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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Quais são os sintomas da dengue? Saiba tudo sobre a doença


Brasil sofre com aumento de casos e 4 estados já decretaram emergência

 

Brasil teve um aumento significativo nos casos de dengue nas primeiras quatro semanas de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. Com esse aumento, é crucial reconhecer os sintomas e saber como se prevenir contra essa doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

 

Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor no corpo e nas articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas pelo corpo.

 

A transmissão da dengue ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti, que também transmite a febre amarela, a Chikungunya e o vírus Zika. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa.

 

Existem quatro sorotipos conhecidos da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Um quinto tipo, DEN-5, foi registrado apenas na Malásia em 2007.

 

Os primeiros sintomas da dengue podem aparecer de quatro a 10 dias após a picada do mosquito infectado. A doença pode ser leve ou grave, dependendo de fatores como o vírus envolvido e a saúde do paciente.

 

A febre dura cerca de cinco dias e os sintomas tendem a melhorar em até 10 dias. Complicações graves são raras, mas é importante ficar atento, especialmente porque a dengue pode ser contraída mais de uma vez.

 

Inicialmente, a vacina contra a dengue será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O impacto coletivo da vacinação será sentido pela população em aproximadamente dois anos.

 

O diagnóstico da dengue é feito com base nos sintomas, histórico clínico e exames laboratoriais. O tratamento visa aliviar os sintomas e evitar complicações graves. A internação hospitalar pode ser necessária em casos graves.

 

A prevenção contra a dengue inclui eliminar os criadouros do mosquito, usando repelentes, mosquiteiros e protegendo o corpo contra picadas.

 

Além disso, recomenda-se as seguintes medidas:

 

Checar vasos de plantas, pneus velhos, latas e garrafas vazias, calhas, caixas d’água, piscinas abandonadas e quaisquer outros recipientes com água parada que podem proporcionar o ambiente ideal para a proliferação do mosquito nos meses de calor;

Utilizar mosquiteiros e repelentes;

Proteger braços, pernas e áreas expostas do corpo.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2024-02-06/quais-sao-os-sintomas-da-dengue.html - Por iG Saúde - Reprodução: pixabay


“Não há nada escondido que não venha a ser revelado nem oculto que não venha a ser conhecido. O que vocês disseram no escuro será ouvido à luz do dia; o que sussurraram nos ouvidos dentro de casa será proclamado dos telhados.” (Evangelho de Lucas 12:2).


domingo, 2 de julho de 2023

Doenças respiratórias são mais frequentes no inverno; entenda o motivo


As baixas temperaturas e o clima seco aumentam os casos de doenças respiratórias nesta época do ano. Saiba como prevenir

 

O inverno é a estação do ano que causa mais preocupação com a imunidade e a saúde. Isso porque diversas doenças respiratórias se tornam mais frequentes, como gripe, resfriado, rinite alérgica, asma, bronquiolite e pneumonia.

 

Isso ocorre porque o tempo seco e a instabilidade climática acabam favorecendo a disseminação de doenças virais e o desencadeamento das crises alérgicas, explica a otorrinolaringologista Dra. Renata Moura.

 

Segundo ela, nesta época do ano é importante evitar ambientes fechados e aglomerados, principalmente bebês e idosos, que são as faixas etárias mais propensas a essas enfermidades.

 

Doenças respiratórias mais frequentes no inverno

O resfriado e a gripe são as doenças mais comuns no inverno, indica Renata. As duas são causadas por vírus, mas a gripe causa um quadro mais grave e duradouro que o resfriado. Em ambos os casos também, é comum a presença de tosse, fraqueza, congestão nasal, espirro e coriza. No entanto, apenas a gripe evolui com febre e dor de cabeça.

 

Se esse quadro não receber o tratamento adequado, pode evoluir com uma infecção bacteriana secundária, como sinusite, otite ou pneumonia, alerta a especialista.        

 

No caso de bebês, o cuidado maior deve ser com o Vírus Sincicial Respiratório, causador da bronquiolite, que provoca tosse, febre, chiado no peito e respiração rápida. Além disso, as rinites também se intensificam porque alguns quadros pioram com a variação da temperatura, causando congestão nasal importante, espirro, coriza e tosse.

 

A otorrinolaringologista alerta ainda para o caso da asma, doença crônica dos pulmões, que causa um estreitamento da via respiratória e produção de muco. Se o paciente não estiver com o quadro sob controle, haverá tosse, chiado no peito e falta de ar.

 

Renata lembra que os pacientes que apresentam rinite e asma podem e devem fazer o controle das doenças. Em alguns casos, é recomendável fazer tratamento e acompanhamentos preventivos durante o outono e inverno.

