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sexta-feira, 13 de março de 2020

15 maneiras de se proteger contra o coronavírus


Novo coronavírus tem alarmado o mundo com sua facilidade de transmissão, mas há medidas simples que ajudam na prevenção

A epidemia do novo coronavírus tem assustado o mundo todo: em apenas dois meses, a doença chegou a 80 mil casos confirmados. O vírus foi primeiro identificado na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019, e logo chegou ao Brasil, em fevereiro de 2020.

Altamente transmissível, a Covid-19 (nome dado à doença causada pelo vírus) se espalhou de forma exponencial pelo mundo e já afeta 95 países. Entretanto, apesar do aumento de casos globais e da facilidade de transmissão, ela é raramente letal.

Transmissão do novo coronavírus
As autoridades de saúde ainda tentam descobrir as formas de transmissão do novo coronavírus, mas as principais hipóteses consideradas até o momento são através do contato de pessoa para pessoa:

Por vias respiratórias: através do ar e de gotículas provenientes de espirros, tosse e fala de indivíduos infectados
Por contato físico direto: através de beijos, abraços e outros tipos de toque
Por contato com superfícies contaminadas: através do compartilhamento de utensílios e ferramentas ou toque em maçanetas, corrimões e outros objetos.
Além disso, dados preliminares do Ministério da Saúde indicam que a transmissão possa ocorrer mesmo sem a apresentação de sintomas. Dada a situação, com a doença se espalhando rapidamente pelo mundo, as medidas de prevenção ainda são as melhores "armas" contra o vírus.

Como se prevenir do novo coronavírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde no Brasil listaram diversas orientações que ajudam a população a se proteger contra o novo coronavírus. Confira abaixo os cuidados básicos para reduzir o risco de contrair ou transmitir a doença:

Lavar as mãos com água e sabão frequentemente
Higienizar as mãos sempre que possível com álcool gel
Mesmo com as mãos limpas, evitar tocar olhos, nariz e boca
Utilizar lenço descartável para higiene nasal
Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
Manter os ambientes bem ventilados
Limpar regularmente o ambiente e superfícies comuns, como móveis, maçanetas, corrimão ou outros objetos em que as pessoas tocam com frequência
Utilizar álcool 70% ou água sanitária para limpeza de ambientes
Evitar contato físico com pessoas que tenham sintomas de gripe
Evitar aglomerações se estiver doente
Lavar frutas, verduras e vegetais antes de consumí-los
Manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber muita água
Se fizer parte do público-alvo, vacine-se contra a gripe todos os anos.

Máscaras descartáveis são úteis?
Com o alarde em torno da transmissão do novo coronavírus, algumas pessoas acham que o uso das máscaras descartáveis é um modo eficaz de prevenção contra a Covid-19. No entanto, as máscaras só são recomendadas nas seguintes situações:

Pessoas que apresentam sintomas respiratórios, como tosse ou dificuldade de respirar
Profissionais de saúde e pessoas que prestam atendimento a indivíduos com sintomas respiratórios
Profissionais de saúde ao entrar em uma sala com pacientes ou tratar um indivíduo com sintomas respiratórios.

Portanto, o uso de máscaras descartáveis não é necessário para quem não apresenta sintomas respiratórios. Além disso, pessoas que utilizam máscaras descartáveis devem seguir boas práticas de uso, como remoção e descarte, assim como higienização adequada das mãos antes e após a remoção.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36021-15-maneiras-de-se-proteger-contra-o-coronavirus - Escrito por Lidia Capitani - Foto: ZooNo3/Shutterstock

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Os maiores aliados contra o sedentarismo são os pets

Nosso colunista mostra os benefícios de se conviver com um bicho para a nossa saúde e como os exercícios são importantes para o corpo humano e o dos animais

Estudo inglês revela que ter um cachorro diminui o risco de ser sedentário.

Cientistas demonstraram recentemente que são os animais que levam seus tutores para passear, e não o contrário! Parece estranho? Mas foi isso mesmo que constatou uma pesquisa inglesa publicada na revista acadêmica Nature.

Alguns estudos prévios já apontavam que os pets ajudam os tutores a superar a depressão, a solidão e a síndrome do ninho vazio, que acontece quando os filhos se mudam da casa dos pais, geralmente na terceira idade.

