Praticar exercícios, consumir fitoesteróis e
chá-mate ajuda a equilibrar taxas
De acordo com o Ministério
da Saúde, cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto, e doenças
associadas a esse problema, como infarto e AVC, são apontadas pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) como sendo a primeira causa de morte no mundo. Isso
porque, quando está descontrolado, o colesterol se
deposita nas artérias ajudando a formar placas de gordura nessas estruturas,
provocando o endurecimento dos vasos (aterosclerose). Além disso, o acúmulo
cada vez maior de gordura também obstrui as artérias e vasos, levando ao
aumento da pressão arterial, o que pode levar a derrames e afetar o
funcionamento do coração.
O nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, explica que de 70 e 80% de todo o colesterol que precisamos é produzido pelo nosso corpo, e que apenas o restante dessa porcentagem vem da alimentação. Por isso algumas pessoas que levam uma vida muito saudável ainda sim apresentam altas taxas dessa substância e precisam de acompanhamento profissional. No entanto, muitas pessoas conseguem controlar o colesterol apenas fazendo mudanças em seu estilo de vida. Mas o que é o "colesterol alto" que todos falam?
Existem dois tipos de colesterol: o LDL, que é o colesterol de baixa densidade, cuja função é levar a gordura do fígado para os tecidos; e o HDL, que é o colesterol de alta densidade, cuja função é retirar o excesso de LDL dos tecidos e levá-los ao fígado, evitando que ele se acumule nas paredes das artérias. Para cada três moléculas de colesterol LDL é necessária apenas uma de HDL para transportá-las, e por isso os níveis saudáveis de colesterol funcionam de forma proporcional - para inibir o acúmulo de gordura nas artérias, é necessário evitar altas taxas de LDL e os níveis baixos de HDL. As quantidades recomendadas de colesterol são de 100 mg por decilitro de sangue para o LDL e 40 mg ou mais por decilitro para o HDL, sendo que o colesterol total deve estar abaixo dos 200 mg/dl. Confira aqui o passo a passo campeão para livrar seu organismo desse mal:
O nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, explica que de 70 e 80% de todo o colesterol que precisamos é produzido pelo nosso corpo, e que apenas o restante dessa porcentagem vem da alimentação. Por isso algumas pessoas que levam uma vida muito saudável ainda sim apresentam altas taxas dessa substância e precisam de acompanhamento profissional. No entanto, muitas pessoas conseguem controlar o colesterol apenas fazendo mudanças em seu estilo de vida. Mas o que é o "colesterol alto" que todos falam?
Existem dois tipos de colesterol: o LDL, que é o colesterol de baixa densidade, cuja função é levar a gordura do fígado para os tecidos; e o HDL, que é o colesterol de alta densidade, cuja função é retirar o excesso de LDL dos tecidos e levá-los ao fígado, evitando que ele se acumule nas paredes das artérias. Para cada três moléculas de colesterol LDL é necessária apenas uma de HDL para transportá-las, e por isso os níveis saudáveis de colesterol funcionam de forma proporcional - para inibir o acúmulo de gordura nas artérias, é necessário evitar altas taxas de LDL e os níveis baixos de HDL. As quantidades recomendadas de colesterol são de 100 mg por decilitro de sangue para o LDL e 40 mg ou mais por decilitro para o HDL, sendo que o colesterol total deve estar abaixo dos 200 mg/dl. Confira aqui o passo a passo campeão para livrar seu organismo desse mal:
Reduzir a gordura saturada do cardápio
Todos os alimentos que têm gordura saturada possuem
colesterol, devendo portando ser consumidos nas proporções adequadas para uma
dieta saudável. De acordo com o nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo,
nossa alimentação deve conter no máximo 300 mg de colesterol por dia para
mantermos os níveis equilibrados. A gordura saturada está presente em alimentos
de origem animal, como carnes, ovos, leite e derivados. "Não existe
colesterol em alimentos de origem vegetal, e por isso eles não representam uma
ameaça", ressalta o nutrólogo José Ernesto dos Santos, da Associação
Brasileira de Nutrologia. Embutidos como salame, mortadela e presunto também
são ricos em colesterol. Os peixes e cortes magros de frango, sem pele, são
bons substitutos, já que não tem tanta gordura. Opte por comer carne vermelha
apenas duas vezes por semana e prefira os cortes mais magros, como patinho,
maminha e músculo. Trocar os queijos gordurosos, como provolone e mussarela,
por versões mais magras, como cottage, também ajudam na redução do colesterol
proveniente da dieta.
