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sábado, 20 de julho de 2024

Por que as vacinas são tão importantes


Além de reduzir a mortalidade infantil, o impacto das vacinas também é positivo na qualidade e na expectativa de vida de adultos e idosos. É importante manter o cartão de vacinação atualizado.

 

As vacinas nunca ganharam tanto destaque quanto na pandemia da Covid-19. Mas a verdade é que a primeira vacinação no Brasil foi instituída em 1804 por causa da contaminação da varíola, que era predominante no país (a varíola foi erradicada em 1971), e, em 1973, o Brasil criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) que abriu uma nova etapa na história das políticas de saúde pública no campo da prevenção.

 

Além de reduzirem significativamente a mortalidade por doenças imunopreveníveis que, em sua maioria, são graves e fatais, as vacinas ativam o sistema imunológico, auxiliando na prevenção contra infecções e alguns tipos de câncer. Dessa forma, as vacinas contribuem para aumentar a longevidade da população e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacinação conseguiu aumentar a expectativa de vida em cerca de 30 anos e, em 22 anos, o índice de mortalidade infantil no Brasil caiu 77%. “Não só crianças, mas vacinar adolescentes, adultos e idosos é de suma importância, pois só dessa forma conseguiremos manter sob controle as doenças imunopreveníveis, salvando milhões de vidas”, destaca a pediatra Veronica Carvalho de Menezes, da clínica Vacina & Ação.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a partir dos 20 anos todos precisam estar vacinados ao menos contra sarampo, caxumba, rubéola, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano. E por estarem em um grupo de risco de doenças que podem causar complicações graves, pessoas a partir dos 60 anos é indicado tomar as vacinas de gripe e pneumococo (protege contra pneumonia e meningite).

 

Para quem perdeu a caderneta de vacinação, ou não sabe quais vacinas já tomou, a orientação do Ministério da Saúde é para considerar não ter sido vacinado, uma vez que a repetição da dose não traz problemas. E por meio de exame de sangue é possível afirmar se a pessoa está imunizada contra uma determinada doença.

 

A importância das vacinas na infância

 

Dra. Verônica esclarece que a maioria das vacinas é aplicada na infância visando a proteção dos bebês e o controle e erradicação de algumas doenças, já que ao nascer os bebês contam com um sistema imunológico imaturo, com as defesas ainda em formação, o que os torna especialmente vulneráveis. “Iniciar a vacinação na infância é uma das formas de garantir um crescimento e desenvolvimento saudável e feliz”, reforça.

 

Tem vacinas específicas para homens e mulheres adultos?

 

Essa é uma dúvida frequente, mas de acordo com Dra. Verônica isso não acontece mais, e todas as vacinas estão indicadas para ambos os sexos. “Inicialmente, a vacina do HPV (papilomavirus humano) era indicada apenas para mulheres, mas com o desenvolvimento de novos estudos, recomendou-se imunizar também os homens, reduzindo a incidência de câncer de colo de útero, vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

 

As vacinas

 

Todas as vacinas disponíveis no Brasil são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e mais de 18 são oferecidas na rede pública (SUS), inclusive a recente ACWY, mas outras são encontradas apenas na rede privada.

 

Nesse link do portal SBIm Família tem informação sobre todas as vacinas, onde encontrar (rede pública ou privada), o que elas previnem, e a faixa etária ou grupo de pessoas indicadas a tomar, além de outras informações importantes.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/artigos/por-que-as-vacinas-sao-importantes


Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês.

Mateus 6:33


domingo, 5 de maio de 2024

Quais vacinas você deve tomar depois de adulto? Veja a lista


Os imunizantes recomendados estão disponíveis na rede pública

 

Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação de vacinas na fase adulta é de extrema importância.

 

A vacinação é um grande auxílio no controle e eliminação de muitas doenças provocadas por vírus ou bactérias. No entanto, quando pensamos em vacina, associamos logo a crianças ou à Covid-19, em que todos precisaram tomar devido ao rápido contágio. Porém, muitas doenças possíveis de serem evitadas continuam sendo preocupações, especialmente em pessoas adultas que não receberam as doses recomendadas no passado. Isso porque há um cronograma vacinal ao longo da vida.

