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sábado, 29 de janeiro de 2022

Atividade física pode prolongar efeito das vacinas da COVID


Segundo estudo da USP, a presença de anticorpos induzidos por imunizantes é muito maior em pessoas fisicamente ativas

 

Que a prática de exercícios físicos é importante para nossa saúde física e mental, não há dúvidas. Por muitos anos, seus benefícios são estudados por especialistas e, atualmente, são muito conhecidos, estando relacionados ao aumento da sensação de bem-estar, o controle do estresse e o aumento da imunidade.

 

Porém, além de tudo isso, de acordo com um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), as atividades físicas também podem intensificar a eficácia das vacinas contra a COVID-19.

 

Isso porque, naturalmente, o número de anticorpos contra o coronavírus induzidos pelos imunizantes diminui com o tempo - fazendo com que seja importante manter o esquema vacinal completo. Mas, como aponta o artigo, a prática de exercícios físicos pode não apenas intensificar essa resposta vacinal, como também aumentar a durabilidade dos anticorpos.

 

Reforço de anticorpos

Considerando a idade, o sexo, o uso de medicamentos e o peso dos pacientes, a pesquisa da USP descobriu que o índice de positividade de anticorpos é significativamente maior nos pacientes ativos do que nos fisicamente inativos.

 

De acordo com o professor Bruno Gualano, primeiro autor da pesquisa, para cada 10 pacientes inativos que apresentaram soropositividade (presença de anticorpos), 15 ativos tiveram o mesmo resultado.

 

Em conclusão, levando-se em conta os demais benefícios da atividade física, na prevenção tanto de doenças crônicas quanto de casos graves de COVID-19, os pesquisadores recomendaram a promoção clínica de exercícios.

 

Para eles, uma rotina regular de atividades físicas serve como uma ferramenta barata e capaz de reduzir a baixa resposta vacinal, principalmente em grupos de risco, como pessoas idosas e com o sistema imunológico enfraquecido.

 

Como foi realizada a análise

Publicado na revista Sports Medicine, o estudo analisou 748 pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Entre eles, 421 praticavam atividades físicas regularmente e 327 eram inativos. Todos contavam com esquema vacinal completo por seis meses.

 

Para definir se um paciente é fisicamente ativo ou inativo, a pesquisa utilizou o parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera ativa uma pessoa que realiza alguma atividade física moderada ou intensa por, pelo menos, 150 minutos por semana.

 

Já para avaliar a capacidade de proteção fornecida pela vacina a longo prazo, os autores do estudo realizaram exames sorológicos que verificam a quantidade de anticorpos IgG e a presença de anticorpos neutralizantes (NAb), que estão associados à resposta imunológica da vacina.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/noticias/38395-atividade-fisica-pode-prolongar-efeito-das-vacinas-da-covid?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9528846 - Escrito por Murilo Feijo - Redação Minha Vida


Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

João 11:40


domingo, 12 de setembro de 2021

Pesquisa expõe diferenças nas respostas de anticorpos à covid-19


Dados avaliados por cientistas americanos podem resultar em estratégias diferentes para lidar com a doença

 

A esperança de um futuro sem medo de covid-19 se resume a anticorpos circulantes e células (linfócitos) B de memória. Ao contrário dos anticorpos circulantes, que atingem o pico logo após a vacinação ou infecção apenas para desaparecer alguns meses depois, as células B de memória podem permanecer por aí para prevenir doenças graves por décadas. E elas evoluem com o tempo, aprendendo a produzir “anticorpos de memória” sucessivamente mais potentes, melhores na neutralização do vírus e mais capazes de se adaptar a variantes.

 

A vacinação produz maiores quantidades de anticorpos circulantes do que a infecção natural. Mas um novo estudo sugere que nem todas as células B de memória são criadas iguais. Enquanto a vacinação dá origem a células B de memória que evoluem ao longo de algumas semanas, a infecção natural dá origem a células B de memória que continuam a evoluir ao longo de vários meses, produzindo anticorpos altamente potentes, capazes de eliminar até mesmo variantes virais.

 

Os resultados destacam uma vantagem conferida pela infecção natural em vez da vacinação, mas os autores alertam que os benefícios de células B de memória mais fortes não superam o risco de invalidez e morte por covid-19.

 

“Embora possa induzir a maturação de anticorpos com atividade mais ampla do que uma vacina, uma infecção natural também pode matar você”, disse o professor Michel C. Nussenzweig, chefe do Laboratório de Imunologia Molecular da Universidade Rockefeller (EUA) e coautor do estudo publicado no arquivo preprint bioRxiv. “Uma vacina não fará isso e, na verdade, protege contra o risco de doenças graves ou morte por infecção.”

 

Seu corpo contra a covid-19

Quando qualquer vírus entra no corpo, as células do sistema imunológico imediatamente produzem hordas de anticorpos circulantes. Soldados de infantaria do sistema imunológico, esses anticorpos trabalham intensamente, mas decaem em taxas variáveis ​​dependendo da vacina ou infecção – eles podem nos proteger por meses ou anos, mas depois diminuem em número, permitindo uma possível reinfecção.