Outros trabalhos científicos identificaram que a companhia dos bichos auxilia a estabilizar os níveis de estresse do dono, diminuindo a liberação de cortisol e, consequentemente, suas repercussões nocivas para o organismo.

Agora os estudiosos comprovaram que viver com um cão ajuda as pessoas a vencerem o sedentarismo. A teoria foi testada em uma pesquisa realizada em 385 lares de West Cheshire, na Inglaterra. Foram avaliados 191 adultos que tinham cachorros, 455 que não contavam com um mascote do tipo em casa e 45 crianças. Os participantes responderam a questionários detalhados e receberam um equipamento de pulso que registrava a quantidade de atividade física realizada durante os dois meses do estudo.

Após esse período, os cientistas classificaram as pessoas de acordo com a carga de exercícios e tentaram encontrar entre todos os dados coletados aqueles que tinham melhor correlação estatística com o comportamento mais ativo.

Eis a surpresa: nem idade nem sexo tampouco estado civil, renda ou nível educacional influenciaram significativamente. A principal variável associada à maior quantidade de atividade física era ter ou não ter um cachorro.

Ficou demonstrado que os tutores de cães praticavam os 150 minutos de exercícios semanais recomendados para manter a saúde. Nessa conta entram as caminhadas com o pet. Dessa forma, a convivência com um cachorro aumenta a perspectiva de termos uma vida ativa, uma notícia para ser louvada em termos de saúde pública. Hoje se sabe que o sedentarismo está diretamente relacionado a doenças perigosas como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.

Os bichos precisam e se beneficiam dos exercícios
A caminhada, os trotes e as brincadeiras com o cachorro também são proveitosos para a saúde do nosso amigo. O Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo, realizou, em parceria com o Instituto do Coração, o InCor, da Faculdade de Medicina da USP, a primeira pesquisa no mundo sobre os efeitos dos exercícios em cães com problemas cardíacos.

Os resultados nos mostraram que uma caminhada de 20 a 30 minutos, duas vezes por semana e associada ao tratamento medicamentoso, melhora a qualidade de vida dos animais nessas condições. O exercício auxilia na dilatação dos vasos sanguíneos e melhora a pressão arterial dos bichos, assim como impacta positivamente no sono e na qualidade de vida em geral.

A importância do assunto é tamanha que o estudo chamou a atenção de um dos mais renomados periódicos veterinários, o Journal of Veterinary Internal Medicine, que, pela primeira vez, publicou resultados de um experimento brasileiro em cardiologia veterinária — outros dados da pesquisa foram divulgados no Brazilian Journal of Medical and Biological Research.

Portanto, a ciência está assinando embaixo do papel fundamental do exercício físico tanto para a saúde dos humanos como para a dos animais. A relação de amizade entre eles, que estimula tutores e bichos a se exercitarem juntos, é extremamente desejável ao bem-estar físico e mental (de ambos os lados).

Então, se você tiver condições, não pense duas vezes em adotar um pet! Os efeitos positivos dessa atitude incluem alegrias e benefícios para toda a família — a humana e a de quatro patas.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/pet-saudavel/sedentarismo-pets/ - Por Dr. Mario Marcondes - Foto: GI/Getty Images

domingo, 24 de março de 2019

As vacinas aprovadas contra a gripe para 2019; campanha começa em abril


Conheça as vacinas que podem ser aplicadas nesse ano tanto na rede pública como na privada. E quais os grupos prioritários que podem recebê-las de graça

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta semana as vacinas aprovadas para prevenir a gripe em 2019. O governo refaz essa lista todo ano, porque as companhias precisam atualizar a composição dos imunizantes baseadas nas mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo país nos próximos meses.

Os nomes das vacinas são:

– Fluarix Tetra, da GlaxoSmithKline Brasil Ltda
– Influvac, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Influvac Tetra, da Abbott Laboratórios do Brasil Ltda
– Vacina Influenza trivalente (fragmentada e inativada), do Instituto Butantan
– Vacina Influenza Trivalente (subunitária, inativada), do Medstar Importação e Exportação Eireli
– Vaxigrip – Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda

Esse ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos (veja mais abaixo) protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.

