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domingo, 12 de setembro de 2021

Pesquisa expõe diferenças nas respostas de anticorpos à covid-19


Dados avaliados por cientistas americanos podem resultar em estratégias diferentes para lidar com a doença

 

A esperança de um futuro sem medo de covid-19 se resume a anticorpos circulantes e células (linfócitos) B de memória. Ao contrário dos anticorpos circulantes, que atingem o pico logo após a vacinação ou infecção apenas para desaparecer alguns meses depois, as células B de memória podem permanecer por aí para prevenir doenças graves por décadas. E elas evoluem com o tempo, aprendendo a produzir “anticorpos de memória” sucessivamente mais potentes, melhores na neutralização do vírus e mais capazes de se adaptar a variantes.

 

A vacinação produz maiores quantidades de anticorpos circulantes do que a infecção natural. Mas um novo estudo sugere que nem todas as células B de memória são criadas iguais. Enquanto a vacinação dá origem a células B de memória que evoluem ao longo de algumas semanas, a infecção natural dá origem a células B de memória que continuam a evoluir ao longo de vários meses, produzindo anticorpos altamente potentes, capazes de eliminar até mesmo variantes virais.

 

Os resultados destacam uma vantagem conferida pela infecção natural em vez da vacinação, mas os autores alertam que os benefícios de células B de memória mais fortes não superam o risco de invalidez e morte por covid-19.

 

“Embora possa induzir a maturação de anticorpos com atividade mais ampla do que uma vacina, uma infecção natural também pode matar você”, disse o professor Michel C. Nussenzweig, chefe do Laboratório de Imunologia Molecular da Universidade Rockefeller (EUA) e coautor do estudo publicado no arquivo preprint bioRxiv. “Uma vacina não fará isso e, na verdade, protege contra o risco de doenças graves ou morte por infecção.”

 

Seu corpo contra a covid-19

Quando qualquer vírus entra no corpo, as células do sistema imunológico imediatamente produzem hordas de anticorpos circulantes. Soldados de infantaria do sistema imunológico, esses anticorpos trabalham intensamente, mas decaem em taxas variáveis ​​dependendo da vacina ou infecção – eles podem nos proteger por meses ou anos, mas depois diminuem em número, permitindo uma possível reinfecção.

 

O sistema imunológico tem um plano de reserva: um quadro de elite de células B de memória que sobrevivem aos anticorpos circulantes para produzir os chamados anticorpos de memória, que fornecem proteção de longo prazo. Estudos sugerem que as células B de memória da varíola duram pelo menos 60 anos após a vacinação; os da gripe espanhola, quase um século. E embora as células B de memória não bloqueiem necessariamente a reinfecção, elas podem prevenir formas graves das doenças.

 

Estudos recentes sugeriram que dentro de cinco meses após receber a vacina ou se recuperar de uma infecção natural, alguns de nós não retemos mais anticorpos circulantes suficientes para manter o novo coronavírus sob controle, mas nossas células B de memória permanecem vigilantes. Até agora, no entanto, os cientistas não sabiam se as vacinas poderiam fornecer o tipo de resposta robusta das células B de memória observada após a infecção natural.

 

A vantagem da convalescença

Nussenzweig e colegas resolveram detectar quaisquer diferenças na evolução das células B de memória comparando amostras de sangue de pacientes convalescentes com covid-19 com as de indivíduos vacinados com RNA mensageiro, ou mRNA (as vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech), que nunca haviam sofrido infecção natural.

 

A vacinação e a infecção natural geraram um número semelhante de células B de memória. As células B de memória evoluíram rapidamente entre a primeira e a segunda dose das vacinas de mRNA, produzindo anticorpos de memória cada vez mais potentes. Mas depois de dois meses, o progresso parou. As células B de memória estavam presentes em grande número e expressavam anticorpos potentes, mas não estavam ficando mais fortes. Embora alguns desses anticorpos possam neutralizar a delta e outras variantes, não houve melhora geral na amplitude.

 

Em pacientes convalescentes, por outro lado, as células B de memória continuaram a evoluir e melhorar até um ano após a infecção. Anticorpos de memória mais potentes e mais amplamente neutralizantes estavam surgindo a cada atualização de células B de memória.

 

Impulsionar ou não impulsionar

Existem várias razões potenciais para que as células B de memória produzidas por infecção natural superem as produzidas por vacinas de mRNA, dizem os pesquisadores.

 

É possível que o corpo responda de maneira diferente aos vírus que entram pelo trato respiratório e aos que são injetados em nossos braços. Ou talvez um vírus intacto incite o sistema imunológico de uma forma que a proteína spike isolada representada pelas vacinas simplesmente não consegue. Então, novamente, talvez seja porque o vírus persiste nos naturalmente infectados por semanas, dando ao corpo mais tempo para montar uma resposta robusta. A vacina, por outro lado, é eliminada do corpo poucos dias após o desencadeamento da resposta imune desejada.

 

Independentemente da causa, as implicações são claras. Podemos esperar que as células B de memória passem por ciclos limitados de evolução em resposta às vacinas de mRNA, uma descoberta que pode ter implicações significativas para o projeto e lançamento de doses de reforço. Um reforço com a vacina de mRNA atualmente disponível seria esperado para envolver as células de memória para produzir anticorpos circulantes que são fortemente protetores contra o vírus original e um pouco menos contra as variantes, disse Nussenzweig.