 

O sistema imunológico tem um plano de reserva: um quadro de elite de células B de memória que sobrevivem aos anticorpos circulantes para produzir os chamados anticorpos de memória, que fornecem proteção de longo prazo. Estudos sugerem que as células B de memória da varíola duram pelo menos 60 anos após a vacinação; os da gripe espanhola, quase um século. E embora as células B de memória não bloqueiem necessariamente a reinfecção, elas podem prevenir formas graves das doenças.

 

Estudos recentes sugeriram que dentro de cinco meses após receber a vacina ou se recuperar de uma infecção natural, alguns de nós não retemos mais anticorpos circulantes suficientes para manter o novo coronavírus sob controle, mas nossas células B de memória permanecem vigilantes. Até agora, no entanto, os cientistas não sabiam se as vacinas poderiam fornecer o tipo de resposta robusta das células B de memória observada após a infecção natural.

 

A vantagem da convalescença

Nussenzweig e colegas resolveram detectar quaisquer diferenças na evolução das células B de memória comparando amostras de sangue de pacientes convalescentes com covid-19 com as de indivíduos vacinados com RNA mensageiro, ou mRNA (as vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech), que nunca haviam sofrido infecção natural.

 

A vacinação e a infecção natural geraram um número semelhante de células B de memória. As células B de memória evoluíram rapidamente entre a primeira e a segunda dose das vacinas de mRNA, produzindo anticorpos de memória cada vez mais potentes. Mas depois de dois meses, o progresso parou. As células B de memória estavam presentes em grande número e expressavam anticorpos potentes, mas não estavam ficando mais fortes. Embora alguns desses anticorpos possam neutralizar a delta e outras variantes, não houve melhora geral na amplitude.

 

Em pacientes convalescentes, por outro lado, as células B de memória continuaram a evoluir e melhorar até um ano após a infecção. Anticorpos de memória mais potentes e mais amplamente neutralizantes estavam surgindo a cada atualização de células B de memória.

 

Impulsionar ou não impulsionar

Existem várias razões potenciais para que as células B de memória produzidas por infecção natural superem as produzidas por vacinas de mRNA, dizem os pesquisadores.

 

É possível que o corpo responda de maneira diferente aos vírus que entram pelo trato respiratório e aos que são injetados em nossos braços. Ou talvez um vírus intacto incite o sistema imunológico de uma forma que a proteína spike isolada representada pelas vacinas simplesmente não consegue. Então, novamente, talvez seja porque o vírus persiste nos naturalmente infectados por semanas, dando ao corpo mais tempo para montar uma resposta robusta. A vacina, por outro lado, é eliminada do corpo poucos dias após o desencadeamento da resposta imune desejada.

 

Independentemente da causa, as implicações são claras. Podemos esperar que as células B de memória passem por ciclos limitados de evolução em resposta às vacinas de mRNA, uma descoberta que pode ter implicações significativas para o projeto e lançamento de doses de reforço. Um reforço com a vacina de mRNA atualmente disponível seria esperado para envolver as células de memória para produzir anticorpos circulantes que são fortemente protetores contra o vírus original e um pouco menos contra as variantes, disse Nussenzweig.

 

“Quando administrar o reforço depende do objetivo do reforço”, observou ele. “Se o objetivo é prevenir a infecção, o reforço terá de ser feito entre 6 e 18 meses depois, dependendo do estado imunológico do indivíduo. Se o objetivo é prevenir doenças graves, o reforço pode não ser necessário por anos”.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/pesquisa-expoe-diferencas-nas-respostas-de-anticorpos-a-covid-19/ - Crédito: National Infection Service/SCI

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Veja o que se sabe sobre a 3ª dose e sobre perda de eficácia de vacinas


Alguns estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair

As vacinas contra Covid-19 continuam a conferir boa proteção contra a doença grave, hospitalização e morte, mas uma possível queda nos índices de imunidade levou recentemente ao debate sobre a necessidade de uma dose de reforço dos imunizantes.

Alguns estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair, mas isso não significa que as pessoas vão ficar vulneráveis à infecção, uma vez que organismo tem outras formas de defesa.

Embora uma dose de reforço seja uma estratégia já bem estabelecida para outros imunizantes, a questão principal hoje é qual seria a necessidade de começar a aplicação dessa injeção extra quando grande parte da população ainda está parcialmente imunizada ou não recebeu ainda nenhuma dose das vacinas, explica o pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri.

A maioria dos países da África não vacinou nem 5% da população com a primeira dose. O Haiti, na América Central, só iniciou a campanha de vacinação contra o coronavírus no mês passado.

Além disso, os cientistas ainda estão começando a colher dados de estudos científicos controlados, randomizados e duplo-cegos (o chamado padrão-ouro em ensaios clínicos) sobre a eficácia de uma dose de reforço das vacinas.