 

Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação de vacinas na fase adulta é de extrema importância. Algumas precisam só ser renovadas, como o sarampo, rubéola, difteria e tétano, enquanto outras são doses administradas exclusivamente em uma idade específica. Veja:

 

Vacinas a partir dos 18 anos

Algumas vacinas podem ser aplicadas a qualquer momento após os 18 anos. As principais são:

 

hepatite B

dT (dupla adulto - contra o tétano e difteria)

febre-amarela

As vacinas contra hepatite B e dT são aplicadas em três doses de cada uma ao longo da vida. Em relação a dT, após esse esquema, o reforço será a cada 10 anos ou de cinco em cinco anos em caso de acidente com lesão grave.

A quantidade de doses aplicadas e o intervalo entre elas são definidos conforme situação vacinal. Por exemplo, se a pessoa recebeu apenas uma dose de vacina contra hepatite B na vida, ela receberá mais duas doses; se ela recebeu duas, receberá uma, e assim por diante. Havendo dúvida se a pessoa já se vacinou ou não, reinicia-se o esquema básico.

A febre-amarela tem o esquema de dose única para aqueles que tomaram após os 5 anos de idade.  Caso tenha recebido antes de completar 5 anos, é recomendado o reforço.

 

Vacinas de 20 a 29 anos

Para esta faixa etária, além das disponíveis para qualquer idade, é recomendado a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A aplicação desse imunizante é realizada em duas doses. Se a pessoa já tomou uma, precisará tomar a outra. Se o esquema ainda não tiver sido iniciado, tomará a primeira e deverá voltar para tomar a segunda dose.

Após tomar a primeira dose, a segunda deverá ser aplicada após 30 dias.

 

Vacinas de 30 a 59 anos

Nesta faixa etária, é preciso também tomar a vacina tríplice viral. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda que, após os 30 anos, o imunizante seja apenas de uma dose.

 

Vacinas com 60 anos ou mais

Para este grupo, as principais vacinas a serem tomadas são: hepatite B, dT (dupla adulto), e febre amarela.

As vacinas contra hepatite B e dT funcionam da seguinte forma: caso a pessoa já tenha tomado ao longo da vida, não precisa tomar após os 60 anos. Caso nunca tenha tomado, a partir dessa idade ela deverá iniciar ou completar o esquema vacinal dessas doenças.

Para a dT, há um reforço a cada 10 anos ou a cada cinco anos, em caso de ferimentos graves.

Já em relação à febre-amarela, se a pessoa nunca tomou o imunizante, ela deverá passar por avaliação médica para análise da necessidade desta vacina ou não.

Além disso, os idosos também são também prioridade de vacinação contra gripe e Covid-19. No caso da gripe, a imunização é anual.

 

HPV

Uma das vacinas mais importantes é a que protege contra o HPV de baixo risco (tipos 6 e 11), que causa verrugas anogenitais, e de alto risco (tipos 16 e 18), que causa câncer de colo uterino, de pênis, anal e oral.

Essa vacina é recomendada para adultos de até 45 anos que tenham histórico de abuso sexual, convivam com HIV, sejam pacientes oncológicos ou tenham passado por transplantes. A aplicação consiste em três doses e só é realizada mediante prescrição médica. Para pessoas acima de 45 anos, a decisão sobre a vacinação pode ser tomada em conjunto entre o profissional de saúde e o paciente.

 

*Todas as vacinas citadas são oferecidas na rede pública

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2024-05-04/vacinas--quais-voce-deve-tomar-depois-de-adulto-.html - Reprodução: pixabay


“Não há nada escondido que não venha a ser revelado nem oculto que não venha a ser conhecido. O que vocês disseram no escuro será ouvido à luz do dia; o que sussurraram nos ouvidos dentro de casa será proclamado dos telhados.” (Evangelho de Lucas 12:2).


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Veja o que se sabe sobre a 3ª dose e sobre perda de eficácia de vacinas


Alguns estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair

As vacinas contra Covid-19 continuam a conferir boa proteção contra a doença grave, hospitalização e morte, mas uma possível queda nos índices de imunidade levou recentemente ao debate sobre a necessidade de uma dose de reforço dos imunizantes.

Alguns estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair, mas isso não significa que as pessoas vão ficar vulneráveis à infecção, uma vez que organismo tem outras formas de defesa.