 

“Quando administrar o reforço depende do objetivo do reforço”, observou ele. “Se o objetivo é prevenir a infecção, o reforço terá de ser feito entre 6 e 18 meses depois, dependendo do estado imunológico do indivíduo. Se o objetivo é prevenir doenças graves, o reforço pode não ser necessário por anos”.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/pesquisa-expoe-diferencas-nas-respostas-de-anticorpos-a-covid-19/ - Crédito: National Infection Service/SCI

domingo, 27 de setembro de 2020

Conheça as sete perguntas mais comuns sobre atividades físicas


Algumas dúvidas podem adiar o começo do treino

 

As pessoas já conhecem muito bem os benefícios que a atividade física constante pode trazer, como aumentar a expectativa e a qualidade de vida, ajudar a prevenir doenças cardíacas como infarto e derrame, além de outros problemas como obesidade, desenvolver maior força nos músculos, aumentar a energia, ajudar a reduzir o estresse e também uma boa maneira de reduzir o apetite e queimar calorias.

 

Mesmo assim, existe uma parcela grande da população que não começa a fazer atividades físicas por uma série de dúvidas. Pretendo nesse artigo, listar as perguntas mais frequentes que as pessoas fazem e as respostas que podem fazer você dar o primeiro passo para ter uma vida mais ativa.

 

1. Quem deve fazer atividade física?

- O aumento da atividade física pode beneficiar quase todos.

- Se você acha que não pode se exercitar com segurança por qualquer motivo, converse com seu médico antes de iniciar.

- O médico precisa saber se você tem problemas cardíacos, pressão arterial elevada, artrite, dores no peito, tonturas etc.

 

2. Como faço para começar?

- Depois da autorização médica é importante.

- Se você não for ativo, comece devagar.

- Se você ficou inativo durante anos, você não pode correr uma maratona com apenas duas semanas de treino!

- Comece com dez minutos de exercício leve ou um passeio rápido a cada dia e aumente gradualmente.

 

3. Que exercício fazer?

-Exercícios que aumentam a sua frequência cardíaca e movem os grandes músculos (como os músculos das pernas e braços) são os melhores.

- Escolha uma atividade que você goste e gradualmente vá aumentando à medida que se acostumar.

- Andar a pé é muito popular e não requer nenhum equipamento especial.

- Outros bons exercícios incluem treinamento resistido ou musculação, natação, ciclismo, corrida e dança.

- Utilize as escadas em vez do elevador. Andar a pé em vez de dirigir também pode ser uma boa maneira de começar a ser mais ativo.

 

4. Quanto tempo devo fazer?

- Inicie o exercício três ou mais vezes por semana durante 20 minutos ou mais, até chegar a quatro ou seis vezes por semana durante 30/60 minutos.

- Lembre-se, porém, que o exercício traz benefícios à saúde e qualquer quantidade é melhor que nada.

- Isso pode incluir vários episódios curtos de duração das atividades em um dia.

- Exercitar-se durante a sua pausa para o almoço ou ao fazer tarefas diárias pode ser uma forma de incluir a atividade física se você tiver uma agenda carregada.

- Exercitar-se com um amigo ou parente pode ajudar a tornar o exercício mais divertido, e terá um parceiro para encorajá-lo a continuar a fazê-lo.

 

5.Como evitar lesões?

O caminho mais seguro para evitar lesões é começar com aquecimento. Isso fará com que seus músculos e articulações fiquem mais flexíveis.

- Caminhe por alguns minutos ou várias vezes por dia. Então, lentamente, aumente o tempo e o nível de atividade.

- Faça cinco a dez minutos de exercícios de relaxamento e alongamento diário.

 

6. Antes e depois do exercício?

-Você deve começar um treino com um período de aquecimento gradual.

- Durante este tempo (cerca de 5-10 minutos), você deve lentamente alongar seus músculos em primeiro lugar, e aumentar gradualmente o seu nível de atividade. Por exemplo, começar a andar devagar e depois aumentar a velocidade

- Finalizando o exercício, desacelere por cerca de 5-10 minutos.

- Novamente, alongar os músculos e permitindo que o seu ritmo cardíaco volte ao normal.

- Você pode usar os mesmos exercícios de alongamento utilizado durante o período de aquecimento.

- Se você trabalha a parte superior do corpo, não se esqueça de alongar os braços, ombros, peito e costas.

 

7- E sobre treinamento?

A maioria dos exercícios vai ajudar o seu coração e outros músculos.

- A Musculação é um exercício que desenvolve a força e a resistência dos grandes grupos musculares do corpo.

- Um profissional de Educação Física especializado pode lhe dar mais informações sobre como exercitar-se de forma segura com pesos ou máquinas.

- Então comece hoje mesmo a ter mais saúde e disposição.

 

Fonte de consulta: Academia Americana de Médicos de Família.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/12127-conheca-as-sete-perguntas-mais-comuns-sobre-atividades-fisicas - Escrito por Teresa Passarella – Foto Revista Marie Claire

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Tire suas dúvidas sobre nutrição esportiva


Pode carboidrato à noite? Whey protein engorda? Comer de 3 em 3 horas? Nutricionista responde!

Desempenho e qualidade de vida são resultado da combinação de prática esportiva e alimentação equilibrada. Ponto. Mas aí vêm os diferentes objetivos, quem quer emagrecer, quem busca massa muscular e as dúvidas se multiplicam quando se refere a nutrição esportiva. As principais dúvidas sobre nutrição esportiva foram respondidas pela nutricionista Luciana Bertelli Roseiro, da academia Evolux Fit Class, de Bauru (SP), no bate-papo que você confere a seguir:

Existe limite para o consumo de proteína? Até que quantidade ela é benéfica para ganhar massa muscular?