Mesmo assim, diversos países já anunciaram ou até mesmo começaram a aplicação de uma terceira dose, contrariando o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) por não fazê-lo até que a desigualdade da vacinação seja resolvida.


Veja abaixo o que se sabe sobre a dose de reforço e sobre a perda de eficácia das vacinas com duas doses ou dose única.

 

O que se sabe sobre a eficácia de uma terceira dose da vacina contra Covid-19?

Ainda não há estudos científicos demonstrando que a eficácia das vacinas aumenta com uma terceira dose. Algumas evidências, no entanto, já começam a se acumular.

O que se sabe até agora é que uma dose de reforço pode estimular o organismo a produzir mais anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 e células do tipo B (produtoras de anticorpos) de memória, o que ajudaria a fornecer uma proteção imunológica mais duradoura.

Recentemente, o laboratório chinês Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, divulgou dois estudos controlados, randomizados e duplo-cegos sugerindo que uma terceira dose da vacina de seis a oito meses após o esquema tradicional com duas doses pode aumentar em até sete vezes a taxa de anticorpos neutralizantes capazes de bloquear a entrada do vírus nas células.

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Oxford mostrou que o intervalo maior entre as duas doses da vacina AstraZeneca, de até 45 semanas, e a aplicação de uma terceira dose do imunizante tiveram sucesso em aumentar até 18 vezes a taxa de anticorpos contra o Sars-CoV-2 no organismo.

E, em Israel, dados do ministério da saúde apontam uma queda para um terço na taxa de casos da doença em pessoas com mais de 60 anos após a dose reforço.A proteção conferida pelas vacinas diminui com o tempo?

Ainda é cedo para saber por quanto tempo a resposta imune gerada pelas vacinas vai durar. Até o momento, dados de acompanhamento dos ensaios de fase 3 apontam para uma duração de pelo menos oito meses da proteção conferida por anticorpos neutralizantes para a maioria das vacinas. Contudo, a proteção dada por essas moléculas é uma, mas não a única, forma de defesa do organismo.

A imunidade conferida por infecção natural, segundo alguns estudos, pode durar anos, mas essa proteção tende a ser ligeiramente menor frente a novas variantes capazes de fugir dos anticorpos específicos contra a forma ancestral do vírus, como é o caso da delta.

Mesmo com uma melhor capacidade de induzir resposta imune do que a infecção natural, é natural que a taxa de anticorpos em circulação no sangue caia após alguns meses até um ano.As vacinas aplicadas no início do ano ainda podem prevenir infecções?

As vacinas contra Covid-19 foram desenvolvidas para proteger especialmente contra a hospitalização e morte, mas não têm o poder de conter totalmente o contágio em si. Assim, mesmo indivíduos vacinados com duas doses ainda podem se infectar e disseminar o vírus, embora em uma proporção menor do que os não vacinados.

Até o momento, estudos de efetividade em todo o mundo comprovaram que as vacinas reduzem novas hospitalizações e mortes, como ocorreu no Chile, que apresentou uma queda de mais de 80% das hospitalizações, 86% das mortes e quase 90% de internações por UTI com cerca de 75% da população vacinada. No entanto, o país enfrentou uma subida de casos recente, muito provavelmente devido a uma falsa sensação de proteção das pessoas após apenas uma dose das vacinas e ao relaxamento das medidas de distanciamento.

No final de julho, a Pfizer divulgou um estudo, ainda em formato de pré-print, indicando que a efetividade de sua vacina seis meses após a conclusão do ensaio clínico é de 91%, mas essa taxa cai para até 86% dependendo das variantes em circulação.

Também no último mês, um estudo conduzido em Israel apontou que há uma queda na efetividade da vacina da Pfizer de 64% para 39% contra infecções causadas pela variante delta. A proteção contra hospitalização e doença grave, no entanto, continua elevada, acima de 90%.

No Reino Unido, a proteção por resposta humoral (de anticorpos) dos imunizantes AstraZeneca ou Pfizer contra a delta caiu de 49% para 30,7%, após uma dose, e, com as duas doses, de 93,7% para 88%, no caso da Pfizer, e de 74,5% para 67% com a AstraZeneca.

Já uma pesquisa feita pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, centro de referência em estudos de medicina, apontou que a chegada da delta no estado de Minnesota reduziu a efetividade da vacina da Pfizer contra infecção de 76%, até julho, para 42% no último mês. Essa queda não foi tão pronunciada assim para a vacina da Moderna, cuja proteção era de 86% contra infecção e, em julho, esse índice chegava a 76%.

No Brasil, dados da pesquisa Vebra Covid-19 com as vacinas AstraZeneca e Coronavac apontam para uma proteção de 77,9% contra casos sintomáticos, no caso da primeira, e 50,7%, para o segundo fármaco em pessoas de 18 a 59 anos. A proteção para casos sintomáticos em indivíduos com idade acima de 60 anos da Coronavac, no entanto, varia de 28% a 62%.