Embora uma dose de reforço seja uma estratégia já bem estabelecida para outros imunizantes, a questão principal hoje é qual seria a necessidade de começar a aplicação dessa injeção extra quando grande parte da população ainda está parcialmente imunizada ou não recebeu ainda nenhuma dose das vacinas, explica o pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri.

A maioria dos países da África não vacinou nem 5% da população com a primeira dose. O Haiti, na América Central, só iniciou a campanha de vacinação contra o coronavírus no mês passado.

Além disso, os cientistas ainda estão começando a colher dados de estudos científicos controlados, randomizados e duplo-cegos (o chamado padrão-ouro em ensaios clínicos) sobre a eficácia de uma dose de reforço das vacinas.

Mesmo assim, diversos países já anunciaram ou até mesmo começaram a aplicação de uma terceira dose, contrariando o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) por não fazê-lo até que a desigualdade da vacinação seja resolvida.


Veja abaixo o que se sabe sobre a dose de reforço e sobre a perda de eficácia das vacinas com duas doses ou dose única.

 

O que se sabe sobre a eficácia de uma terceira dose da vacina contra Covid-19?

Ainda não há estudos científicos demonstrando que a eficácia das vacinas aumenta com uma terceira dose. Algumas evidências, no entanto, já começam a se acumular.

O que se sabe até agora é que uma dose de reforço pode estimular o organismo a produzir mais anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 e células do tipo B (produtoras de anticorpos) de memória, o que ajudaria a fornecer uma proteção imunológica mais duradoura.

Recentemente, o laboratório chinês Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, divulgou dois estudos controlados, randomizados e duplo-cegos sugerindo que uma terceira dose da vacina de seis a oito meses após o esquema tradicional com duas doses pode aumentar em até sete vezes a taxa de anticorpos neutralizantes capazes de bloquear a entrada do vírus nas células.

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Oxford mostrou que o intervalo maior entre as duas doses da vacina AstraZeneca, de até 45 semanas, e a aplicação de uma terceira dose do imunizante tiveram sucesso em aumentar até 18 vezes a taxa de anticorpos contra o Sars-CoV-2 no organismo.

E, em Israel, dados do ministério da saúde apontam uma queda para um terço na taxa de casos da doença em pessoas com mais de 60 anos após a dose reforço.A proteção conferida pelas vacinas diminui com o tempo?

Ainda é cedo para saber por quanto tempo a resposta imune gerada pelas vacinas vai durar. Até o momento, dados de acompanhamento dos ensaios de fase 3 apontam para uma duração de pelo menos oito meses da proteção conferida por anticorpos neutralizantes para a maioria das vacinas. Contudo, a proteção dada por essas moléculas é uma, mas não a única, forma de defesa do organismo.

A imunidade conferida por infecção natural, segundo alguns estudos, pode durar anos, mas essa proteção tende a ser ligeiramente menor frente a novas variantes capazes de fugir dos anticorpos específicos contra a forma ancestral do vírus, como é o caso da delta.

Mesmo com uma melhor capacidade de induzir resposta imune do que a infecção natural, é natural que a taxa de anticorpos em circulação no sangue caia após alguns meses até um ano.As vacinas aplicadas no início do ano ainda podem prevenir infecções?

As vacinas contra Covid-19 foram desenvolvidas para proteger especialmente contra a hospitalização e morte, mas não têm o poder de conter totalmente o contágio em si. Assim, mesmo indivíduos vacinados com duas doses ainda podem se infectar e disseminar o vírus, embora em uma proporção menor do que os não vacinados.

Até o momento, estudos de efetividade em todo o mundo comprovaram que as vacinas reduzem novas hospitalizações e mortes, como ocorreu no Chile, que apresentou uma queda de mais de 80% das hospitalizações, 86% das mortes e quase 90% de internações por UTI com cerca de 75% da população vacinada. No entanto, o país enfrentou uma subida de casos recente, muito provavelmente devido a uma falsa sensação de proteção das pessoas após apenas uma dose das vacinas e ao relaxamento das medidas de distanciamento.

No final de julho, a Pfizer divulgou um estudo, ainda em formato de pré-print, indicando que a efetividade de sua vacina seis meses após a conclusão do ensaio clínico é de 91%, mas essa taxa cai para até 86% dependendo das variantes em circulação.