 

Como evitar essas enfermidades

A médica enumera algumas dicas para se evitar a transmissão dessas doenças respiratórias. Confira:

 

1 – Beba bastante água, pois a hidratação melhora a atuação do sistema imunológico, combate a febre e deixa a secreção mais fluida, facilitando a eliminação. Além disso, melhora a absorção dos nutrientes importantes para a recuperação.

 

2- Tenha uma alimentação de qualidade, o que ajuda o sistema imunológico a se fortalecer, evitando a piora do quadro clínico;

 

3 – Faça repouso, e durma pelo menos de 7 à 9 horas, além de evitar atividade física para que a energia gerada no organismo sirva apenas para recuperação da doença;

 

4 – Faça lavagem nasal, pois, além de hidratar a mucosa, ela retira o muco evitando proliferação bacteriana, e consequente complicação para uma sinusite ou otite, por exemplo;

 

5 – Utilize a máscara caso esteja com sintomas virais, evitando assim a proliferação do vírus para outras pessoas;

 

6 – Lave sempre as mãos.

Renata lembra que o uso de máscara e a lavagem das mãos é um grande legado deixado pela pandemia e que não deveríamos esquecer, principalmente entre crianças e idosos com comorbidades.

 

“É importante sempre ter esse hábito de higiene das mãos ao chegar da rua, pois muitas bactérias, fungos e outros vírus são transmitidos quando coçamos os olhos ou colocamos a mão suja na boca”, alerta.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/entenda-porque-as-doencas-respiratorias-sao-mais-frequentes-no-inverno.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. Marcos 10:27


terça-feira, 22 de junho de 2021

Máscaras caseiras de pano realmente são capazes de nos proteger?


O uso de máscaras faciais demonstrou ser uma barreira eficaz à transmissão do vírus SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) por aerossol — partículas suspensas no ar. Mas, o mesmo nível de proteção vale para as máscaras de pano?

 

Até o momento, todas as evidências científicas mostraram que a contaminação pelo coronavírus ocorre principalmente pelas vias aéreas, por meio de gotículas e dos vírus suspensos no ar (aerossóis), que se formam naturalmente quando uma pessoa fala ou respira.

 

O tamanho das gotículas e aerossóis formados permite que o vírus de menor diâmetro viaje livremente em diferentes concentrações. Mesmo assim, ainda há questões a serem decifradas sobre as condições exatas em que o coronavírus viaja de uma pessoa para outra e como se deposita nos objetos, olhos e vias aéreas. Assim, o objetivo é claro: para minimizar ou evitar a disseminação do vírus pelas vias aéreas, é necessário “capturar estas gotículas” — por isso a necessidade do uso de máscaras.

 

Na Espanha, por exemplo, apenas no dia 21 de maio de 2020 passou a ser obrigatório o uso de máscara em espaços fechados e abertos em todo o país, sendo adicionado oficialmente às medidas de segurança conhecidas.

 

Um novo debate?

Hoje sabemos que o uso de máscara facial é uma medida fundamental na prevenção. Uma medida que nos protege do contágio, reduzindo a expulsão e transmissão de aerossóis infectados no ar ambiente.

 

A escassez de máscaras nas fases iniciais da pandemia levou à proliferação de itens fabricados em ambientes domésticos, feitos com materiais diversos. Todos nós conhecíamos uma vizinha que costurava máscaras de tecido em diversos moldes e formatos, cores e estampas.

 

A fabricação artesanal diminuiu após os estoques mundiais de máscaras de diferentes tecidos começarem a ser produzidas em grande escala pelas indústrias regulamentadas.

 

A disponibilidade de outros tipos de máscaras mais elaboradas, como as cirúrgicas, ou as conhecidas como PFF2 ou N95, levantou novamente o debate sobre qual era o verdadeiro nível de proteção das máscaras caseiras, feitas de pano comum ou algodão.

 

Para a surpresa de muitos, um novo estudo, utilizando o conhecimento da física dos fluidos, sugere que “sob condições ideais, as máscaras de tecido podem ser otimizadas para um desempenho tão bom quanto as máscaras cirúrgicas”.

 

O que há de novo no mais recente estudo?

O estudo fornece novos dados sobre a eficácia das máscaras, medida em termos de filtragem de partículas e ajuste ao rosto. Ambos os conceitos andam de mãos dadas quando se analisa a eficácia de qualquer máscara. Não se pode falar em eficácia levando em consideração apenas a capacidade de filtragem — mas também o quão ajustada a máscara está ao rosto.