E em relação às hospitalizações e mortes, o que sabemos sobre a proteção das vacinas de seis a oito meses após o seu uso?

No geral, apesar da leve queda de níveis de anticorpos que pode ocorrer alguns meses após a vacina, todas as vacinas contra Covid-19 têm se mostrado bem-sucedidas em proteger contra o agravamento do quadro, hospitalizações e morte.

Isso não significa, no entanto, que a eficácia dos imunizantes é de 100%, pois nenhuma vacina ou medicamento tem esse poder.

Nos países com alta de casos e já com elevada cobertura vacinal, a maioria das internações e mortes por Covid ocorre em indivíduos não vacinados. Nos EUA, 99% das mortes foram nas pessoas que não se vacinaram.

Uma pesquisa do grupo Vebra Covid com mais de 60 mil moradores do estado de São Paulo indicou uma proteção, de janeiro a julho, de 93,6% de duas doses da vacina AstraZeneca contra morte, e 87,6% para internações. A mesma efetividade foi encontrada no estudo feito com a Coronavac no município de Serrana, de 95% de proteção para mortes e 86% contra hospitalização pela doença do coronavírus.

E um levantamento do InfoTracker mostrou que pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por Covid que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho.A terceira dose será necessária para todos ou só para grupos específicos, como os mais velhos ou imunossuprimidos?

As vacinas contra Covid apresentam, em geral, uma eficácia mais baixa para pessoas imunossuprimidas, como aquelas com doenças autoimunes ou em tratamento contra câncer, por exemplo.

Esse público não foi inicialmente incluído nos ensaios clínicos, mas com o uso em massa dos imunizantes, dados sobre sua eficácia ou efetividade nesse grupo tendem a aparecer.

Um artigo publicado no dia 23 de julho na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que uma terceira dose da vacina da Moderna em pacientes com transplante de rim induz uma boa proteção em quase metade (49%) daqueles que não tiveram resposta imune após as duas doses.

Até então, apesar de as vacinas de RNA terem apresentado uma alta eficácia nos ensaios clínicos (acima de 95%), uma pesquisa mostrou que nesse grupo uma única dose não conferia proteção em quase 8 em cada 10 pacientes, mas aplicação de uma segunda dose das vacinas eleva a proteção para até 54% dos transplantados.

Já uma pesquisa do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, apontou que a vacinação contra a Covid-19 em pacientes imunossuprimidos é segura e produz boa resposta imune, chegando até 70,4% da chamada soroconversão (presença de anticorpos específicos contra o vírus no sangue) após duas doses da Coronavac.

Na quinta (12), a agência reguladora de medicamentos e vacinas norte-americana, FDA, aprovou uma terceira dose das vacinas de RNA em uso no país (Pfizer e Moderna) para pessoas imunossuprimidas. Essa seria uma necessidade para que essas pessoas sejam completamente imunizadas, e não é equivalente a uma dose reforço em pessoas saudáveis, explica Kfouri, da SBIm.

Em relação aos mais idosos, em geral as vacinas em uso apontam para uma diminuição da taxa de anticorpos induzidos pós-imunização nesse grupo.

A proteção de duas doses da Coronavac em pessoas com 70 a 74 anos é de cerca de 80% contra hospitalizações e 86% contra mortes. No entanto, a proteção cai na população com 80 anos ou mais, sendo de 43,4% contra hospitalizações e 49,9% contra mortes.

Esses valores podem indicar a necessidade de uma dose de reforço nas pessoas com mais de 80 anos.Quais países já começaram a aplicação de uma terceira dose? Em quais situações a recomendação faz sentido?

O governo de Israel passou a oferecer no final de julho uma dose reforço para pessoas com mais de 60 anos já vacinadas com duas doses da Pfizer no país. Recentemente, autoridades de saúde do país decidiram diminuir a faixa etária da terceira dose para aqueles com 50 anos ou mais.

Ja a Indonésia começou a aplicar uma dose reforço nos profissionais da saúde do país que foram vacinados com a Coronavac. A decisão veio após a morte de médicos no país alguns meses após terem recebido as duas doses do imunizante. O país asiático, no entanto, tem 19% da população vacinada com ao menos uma dose e apenas 10% com o esquema completo.

E, na quarta-feira (11), o Chile começou a aplicar uma dose extra da vacina AstraZeneca nos idosos que já receberam as duas doses da Coronavac.

O Uruguai, com 64% da população com esquema completo e 73% com pelo menos uma dose, aprovou uma dose reforço do imunizante da Pfizer para aqueles que já receberam duas injeções da Coronavac.

Outros países, como Inglaterra, França e Alemanha, pretendem começar a vacinação com uma dose reforço a partir de setembro, quando a maioria dos adultos já tiver recebido o esquema normal de imunização.O Brasil já está realizando estudos sobre a terceira dose?

Uma terceira dose da vacina da Pfizer está sendo testada com 1.160 voluntários, segundo a farmacêutica, Metade tomou a vacina, metade tomou placebo. A ideia é mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de reforço é significantemente maior do que naquelas pessoas que só tomaram duas doses.