Já as versões tetravalentes, disponíveis apenas na rede particular, resguardam contra os subtipos mencionados logo acima e também o tipo B Yamagata.

Quem analisa os dados epidemiológicos e faz essa seleção é a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o auxílio de instituições de todo o mundo, inclusive do Brasil.

Tomar a injeção anualmente é importante, porque a gripe pode ter consequências sérias, como pneumonia e infarto. Pra ter ideia, ela mata mais de 650 mil pessoas todos os anos segundo a OMS. A Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) recomenda a proteção para todas as pessoas a partir dos 6 meses de vida, principalmente as mais sujeitas a complicações graves.

Campanha de vacinação começa em abril
Ela vai ocorrer entre 10 de abril e 31 de maio. Só no Amazonas, que já registrou 28 mortes provocadas pelo vírus H1N1 em 2019, o mutirão foi antecipado e já ocorre desde o 20 de março.

O governo federal adquiriu 64 milhões de doses, com a meta de atender 59 milhões de pessoas.

A primeira fase nacional, que vai até 22 de abril, será focada em crianças, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filhos recentemente). A partir dessa data, todo o público-alvo pode se vacinar. A lista completa do grupo prioritário é essa:

● Gestantes e puérperas
● Crianças de 6 meses a 5 anos de idade
● Maiores de 60 anos
● Profissionais da saúde
● Pessoas de qualquer idade com doenças crônicas (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias, distúrbios que comprometem a imunidade, como o câncer, e outras)
● População indígena
● Pessoas privadas de liberdade
● Professores da rede pública e privada
● Trabalhadores do sistema prisional

Indivíduos que não se encaixam nessa lista podem procurar a rede privada para se proteger. Os valores devem variar entre R$100 e 150 reais por dose.

Mas atenção: as novas versões da vacina chegarão nas clínicas no início de abril, segundo as previsões.


sexta-feira, 25 de maio de 2018

Os benefícios da atividade física para quem luta contra o câncer

Além de ajudar a evitar tumores, o exercício é importante durante o tratamento - por vários motivos. Veja as últimas recomendações dos especialistas

Antes da quinta sessão de quimioterapia, a médica da fisioterapeuta Roberta Peres, diagnosticada com câncer de mama aos 27 anos, avisou que trocaria os remédios. É um protocolo comum, que pode reduzir a intensidade de efeitos colaterais. “Mas ela me disse que, entre outros sintomas, eu talvez tivesse dores parecidas com as de um treino forte na academia”, lembra. Após a químio, Roberta definiu seu sofrimento de outro jeito: “Eram como facadas. No dia seguinte, falei que não iria aguentar e meu marido sugeriu caminharmos no parque para eu me distrair. Foi delicioso”.

O desconforto não sumiu, porém diminuiu a ponto de ela repetir a dose na próxima manhã e até trotar um pouco. “Tive câncer, fiz químio… e corri careca”, arremata Roberta, hoje com 29 anos e um perfil no Instagram que estimula outros pacientes a tomarem as rédeas da vida diante da doença. Ao longo das 11 sessões quimioterápicas seguintes (uma por semana), ela continuou dando suas passadas com o aval da doutora e notou ganhos em ânimo, autoestima, força…

“Está evidente que a atividade física ameniza consequências da doença e da terapia”, afirma o oncologista Auro Del Giglio, do Hospital do Coração, em São Paulo. Durante uma palestra que dará no Ganepão, um dos maiores congressos científicos do Brasil, o especialista vai destacar o papel da movimentação contra a fadiga gerada pelo tratamento. “Não há drogas adequadas para enfrentar essa reação adversa. Apenas os exercícios funcionam mesmo”, explica. Soa esquisito dizer que “gastar energia vai gerar energia”, mas é nesse sentido que as evidências científicas andam.

Uma revisão internacional de 34 estudos reuniu dados de 4 366 indivíduos com tumores. Seu resultado é categórico: não importa o tipo da doença, tirar o corpo da cama combate a indisposição. “Eu me poupava nos dias de quimioterapia, porque ficava sonolenta. Só que nos outros já voltava a me exercitar”, conta Roberta. Ela admite que os primeiros passos exigem esforço extra, contudo a sensação de esgotamento se dissipa com o suor.