Também no último mês, um estudo conduzido em Israel apontou que há uma queda na efetividade da vacina da Pfizer de 64% para 39% contra infecções causadas pela variante delta. A proteção contra hospitalização e doença grave, no entanto, continua elevada, acima de 90%.

No Reino Unido, a proteção por resposta humoral (de anticorpos) dos imunizantes AstraZeneca ou Pfizer contra a delta caiu de 49% para 30,7%, após uma dose, e, com as duas doses, de 93,7% para 88%, no caso da Pfizer, e de 74,5% para 67% com a AstraZeneca.

Já uma pesquisa feita pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, centro de referência em estudos de medicina, apontou que a chegada da delta no estado de Minnesota reduziu a efetividade da vacina da Pfizer contra infecção de 76%, até julho, para 42% no último mês. Essa queda não foi tão pronunciada assim para a vacina da Moderna, cuja proteção era de 86% contra infecção e, em julho, esse índice chegava a 76%.

No Brasil, dados da pesquisa Vebra Covid-19 com as vacinas AstraZeneca e Coronavac apontam para uma proteção de 77,9% contra casos sintomáticos, no caso da primeira, e 50,7%, para o segundo fármaco em pessoas de 18 a 59 anos. A proteção para casos sintomáticos em indivíduos com idade acima de 60 anos da Coronavac, no entanto, varia de 28% a 62%.

E em relação às hospitalizações e mortes, o que sabemos sobre a proteção das vacinas de seis a oito meses após o seu uso?

No geral, apesar da leve queda de níveis de anticorpos que pode ocorrer alguns meses após a vacina, todas as vacinas contra Covid-19 têm se mostrado bem-sucedidas em proteger contra o agravamento do quadro, hospitalizações e morte.

Isso não significa, no entanto, que a eficácia dos imunizantes é de 100%, pois nenhuma vacina ou medicamento tem esse poder.

Nos países com alta de casos e já com elevada cobertura vacinal, a maioria das internações e mortes por Covid ocorre em indivíduos não vacinados. Nos EUA, 99% das mortes foram nas pessoas que não se vacinaram.

Uma pesquisa do grupo Vebra Covid com mais de 60 mil moradores do estado de São Paulo indicou uma proteção, de janeiro a julho, de 93,6% de duas doses da vacina AstraZeneca contra morte, e 87,6% para internações. A mesma efetividade foi encontrada no estudo feito com a Coronavac no município de Serrana, de 95% de proteção para mortes e 86% contra hospitalização pela doença do coronavírus.

E um levantamento do InfoTracker mostrou que pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por Covid que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho.A terceira dose será necessária para todos ou só para grupos específicos, como os mais velhos ou imunossuprimidos?

As vacinas contra Covid apresentam, em geral, uma eficácia mais baixa para pessoas imunossuprimidas, como aquelas com doenças autoimunes ou em tratamento contra câncer, por exemplo.

Esse público não foi inicialmente incluído nos ensaios clínicos, mas com o uso em massa dos imunizantes, dados sobre sua eficácia ou efetividade nesse grupo tendem a aparecer.

Um artigo publicado no dia 23 de julho na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que uma terceira dose da vacina da Moderna em pacientes com transplante de rim induz uma boa proteção em quase metade (49%) daqueles que não tiveram resposta imune após as duas doses.

Até então, apesar de as vacinas de RNA terem apresentado uma alta eficácia nos ensaios clínicos (acima de 95%), uma pesquisa mostrou que nesse grupo uma única dose não conferia proteção em quase 8 em cada 10 pacientes, mas aplicação de uma segunda dose das vacinas eleva a proteção para até 54% dos transplantados.

Já uma pesquisa do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, apontou que a vacinação contra a Covid-19 em pacientes imunossuprimidos é segura e produz boa resposta imune, chegando até 70,4% da chamada soroconversão (presença de anticorpos específicos contra o vírus no sangue) após duas doses da Coronavac.

Na quinta (12), a agência reguladora de medicamentos e vacinas norte-americana, FDA, aprovou uma terceira dose das vacinas de RNA em uso no país (Pfizer e Moderna) para pessoas imunossuprimidas. Essa seria uma necessidade para que essas pessoas sejam completamente imunizadas, e não é equivalente a uma dose reforço em pessoas saudáveis, explica Kfouri, da SBIm.