“Nosso corpo utiliza a quantidade de proteína que necessita. Então, em excesso ela pode virar gordura. A quantidade varia entre 0,8g a 2,5g por quilo de peso por dia. Varia se a pessoa é sedentária ou se já faz uma atividade física, mas não é intensa. Quando é um treino mais intenso, o corpo pede mais proteína. Depende do biotipo da pessoa, da atividade e da intensidade. Fisiculturismo, por exemplo, exige muito gasto energético, porque há uma elevação na taxa metabólica e massa magra cataboliza muito rapidamente.”

Carboidrato à noite, pode ou não?

“Depende de cada pessoa. Não dá para colocar no cardápio de quem quer perder peso… E depende do carboidrato. Há dois tipos: o simples e o complexo. O simples normalmente vira gordura mais rápido. Já o complexo tem fibras e vai ser mais armazenado como energia, em forma de glicogênio. Quando não há excesso, não faz mal. Uma pessoa obesa já tem uma quantidade de calorias sobrando, então, se come um carboidrato simples e vai se deitar, vai estar em repouso e ele vai se transformar em gordura. Já um atleta precisa comer carboidrato, até porque, se ele não comer, vai perder massa magra durante a noite.”

Comer de três em três horas é mesmo um bom hábito? Esse intervalo pode ser flexível?

“É um hábito saudável, sim. Mas sempre é preciso respeitar o limite da pessoa. A maioria sente fome de três em três horas, é normal. Às vezes em quatro… Mas se a pessoa começa a sentir fome e está ocupada, deixa passar, acaba ‘perdendo’ a fome, mas não se pode confundir, achar que não tem fome. Só não prestou atenção. Se sentir fome a cada quatro horas, não há necessidade de comer uma hora antes. Sempre gosto de respeitar a vontade. O importante é não deixar passar o momento de fome.”

E se pular uma refeição pode descontar tudo no jantar…

“Tem gente que fala para mim: ‘Não sei como engordo, porque só como três vezes por dia.’ Mas se a pessoa come esganadamente, e rapidamente, acaba comendo mais e dilatando o estômago. Fazer mais refeições, em menores quantidades, é melhor.”

Açúcar como fonte de energia: em algum momento ele é aliado?

“O açúcar refinado é sempre um vilão! Mas se for um carboidrato que vai ser absorvido como fonte de energia rapidamente, é um aliado. Atletas precisam, em suas dietas, de bastante carboidrato simples antes de competir. Macarrão, pão, farinha branca mesmo, para terem bastante glicogênio armazenado. E durante a competição ainda consomem aquele gel, que é absorvido como energia imediatamente.”

Qual o momento certo de consumir whey protein: qualquer hora do dia ou pós-treino?

“Tanto pós-treino, pela absorção rápida, quanto substituindo refeições. Uma pessoa que fica bastante tempo sem comer pode tomar whey para não faltar energia. Mas não substituir almoço e sim uma refeição intermediária. Como pré ou pós-treino, vai oferecer tudo o que a pessoa precisa: carboidrato, lipídios, quantidade adequada de proteína…”

Quem tem intolerância a lactose pode tomar whey tranquilo?

“Sim. Porque a proteína é extraída do soro do leite. Pode haver traços porque no processo industrial o leite é matéria-prima para vários produtos e podem ficar resíduos no maquinário. Por isso o aviso na embalagem, para pessoas com intolerância muito grave, que não suportam quantidades mínimas de lactose.”

Há o mito de que whey engorda. Pode acontecer em alguma circunstância?

“Acontece, por mau uso e falta de orientação. O whey usado corretamente não engorda, pelo contrário, ajuda no emagrecimento. Só que muitas vezes vemos a pessoa sair do treino no início da noite, tomar whey, mas chegar em casa e jantar! Então, qual a necessidade de duas refeições juntas? É um acúmulo… Tem que saber quando e como usar. O whey sempre vai ser o substituto de uma refeição.”

Para manter um percentual de gordura corporal aceitável, que hábitos alimentares são inegociáveis?

“Fazer escolhas mais saudáveis e beber bastante água. Pode escolher um dia para comer algo que está fora da dieta, quando der aquela vontade. Mas nada de exageros: tudo é questão de quantidade e em que horários. Mas não é para comer só porcaria naquele dia! Aí não vale… Mas é até saudável fazer essa exceção. Só não pode ter hábitos frequentes, como tomar refrigerante ou cerveja durante a semana…”

… deu gancho para a última pergunta: quando e com que frequência cometer esses pequenos pecados?

“A gente pode comer. Deve. Não faz mal comer uma coxinha ou um pastel de vez em quando. Até para não criar compulsão. Se a gente não come, vai criando aquela vontade e, quando não aguentar mais, vai comer muito e se prejudicar. E degustar, sem exagero, não faz mal nenhum. É até saudável. É uma questão de controlar: não passar vontade, mas não exagerar. Comer sem culpa. E a cerveja? Poder tomar, não pode, mas como eu vou falar para a pessoa, se ela gosta? O caminho é ajustar, entrar num acordo: não exagerar e intercalar com água. E compensar no exercício e na dieta durante a semana.”