“Na verdade, a atividade física libera neurotransmissores que trazem prazer e bem-estar”, explica José Cesar Rosa Neto, doutor em fisiologia e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. A malhação ainda freia a degeneração muscular, uma repercussão comum após o diagnóstico que atrapalha tarefas cotidianas e intensifica a canseira.

Não por menos, o brasileiro Daniel Galvão, codiretor do Instituto de Pesquisa em Medicina do Exercício da Universidade Edith Cowan, na Austrália, concentrou-se no potencial de treinos supervisionados com práticas aeróbicas e de flexibilidade e força em 57 homens com câncer de próstata avançado – a doença havia invadido os ossos. Mesmo nesse cenário grave, os participantes expressaram uma melhora nas funções físicas sem desenvolver complicações.

“O estudo tem um enorme impacto, porque indivíduos com metástases ósseas até então eram excluídos de programas de exercício”, raciocina Galvão. Está aí um erro comum: imaginar que o câncer pede cama.

Mais benefícios da atividade física contra o câncer
Sono: a sensação de relaxamento após o esforço físico facilita o adormecer e melhora a qualidade do sono.

Disposição: sacudir a poeira é uma das principais maneiras de afastar a fadiga típica da quimioterapia.

Peso: ao contrário do que se pensa, vítimas do câncer podem engordar. E o exercício queima calorias.

Dor: os incômodos são aplacados com as substâncias analgésicas liberadas pelo esporte.

Como o exercício ajuda o tratamento em si
Resistir aos solavancos do tratamento é primordial para finalizá-lo. E aqui a malhação ofereceria vantagens. “Embora faltem pesquisas, o bom senso sugere que, se essa prática atenua reações adversas, ajudaria a pessoa a aguentar a estratégia desenhada pelo médico“, reflete Del Giglio.

Um indício de que o argumento bate com a realidade vem de um trabalho da Universidade de Alberta, no Canadá. Divulgado em 2007, ele reuniu 242 mulheres com câncer de mama submetidas à químio. Resultado: 78% das que foram orientadas a fazer musculação seguiram o plano original do doutor sem grandes intercorrências, ante 66% das que ficaram paradas.

Tais dados justificariam a menor taxa de mortalidade associada aos enfermos que suam a camisa após o diagnóstico. Em um levantamento de 2015 publicado no British Journal of Sports Medicine, os mais ativos apresentavam um risco 22% menor de morrer por causa do tumor.

Só considere que, talvez, dados como esse decorram do fato de que os sujeitos com cânceres mais agressivos se mexem menos – não seria o esporte que afasta a doença, e sim o contrário. “De qualquer forma, também existe a teoria de que os exercícios gastam parte da energia que abasteceria o tumor”, explica Sandro Fernandes da Silva, educador físico da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais. Fora isso, em experiências no laboratório, o esforço físico estimula o suicídio de células cancerosas e faz o sistema imune reconhecê-las melhor.

A atividade física ainda rechaça transtornos que abreviam a longevidade do pessoal que venceu o câncer. Exemplo: vários dos fármacos empregados lesam o coração. “Quem recebeu quimioterapia na infância às vezes desenvolve insuficiência cardíaca já aos 30 ou 40 anos”, revela Rosa Neto. “Mas o treinamento parece remodelar o órgão e manter seu funcionamento”, completa.

Na Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores recrutaram 100 voluntárias que haviam se tratado recentemente contra o câncer nos seios e colocaram metade para realizar exercícios. Depois de quatro meses, eles perceberam que a turma do agito exibiu quedas em colesterol, pressão e outros marcadores da síndrome metabólica. “Sobreviventes do tumor de mama com essa condição têm maiores índices de mortalidade. Logo, erradicá-la aumentaria a sobrevida”, diz a fisiologista Christina Dieli-Conwright, autora da investigação.

A dificuldade é sair do sedentarismo em um momento tão complicado – até porque o câncer impõe restrições. “No nosso trabalho, um grande desafio foi a falta de confiança das mulheres em movimentar os braços”, recorda-se Christina. Ora, não raro a cirurgia contra o tumor de mama abala as estruturas dos membros superiores.