Em relação aos mais idosos, em geral as vacinas em uso apontam para uma diminuição da taxa de anticorpos induzidos pós-imunização nesse grupo.

A proteção de duas doses da Coronavac em pessoas com 70 a 74 anos é de cerca de 80% contra hospitalizações e 86% contra mortes. No entanto, a proteção cai na população com 80 anos ou mais, sendo de 43,4% contra hospitalizações e 49,9% contra mortes.

Esses valores podem indicar a necessidade de uma dose de reforço nas pessoas com mais de 80 anos.Quais países já começaram a aplicação de uma terceira dose? Em quais situações a recomendação faz sentido?

O governo de Israel passou a oferecer no final de julho uma dose reforço para pessoas com mais de 60 anos já vacinadas com duas doses da Pfizer no país. Recentemente, autoridades de saúde do país decidiram diminuir a faixa etária da terceira dose para aqueles com 50 anos ou mais.

Ja a Indonésia começou a aplicar uma dose reforço nos profissionais da saúde do país que foram vacinados com a Coronavac. A decisão veio após a morte de médicos no país alguns meses após terem recebido as duas doses do imunizante. O país asiático, no entanto, tem 19% da população vacinada com ao menos uma dose e apenas 10% com o esquema completo.

E, na quarta-feira (11), o Chile começou a aplicar uma dose extra da vacina AstraZeneca nos idosos que já receberam as duas doses da Coronavac.

O Uruguai, com 64% da população com esquema completo e 73% com pelo menos uma dose, aprovou uma dose reforço do imunizante da Pfizer para aqueles que já receberam duas injeções da Coronavac.

Outros países, como Inglaterra, França e Alemanha, pretendem começar a vacinação com uma dose reforço a partir de setembro, quando a maioria dos adultos já tiver recebido o esquema normal de imunização.O Brasil já está realizando estudos sobre a terceira dose?

Uma terceira dose da vacina da Pfizer está sendo testada com 1.160 voluntários, segundo a farmacêutica, Metade tomou a vacina, metade tomou placebo. A ideia é mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de reforço é significantemente maior do que naquelas pessoas que só tomaram duas doses.

O mesmo tem acontecido com a Oxford/Astrazeneca, que começou os testes com a terceira dose nas últimas semanas. O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan também já anunciaram estudos de doses de reforço com a Coronavac.

 

O surgimento de novas variantes reforça a necessidade de terceira dose?

Pelo o que se sabe até agora, as novas cepas do coronavírus não conseguiram driblar completamente o efeito das vacinas. Elas até podem diminuir um pouco a eficácia dos atuais imunizantes, mas não chegam a torná-los obsoletos.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1833083/veja-o-que-se-sabe-sobre-a-3-dose-e-sobre-perda-de-eficacia-de-vacinas - ANA BOTTALLO E CLÁUDIA COLLUCCI - © Getty

sexta-feira, 30 de abril de 2021

O que as vacinas contra covid-19 podem e não podem fazer


Vacinados podem ser infectados? Podem transmitir o coronavírus? DW responde a algumas das perguntas mais comuns sobre os imunizantes. À medida que novas variantes surgem, a eficácia das vacinas pode ser afetada. Apesar de terem recebido as duas doses da vacina produzida pela Pfizer-Biontech contra a covid-19, 14 idosos de uma casa de repouso na cidade de Osnabrück, no noroeste da Alemanha, testaram positivo para a variante B117 do coronavírus, descoberta pela primeira vez no Reino Unido.

 

“Houve alguns casos completamente assintomáticos e outros sintomáticos, mas apenas com quadros leves”, diz Burkhard Riepenhoff, assessor de imprensa do município de Osnabrück. Testar positivo para covid-19 sem apresentar sintomas ou ter uma evolução leve da doença é algo normal após a vacinação – possível sinal de que a vacina está funcionando.

 

Vacinados podem testar positivo?