(Originalmente publicado em Canhota10.com; autorizado pelo autor)

Fonte: https://sportlife.com.br/duvidas-sobre-nutricao-esportiva/ - Fernando Beagá - Foto: Freepik

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

21 perguntas e respostas que vão fazer você pensar

Se você é do tipo curioso, sua imaginação provavelmente já supôs cenários malucos para os quais você não tem uma resposta boa. Mas nós temos. Confira algumas perguntas e respostas maluquetes:

1. O que aconteceria se você caísse em um buraco negro?
Se você tivesse que dar um passo em um pequeno buraco negro, seu corpo iria se assemelhar a uma pasta de dentes saindo do tubo.
Forças que atuam no limiar de um buraco negro (o chamado “horizonte de eventos”) são tão fortes que iriam esticar seu corpo em uma sequência de átomos.
Mas se você caísse em um buraco negro um pouco maior, poderia manter sua estrutura interna (pelo menos). A teoria da dilatação do tempo de Einstein sugere que, se você olhar para a frente em direção ao centro de um buraco negro, você veria cada objeto que caiu ali no passado. E atrás de você, você ia ver tudo o que nunca vai cair nele no futuro.

2. E se existisse outra espécie mais avançada que nós?
Se a Terra tivesse uma outra espécie, mais avançada que os seres humanos, nós provavelmente estaríamos travando uma batalha pela supremacia. Poderíamos perder e ser extintos. Ou, se depois de centenas de milhares de anos ninguém ganhasse, iríamos começar a nos adaptar: cada uma das espécies iria exigir recursos diferentes, e acabaríamos ignorando um ao outro.

3. E se a Terra fosse duas vezes maior?
Se o diâmetro da Terra fosse duplicado, a massa do planeta aumentaria oito vezes, e a força da gravidade no planeta seria duas vezes mais forte. Todas as plantas e animais que existem atualmente entrariam em colapso sob seu próprio peso, e surgiriam novas espécies.

4. E se um asteroide gigante não tivesse dizimado os dinossauros?
Se o asteroide não tivesse atingido a Terra, os dinossauros estariam, muito provavelmente, ainda dominando nosso planeta. Os pesquisadores têm especulado que “dinossauroides” inteligentes poderiam ter evoluído no lugar da humanidade, com base no tamanho do cérebro relativamente grande de espécies emergentes tardiamente.

5. E se todos na Terra saltassem de uma vez?
Se todos os 7 bilhões de nós conseguíssemos nos organizar para saltarmos juntos, faríamos a Terra se mover apenas um centésimo do raio de um único átomo por segundo. E depois, a Terra voltaria ao seu lugar, como uma mola.

6. E se a lua nunca tivesse se formado?
Sem ela, a vida poderia nunca ter surgido, ou seres vivos teriam padrões de comportamento muito diferentes para lidar com o dia de seis horas e as mudanças climáticas extremas que existiriam em uma Terra sem lua.

7. E se os seres humanos fossem duas vezes mais inteligentes?
Se os seres humanos fossem duas vezes mais inteligente do que são agora, os especialistas pensam que estaríamos mais satisfeitos em uma escala individual, bem como mais saudáveis, mais bonitos e menos religiosos. Mas as pessoas ainda teriam uma variada gama de personalidades, e assim a sociedade seria tão confusa quanto é hoje.

8. E se todos os gatos do mundo morressem de repente?
Primeiramente: seria um péssimo dia para estar no Facebook.
Fora isso, os gatos podem parecer “inúteis”, mas são membros vitais do ecossistema global. A partir de estudos que analisam os efeitos da remoção de gatos a partir de pequenas ilhas, sabemos que, sem eles, a Terra se tornaria rapidamente invadida por roedores. Camundongos e ratos provavelmente destruiriam suprimentos de grãos, disseminariam doenças e acabariam com as aves que nidificam no solo.

9. E se estivéssemos mais perto da borda da Via Láctea?
Embora haja apenas um terço da quantidade de elementos metálicos na borda da galáxia em comparação com onde estamos agora, a vida poderia ainda surgir e evoluir da mesma maneira. No entanto, os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno não seriam capazes de existir, e a falta desses planetas poderia significar a ruína para a Terra, permitindo impactos de asteroides mais frequentes.

10. E se os primeiros animais tivessem seis membros?
Os cientistas imaginam que a maioria dos animais ficaria muito perto do solo, e grandes animais inteligentes poderiam nunca ter evoluído.

11. E se os neandertais não tivessem sido extintos?
Neandertais poderiam ter persistido na Europa, mesmo até os tempos modernos, e é possível que eles tivessem a capacidade de pensar, falar e agir como nós. Mas os especialistas acham que é muito mais provável que eles tenham sido assimilados através do cruzamento com seres humanos para criar uma espécie híbrida.

12. E se não houvesse gravidade?
Se o universo se formasse sem força de gravidade, ele seria totalmente plano e sem seus traços característicos de agora. Se tivesse se desenvolvido normalmente até o presente momento, e então a gravidade de repente fosse desligada, nós todos iriamos sair voando para o espaço.

13. E se os polos magnéticos da Terra trocassem?
Esta na verdade não é uma questão de “se”, mas sim de “quando”. De vez em quando, durante a história da Terra, norte e sul têm se alternado. Acontece quando átomos de ferro no núcleo externo líquido invertem gradualmente sua orientação durante alguns milhares de anos. Não causa problemas.