O mesmo tem acontecido com a Oxford/Astrazeneca, que começou os testes com a terceira dose nas últimas semanas. O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan também já anunciaram estudos de doses de reforço com a Coronavac.

 

O surgimento de novas variantes reforça a necessidade de terceira dose?

Pelo o que se sabe até agora, as novas cepas do coronavírus não conseguiram driblar completamente o efeito das vacinas. Elas até podem diminuir um pouco a eficácia dos atuais imunizantes, mas não chegam a torná-los obsoletos.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1833083/veja-o-que-se-sabe-sobre-a-3-dose-e-sobre-perda-de-eficacia-de-vacinas - ANA BOTTALLO E CLÁUDIA COLLUCCI - © Getty

sábado, 7 de agosto de 2021

Covid-19: Anticorpos da vacina variam com a idade


Anticorpos após vacina da Pfizer

 

Conforme a vacinação avança, tem havido preocupações quanto à ocorrência de covid-19 entre os vacinados, o que tem levado muitas pessoas a procurar por exames que meçam os anticorpos contra o vírus.

 

Mas parece que as pessoas mais velhas têm menos anticorpos contra o novo coronavírus.

 

Os anticorpos são proteínas do sangue que são produzidas pelo sistema imunológico para nos proteger contra as infecções, incluindo a infecção pelo SARS-CoV-2, causador da covid-19.

 

Os pesquisadores mediram a resposta imune no sangue de 50 pessoas duas semanas depois que elas tomaram a segunda dose da vacina Pfizer contra a covid-19. Eles agruparam os participantes por idade e, em seguida, expuseram seu soro sanguíneo em tubos de ensaio ao vírus SARS-CoV-2 original "tipo selvagem" e à variante P.1 (também conhecida como gama) que se originou no Brasil.

 

O grupo mais jovem - todos na faixa dos 20 anos - teve um aumento de quase sete vezes na resposta de anticorpos em comparação com o grupo mais velho - entre 70 e 82 anos de idade.

 

Na verdade, os resultados do laboratório refletiram uma clara progressão linear do mais novo ao mais velho: Quanto mais jovem o participante, mais robusta é a resposta de anticorpos.

 

"Nossas populações mais velhas são potencialmente mais suscetíveis às variantes, mesmo que estejam vacinadas," disse o professor Fikadu Tafesse, da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon (EUA). "A boa notícia é que nossas vacinas são realmente fortes."

 

Vacinação da comunidade

 

Tafesse e seus alunos enfatizam que, embora tenham identificado a menor resposta de anticorpos nas pessoas mais velhas, a vacina ainda parecia ser eficaz o suficiente para prevenir infecções e doenças graves na maioria das pessoas de todas as idades.

 

No entanto, com a absorção lenta da vacina, os pesquisadores afirmam que suas descobertas ressaltam a importância de promover a vacinação nas comunidades, e talvez não apenas por idade.

 

A vacinação reduz a propagação do vírus e de variantes novas e potencialmente mais transmissíveis, especialmente para pessoas mais velhas, que têm-se mostrado mais suscetíveis a infecções fortes.

 

"Quanto mais pessoas são vacinadas, menos o vírus circula," disse Tafesse. "Os idosos não estão totalmente seguros apenas porque estão vacinados; as pessoas ao seu redor realmente precisam ser vacinadas também. No final das contas, este estudo realmente significa que todos precisam ser vacinados para proteger a comunidade."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Age-Dependent Neutralization of SARS-CoV-2 and P.1 Variant by Vaccine Immune Serum Samples

Autores: Timothy A. Bates, Hans C. Leier, Zoe L. Lyski, James R. Goodman, Marcel E. Curlin, William B. Messer, Fikadu G. Tafesse

Publicação: JAMA

DOI: 10.1001/jama.2021.11656

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=covid-19-anticorpos-vacina-variam-idade&id=14851&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: UFRJ/Faperj

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Covid-19: anticorpos podem durar até 12 meses após infecção


Estudo com pacientes da doença em Wuhan mostrou que a resposta imunológica começa mais forte nos homens, mas as diferenças praticamente desaparecem depois de um ano

 

Infecção pelo vírus SARS-CoV-2: quem já teve a doença adquire anticorpos cujo nível fica em 64,3% ao final de 12 meses.

 

Os anticorpos contra o novo coronavírus SARS-CoV-2 podem durar até 12 meses em mais de 70% dos pacientes que superaram a doença, diz estudo publicado por pesquisadores chineses.

 

A pesquisa também conclui que a vacinação pode “restringir efetivamente a propagação” do novo coronavírus, promovendo resposta imunológica semelhante à forma como o corpo gera anticorpos contra vírus vivos.

 

O estudo foi realizado por uma subsidiária da farmacêutica estatal Sinopharm – que produz duas das vacinas aprovadas pelo governo chinês – e pelo Centro Nacional de Pesquisa para Medicina Translacional da Universidade Jiaotong, em Xangai, a capital econômica da China.