 

Vacinas podem criar dois tipos de imunidade na pessoa vacinada: imunidade efetiva ou a chamada “imunidade esterilizante”, que é uma proteção completa contra um vírus, quando nenhuma partícula de vírus consegue entrar em qualquer célula do corpo e não consegue se replicar, impedindo a transmissão. “Isso é como o Santo Graal das vacinas”, afirma Sarah Caddy, pesquisadora de imunologia viral da Universidade de Cambridge. “Mas isso é algo realmente difícil de se conseguir.”

 

A maioria das vacinas consegue impedir que o vírus cause quadros graves da doença, mas não impede que a pessoa seja infectada ou transmita o vírus. Elas conseguem limitar a quantidade de vírus que entra no corpo, mas ainda haverá alguma replicação do vírus. “No entanto, a vacinação deve resultar em anticorpos suficientes para reduzir o quanto o vírus se reproduz”, diz Caddy. “É por isso que estamos vendo uma redução na doença, mas também alguma replicação do vírus, que é então detectada como uma infecção assintomática.”

 

Pessoas vacinadas podem transmitir o vírus?

 

Atualmente não há dados suficientes para saber se as vacinas contra covid-19, tanto as de mRNA e as baseadas em vetores virais, podem prevenir ou reduzir a transmissão, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), entidade governamental alemã encarregada de controle de doenças infecciosas.

 

Até que esses dados estejam disponíveis, as pessoas vacinadas e aqueles ao seu redor devem continuar a seguir as medidas de proteção recomendadas, como usar máscara, manter distância e lavar as mãos regularmente, alerta o RKI.

 

“A maioria das vacinas não pode prevenir a transmissão”, ressalta Caddy, incluindo a maioria das vacinas já há muito tempo em uso. “Elas não podem induzir a imunidade esterilizante, mas reduzem a transmissão o suficiente para deter o vírus na população”, explica.

 

Pessoas vacinadas podem adoecer de covid-19 depois?

 

É possível adoecer de covid-19 mesmo após a vacinação. Mas a vacinação ajuda a prevenir quadros graves da enfermidade. Quem foi vacinado, em caso de contágio, mais provavelmente ficará assintomático ou terá uma versão leve da doença.

 

A vacina da Pfizer-Biontech é 95% eficaz na prevenção da doença da cepa original, enquanto a da Moderna é 94% eficaz, e o inoculante da parceria Oxford-AstraZeneca é 76% eficaz.

 

Em testes realizados no Brasil, a Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, obteve uma eficácia geral de 50,38%. O índice indica a capacidade da vacina de proteger contra todos os casos da doença, independente da gravidade.

 

A vacina pode proteger contra as novas variantes?

 

As novas variantes do coronavírus podem influenciar a eficácia das vacinas atuais. Uma série de estudos estão sendo realizados no mundo com diferentes imunizantes para decifrar isso.

 

A vacina da Pfizer-Biontech provavelmente é eficaz contra a altamente infecciosa variante B117 do vírus, embora sua eficácia seja ligeiramente afetada, de acordo com cientistas da Universidade de Cambridge.

  

Mas a mutação E484K – observada pela primeira vez na variante B1351, originária da África do Sul – aumenta substancialmente a quantidade de anticorpos necessários para prevenir a infecção. O estudo ainda não foi revisado ​​por pares e envolveu apenas um pequeno número de pacientes.

 

A mutação E484K está presente tanto na variante do coronavírus encontrada pela primeira vez no Amazonas, batizada de P1, como na da África do Sul, também chamada de 501Y.V2.

 

Uma outra variante encontrada no Reino Unido também passou a apresentar a mutação E484K em algumas regiões do país, de acordo com a Public Health England, agência ligada ao Ministério da Saúde britânico.

 

A África do Sul decidiu suspender o lançamento da vacina de Oxford-AstraZeneca depois que um estudo com cerca de 2 mil pessoas descobriu que a vacina oferece pouca proteção contra casos leves e moderados de covid-19. A pesquisa foi realizada por especialistas das universidades de Oxford e de Witwatersrand, em Johanesburgo.

 

Shabir Madhi, professor de vacinologia em Witwatersrand, disse à DW que os dados científicos mostram que a vacina de Oxford-AstraZeneca é apenas 22% eficaz contra a variante dominante na África do Sul.

 

A vacina contra a covid-19 pode provocar um teste positivo?