14. E se as forças que formam moléculas fossem mais fortes?
Moléculas se formam quando os prótons nos átomos adjacentes “compartilham” elétrons. Se a força eletromagnética que impulsiona essa relação fosse minimamente diferente do que é hoje, o universo provavelmente seria desprovido de vida, e até mesmo de estrelas e planetas. A atração entre prótons positivamente carregados e elétrons carregados negativamente está perfeitamente sintonizada em um valor que permite a formação de moléculas.

15. E se a gente comesse só um tipo de alimento?
Não há um alimento que tem absolutamente tudo o que o seu corpo precisa. Então, se você escolhesse comer apenas uma fruta, ou vegetal ou cereal, isso conduziria seus órgãos à falência. Consumir só carne acabaria por forçar o seu corpo a consumir seus próprios músculos. E se você não comesse frutas, você iria desenvolver um caso grave de escorbuto. Todos estes caminhos levariam à morte.

16. E se o sol fosse da metade do tamanho?
Nessa dimensão, o sol seria muito mais frio e mais vermelho, e seria uma variedade estelar conhecida como “anã vermelha”. A região em torno dele que seria adequada para a vida, conhecida como a “zona habitável”, seria muito menor, e a Terra não estaria nela porque a nossa água congelaria. Mercúrio, por outro lado, estaria bem na fita.

17. O que aconteceria se você disparasse uma arma no espaço?
As armas podem disparar no espaço, e isso permite todos os tipos de cenários absurdos. Se você estiver no vácuo entre as galáxias, puxar o gatilho irá fazer com que a bala viaje através do espaço, literalmente, para sempre. Se você atirar uma arma no sistema solar, sua bala vai ser sugada em direção ao sol ou de um dos planetas gigantes. E se você atirar com uma arma em direção ao horizonte ao estar em uma montanha na lua, você poderia, teoricamente, acabar atirando em suas próprias costas.

18. E se não houvesse as estações do ano?
Se o eixo da Terra não fosse inclinado, não haveria variação sazonal, e os seres humanos ficaram confinados ao calor contínuo. Nós provavelmente nunca teríamos desenvolvido uma agricultura avançada, já que a maioria dos cultivos básicos exigem invernos frios.
Esqueça a Revolução Industrial e as conveniências modernas que surgiram a partir dela: grande parte da nossa tecnologia tem suas raízes na existência de inverno, porque é um subproduto das invenções de novas e melhores formas de nos manter aquecidos.

19. E se os seres humanos tivessem visão de águia?
Se você trocasse seus olhos com os de uma águia, você ia poder ver uma formiga rastejando no chão a partir do telhado de um prédio de 10 andares. Você poderia ver as expressões nos rostos dos jogadores de futebol dos piores lugares do estádio. Objetos diretamente em sua linha de visão seriam vistos em uma versão ampliada, e tudo seria brilhantemente colorido em uma variedade de tons inconcebível.

20. O que faríamos se descobríssemos aliens?
É teoricamente possível (embora improvável) encontrarmos vida alienígena em Marte ou nos lagos subterrâneos da Europa, uma lua de Júpiter. As amostras de formas de vida simples e não sencientes seriam recolhidas para análise laboratorial cuidadosa, enquanto seres mais avançados iriam ser abordados com extrema cautela.

21. O que aconteceria se você caísse em um vulcão?
A alta densidade de lava e baixa viscosidade significa que você iria bater na superfície do poço de lava de um vulcão em vez de afundar nele. Por causa do calor tremendo, você iria explodir em chamas, e os gases emitidos pela sua carne reagiriam com a lava, criando “minierupções”. Não seria bonito, não. [livescience]

Fonte: http://hypescience.com/perguntas-e-respostas/ - Autor: Gabriela Mateos

sábado, 12 de abril de 2014

10 perguntas que não podemos responder sobre o corpo humano

Todos os dias a gente lê sobre alguns avanços absolutamente incríveis – e quase inacreditáveis – da ciência. Coisas como o robô canguru, que dá saltos irrepreensíveis e promete ajudar a desenvolver melhores formas de controlar equipamentos em fábricas, as gaiolas de DNA e a prótese de crânio feita em plástico por uma impressora 3D também entram para a lista de algumas das coisas que nos deixam maravilhados com o que a ciência é capaz de fazer.

Mas, apesar de darmos tantos saltos, em tantas direções, algumas perguntas a respeito do corpo humano permanecem sem explicação. Por exemplo:

10. Por que nós temos impressões digitais?
Apesar todo mundo saber como as impressões digitais são úteis, por serem únicas e nos fornecerem um sistema de identificação infalível, a ciência não tem certeza absoluta de por que elas existem. Alguns cientistas têm projetado modelos de computador elaborados para determinar como elas se formam, mas, apesar de entenderem como crescem, não nos dão uma compreensão sobre a razão evolucionária da existência dessa característica. Alguns pesquisadores, contudo, podem estar mais perto de um avanço.
Para entender porque as impressões digitais existem, eles foram estudar casos de pessoas com uma desordem genética muito rara, chamada adermatoglifia, que afeta apenas algumas famílias em todo o mundo e cujos portadores não têm impressões digitais. Além do efeito colateral incomum de suar um pouco menos, essas pessoas parecem não ser nem mais nem menos saudáveis ​​do que todos os outros.
Os pesquisadores estão esperançosos de que, estudando essas famílias e seus genes, eles possam finalmente resolver o mistério evolutivo de impressões digitais.