Roberta, que passou por quatro operações antes de ver sua doença sumir dos radares, é prova disso: “Meu alongamento foi para as cucuias. Aí eu comecei a fazer pilates e ioga, que me ajudaram a recuperar a flexibilidade”. Claro que cada caso demanda cuidados específicos, que exigem supervisão. “Mas todos, ao se exercitarem, deixam de viver só em função do tratamento”, dá o recado. Tem virtude melhor do que essa?

Os exercícios físicos na prática
“As recomendações para pacientes com câncer estão sendo revistas”, adianta o pesquisador Daniel Galvão. Hoje, as diretrizes gerais se assemelham às voltadas ao restante da população – ou seja, pedem para incluir modalidades aeróbicas, musculação e alongamentos por ao menos 150 minutos na semana.

No entanto, há particularidades de acordo com o tipo de tumor, o estágio da doença e as características da pessoa. “Durante o tratamento, devemos focar na segurança, cobrar supervisão e reforçar que não é a hora de apertar o passo”, ressalta o oncologista Antonio Carlos Buzaid, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Veja, a seguir, táticas para se manter ativo em meio à luta contra o câncer:

O calendário: veja como se sente após uma sessão do tratamento e se exercite nos dias em que os sintomas abrandarem.

A expectativa: concentre-se mais nos benefícios da atividade contra o tumor e menos – bem menos – no desempenho.

Os cuidados: se a doença se espalha para o fêmur, por exemplo, é bom não sobrecarregar a perna. Respeite as limitações impostas pelo médico.

A supervisão: o ideal é programar os treinos junto a educadores físicos e outros profissionais com experiência em oncologia.


Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/os-beneficios-da-atividade-fisica-para-quem-luta-contra-o-cancer/ - Por Theo Ruprecht - Ilustração: Bia Melo/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Por que suar a camisa é uma arma contra o câncer

Médica do Icesp esclarece a importância dos exercícios e do controle do peso na prevenção e no tratamento dos tumores

O câncer é um conjunto de mais de cem doenças ocasionadas pelo crescimento desordenado de certas células, que invadem e prejudicam outros tecidos e órgãos. Tais células podem se multiplicar e se espalhar para outras regiões do corpo, causando a chamada metástase. Alguns hábitos ajudam a prevenir o problema, como não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Outro fator importante nessa proteção é estar atento à balança e colocar o corpo em movimento.

A prática de atividades físicas é comprovadamente uma das atitudes a serem adotadas para diminuir o risco de câncer. Entretanto, na contramão dessa informação, o que vemos é o mundo enfrentar uma verdadeira epidemia de obesidade e sedentarismo. Esse fenômeno, aliás, já começa a afetar crianças e adolescentes, o que gera consequências de longo prazo, entre elas o aumento no número de casos de tumores.

Só no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), serão cerca de 600 mil novos casos em 2018.

A cada dia que passa, a ciência conquista novos avanços no tratamento dos diferentes tipos da doença. Ainda assim, com a saúde continua valendo a máxima “é melhor prevenir do que remediar”. Daí a importância de aderir, desde cedo, a um estilo de vida mais favorável à prevenção do câncer. As mudanças nos hábitos ainda na infância podem evitar o surgimento de diversas doenças na vida adulta. Saiba, porém, que nunca é tarde para começar a cuidar do corpo.

Não podemos ser defensores da magreza nem da gordura. O equilíbrio é um fator inquestionável para uma vida saudável. Sabemos que o tecido gorduroso participa ativamente do nosso metabolismo e exerce uma grande interferência nos níveis dos hormônios circulantes, o que torna a obesidade um potencial fator de risco para o desenvolvimento de 13 tipos de câncer:

De esôfago
De estômago
De fígado
De mama
De rim
De tireoide
De útero
De cólon (intestino)
De ovário
Mieloma Múltiplo
Meningioma
De pâncreas
De vesícula biliar
Ao observarmos essa questão sob outra ótica, também está documentado que o exercício físico contribui para a redução do risco de 13 tipos de câncer. Alguns deles são comuns àqueles estimulados pela obesidade, embora os mecanismos de proteção não se restrinjam à diminuição do peso e à mudança corporal. Falamos do seguinte grupo de tumores:

De esôfago
De estômago
De fígado
De mama
De rim
De bexiga
De útero
De cólon
De reto
Mieloma Múltiplo
Leucemia Mieloide
De pulmão
De cabeça e pescoço

Entre os mecanismos atribuídos ao papel protetor da atividade física nesse contexto estão a redução da gordura e da disponibilidade de alguns hormônios, a inibição dos processos celulares que induzem o aparecimento do tumor, a melhora da imunidade e também o equilíbrio do trânsito intestinal, o que diminui a exposição dessa região a agentes carcinógenos.

Além disso, os exercícios são frequentemente receitados como auxiliares na recuperação e na reabilitação dos pacientes em tratamento de câncer. E aqui falamos de inúmeros efeitos vantajosos, como alívio da fadiga, redução de dor crônica, melhora do humor e do sono, ganhos em funcionalidade e na participação social. Enfim, tudo que concorre a favor da qualidade de vida.

Um dos benefícios mais notáveis é justamente o combate à chamada fadiga oncológica, a sensação persistente de cansaço e exaustão em decorrência da doença e dos procedimentos terapêuticos necessários. O exercício físico regular é hoje um dos grandes pilares do seu tratamento.

Os estudos recomendam uma média de 150 minutos de exercícios de intensidade moderada distribuídos na maior parte dos dias da semana. O ideal é manter uma rotina ativa, algo que pode ser alcançado com mudanças simples, como a inclusão de caminhadas ou mesmo com o ato de subir e descer escadas. Nos exercícios programados, a orientação é combinar treino aeróbio (caminhada, corrida…) e anaeróbio (musculação, pilates…), sem deixar de fora o aquecimento antes e os alongamentos depois — lembrando que estes não entram na conta dos 150 minutos.

Não vale a pena suar a camisa?

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/por-que-suar-a-camisa-e-uma-arma-contra-o-cancer/ - Por Dra. Christina May Moran de Brito, fisiatra - Ilustração: Bia Melo/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Prós e contras dos substitutos do pão branco

Tapioca, pão integral, panqueca fit e omelete. Compare as opções e repense o seu café da manhã

Há tempos o pão branco deixou de ser a melhor opção alimentar no café da manhã, não apenas para quem busca emagrecer, como também para quem quer trazer mais saúde para o dia a dia. "O pão branco é rico em carboidrato simples e pobre em fibras. Essa combinação fornece poucos nutrientes para o organismo e não gera saciedade, o que faz com que a pessoa sinta fome rapidamente", explica a nutricionista Patricia Davidson, responsável pela alimentação de famosas como Paolla Oliveira e Bruna Marquezine.

Além disso, "cada unidade de pão francês tem, aproximadamente, 150 calorias", destaca a endocrinologista Glaucia Duarte, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "É possível pensar em muitas opções nutritivas e saborosas que permanecem nesta faixa", lembra ela.

Mas, como o equilíbrio é essencial para tudo na vida, até as opções mais saudáveis devem ser analisadas com cautela. Não adianta copiar a alimentação de outra pessoa, pois as melhores opções para você devem ser pensadas por um profissional. Qual o melhor substituto para o pão branco? "Isso é individual e depende do objetivo de cada um", diz Patricia. Por isso, vale analisar os pontos positivos e negativos de cada alternativa:

Tapioca
Prós: A tapioca é feita com a fécula da mandioca que é aquecida na frigideira e derrete um pouco, formando uma casca que pode ser consumida como se fosse um crepe. O principal macronutriente presente na tapioca é o carboidrato e ela não contém glúten, como o pão francês.
Contras: A tapioca pode ser uma boa alternativa ao pão branco, "porém devemos levar em consideração que a tapioca possui um teor nutritivo mais baixo e muito carboidrato, por isso é preciso avaliar de forma individual como será introduzida na alimentação", afirma Patricia.