Invista em fitoesteróis
Os fitoesteróis são substâncias antioxidantes
encontradas na natureza em fontes vegetais, mas alguns itens da indústria
alimentícia já são enriquecidos com este componente. O colesterol e os fitoesteróis
tem como semelhança sua estrutura química. As duas substâncias competem uma com
a outra para serem absorvidas pelo intestino, e a consequência disso é que
menos colesterol será absorvido pelo organismo. "Além disto, o fitoesterol
altera a solubilidade do colesterol no intestino, fator que também diminui sua
absorção", explica o nutricionista Israel Adolfo. A ingestão de 2,5 a 3
g/dia de fitosterois reduz a colesterolemia (nível de colesterol no sangue) em
cerca de 10 a 12%. Boas fontes de fitoesteróis são os óleos vegetais crus,
nozes, feijão, legumes, verduras e alimentos enriquecidos, como creme vegetal e
iogurtes.
Consuma mais ômega 3
Os ácidos graxos ômega 3 possuem
propriedades anti-inflamatórias, antitrombóticas e antirreumáticas, que atuam
reduzindo a concentração dos lipídeos do sangue, favorecendo a vasodilatação. O
ômega-3 é capaz de evitar a formação das placas de gordura na parede das
artérias e garantir a flexibilidade dos vasos sanguíneos, afastando o risco de
doenças como infarto, hipertensão, aterosclerose e derrames. Além disso, esses
ácidos graxos modificam a composição química do sangue, provocando o aumento
dos níveis do HDL (colesterol bom) e a diminuição dos níveis de LDL (colesterol
ruim). Ele também consegue reduzir os níveis de triglicerídeos do sangue.
"Além disso, o organismo utiliza o ômega 3 para produzir prostaglandinas,
substâncias químicas que têm participação em muitos processos, inclusive no
combate às inflamações dos vasos sanguíneos", explica a nutricionista
Fabiana Honda, da consultoria nutricional Patrícia Bertolucci. Boas fontes de
ômega 3 são peixes como salmão, truta e atum, e alimentos como linhaça, nozes,
óleo de canola, rúcula e milho. Além disso, existem hoje em dia alimentos
enriquecidos nesse nutriente, como o creme vegetal.
Equilibre o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6
O ômega 6 é um ácido graxo poli-insaturado que
possui funções específicas no organismo, como no auxilio à cicatrização,
diminuição do colesterol LDL e ainda ajuda a aumentar a queima de gordura
corporal. Suas principais fontes são as carnes, ovos, leite, oleaginosas e
óleos vegetais. No entanto, os ômegas 3 e 6 precisam estar em equilíbrio no
organismo para tirarmos melhor proveito deles - isso porque altos níveis de
ômega 6 no sangue causam o efeito contrário, levando ao acúmulo de gordura nos
vasos sanguíneos e aumento do risco de doenças cardiovasculares. "O que
mudou tão drasticamente a proporção entre essas gorduras na alimentação
ocidental foi o alto consumo de óleos poli-insaturados, produtos refinados e
carne de gado, peixe e frango criados com ração", explica o nutrólogo
Wilson Rondó, de São Paulo. Segundo o especialista, as rações ricas em grãos,
como a soja, apresentam alto teor de ômega 6. Dessa forma, os animais que são
alimentados com esse tipo de ração acabam apresentando uma quantidade maior do
nutriente. Uma medida para reduzir o consumo de ômega 6 proveniente das
proteínas animais é priorizar o consumo de carnes, aves e peixes orgânicos. A
relação ideal entre esses ácidos graxos é de um para um, sendo um limite máximo
de um ômega 3 para quatro ômega 6. "Quando em equilíbrio, o ômega 6
previne o aumento de células gordurosas, diminui o colesterol e triglicérides e
reduz a resistência à insulina", afirma o nutrólogo. No entanto, o ômega 6
não é um vilão e seu consumo não deve ser cortado da dieta - pelo contrário,
deve ser estimulado seu consumo da forma adequada, de preferência acompanhado
de uma boa fonte de ômega 3.
