Baixar o peso diminui o LDL e também os triglicerídeos”, comenta o médico nutrólogo Lara.
3. Consultas regulares
Outro hábito fundamental é estar atenta à saúde de uma forma geral, fazendo os exames periódicos e realizando consultas regulares ao cardiologista.
Prevenção é sempre o melhor caminho. Dessa forma, sendo comprovado o aumento do LDL, por exemplo, o médico indicará o tratamento adequado para cada caso.
4. Não fumar
Ainda dentro da ideia de ter bons hábitos, largar o cigarro (no caso de quem fuma) é muito importante. Christiane destaca que o cigarro é responsável pela diminuição da espessura dos vasos sanguíneos, “reduz a concentração de oxigênio no sangue, gerando um ritmo cardíaco anormal, aumentando a reação inflamatória do corpo e favorecendo o aparecimento de placas de gordura nas artérias”.

Causas do aumento do colesterol “ruim”
Lara lembra que o aumento do LDL (ou “mau colesterol”) decorre da somatória de diferentes atitudes. “Dieta, exercícios, modificam em aproximadamente 15% a produção do colesterol total, já que os 85% restantes dependem da fabricação endógena pelo próprio fígado. Existem as dislipidemias genéticas, onde a dieta e mesmo os medicamentos não conseguem controlar os altos níveis de gordura”, diz.
O médico nutrólogo destaca que a utilização de gordura saturada (animal) e trans (hidrogenada) também tem grande influência.
Dessa forma, em resumo, podem ser destacadas como principais causas do colesterol elevado:
Alimentação inadequada (principalmente com o consumo excessivo de gordura saturada e trans);
Sedentarismo;
Condições hereditárias;
Fumo;
Etnia;
Idade.

Diferenças entre HDL, LDL, VLDL
Lara explica que HDL é a fração do colesterol total que protege o endotélio vascular.
“O LDL ou mau colesterol, também chamado de baixa densidade, é o que se adere no endotélio provocando inflamações e trombos e, logo, infartos e derrames”, acrescenta o médico.
“O VLDL é uma partícula grande que eleva a concentração de triglicerídeos; dependentes da ingestão de açúcares, óleo de cozinha, álcool etc.”, explica Lara.
Vale lembrar que o colesterol é transportado pelo corpo por proteínas e essa combinação é chamada lipoproteína. A lipoproteína de alta-densidade (HDL) é aquela considerada boa para o coração. Carrega colesterol das artérias para o fígado, onde é eliminada. Assim é chamada popularmente de “colesterol bom”.
Já a lipoproteína de baixa-densidade (LDL) é considerada ruim para o coração, pois carrega colesterol do fígado para os tecidos do corpo. E, assim, se houver muito “colesterol ruim” no corpo, ele tende a se acumular nas células e nas artérias.

Níveis saudáveis de colesterol
José Alves Lara destaca que os níveis recomendados são: até 200 mg /dl no adulto. LDL até 130mg/dl e HDL superior a 60mg/dl. Os triglicérides devem ficar até 150mg/dl.




Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/colesterol/ - por Tais Romanelli - Foto: Getty Images - Imagem: Dicas de Mulher

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Conheça nove dicas para controlar o colesterol alto

Praticar exercícios, consumir fitoesteróis e chá-mate ajuda a equilibrar taxas

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto, e doenças associadas a esse problema, como infarto e AVC, são apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo a primeira causa de morte no mundo. Isso porque, quando está descontrolado, o colesterol se deposita nas artérias ajudando a formar placas de gordura nessas estruturas, provocando o endurecimento dos vasos (aterosclerose). Além disso, o acúmulo cada vez maior de gordura também obstrui as artérias e vasos, levando ao aumento da pressão arterial, o que pode levar a derrames e afetar o funcionamento do coração.

O nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, explica que de 70 e 80% de todo o colesterol que precisamos é produzido pelo nosso corpo, e que apenas o restante dessa porcentagem vem da alimentação. Por isso algumas pessoas que levam uma vida muito saudável ainda sim apresentam altas taxas dessa substância e precisam de acompanhamento profissional. No entanto, muitas pessoas conseguem controlar o colesterol apenas fazendo mudanças em seu estilo de vida. Mas o que é o "colesterol alto" que todos falam?

