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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Por que os homens ainda demoram a pensar sobre a velhice?


Nossa colunista explica como o machismo e a falta de preocupação com o envelhecimento prejudicam a saúde do sexo masculino

Embora todos nós, homens e mulheres, tenhamos o potencial de viver a velhice como uma realidade e em sua plenitude, a grande maioria da ala masculina ainda evita pensar sobre “ser idoso” e, com isso, deixa de se preparar para alcançar a maturidade com qualidade de vida.

Na verdade, existe uma espécie de contradição. Os homens são considerados fisicamente mais fortes, só que, em termos de expectativa de vida, vivem menos que as mulheres. Podemos atribuir essa discrepância a fatores biológicos, sociais, psicológicos e comportamentais.

Estudos apontam que os membros do sexo masculino costumam pensar, de fato, na velhice após os 45 anos de idade e, ainda assim, como algo distante. Há um erro de timing aí se considerarmos que o organismo entra no processo de envelhecimento a partir dos 28 anos.

Mas por que será que a rapaziada empurra com a barriga esse olhar lá na frente? Podemos atribuir isso a questões como medo de que, com a idade, surjam doenças incapacitantes, que levem à perda de autonomia e independência. Também há o receio da solidão, de se tornar impotente e perder a virilidade, bem como o temor da morte.

Todos esses pontos tornam a relação entre o homem com a saúde e a sobrevivência um tanto complexa. E ajudam a entender inclusive a resistência de parte da ala masculina a mudar alguns hábitos e a tendência a se esquivar dos cuidados preventivos.

Diferentemente de nós, mulheres, acostumadas ao acompanhamento médico (ao menos com o ginecologista), boa parcela dos homens não costuma ter o monitoramento e a orientação do profissional de saúde – algo que deveria se estender da infância, passar pela adolescência e continuar na vida adulta. Existe, a meu ver, uma crença de que, enquanto eles estão trabalhando e são produtivos, não há razão ou tempo para se preocupar.

Ora, não se trata de procurar pelo em ovo, como diz a sabedoria popular, mas de manter um acompanhamento que, aliado a hábitos saudáveis, reduz (e muito!) o risco de doenças. Doenças que, em última instância, vão comprometer o envelhecimento.

Além disso, há uma questão, digamos, mais cultural e geracional que explica esse comportamento fugitivo do homem em relação à saúde e à velhice. Muitos cidadãos que hoje estão na casa dos 60 anos ou mais aprenderam que “os homens são mais fortes que as mulheres”, no sentido de serem mais ativos e provedores. Essa concepção faz com que construam uma imagem de que não correm riscos, são praticamente indestrutíveis.

Sabemos, no entanto, que nas últimas décadas temos vivido mudanças notórias na sociedade que ajudam a romper esse paradigma das diferenças entre homens e mulheres. É provável que os idosos do futuro superem essa visão e tragam um novo olhar inclusive sobre o envelhecimento. Ao derrubar preconceitos e estigmas (de gênero e de qualquer outra ordem), conseguimos utilizar melhor o conhecimento e as ferramentas de prevenção. E, como consequência, envelhecemos melhor.

Além da próstata
Outro aspecto que deve ser levado em consideração é que, quando pensamos no envelhecimento do ponto de vista do homem, ainda notamos uma forte tendência de restringir o foco de preocupação a um único órgão: a próstata. E a uma única circunstância adversa: o comprometimento da virilidade. São temas que persistem como tabus.

Um levantamento recente, divulgado em função do Dia do Homem, apontou que 49% dos homens não realizaram o exame de próstata, sendo que, destes, 24% revelaram não achar o procedimento “másculo”. Isso em pleno século 21!

E não adianta se preocupar apenas com a próstata ou a virilidade. Devemos ter como objetivo uma prevenção mais holística, que contemple a proteção contra uma porção de problemas que podem cursar junto ao envelhecimento – doenças cardiovasculares, diabetes, sobrepeso, queda da testosterona, depressão…

Por isso, há três pontos que se fazem necessários para evoluirmos nesse sentido:

1) Incentivar o homem a procurar o médico e estabelecer uma conversa franca com ele;

2) Criar movimentos que atuem educando a população sobre o envelhecimento;

3) Vencer estigmas da “masculinidade” e quebrar o paradigma de que o tempo só traz doenças. Digo e repito: envelhecer é um grande ganho para qualquer sociedade. Pensar sobre a velhice é um ato de coragem. É só assim que podemos nos planejar, estabelecer metas e mudar (se preciso) a rotina para chegar bem lá na frente.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/por-que-os-homens-ainda-demoram-a-pensar-sobre-a-velhice/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Ilustração: Veridiana Scarpelli/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