 

As vacinas da Pfizer-Biontech, Moderna e Oxford-AstraZeneca não levam a um resultado positivo para covid-19 nos exames virais, que são usados para verificar se a pessoa tem uma infecção no momento. As vacinas não contêm o coronavírus propriamente dito.

 

Quando o corpo da pessoa vacinada desenvolve uma resposta imunológica, que é o objetivo da vacinação, é possível que ela receba um resultado positivo em alguns testes de anticorpos, que indicam se a pessoa já teve uma infecção anteriormente, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

 

A vacina contra a covid-19 pode provocar covid-19?

 

As vacinas da Pfizer-Biontech, Moderna e Oxford-AstraZeneca não podem infectar ninguém com covid-19 porque as vacinas não contêm o coronavírus em si. Elas ensinam o sistema imunológico a reconhecer e combater o vírus que causa a covid-19, de acordo com o CDC. Às vezes, podem causar sintomas como febre, dor de cabeça, fadiga e dores musculares, que devem durar apenas alguns dias.

 

Já a vacina da Coronavac é produzida com o coronavírus desativado e, portanto, também não pode causar a covid-19, pois contém apenas a estrutura do vírus.

 

Quais os efeitos colaterais mais comuns?

 

O mais comum é sentir alguma vermelhidão, calor e dor no local onde foi aplicada a injeção. “Isso é comum em praticamente todas as respostas imunológicas”, diz Caddy. “E, na verdade, as pessoas que conheço que tomaram a vacina ficaram muito satisfeitas porque doeu um pouco depois, mostrando que sua resposta imunológica está funcionando – um braço um pouco dolorido é bom; é algo completamente normal.”

 

Pode levar algumas semanas para o corpo desenvolver imunidade ao coronavírus após a vacinação, de acordo com o CDC. Isso quer dizer que é possível que alguém seja infectado com o vírus imediatamente antes ou depois de receber a vacina e ainda desenvolver sintomas da covid-19. Mas isso ocorre apenas porque a vacina não teve tempo suficiente para criar proteção no corpo.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/o-que-as-vacinas-contra-covid-19-podem-e-nao-podem-fazer/ - Texto: Deutsche Welle              

domingo, 24 de março de 2019

As vacinas aprovadas contra a gripe para 2019; campanha começa em abril


Conheça as vacinas que podem ser aplicadas nesse ano tanto na rede pública como na privada. E quais os grupos prioritários que podem recebê-las de graça

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta semana as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2019. O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseadas nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.

Os nomes das vacinas são:

– Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline Brasil Ltda
– Influvac, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Influvac Tetra, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Vacina Influenza trivalente (fragmentada e inativada), do Instituto Butantan
– Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada), do Medstar Importação e Exportação Eireli
– Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda

Esse ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos (veja mais abaixo) protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.

Já as versões tetravalentes, disponíveis apenas na rede particular, resguardam contra os subtipos mencionados logo acima e também o tipo B Yamagata.

Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.

Tomar a injeção anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Pra ter ideia, ela mata mais de 650 mil pessoas todos os anos segundo a OMS. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda a proteção para todas as pessoas a partir dos 6 meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.

Campanha de vacinação começa em abril
Ela vai ocorrer entre 10 de abril e 31 de maio. Só no Amazonas, que já registrou 28 mortes provocadas pelo vírus H1N1 em 2019, o mutirão foi antecipado e já ocorre desde o 20 de março.

O governo federal adquiriu 64 milhões de doses, com a meta de atender 59 milhões de pessoas.

A primeira fase nacional, que vai até 22 de abril, será focada em crianças, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos recentemente). A partir dessa data, todo o público-alvo pode se vacinar. A lista completa do grupo prioritário é essa:

● Gestantes e puérperas
● Crianças de 6 meses a 5 anos de idade
● Maiores de 60 anos
● Profissionais da saúde
● Pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras)
● População indígena
● Pessoas privadas de liberdade
● Professores da rede pública e privada
● Trabalhadores do sistema prisional

Indivíduos que não se encaixam nessa lista podem procurar a rede privada para se proteger. Os valores devem variar entre R$100 e 150 reais por dose.

Mas atenção: as novas versões da vacina chegarão nas clínicas no início de abril, segundo as previsões.


domingo, 19 de julho de 2015

Quais doenças você pode evitar por meio da vacinação?