Existem dois tipos de colesterol: o LDL, que é o colesterol de baixa densidade, cuja função é levar a gordura do fígado para os tecidos; e o HDL, que é o colesterol de alta densidade, cuja função é retirar o excesso de LDL dos tecidos e levá-los ao fígado, evitando que ele se acumule nas paredes das artérias. Para cada três moléculas de colesterol LDL é necessária apenas uma de HDL para transportá-las, e por isso os níveis saudáveis de colesterol funcionam de forma proporcional - para inibir o acúmulo de gordura nas artérias, é necessário evitar altas taxas de LDL e os níveis baixos de HDL. As quantidades recomendadas de colesterol são de 100 mg por decilitro de sangue para o LDL e 40 mg ou mais por decilitro para o HDL, sendo que o colesterol total deve estar abaixo dos 200 mg/dl. Confira aqui o passo a passo campeão para livrar seu organismo desse mal: 

Reduzir a gordura saturada do cardápio
Todos os alimentos que têm gordura saturada possuem colesterol, devendo portando ser consumidos nas proporções adequadas para uma dieta saudável. De acordo com o nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, nossa alimentação deve conter no máximo 300 mg de colesterol por dia para mantermos os níveis equilibrados. A gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, como carnes, ovos, leite e derivados. "Não existe colesterol em alimentos de origem vegetal, e por isso eles não representam uma ameaça", ressalta o nutrólogo José Ernesto dos Santos, da Associação Brasileira de Nutrologia. Embutidos como salame, mortadela e presunto também são ricos em colesterol. Os peixes e cortes magros de frango, sem pele, são bons substitutos, já que não tem tanta gordura. Opte por comer carne vermelha apenas duas vezes por semana e prefira os cortes mais magros, como patinho, maminha e músculo. Trocar os queijos gordurosos, como provolone e mussarela, por versões mais magras, como cottage, também ajudam na redução do colesterol proveniente da dieta.  

Invista em fitoesteróis
Os fitoesteróis são substâncias antioxidantes encontradas na natureza em fontes vegetais, mas alguns itens da indústria alimentícia já são enriquecidos com este componente. O colesterol e os fitoesteróis tem como semelhança sua estrutura química. As duas substâncias competem uma com a outra para serem absorvidas pelo intestino, e a consequência disso é que menos colesterol será absorvido pelo organismo. "Além disto, o fitoesterol altera a solubilidade do colesterol no intestino, fator que também diminui sua absorção", explica o nutricionista Israel Adolfo. A ingestão de 2,5 a 3 g/dia de fitosterois reduz a colesterolemia (nível de colesterol no sangue) em cerca de 10 a 12%. Boas fontes de fitoesteróis são os óleos vegetais crus, nozes, feijão, legumes, verduras e alimentos enriquecidos, como creme vegetal e iogurtes.  

Consuma mais ômega 3
Os ácidos graxos ômega 3 possuem propriedades anti-inflamatórias, antitrombóticas e antirreumáticas, que atuam reduzindo a concentração dos lipídeos do sangue, favorecendo a vasodilatação. O ômega-3 é capaz de evitar a formação das placas de gordura na parede das artérias e garantir a flexibilidade dos vasos sanguíneos, afastando o risco de doenças como infarto, hipertensão, aterosclerose e derrames. Além disso, esses ácidos graxos modificam a composição química do sangue, provocando o aumento dos níveis do HDL (colesterol bom) e a diminuição dos níveis de LDL (colesterol ruim). Ele também consegue reduzir os níveis de triglicerídeos do sangue. "Além disso, o organismo utiliza o ômega 3 para produzir prostaglandinas, substâncias químicas que têm participação em muitos processos, inclusive no combate às inflamações dos vasos sanguíneos", explica a nutricionista Fabiana Honda, da consultoria nutricional Patrícia Bertolucci. Boas fontes de ômega 3 são peixes como salmão, truta e atum, e alimentos como linhaça, nozes, óleo de canola, rúcula e milho. Além disso, existem hoje em dia alimentos enriquecidos nesse nutriente, como o creme vegetal.  