9. O que os “lactobacilos vivos” fazem?
Se você vive neste planeta, provavelmente já viu algum comercial que usa a palavra “lactobacilo” para persuadir mais consumidores. No caso do famoso Yakult, por exemplo, a marca anuncia que o produto tem “lactobacilos vivos”, destinados a melhorar sua saúde de uma maneira geral. Enquanto isso soa como algo inovador, a verdade é que os lactobacilos são um tipo de boas bactéria já que vivem em todo o seu intestino. E, estranhamente, os fabricantes de produtos como o Yakult não dizem o que especificamente essas culturas vivas podem fazer em prol da sua saúde.
E a razão pela qual ninguém anuncia um benefício específico é que ninguém realmente sabe quais eles são. Os lactobacilos vivos certamente não fazem mal nenhum, mas os cientistas estão apenas começando a desvendar os benefícios que eles podem trazer à nossa saúde. Eles suspeitam que se puderem determinar a finalidade de todas as várias bactérias boas que vivem em seres humanos, eles poderiam ser capazes de responder a todos os tipos de outras questões e tratar muitas doenças. Resolver esse enigma provavelmente será uma longa jornada.

8. Por que nós temos diferentes tipos de sangue?
Você provavelmente sabe que os seres humanos possuem tipos sanguíneos diferentes e, se você já fez a boa ação de doar sangue, provavelmente também sabe qual é o seu. Aliás, se você não sabe, procure saber qual é, porque essa informação é extremamente valiosa, especialmente em uma situação de emergência. Receber sangue do tipo errado pode até colocar sua vida em risco.
Como os tipos de sangue evoluíram há 20 milhões de anos, a ciência certamente tem muito o que aprender sobre esse assunto ainda. Contudo, apesar de sabermos como eles funcionam, não sabemos realmente por que eles existem.
Tipos sanguíneos são categorizados pelos diferentes antígenos encontrados nas células do sangue de pessoas de cada tipo. Estes antígenos são sinais para anticorpos que destroem as células estranhas no corpo. Ou seja: os anticorpos não vão causar nenhum problema para os antígenos do tipo correto, mas irão atacam intrusos de tipos sanguíneos diferentes, rejeitando sangues que não sejam compatíveis.
Essa é a parte que os cientistas entendem. Mas não sabemos qual é o propósito desses antígenos. O melhor palpite até agora é que ele tem alguma coisa a ver com doenças. Os cientistas descobriram, por exemplo, que as pessoas com sangue tipo B podem ser mais propensas a serem incomodadas por E. coli, enquanto que aqueles que não fazem parte deste grupo sanguíneo estão perto de serem imunes a uma forma de malária. Embora seja difícil ter certeza do motivo, talvez grupos sanguíneos evoluíram como uma forma de combater doenças infecciosas.

7. O cérebro permanece ativo depois de uma decapitação?
Geralmente, em histórias de ficção, quando uma pessoa é decapitada, ela passa alguns instantes terríveis e aterrorizantes ainda consciente, e algumas vezes até pisca para fazer a gente perder ainda mais o sono. Mas apesar de essas coisas parecerem lenda urbana, a verdade é que não temos certeza de quanto tempo o cérebro pode ficar ativo para dizer se esses roteiros têm ou não fundamento. E um detalhe crucial que dificulta a pesquisa para desvendar esse mistério é que os cientistas não podem sair por aí cortando a cabeça das pessoas para saber o que acontece. A única oportunidade real de coleta de dados foi durante a Revolução Francesa, quando a guilhotina foi o principal método de execução.
Mas mesmo com vários experimentos realizados, só há uma tentativa documentada de comunicar o que acontece imediatamente após a decapitação, e os créditos são de um pesquisador chamado Dr. Gabriel Beaurieux. Depois de chamar várias vezes o nome de um homem que havia sido decapitado, seus olhos se abriram e aparentaram se concentrar brevemente antes de fechar uma última vez. O médico, então, chegou à conclusão de que algumas funções menores permanecem ativas por cerca de 30 segundos após a decapitação, mas ele não foi capaz de determinar se a consciência em si permanece ativa.

6. Os humanos têm feromônios?
Farejar em busca de feromônios, especialmente para fins de reprodução, tem sido um comportamento muito observado no reino animal. Isso despertou a curiosidade nos pesquisadores para estudar o possível papel que eles desempenham nas interações humanas, e os resultados têm sido muitas vezes mais confusos do que qualquer outra coisa.
Enquanto muitos estudos têm mostrado que os seres humanos são afetados pelo cheiro, o negócio de feromônios é ligeiramente mais complicado. Por um tempo, os cientistas estavam certos de que não tínhamos sequer um órgão vomeronasal, que é o órgão olfativo que os animais usam para detectar feromônios. Nós temos um muito pequeno, mas não está claro se ele realmente faz alguma coisa. O que a ciência tem mostrado com clareza é que os seres humanos têm os seus próprios cheiros exclusivos, que são provavelmente influenciados geneticamente, assim como as impressões digitais. Por exemplo, bebês muito jovens podem identificar suas mães pelo cheiro, e exposição regular ao cheiro um do outro pode sincronizar um grupo de ciclos menstruais das mulheres. Conclusão: claramente, ainda há muito o que aprender sobre o olfato humano.