 

Cerca de 1.800 amostras de plasma foram coletadas entre 869 pessoas que superaram a covid-19 em Wuhan, a cidade no centro da China onde o primeiro surto global de covid-19 foi registrado, em dezembro de 2019.

 

Estudo mais extenso

Os pesquisadores verificaram a presença e a quantidade nessas amostras de RBDIgG, um tipo de anticorpo que indica a força da imunidade contra o vírus, informou o jornal oficial em língua inglesa China Daily.

 

De acordo com os resultados, em nove meses os níveis de anticorpos caíram para 64,3%, em relação ao nível atingido após os pacientes contraírem o vírus. A partir desse período, estabilizaram-se até o décimo segundo mês.

 

A resposta imunológica foi mais forte nos homens do que nas mulheres durante os estágios iniciais da infecção. Mas a diferença diminui com o tempo, tornando-se praticamente igual após 12 meses.

 

Pessoas na faixa etária entre 18 e 55 anos desenvolveram níveis mais elevados de anticorpos, segundo o estudo.

 

De acordo com o Grupo Nacional de Biotecnologia da China, a subsidiária da Sinopharm, o estudo é o mais extenso dos que verificaram a continuidade da resposta imunológica em pacientes recuperados.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/covid-19-anticorpos-podem-durar-ate-12-meses-apos-infeccao/ - Texto: RTP – Rádio e Televisão de Portugal | Via Agência Brasil - Crédito: © Débora Barreto/Fiocruz

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Anticorpos de COVID não duram para sempre, diz estudo


Pesquisa verificou que taxas de anticorpos desabam durante recuperação da Covid-19

 

A imunidade contra COVID-19 pode não ser tão duradoura, é o que avalia um estudo publicado na última segunda-feira (7) no periódico científico Science Immunology.

 

A pesquisa elaborada por cientistas da Universidade de Stanford analisou as interações de anticorpos produzidos contra o coronavírus (SARS-CoV-2).

 

Para a elaboração do estudo, 254 pessoas positivas para SARS-CoV-2 foram observadas ao longo de cinco meses. Dessas, 79 foram hospitalizadas com COVID-19, 175 não precisaram de internação e 25 morreram.

 

A partir de testes de RT-PCR, pesquisadores observaram como o corpo das pessoas que fizeram parte do estudo produziam os anticorpos.

 

De acordo com os dados descobertos, três tipos de anticorpos (IgA, IgM e IgG) normalmente são detectáveis no sangue logo no começo da infecção pelo SARS-CoV-2 - cerca de duas semanas após o contágio, quando o corpo já manifestou os primeiros sintomas de COVID-19.

 

Para os cientistas, isso mostra uma reação do sistema imunológico que ajuda a combater a doença logo de cara, mesmo que ela não tenha atingido seu nível mais intenso.

 

Entretanto, conforme o tempo de recuperação avança, os níveis de IgA e IgM caem rapidamente - isso acontece a partir da quarta e quinta semana de tratamento. As taxas de IgG chegam a se manter no corpo por mais tempo, mas ainda assim também entram em declínio.

 

"É importante notar que a diminuição dos níveis de anticorpos não indica necessariamente que toda a imunidade será perdida", diz o estudo.

 

"É possível que a produção local de anticorpos na mucosa nas vias aéreas possa ajudar a prevenir ou impedir a infecção por SARS-CoV-2 após a reexposição. Mesmo que os anticorpos diminuam para níveis indetectáveis, as células B e T de memória estimuladas por infecção podem fornecer uma resposta mais rápida ou eficaz após uma exposição futura".

 

Reinfecção

Um dos temores sobre o coronavírus é um possível quadro de reinfecção e reincidência de COVID-19. Segundo o estudo de Stanford, ainda não é possível estabelecer qual fração da população será suscetível à reinfecção - e que será necessário tempo adicional de estudo e acompanhamento para obter essas informações.

 

"Os relatórios iniciais de reinfecção oferecem alguma esperança de que o SARS-CoV-2 possa se comportar de maneira semelhante a outros coronavírus da comunidade, com a reinfecção geralmente produzindo uma doença mais branda do que a infecção inicial".

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37105-anticorpos-de-covid-nao-duram-para-sempre-diz-estudo - Escrito por Redação Minha Vida

domingo, 28 de junho de 2020

Imunidade: quanto tempo dura os anticorpos de Covid-19?


Duas pesquisas recentes analisaram quanto tempo os anticorpos desenvolvidos como resposta a uma infecção por Covid-19 duram no corpo de uma pessoa, a fim de tentar entender se é possível ficar imune à doença ou não.

A imunidade ao Covid-19 é uma questão muito importante durante a pandemia mundial que estamos vivendo porque, se as pessoas podem ser infectadas novamente, isso significa uma quarentena mais longa até que haja uma vacina eficaz contra o vírus.