21 perguntas e respostas que vão fazer você pensar

Se você é do tipo curioso, sua imaginação provavelmente já supôs cenários malucos para os quais você não tem uma resposta boa. Mas nós temos. Confira algumas perguntas e respostas maluquetes:

1. O que aconteceria se você caísse em um buraco negro?
Se você tivesse que dar um passo em um pequeno buraco negro, seu corpo iria se assemelhar a uma pasta de dentes saindo do tubo.
Forças que atuam no limiar de um buraco negro (o chamado “horizonte de eventos”) são tão fortes que iriam esticar seu corpo em uma sequência de átomos.
Mas se você caísse em um buraco negro um pouco maior, poderia manter sua estrutura interna (pelo menos). A teoria da dilatação do tempo de Einstein sugere que, se você olhar para a frente em direção ao centro de um buraco negro, você veria cada objeto que caiu ali no passado. E atrás de você, você ia ver tudo o que nunca vai cair nele no futuro.

2. E se existisse outra espécie mais avançada que nós?
Se a Terra tivesse uma outra espécie, mais avançada que os seres humanos, nós provavelmente estaríamos travando uma batalha pela supremacia. Poderíamos perder e ser extintos. Ou, se depois de centenas de milhares de anos ninguém ganhasse, iríamos começar a nos adaptar: cada uma das espécies iria exigir recursos diferentes, e acabaríamos ignorando um ao outro.

3. E se a Terra fosse duas vezes maior?
Se o diâmetro da Terra fosse duplicado, a massa do planeta aumentaria oito vezes, e a força da gravidade no planeta seria duas vezes mais forte. Todas as plantas e animais que existem atualmente entrariam em colapso sob seu próprio peso, e surgiriam novas espécies.

4. E se um asteroide gigante não tivesse dizimado os dinossauros?
Se o asteroide não tivesse atingido a Terra, os dinossauros estariam, muito provavelmente, ainda dominando nosso planeta. Os pesquisadores têm especulado que “dinossauroides” inteligentes poderiam ter evoluído no lugar da humanidade, com base no tamanho do cérebro relativamente grande de espécies emergentes tardiamente.

5. E se todos na Terra saltassem de uma vez?
Se todos os 7 bilhões de nós conseguíssemos nos organizar para saltarmos juntos, faríamos a Terra se mover apenas um centésimo do raio de um único átomo por segundo. E depois, a Terra voltaria ao seu lugar, como uma mola.

6. E se a lua nunca tivesse se formado?
Sem ela, a vida poderia nunca ter surgido, ou seres vivos teriam padrões de comportamento muito diferentes para lidar com o dia de seis horas e as mudanças climáticas extremas que existiriam em uma Terra sem lua.

7. E se os seres humanos fossem duas vezes mais inteligentes?
Se os seres humanos fossem duas vezes mais inteligente do que são agora, os especialistas pensam que estaríamos mais satisfeitos em uma escala individual, bem como mais saudáveis, mais bonitos e menos religiosos. Mas as pessoas ainda teriam uma variada gama de personalidades, e assim a sociedade seria tão confusa quanto é hoje.

8. E se todos os gatos do mundo morressem de repente?
Primeiramente: seria um péssimo dia para estar no Facebook.
Fora isso, os gatos podem parecer “inúteis”, mas são membros vitais do ecossistema global. A partir de estudos que analisam os efeitos da remoção de gatos a partir de pequenas ilhas, sabemos que, sem eles, a Terra se tornaria rapidamente invadida por roedores. Camundongos e ratos provavelmente destruiriam suprimentos de grãos, disseminariam doenças e acabariam com as aves que nidificam no solo.

9. E se estivéssemos mais perto da borda da Via Láctea?
Embora haja apenas um terço da quantidade de elementos metálicos na borda da galáxia em comparação com onde estamos agora, a vida poderia ainda surgir e evoluir da mesma maneira. No entanto, os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno não seriam capazes de existir, e a falta desses planetas poderia significar a ruína para a Terra, permitindo impactos de asteroides mais frequentes.

10. E se os primeiros animais tivessem seis membros?
Os cientistas imaginam que a maioria dos animais ficaria muito perto do solo, e grandes animais inteligentes poderiam nunca ter evoluído.

11. E se os neandertais não tivessem sido extintos?
Neandertais poderiam ter persistido na Europa, mesmo até os tempos modernos, e é possível que eles tivessem a capacidade de pensar, falar e agir como nós. Mas os especialistas acham que é muito mais provável que eles tenham sido assimilados através do cruzamento com seres humanos para criar uma espécie híbrida.