Campanhas de vacinação

A primeira campanha de vacinação em massa feita no Brasil causou muita controvérsia.
Isto foi há 100 anos, quando Oswaldo Cruz, fundador da saúde pública no país, lançou a campanha para controlar a varíola.
Hoje, o Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Atualmente, são disponibilizadas 17 vacinas pela rede pública de saúde, para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias. Há ainda outras 10 vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Vacinas por faixa etária

Apesar da maioria das pessoas acreditar que a vacina é somente para crianças, é importante manter a carteira de vacinação em dia em todas as idades, para evitar o retorno de doenças já erradicadas.
Os adultos devem ficar atentos à atualização da caderneta em relação a quatro tipos diferentes de vacinas contra a hepatite B, febre amarela, difteria, tétano, sarampo, rubéola e caxumba.
Para as gestantes, existem três vacinas disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação: hepatite B, dupla adulto e dTpa, que protege, além da hepatite, contra difteria, tétano e coqueluche.

Conheça algumas doenças preveníveis pela vacinação:

* A poliomelite é doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita, geralmente nas pernas. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas ou contato com fezes de pessoas contaminadas, ou ainda contato com água e alimentos contaminados.

* O tétano é uma infecção, causada por uma toxina produzida pelo bacilo tetânico, que entra no organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical (tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.

* A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por ataques de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.

* A Haemophilus influenzae do tipo b é uma bactéria que causa um tipo demeningite (inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais grave é a meningite, que tem início súbito, com febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e rigidez da nuca (pescoço duro). A meningite é uma doença grave e pode levar à morte.

* O sarampo é uma doença muito contagiosa, causada por um vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala, especialmente em ambientes fechados. Facilita o aparecimento de doenças como a pneumonia e diarreias e pode levar à morte, principalmente em crianças pequenas.

* A rubéola é uma doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca febre e manchas vermelhas na pele, começando pelo rosto, couro cabeludo e pescoço, se espalhando pelo tronco, braços e pernas. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.

* A caxumba é uma doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis pela produção de saliva na boca (parótida) e, às vezes, de glândulas que ficam sob a língua ou a mandíbula (sub-linguais e sub-mandibulares). O maior perigo é a caxumba "descer", isto é, causar inflamação dos testículos principalmente em homens adultos, que podem ficar sem poder ter filhos depois da infecção. Pode causar ainda inflamação dos ovários nas mulheres e meningite viral. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.

* A febre amarela é uma doença infecciosa, causada por um vírus transmitido por vários tipos de mosquito. O Aedes Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre no Brasil. A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, que é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora das cidades. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramento no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.

* A difteria é causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas. É transmitida, por meio de tosse ou espirro, de uma pessoa contaminada para outra.

* A hepatite B é uma doença causada por um vírus e que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente fica com a pele amarelada. A Hepatite B é grave, porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Sete vacinas que os adultos precisam tomar

Sarampo, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na idade adulta

Na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp. 

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano
A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.
A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.
A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.

Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola
Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.
Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.
Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.
O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.
Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.  

Vacina contra a hepatite B
A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.
De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.
Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares. 

Pneumo 23 - Pneumonia
O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.
A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.
Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela
A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.
Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon. 

Vacina contra o influenza (gripe)
A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam."
A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.  

HPV
A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.
Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu. 

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sete vacinas que os adultos precisam tomar

Sarampo, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na idade adulta

O Dia da Imunização serve para lembrar que não são apenas as crianças que devem estar com a carterinha em dia. Ninguém reluta em levar o filho para tomar uma vacina contra sarampo ou paralisia infantil, mas na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.

As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp.

Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano
A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração.

A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano.

A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.

Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola
Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem.

Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas.

Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento.

O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente.

Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.

Vacina contra a hepatite B
A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon.

De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença.

Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares.

Pneumo 23 - Pneumonia
O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon.

A pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, em locais como o Hospital das Clínicas e a Unifesp.

Vacina contra a febre amarela
A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista.

Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon.

Vacina contra o influenza (gripe)
A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam."

A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon.

HPV
A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele.

Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica.

A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu.

Fonte: http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/12814-sete-vacinas-que-os-adultos-precisamtomar?utm_source=news_mv&utm_medium=ciclos&utm_campaign=Imunidade – POR FERNANDO MENEZES