Infelizmente, ainda não temos respostas concretas sobre esse tópico. Um dos estudos indicou que pessoas infectadas e assintomáticas retêm anticorpos por apenas dois a três meses, enquanto o outro sugeriu que formas mais poderosas de anticorpos são encontradas nessas mesmas pessoas.

No geral, isso significa que indivíduos infectados que tiveram sintomas fracos ou nenhum sintoma podem ficar imunes por um curto período, mas provavelmente não a longo prazo.

Estudo chinês
Cientistas da Universidade Médica Chongqing (China) compararam a resposta imune ao vírus SARS-CoV-2, que causa Covid-19, em pessoas assintomáticas e sintomáticas infectadas entre janeiro e fevereiro deste ano.

Durante o desenvolvimento da doença, níveis de anticorpos específicos contra o Covid-19 foram significativamente menores em pessoas assintomáticas, o que sugere que a doença, em sua forma moderada, causou menos resposta imune nessas pessoas.

Pacientes assintomáticos também apresentaram níveis mais baixos de 18 citocinas pró e anti-inflamatórias, proteínas de sinalização celular, o que indica uma resposta imunológica mais fraca.

Além disso, o “derramamento viral” (quando o corpo libera o vírus pronto para potencialmente infectar outras pessoas) ocorreu por mais tempo em pessoas assintomáticas – 19 dias, versus 14 para pessoas com sintomas. Isso indica que pessoas que talvez nem saibam que possuem o vírus podem ser infecciosas por mais tempo.

Por fim, oito semanas após a cura da doença, os níveis de anticorpos neutralizadores de Covid-19 diminuíram 81% em pacientes assintomáticos, comparado com 62% em pacientes sintomáticos.
Um artigo com essas descobertas foi publicado na revista científica Nature Medicine.

“Passaporte da imunidade”: uma ilusão?
Alguns governos levantaram a hipótese de usar “passaportes de imunidades” para permitir que pessoas imunes circulem mais livremente e acessem mais áreas públicas com potencial de aglomeração.

No entanto, além de não termos informações definitivas sobre a imunidade à Covid-19, o novo estudo chinês indica que não podemos assumir que pessoas infectadas ficam imunes, pelo menos não a longo prazo.

Especialistas em doenças infecciosas disseram que a descoberta não é surpreendente; na verdade, está alinhada com o que sabemos sobre infecções moderadas de qualquer causa (como a gripe, para a qual não desenvolvemos imunidade. Provavelmente, qualquer pessoa lendo este artigo já ficou gripada mais de uma vez).

“Isso sugere fortemente que a imunidade pode diminuir em poucos meses após a infecção em uma proporção substancial de pessoas. Precisamos de estudos maiores com acompanhamento mais longo em mais populações, mas essas descobertas indicam que não podemos confiar em pessoas que tiveram infecções comprovadas nem em testes de anticorpos como forte evidência de imunidade a longo prazo”, afirmou Liam Smeeth, professor de epidemiologia clínica da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, que não esteve envolvido na pesquisa.

Estudo americano
Enquanto não temos certeza sobre a imunidade a longo prazo, pessoas que tiveram o vírus parecem estar protegidas de uma nova infecção pelo menos a curto prazo.

Além do estudo chinês ter identificado anticorpos nos corpos de pacientes por alguns meses, uma outra pesquisa americana descobriu que pessoas assintomáticas possuem poucos anticorpos neutralizadores, porém eles são de um dos tipos mais poderosos que existem.

Isso significa que mesmo os níveis baixos de anticorpos nesses indivíduos devem protegê-los de uma segunda infecção, pelo menos por um período curto. A longo prazo, simplesmente ainda não sabemos.

Um artigo sobre este estudo foi publicado na revista científica Nature. [IFLS]


domingo, 5 de abril de 2020

12 tipos de alimentos que aumentam a imunidade para incluir na dieta

A imunidade pode ser definida como a defesa do organismo, que atua por meio de células de defesa e da produção de anticorpos que combatem organismos invasores (antígenos). Existem alguns alimentos que aumentam a imunidade, mas, vale destacar que eles não “agem sozinhos”. A alimentação deve ser balanceada, variada e rica em vitaminas e minerais, além de balanceada.

12 tipos de alimentos que aumentam a imunidade

Camila Pedrosa (CRN 15858), nutricionista da clínica Viver Nutrição e Gastronomia, cita os principais alimentos que ajudam a aumentar imunidade e suas características:


Alho: é rico em alicina, enxofre, zinco, selênio – substâncias importantes para evitar gripes e resfriados. O alho auxilia no combate de fungos e bactérias, além de evitar inflamações e infecções.
Frutas cítricas: por exemplo, laranja, acerola, abacaxi, limão, morango, mexerica e kiwi, que são ricas em vitamina C – que, por vez, auxilia no aumento da produção de glóbulos brancos – e possuem ação antioxidante, entre outros benefícios.
Tomate, mamão goiaba e melancia: ricos em licopeno, que auxilia na melhora da função vascular e possui uma grande capacidade antioxidante, aumentando a resistência do organismo.
Gengibre: rico em gingerol, possui propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas que protegem o organismo, oferecendo inúmeros benefícios à saúde como um todo.
Castanha-do-Pará: é rica em selênio, um poderoso antioxidante. Para se ter uma ideia, o consumo de duas castanhas ao dia é suficiente para cobrir as necessidades diárias de selênio.
Cebola: é rica em saponina, antocianina e quercetina (um potencializador da função imune), prevenindo doenças virais e alérgicas. Além do poder antioxidante, é considerada um anti-inflamatório natural e auxilia no tratamento da hipertensão e colesterol alto.
Iogurte natural: rico em probióticos, melhora a flora intestinal e fortalece o sistema imune.
Beterraba: apresenta alta concentração de vitamina C, além de vitaminas A, B1, B2, B5, sódio, fósforo, cálcio e potássio. Tudo isso auxilia no controle da pressão arterial e ajuda a fortalecer a imunidade e a combater os radicais livres.
Vegetais verde-escuros: brócolis, couve, agrião, rúcula e espinafre possuem ácido fólico, além de vitaminas A, B6 e B12, substâncias importantes que atuam na maturação das células imunes, ajudando a tornar o organismo mais resistente às infecções.
Alimentos ricos em zinco: porque o zinco atua diretamente no funcionamento dos linfócitos, melhorando as defesas do organismo. Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico) são exemplos.
Alimentos fonte de ômega-3: o ômega-3 presente em alguns peixes de águas frias e profundas ( salmão, sardinha, arenque) e em sementes (chia e a linhaça) ajuda a aumentar a função imunológica e a reduzir a inflamação.
Própolis: possui proteínas e é um produto reconhecido por ter capacidade de regular o sistema imune, estimulando receptores específicos e a produção de citocinas, além de apresentar propriedades antibacterianas, antivirais, antimicrobiana, antioxidante e anti-inflamatória.
Vale destacar que nenhum tipo de alimento, isoladamente, é capaz de fortalecer a imunidade de uma pessoa a ponto de deixá-la totalmente protegida. Fortalecer a imunidade prevê bons hábitos. “Alguns fatores são essenciais para uma boa imunidade, como alimentação saudável, prática de atividade física, sono, estilo de vida e redução do estresse”, comenta Camila.

Alimentos que aumentam a imunidade infantil
Camila destaca que alimentos naturais como frutas e vegetais são as melhores opções para fortalecer a imunidade das crianças.
É importante que boas práticas alimentares sejam apresentadas desde cedo para as crianças exatamente para que se tornem hábitos que contribuirão para um sistema imunológico mais forte ao longo da vida.

Remédios caseiros para aumentar a imunidade
Unindo ingredientes nutritivos é possível chegar a boas receitas que contribuem para fortalecer e o sistema imunológico. Confira alguns exemplos:

Chá para aumentar a imunidade
Juliana Goes apresenta um chá indicado para quem está resfriado, com gripe, imunidade baixa, enfim, precisando se recuperar mais rapidamente. Atua com os diversos benefícios dos ingredientes utilizados, que são limão, mel, alho e gengibre.

Suco para aumentar a imunidade
A nutricionista Patrícia Leite indica um suco fácil de fazer, barato e cheio de ingredientes nutritivos para fortalecer a imunidade. Você precisará de água, laranja, limão, gengibre, couve e inhame cozido.

Vitamina para aumentar a imunidade
Essa vitamina à base de kefir de leite, leite de coco, água, inhame cozido, gengibre, castanha-do-Pará e limão é indicação da nutricionista Patrícia Leite para quem sempre fica resfriado, tem infecções de repetição e/ou simplesmente sente que a imunidade está mais baixa.

Importante lembrar que essas e outras receitas não devem ser encaradas como “milagrosas”, mas, sim, como algo complementar, devendo ser associadas a bons hábitos (como alimentação balanceada, sono adequado, prática de atividade física) se a ideia é fortalecer a imunidade.

Existem alimentos que baixam a imunidade?
Camila explica que alguns alimentos devem, sim, ser evitados pois não têm valor nutricional, são ricos em açúcares, gorduras, sódio, aditivos e, por isso, inflamam o organismo, deixando o sistema imunológico mais frágil.

Alimentos que você deve evitar

Macarrão instantâneo;
Refrigerantes;
Sucos em pó;
Cereais matinais;
Sopas em pó;
Salsichas;
Biscoitos recheados;
Salgadinho de pacote;
Embutidos;
Temperos prontos;
Molhos de salada;
Margarina, entre outros alimentos ultraprocessados.

Alimentar-se bem é, assim, um dos principais fatores que influenciam positivamente na imunidade, ou seja, na proteção do organismo contra bactérias, fungos, vírus e parasitas. Aproveite e conheça alimentos que você deve comer todos os dias.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/alimentos-que-aumentam-a-imunidade/ - Escrito por Tais Romanelli - ISTOCK