12. E se não houvesse gravidade?
Se o universo se formasse sem força de gravidade, ele seria totalmente plano e sem seus traços característicos de agora. Se tivesse se desenvolvido normalmente até o presente momento, e então a gravidade de repente fosse desligada, nós todos iriamos sair voando para o espaço.

13. E se os polos magnéticos da Terra trocassem?
Esta na verdade não é uma questão de “se”, mas sim de “quando”. De vez em quando, durante a história da Terra, norte e sul têm se alternado. Acontece quando átomos de ferro no núcleo externo líquido invertem gradualmente sua orientação durante alguns milhares de anos. Não causa problemas.

14. E se as forças que formam moléculas fossem mais fortes?
Moléculas se formam quando os prótons nos átomos adjacentes “compartilham” elétrons. Se a força eletromagnética que impulsiona essa relação fosse minimamente diferente do que é hoje, o universo provavelmente seria desprovido de vida, e até mesmo de estrelas e planetas. A atração entre prótons positivamente carregados e elétrons carregados negativamente está perfeitamente sintonizada em um valor que permite a formação de moléculas.

15. E se a gente comesse só um tipo de alimento?
Não há um alimento que tem absolutamente tudo o que o seu corpo precisa. Então, se você escolhesse comer apenas uma fruta, ou vegetal ou cereal, isso conduziria seus órgãos à falência. Consumir só carne acabaria por forçar o seu corpo a consumir seus próprios músculos. E se você não comesse frutas, você iria desenvolver um caso grave de escorbuto. Todos estes caminhos levariam à morte.

16. E se o sol fosse da metade do tamanho?
Nessa dimensão, o sol seria muito mais frio e mais vermelho, e seria uma variedade estelar conhecida como “anã vermelha”. A região em torno dele que seria adequada para a vida, conhecida como a “zona habitável”, seria muito menor, e a Terra não estaria nela porque a nossa água congelaria. Mercúrio, por outro lado, estaria bem na fita.

17. O que aconteceria se você disparasse uma arma no espaço?
As armas podem disparar no espaço, e isso permite todos os tipos de cenários absurdos. Se você estiver no vácuo entre as galáxias, puxar o gatilho irá fazer com que a bala viaje através do espaço, literalmente, para sempre. Se você atirar uma arma no sistema solar, sua bala vai ser sugada em direção ao sol ou de um dos planetas gigantes. E se você atirar com uma arma em direção ao horizonte ao estar em uma montanha na lua, você poderia, teoricamente, acabar atirando em suas próprias costas.

18. E se não houvesse as estações do ano?
Se o eixo da Terra não fosse inclinado, não haveria variação sazonal, e os seres humanos ficaram confinados ao calor contínuo. Nós provavelmente nunca teríamos desenvolvido uma agricultura avançada, já que a maioria dos cultivos básicos exigem invernos frios.
Esqueça a Revolução Industrial e as conveniências modernas que surgiram a partir dela: grande parte da nossa tecnologia tem suas raízes na existência de inverno, porque é um subproduto das invenções de novas e melhores formas de nos manter aquecidos.

19. E se os seres humanos tivessem visão de águia?
Se você trocasse seus olhos com os de uma águia, você ia poder ver uma formiga rastejando no chão a partir do telhado de um prédio de 10 andares. Você poderia ver as expressões nos rostos dos jogadores de futebol dos piores lugares do estádio. Objetos diretamente em sua linha de visão seriam vistos em uma versão ampliada, e tudo seria brilhantemente colorido em uma variedade de tons inconcebível.

20. O que faríamos se descobríssemos aliens?
É teoricamente possível (embora improvável) encontrarmos vida alienígena em Marte ou nos lagos subterrâneos da Europa, uma lua de Júpiter. As amostras de formas de vida simples e não sencientes seriam recolhidas para análise laboratorial cuidadosa, enquanto seres mais avançados iriam ser abordados com extrema cautela.

21. O que aconteceria se você caísse em um vulcão?
A alta densidade de lava e baixa viscosidade significa que você iria bater na superfície do poço de lava de um vulcão em vez de afundar nele. Por causa do calor tremendo, você iria explodir em chamas, e os gases emitidos pela sua carne reagiriam com a lava, criando “minierupções”. Não seria bonito, não. [livescience]

Fonte: http://hypescience.com/perguntas-e-respostas/ - Autor: Gabriela Mateos