Pão integral
Prós: "O pão integral pode ser uma boa forma de substituir o pão branco", afirma a nutricionista. É preciso estar atento apenas à lista de ingredientes. "Preferir, por exemplo, aqueles feitos com farinha 100% integral, sem açúcar e os que contêm sementes", diz ela.
Contras: É possível encontrar diversas opções desse tipo de pão no mercado, mas nem todas são satisfatórias nutricionalmente. "Algumas opções encontradas no mercado não possuem uma composição tão nutritiva e, se consumidas de forma excessiva, podem levar, por exemplo, ao ganho de peso. Entretanto, para as pessoas que gostam e não abrem mão de consumir o pão integral, existem opções com uma lista de ingredientes mais interessante, feita com farinha 100% integral ou farinhas de oleaginosas, por exemplo", destaca.

Panqueca fit
Prós: Elas viraram febre no café da manhã de muita gente e com razão. "As panquecas costumam ter uma quantidade adequada de proteína, o que confere mais saciedade e evita que a pessoa 'belisque' no intervalo até a próxima refeição. Dessa forma, é uma opção melhor do que o pão branco, por exemplo", revela Patricia.
Contras: Por ser uma opção bem saudável, não existem grandes problemas em seu consumo. O que pode ocorrer são adaptações na receita para que fique de acordo com o seu objetivo. "Tudo dependerá do indivíduo e da estratégia nutricional utilizada pelo nutricionista", destaca.

Omelete
Prós: "Omeletes são boas fontes proteicas e, por isso, podem ser utilizadas como substitutas do pão branco, no café da manhã, por exemplo", afirma a nutricionista. Além disso, o ovo é rico em vitaminas A, que tem efeito antioxidante e é essencial para a visão, D, responsável pela saúde óssea, E, que tem ação antioxidante, e em zinco, selênio e magnésio, minerais antioxidantes importantes para o organismo.
Contras: Estudos ainda não comprovaram se o consumo de ovo pode ou não ser prejudicial para pessoas com diabetes. Portanto, é interessante que quem convive com a doença converse com seu médico sobre ingerir o alimento, assim como pessoas com o colesterol elevado.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Exercícios contra o câncer

Essa doença adora um marasmo. Se a gente não se mexe, ela aparece com maior facilidade, fica mais letal e, mesmo se some, insiste em ressurgir

Virou lugar-comum comparar a atividade física a remédios. Mas, ao pensarmos com calma nessa história, dá pra dizer que às vezes os medicamentos são supervalorizados — e o câncer é um ótimo exemplo disso. Vamos raciocinar juntos (e, se quiser tirar a prova, questione um médico): existe algum comprimido que ajude a prevenir e tratar diversos tipos de tumor, além de evitar um possível retorno deles? Pode apostar que não. Pois, acredite, esse combo de benefícios já está na bula de uma rotina de exercícios.

Em uma revisão de 71 estudos publicada no periódico científico British Journal of Sports Medicine, foi observado que 150 minutos de treinos moderados por semana — o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) — reduzem a mortalidade por diferentes variedades desse problema em 14%, o que não é pouco. “O número é explicado de um lado pelo papel do exercício na diminuição da incidência da doença e, do outro, por seu potencial em controlá-la quando eventualmente aparece”, argumenta o epidemiologista Li Liu, um dos responsáveis pela investigação da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, na China. 

Do ponto de vista da prevenção do câncer, organizações como o Departamento de Saúde da Austrália pedem para as pessoas reservarem ainda mais espaço na agenda aos esportes: seriam necessários 300 minutos de esforço moderado ou 150 de intenso por semana. E um estudo desse mesmo país — conduzido no Instituto de Pesquisa Médica Berghofer, em Queensland — aponta que a meta proposta faz todo o sentido. 

Segundo cálculos dos cientistas, o não cumprimento da orientação acima acarretou, apenas no ano de 2010, 1 814 casos adicionais de tumores de cólon, endométrio e mama na Austrália (nação com pouco mais de um décimo da população brasileira). “Focamos nos três tipos porque agências independentes determinaram, com base nas últimas evidências, que eles estão diretamente associados à inércia”, relatam os autores Catherine Olsen, David Whiteman e Christina Nagle em comunicado a SAÚDE. 