Praticar exercícios
Fazer atividades físicas regularmente é a maneira
mais eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzir o colesterol ruim
(LDL) e aumentar o colesterol bom (HDL) - principalmente se forem aeróbicas,
com a caminhada e a corrida. Os exercícios funcionam como um importante
anti-inflamatório do corpo, impedindo que as moléculas de colesterol bom sofram
oxidação. Além disso, o condicionamento físico e cardiorrespiratório gerado
pela atividade física faz com que nosso coração fique mais forte, impedindo uma
sobrecarga com atividade simples, facilitando o controle de pressão, colesterol
e peso.
Consumir mais fibras
As fibras diminuem a absorção de gorduras pelo
organismo, reduzindo o nível de LDL. De acordo com o nutricionista Israel, a
fibra se liga ao colesterol e impede sua absorção, por isso ajuda no controle
das taxas. "Até certo ponto os níveis de colesterol podem ser
administrados com o consumo de fibras, sendo que a recomendação para uma dieta
equilibrada é de 400 g de fibra por dia", diz. Entre as fontes de fibras,
há um destaque especial para a aveia, que é rica em substâncias chamadas
beta-glucanas. Quando comemos o cereal, as beta-glucanas formam um espécie de
gel durante o processo de digestão, e o colesterol ficam mais tempo
"preso" nesse gel, para depois ser absorvidos. O consumo regular de aveia, especialmente na forma de farelo, pode diminuir em
até 10% o colesterol alto. Além da aveia, enriqueça sua dieta com alimentos
integrais e consuma frutas com a casca, como a maçã, a pera, a uva, sempre que
possível.
Consumir mais azeite de oliva
Chamado de "ouro líquido" pelos
mediterrâneos, o azeite de oliva está no ranking de alimentos essenciais ao
cardápio de quem quer combater o colesterol descontrolado e, por consequência,
zelar pela saúde do coração. Uma pesquisa realizada por pesquisadores da
Universidade de Barcelona e publicada noNew England Journal of Medicine comprovou
que a dieta mediterrânea, cuja base é o azeite extravirgem, castanhas, peixes
vegetais, é capaz de reduzir em 30% o risco de doenças cardiovasculares. O
azeite de oliva não só ajuda a diminuir o mau colesterol (LDL) como aumenta o
bom colesterol (HDL). "Isso ocorre graças a presença de antioxidantes,
gorduras monoinsaturadas e vitamina E no alimento", explica o nutrólogo
Wilson Rondó. Além dele, outras fontes de gorduras monoinsaturadas são o óleo
de canola e oleaginosas, como castanhas, nozes e amêndoas.
Aceita uma xícara de chá?
A dupla chá verde e chá-mate é uma ótima aliada no
controle do colesterol. O chá verde contém flavonoides, antioxidantes que
ajudam a prevenir a inflamação dos vasos sanguíneos provocada pelas taxas de
colesterol em desequilíbrio. Quanto ao chá mate, uma pesquisa realizada pela
Universidade Federal de Santa Catarina constatou que consumir três doses
diárias de aproximadamente 300 ml (quase 1 litro por dia) da bebida diminui em
13% as taxas de colesterol LDL e aumenta o colesterol HDL. Segundo os
especialistas, isso acontece porque o chá-mate possui alcaloides e glicídios,
substâncias capazes de interagir com os ácidos biliares e reduzir a absorção de
colesterol.
Largar o cigarro
As substâncias nocivas presentes no cigarro
potencializam a oxidação das partículas de colesterol, desencadeando
inflamações nas artérias que podem levar à formação de placas de gordura,
entupindo os vasos. No caso de quem já tem o colesterol alto, o tabaco
potencializa ainda mais esse processo. Ou seja, os riscos de entupimento de um
vaso ficam ainda maiores, aumentando a probabilidade de má circulação e até de
um infarto.
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