5. O que acontece quando uma pessoa é atingida por um raio?
Se você já esteve na rua durante uma tempestade, especialmente perto qualquer coisa de metal, ou uma árvore, provavelmente você já pensou sobre o risco de ser atingido por um raio. É uma ideia bastante assustadora, ainda mais sabendo que se isso acontecer, você pode acabar com danos cerebrais permanentes, ou queimaduras gravíssimas, ou até mesmo passar dessa para uma melhor. No entanto, apesar do que parece uma lesão horrível, a maioria das vítimas sobrevivem. Alguns até saem completamente ilesos dessa experiência que tem tudo para ser traumática – e os cientistas não fazem a menor ideia do por quê.
Em uma tentativa de entender melhor essa questão, os pesquisadores foram para a África do Sul, onde as trovoadas são mais comuns e altamente perigosas. Lá, eles descobriram que o raio tem a sua própria maneira de viajar através de nossos corpos e passaram a acreditar que isso tem a ver com a incrível quantidade de energia que passa por nós em um curto espaço de tempo. Há muitas perguntas ainda a responder, mas a expectativa é que, quando as respostas chegarem, vidas poderão ser salvas.

4. Como uma mulher pode não saber que está grávida?
Existem vários casos desses. Uma mulher começa a se sentir muito mal, vai para o hospital, e na verdade estava grávida, está prestes a ter um bebê e não fazia a menor ideia. Todo mundo fica com a mesma pergunta na cabeça: COMO ASSIM?
Parece no mínimo estranho uma mulher afirmar que é pega de surpresa quando um ser humano sai de seu próprio corpo. Mas, acredite, acontece. E como é um fenômeno muito raro, é extremamente difícil de estudá-lo a fundo para entender melhor como é possível algo assim acontecer. No entanto, os pesquisadores têm algumas dicas. Um dos motivos que leva uma mulher a não saber que está grávida é ela estar acima do peso – o que significar que ela não pode ganhar muitos mais quilos, e o crescimento de um bebê pode acabar passando despercebido. E aí você pergunta: mas e quando o ciclo menstrual fica interrompido? Pois é, algumas mulheres que estão acima do peso não têm ciclos regulares, e podem ficar longos períodos sem menstruar sem estarem de fato grávidas. Então, esse “sinal de gravidez” também passa despercebido. A verdade é que os médicos ainda estão confusos a respeito de como isso de fato pode acontecer.

3. Como as mitocôndrias funcionam?
As mitocôndrias são uma parte essencial dos nossos corpos. Seu propósito é converter todas as coisas que consumimos em energia para que o nosso organismo funcione. Mas, a verdade é que, durante muito tempo, não sabíamos quase nada sobre as organelas microscópicas, e a ciência tem evoluído com passos largos na compreensão desses organismos. Recentemente, os cientistas descobriram como mitocôndrias transferem energia. Eles também aprenderam que elas realmente gostam muito de cálcio, o que às vezes pode causar problemas.
Se as mitocôndrias absorverem cálcio em excesso, pode matar as células, e isso inclusive tem sido associado a doenças como a diabetes do tipo 2. Os pesquisadores acreditam que essas doenças afetam o processo de sinalização pelo qual o corpo diz às mitocôndrias quanto de cálcio devem absorver ou rejeitar. Uma equipe da Harvard conseguiu recentemente catalogar todas as proteínas da mitocôndria, incluindo todos aquelas envolvidas no processo de ingestão de cálcio. Embora ainda não sejam completamente compreendidas, as mitocôndrias são um mistério que em breve pode estar completamente resolvido.

2. Por que temos três ossos no ouvido?
Nosso ouvido é formado por três dos menores ossos de todo o corpo humano. Eles são conhecidos como martelo, bigorna e estribo. Até aí, nada fora do normal. Mas as coisas começam a mudar um pouco quando um pesquisador de Stanford, no Estados Unidos, chamado Sunil Puria apontou que, enquanto nós e outros mamíferos possuímos 3 ossos no ouvido, os répteis e aves têm apenas dois, e ninguém entende o porquê dessa diferença.
A melhor teoria de Puria envolve uma estranha doença chamada deiscência do canal semicircular, que pode levar a uma diminuição do tecido no canal do ouvido, o que faz com que as pessoas comecem a ouvir sons que elas normalmente não percebem, como o seu próprio batimento cardíaco. Já pensou? Ouvir todos os barulhos do seu corpo funcionando? Seria no mínimo enlouquecedor. Puria defende, então, que esse terceiro osso seria um mecanismo para minimizar nossa sensibilidade a esses sons, o que de fato colabora muito com a manutenção da nossa sanidade mental. Mas ainda falta muito trabalho para tirar maiores conclusões.

1. Que tipos de bactérias vivem em nossas línguas?
A boca humana não parece ser um prato cheio para a realização de muito novos estudos, não é? Afinal, sabemos o que os dentes são e como eles funcionam. Entendemos as gengivas e temos um bom controle sobre nosso paladar. Mas o fato é que a língua pode ser um verdadeiro baú do tesouro para novas descobertas.
Médicos de todo o mundo dariam muitas coisas para ter em suas mãos todas as bactérias que vivem na língua humana, para que pudessem estudá-las a fundo, compreender melhor seus comportamentos e funções e quem sabe até salvar mais vidas com as informações descobertas. O problema é que a maioria dessas bactérias não cresce em uma Placa de Petri – peça de vidro ou plástico que cientistas utilizam em laboratórios para fazer a cultura de microrganismos.
Isso complica bastante o processo. Esta falta de entendimento tem provado ser um grande obstáculo para o tratamento de doenças da gengiva, como periodontite. Os médicos não têm nenhuma maneira fácil de tratar a condição, pois muitas bactérias diferentes estão envolvidas, e eles entendem muito pouco sobre elas. [Listverse]

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Diabetes: Perguntas e Respostas

O último estudo realizado no Brasil mostrou que a prevalência do diabetes no país é de aproximadamente 7,6%, para a população na faixa etária de 30 a 69 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.