O tripé dos exercícios contra o câncer 

Os componentes abaixo fazem parte de qualquer treino. Mas oferecem benefícios extras às vítimas da doença 

Práticas aeróbicas: caminhar, nadar, pedalar e outras modalidades aprimoram o sistema cardiovascular. Elas são especialmente preconizadas para enfrentar a fadiga que aparece em quem sofre com um tumor. 

Musculação: a atrofia da musculatura é relativamente comum durante as intervenções médicas. Ao contra-atacar isso, o levantamento de peso dá autonomia e qualidade de vida à pessoa. 

Alongamento: as práticas que deixam os músculos flexíveis mantêm, no mínimo, uma parcela da movimentação de braços e pernas. Isso é bastante positivo depois de eventuais cirurgias.


terça-feira, 11 de agosto de 2015

Incor divulga exercícios para tratamento do ronco

Ronco entre brasileiros

Pesquisadores do Instituto do Coração (Incor), ligado à USP, desenvolveram uma técnica de tratamento pioneira que, se praticada diariamente e com orientação de fonoaudiólogo, reduz a frequência e a altura do ronco até ele se tornar quase imperceptível em alguns casos.

A nova técnica é efetiva também no tratamento da apneia do sono de grau leve e moderado, diminuindo o número de engasgos durante a noite.

A incidência do ronco tem aumentado na população brasileira porque a condição afeta obesos, idosos e mulheres na pós-menopausa (sim, nessa fase da vida feminina, muitas delas vão se tornar roncadoras) - e todas essas parcelas da população estão crescendo no Brasil.

Há muitos tratamentos para o ronco, incluindo desde cirurgias para desobstrução das vias aéreas superiores, implantes no palato, dispositivos intraorais até orientações para perda de peso e mudança postural. O problema é que é difícil aferir a eficácia desses tratamentos porque ainda não existem técnicas para medir o ronco de forma objetiva.

Exercícios contra o ronco

A técnica do Incor consiste numa série de seis exercícios para fortalecer os músculos envolvidos direta ou indiretamente na produção do ronco e na apneia obstrutiva do sono.

Com duração de oito minutos, os exercícios são realizados três vezes ao dia e, para facilitar ainda mais a adesão do paciente ao tratamento, sempre incorporados às atividades rotineiras (como se alimentar, escovar os dentes ou no percurso para o trabalho, por exemplo).

De forma simplificada, os seis exercícios que compõem o tratamento antirronco do Incor são:

Empurrar a língua contra o céu da boca e deslizá-la para trás;

sugar a língua para cima, pressionando-a por completo contra o céu da boca;

forçar a parte posterior da língua contra o "chão" da boca, mantendo a sua ponta em contato com os dentes incisivos inferiores;

elevar a parte de trás do céu da boca e a úvula (conhecida popularmente como "campainha") enquanto diz a vogal "A";

posicionar o dedo na parte interna da bochecha entre os dentes e pressionar a bochecha para fora (cada lado da boca);

durante a alimentação, manter uma mastigação bilateral alternada e deglutição usando a língua no palato.

"Embora seja de fácil execução e não tenha qualquer contraindicação, os exercícios devem ser prescritos, orientados e acompanhados por profissionais especializados. Ao fazer o movimento errado, seja por um milímetro, serão trabalhados músculos que nada têm a ver com a cessação do ronco," explica a fonoaudióloga Vanessa Ieto, criadora da nova técnica.

Apneia obstrutiva do sono

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela obstrução parcial (hipopneia) e/ou total das vias aéreas (apneia) recorrente durante a noite (nesse último caso, ocorre a parada da respiração por pelo menos dez segundos nos adultos). O ronco está presente em 70% a 95% dos casos de apneia.

A gravidade da apneia obstrutiva do sono é determinada pelo número de ocorrências de paradas da respiração por hora de sono: leve (5 a 15 paradas por hora), moderada (15 a 30) e grave (mais do que 30 eventos ou engasgos por hora de sono).

"Existem pacientes que possuem dois ou três eventos de apneia por minuto," comenta Vanessa. Para esses casos, caracterizados como graves, o tratamento indicado é o uso do aparelho CPAP (Continuos Positive Airway Pressure/pressão positiva contínua na via aérea)

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exercicios-para-tratamento-do-ronco&id=10764&nl=nlds - Com informações do Incor - Imagem: Wikimedia Commons