Equilibre o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6
O ômega 6 é um ácido graxo poli-insaturado que possui funções específicas no organismo, como no auxilio à cicatrização, diminuição do colesterol LDL e ainda ajuda a aumentar a queima de gordura corporal. Suas principais fontes são as carnes, ovos, leite, oleaginosas e óleos vegetais. No entanto, os ômegas 3 e 6 precisam estar em equilíbrio no organismo para tirarmos melhor proveito deles - isso porque altos níveis de ômega 6 no sangue causam o efeito contrário, levando ao acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos e aumento do risco de doenças cardiovasculares. "O que mudou tão drasticamente a proporção entre essas gorduras na alimentação ocidental foi o alto consumo de óleos poli-insaturados, produtos refinados e carne de gado, peixe e frango criados com ração", explica o nutrólogo Wilson Rondó, de São Paulo. Segundo o especialista, as rações ricas em grãos, como a soja, apresentam alto teor de ômega 6. Dessa forma, os animais que são alimentados com esse tipo de ração acabam apresentando uma quantidade maior do nutriente. Uma medida para reduzir o consumo de ômega 6 proveniente das proteínas animais é priorizar o consumo de carnes, aves e peixes orgânicos. A relação ideal entre esses ácidos graxos é de um para um, sendo um limite máximo de um ômega 3 para quatro ômega 6. "Quando em equilíbrio, o ômega 6 previne o aumento de células gordurosas, diminui o colesterol e triglicérides e reduz a resistência à insulina", afirma o nutrólogo. No entanto, o ômega 6 não é um vilão e seu consumo não deve ser cortado da dieta - pelo contrário, deve ser estimulado seu consumo da forma adequada, de preferência acompanhado de uma boa fonte de ômega 3.

Praticar exercícios
Fazer atividades físicas regularmente é a maneira mais eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o colesterol bom (HDL) - principalmente se forem aeróbicas, com a caminhada e a corrida. Os exercícios funcionam como um importante anti-inflamatório do corpo, impedindo que as moléculas de colesterol bom sofram oxidação. Além disso, o condicionamento físico e cardiorrespiratório gerado pela atividade física faz com que nosso coração fique mais forte, impedindo uma sobrecarga com atividade simples, facilitando o controle de pressão, colesterol e peso.  

Consumir mais fibras
As fibras diminuem a absorção de gorduras pelo organismo, reduzindo o nível de LDL. De acordo com o nutricionista Israel, a fibra se liga ao colesterol e impede sua absorção, por isso ajuda no controle das taxas. "Até certo ponto os níveis de colesterol podem ser administrados com o consumo de fibras, sendo que a recomendação para uma dieta equilibrada é de 400 g de fibra por dia", diz. Entre as fontes de fibras, há um destaque especial para a aveia, que é rica em substâncias chamadas beta-glucanas. Quando comemos o cereal, as beta-glucanas formam um espécie de gel durante o processo de digestão, e o colesterol ficam mais tempo "preso" nesse gel, para depois ser absorvidos. O consumo regular de aveia, especialmente na forma de farelo, pode diminuir em até 10% o colesterol alto. Além da aveia, enriqueça sua dieta com alimentos integrais e consuma frutas com a casca, como a maçã, a pera, a uva, sempre que possível.  

Consumir mais azeite de oliva
Chamado de "ouro líquido" pelos mediterrâneos, o azeite de oliva está no ranking de alimentos essenciais ao cardápio de quem quer combater o colesterol descontrolado e, por consequência, zelar pela saúde do coração. Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Barcelona e publicada noNew England Journal of Medicine comprovou que a dieta mediterrânea, cuja base é o azeite extravirgem, castanhas, peixes vegetais, é capaz de reduzir em 30% o risco de doenças cardiovasculares. O azeite de oliva não só ajuda a diminuir o mau colesterol (LDL) como aumenta o bom colesterol (HDL). "Isso ocorre graças a presença de antioxidantes, gorduras monoinsaturadas e vitamina E no alimento", explica o nutrólogo Wilson Rondó. Além dele, outras fontes de gorduras monoinsaturadas são o óleo de canola e oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas. 

Aceita uma xícara de chá?
A dupla chá verde e chá-mate é uma ótima aliada no controle do colesterol. O chá verde contém flavonoides, antioxidantes que ajudam a prevenir a inflamação dos vasos sanguíneos provocada pelas taxas de colesterol em desequilíbrio. Quanto ao chá mate, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina constatou que consumir três doses diárias de aproximadamente 300 ml (quase 1 litro por dia) da bebida diminui em 13% as taxas de colesterol LDL e aumenta o colesterol HDL. Segundo os especialistas, isso acontece porque o chá-mate possui alcaloides e glicídios, substâncias capazes de interagir com os ácidos biliares e reduzir a absorção de colesterol.  

Largar o cigarro
As substâncias nocivas presentes no cigarro potencializam a oxidação das partículas de colesterol, desencadeando inflamações nas artérias que podem levar à formação de placas de gordura, entupindo os vasos. No caso de quem já tem o colesterol alto, o tabaco potencializa ainda mais esse processo. Ou seja, os riscos de entupimento de um vaso ficam ainda maiores, aumentando a probabilidade de má circulação e até de um infarto.  

Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16669-conheca-nove-dicas-para-controlar-o-colesterol-alto - POR CAROLINA SERPEJANTE