 

Como a máscara me protege? Ela exerce sua função de barreira protetora filtrando e produzindo mudanças na velocidade e direção dos aerossóis emitidos. Não se trata apenas de filtrar e coletar o maior número possível de vírus emitidos, mas de parar o aerossol e desviá-lo de percurso.

 

Isso faz com que as partículas fiquem longe ou em direção oposta de uma pessoa que poderia potencialmente ser contaminada.

 

E uma máscara de tecido pode filtrar com eficácia? Em primeiro lugar, isso depende de sua capacidade de filtragem. A filtração ou “captura de gotículas” é produzida por vários processos físicos, intimamente relacionados ao tamanho das partículas.

 

A eficácia da máscara depende do número de partículas que passam pelo material de que é feita. Quanto maiores os poros do material do qual é feito, maior o número de partículas que poderão passar por eles e menos eficaz será a máscara.

 

Vários estudos já analisaram a eficiência das máscaras de tecido relativa à capacidade de filtrar os vírus. A conclusão é que, ao colocar várias camadas de tecido em sua máscara caseira, os níveis ideais de filtração e proteção são alcançados.

 

É possível obter eficácia satisfatória, comparável aos mesmos 95% das máscaras cirúrgicas, usando a sobreposição de pelo menos 3 camadas de tecido caseiro.

 

Esses estudos também mostram que o tipo de tecido utilizado em sua fabricação está perdendo importância. O importante não é se a máscara é feita de tecido de puro algodão, sintético, náilon ou seda natural, mas sim a estrutura multicamadas. As camadas sobrepostas aumentam a proteção e garantem a captura das partículas entre elas.

 

Só capturar as partículas virais é suficiente?

A coleta das gotículas é um fator importante, mas a eficácia das máscaras também depende de outro agente diferente da taxa de filtração.

 

O estudo analisado destaca que não basta que a máscara consiga “capturar”, mas é essencial evitar vazamentos. Aerossóis de vírus menores podem vazar pelas bordas laterais, superior (nariz) e inferior (queixo), se espalhando no ambiente.

 

Um estudo realizado na Flórida (EUA) mostrou que a eficácia de uma máscara de tecido de algodão de dupla camada foi significativamente reduzida pelos vazamentos produzidos pelo espaço entre o nariz e a máscara, e não por sua capacidade de filtração.

 

Portanto, a eficácia da máscara de tecido também depende de um ajuste adequado e correto ao rosto e da cobertura fornecida. A vedação individual e o uso correto desempenham um papel essencial no controle da transmissão de pequenas partículas.

 

Como reduzir vazamentos das máscaras caseiras?

Faça máscaras em forma de copo (ou cone) para garantir uma vedação lateral correta. Não tente copiar modelos de máscaras cirúrgicas, retangulares, pois a máscara ficará “frouxa” nas bordas. Adapte o tamanho da máscara ao tamanho do rosto. Ela não pode ficar solta ou caindo.

 

Máscaras com clipe nasal metálico ou plástico permitem melhor ajuste da máscara ao rosto, evitando vazamento de ar pela área acima do nariz. A posição correta é importante: ela deve cobrir nosso nariz e boca completamente.

 

Em suma, as evidências científicas atuais nos permitem aceitar o uso de máscaras de tecido reutilizáveis ​​como uma alternativa ecológica e econômica às máscaras cirúrgicas, sem ter que renunciar à eficácia necessária de proteção.

 

A perfeita vedação e cobertura correta do rosto é o segredo para tornar este tipo de máscara mais eficaz.

 

Fonte(s): The Conversation por Ana Vazquez Casares e Jorge Caballero Huerga, ambos da Universidade de León, na Espanha, com edição, tradução e adaptação do Jornal Ciência Imagens: Reprodução / Shutterstock - Redação Jornal Ciência

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Pessoas vacinadas ainda podem transmitir o coronavírus?


Um roteiro didático para quem se vacinou ou vai se vacinar – e que já antecipa: a imunidade de rebanho, ou seja, a volta àquela vida normal de antes, ainda vai demorar algum tempo

 

A vacina não previne totalmente a infecção, mas reduz a praticamente zero as chances de o vacinado ficar gravemente doente.

 

Nota do editor: então você recebeu sua vacina contra o coronavírus, esperou duas semanas paratado de São Paulo/Wikimedia Commons que seu sistema imunológico respondesse à injeção e agora está totalmente vacinado. Isso significa que você pode percorrer o mundo como antigamente sem medo de espalhar o vírus? Deborah Fuller é microbiologista da Escola de Medicina da Universidade de Washington que trabalha com vacinas contra o coronavírus. Ela explica o que a ciência mostra sobre a transmissão pós-vacinação – e se novas variantes poderiam mudar essa equação.