O Ministério da Saúde, por sua vez, trabalha com uma prevalência de 11% para a população com mais de 40 anos. De qualquer forma, é uma grande população que tem de se cuidar.

O diabetes é uma doença que não tem cura, mas pode ser controlada, o que permite ao diabético levar uma vida normal.

Uma das formas de controle do diabetes é a alimentação saudável e balanceada. Nem é preciso uma dieta especial.

Nesta entrevista, a Dra Sonia Murgueytio Jurado, da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, explica as bases da alimentação saudável para os diabéticos.

O diabético precisa fazer uma dieta especial por causa da doença?

Não, a pessoa que tem diabetes não precisa fazer uma dieta especial ou exclusiva para lidar com a doença. No entanto, uma dieta saudável e balanceada é importante para o controle do diabetes, bem como para evitar problemas de saúde a longo prazo.

Toda dieta saudável deve incluir uma quantidade generosa de verduras e frutas, sejam frescas ou congeladas, e quantidades moderadas de grãos integrais, carboidratos complexos e também gorduras não saturadas, que são benéficas à saúde cardiovascular.

Durante a digestão, o organismo converte os carboidratos em glicose que entra na corrente sanguínea. Portanto, é preciso prestar atenção na quantidade de carboidratos ingeridos diariamente, para mantê-la dentro dos níveis recomendados na dieta. A dieta saudável ajuda a pessoa a perder peso e a controlar os níveis de glicose (ou açúcar) no sangue.

Como o diabético deve planejar suas refeições?

Quando se é diabético, é importante comer os alimentos adequados, nas quantidades apropriadas, para manter estáveis os níveis de glicose no sangue e, ao mesmo tempo, conseguir o equilíbrio desejado de nutrientes.

Quando for escolher carboidratos, a pessoa deve ser certificar de que sejam carboidratos complexos como, por exemplo, pães, arroz e massas integrais, assim como cereais de grãos integrais.

Deve-se consumir uma quantidade de carboidratos complexos equivalente à - ou próxima da - metade do número total de calorias diárias previstas na dieta. E tentar consumir aproximadamente a mesma quantidade de carboidratos em cada refeição, todos os dias.

Quanto às proteínas e lácteos, deve-se preferir legumes, como feijão, soja, lentilha, ou carnes magras, como a do peixe, carne de aves sem pele e produtos lácteos com baixo teor de gordura ou sem gordura.

As frutas e verduras (não cozidas) formam a base de uma dieta saudável. Portanto, o consumo de uma quantidade generosa de frutas e verduras é recomendável.

Entretanto, sempre que possível, deve-se consumir mais verduras do que frutas, uma vez que a maioria das frutas contém açúcares naturais, que devem ser levados em conta na soma da ingestão total de carboidratos no dia.

Por fim, é necessário incluir na dieta uma quantidade moderada de gorduras saudáveis (monoinsaturadas e poli-insaturadas), como as encontradas nos óleos vegetais, nozes, azeitonas e pescados.

Mas pode ter algum açúcar na dieta?

No passado, recomendava-se que as pessoas diabéticas evitassem o consumo de qualquer tipo de doce. No entanto, informações mais recentes, baseadas em comprovação científica, indicam que isso não é necessário.

O importante é consumir doces ou qualquer coisa com açúcar apenas ocasionalmente, para manter uma alimentação balanceada, que esteja dentro do plano de nutrição.
Lembre-se de que, embora cada tipo de carboidrato possa afetar de maneira diferente seu nível de glicose no sangue, é a quantidade total de carboidratos consumidos nas refeições o que mais conta.

No entanto, é recomendável que o diabético meça o nível de glicose no sangue, para conferir se ele está muito alto e, se for o caso, tomar as medidas necessárias para baixá-lo.

Finalmente, leve em consideração que os doces e açúcares em geral constituem uma fonte de alimentação de alto teor calórico e sem valor nutricional. Assim, tanto quanto possível, prefira alimentos mais saudáveis para a sobremesa e limite os doces a 75 calorias por dia.

Que tipos de frutas contêm mais açúcar?

Quando consumir frutas secas, como passas, tâmaras ou maçãs secas, faça-o com moderação.

Ainda que a fruta seca seja saudável, ela contém muitas calorias em cada porção. Frutas frescas ou enlatadas (no suco ou com água), frutas congeladas sem adição de açúcar ou sucos de fruta puros (118,3 mililitros ao dia) podem ser opções mais saudáveis.

O que os diabéticos devem cortar em sua alimentação? Devem evitar carboidratos?

Uma dieta balanceada inclui todos os grupos alimentícios.

Portanto, não se recomenda as dietas com baixo conteúdo de carboidratos. Essas dietas contêm, geralmente, alto teor de gorduras saturadas e colesterol. E, ao mesmo tempo, limitam o consumo de refeições saudáveis, como frutas, vegetais e grãos integrais.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a quantidade mínima de carboidrato recomendado para consumo diário é de 130 gramas por dia.
Como posso perder peso se tenho diabetes?

A melhor forma de perder peso é manter uma dieta saudável e balanceada. E, ao mesmo tempo, praticar mais atividades físicas.

Mas não se esqueça de levar em conta as limitações físicas ou as recomendadas pelo médico, antes de iniciar qualquer tipo de prática de exercícios físicos.

Com informações da Mayo Clinic