 

1) A vacinação previne completamente a infecção?

A resposta curta é não. Você ainda pode se infectar depois de ser vacinado. Mas suas chances de ficar gravemente doente são quase zero.

Muitas pessoas pensam que as vacinas funcionam como um escudo, impedindo um vírus de infectar as células por completo. Mas, na maioria dos casos, uma pessoa que é vacinada está protegida contra doenças, não necessariamente contra infecções.

O sistema imunológico de cada pessoa é um pouco diferente. Então, quando uma vacina é 95% eficaz, isso significa que 95% das pessoas que recebem a vacina – mas que teriam ficado doentes se expostas ao vírus antes – não ficarão doentes. Essas pessoas podem estar completamente protegidas da infecção ou podem estar sendo infectadas, mas permanecem assintomáticas porque seu sistema imunológico elimina o vírus muito rapidamente. Os 5% restantes das pessoas vacinadas – se expostas ao vírus – podem ser infectadas e adoecer. Mas é extremamente improvável que elas sejam hospitalizadas.

A vacinação não evita 100% que você seja infectado. Mas, em todos os casos, dá ao seu sistema imunológico uma grande vantagem sobre o coronavírus. Seja qual for o seu resultado – seja proteção completa contra infecção ou algum nível de doença –, você ficará melhor depois de encontrar o vírus do que se não tivesse sido vacinado.

 

2) Infecção sempre significa transmissão?

A transmissão ocorre quando partículas virais suficientes de uma pessoa infectada entram no corpo de uma pessoa não infectada. Em teoria, qualquer pessoa infectada com o coronavírus poderia transmiti-lo potencialmente. Mas uma vacina reduzirá a chance de isso acontecer.

Em geral, se a vacinação não prevenir completamente a infecção, reduzirá significativamente a quantidade de vírus que sai do nariz e da boca – um processo chamado eliminação – e encurtará o tempo de eliminação do vírus. Esse é um grande negócio. Uma pessoa que espalha menos vírus tem menos probabilidade de transmiti-lo a outra pessoa.

Esse parece ser o caso das vacinas contra o coronavírus. Em um estudo recente em pré-impressão, que ainda não foi revisado por pares, pesquisadores israelenses testaram 2.897 pessoas vacinadas quanto a sinais de infecção por coronavírus. A maioria não tinha vírus detectável. Mas as pessoas infectadas tinham um quarto da quantidade de vírus em seus corpos em relação às pessoas não vacinadas testadas em momentos semelhantes após a infecção.

Menos coronavírus significa menos chance de propagá-lo. Se a quantidade de vírus em seu corpo for baixa o suficiente, a probabilidade de transmiti-lo pode chegar a quase zero. No entanto, os pesquisadores ainda não sabem onde está esse limite para o coronavírus e, uma vez que as vacinas não fornecem 100% de proteção contra infecções, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, dos EUA) recomendam que as pessoas continuem a usar máscaras e a manter distanciamento social mesmo depois de ser vacinadas.

 

3) E quanto às novas variantes do coronavírus?

Novas variantes do coronavírus surgiram nos últimos meses. Estudos recentes mostram que as vacinas são menos eficazes contra alguns, como a variante B1351 identificada pela primeira vez na África do Sul.

Cada vez que o SARS-CoV-2 se replica, ele obtém novas mutações. Nos últimos meses, os pesquisadores descobriram novas variantes que são mais infecciosas – o que significa que uma pessoa precisa respirar menos vírus para se infectar – e outras variantes que são mais transmissíveis – o que significa que aumentam a quantidade de vírus que uma pessoa espalha. E os pesquisadores também descobriram pelo menos uma nova variante que parece ser melhor para escapar do sistema imunológico, de acordo com os primeiros dados.

 

Então, como isso se relaciona com vacinas e transmissão?


Para a variante da África do Sul, as vacinas ainda fornecem mais de 85% de proteção contra doenças graves com covid-19. Mas quando você conta os casos leves e moderados, eles fornecem, na melhor das hipóteses, apenas cerca de 50%-60% de proteção. Isso significa que pelo menos 40% das pessoas vacinadas ainda terão uma infecção forte o suficiente – e vírus suficiente em seu corpo – para causar pelo menos uma doença moderada.

 

Se as pessoas vacinadas têm mais vírus em seus corpos e levam menos desse vírus para infectar outra pessoa, haverá maior probabilidade de uma pessoa vacinada transmitir essas novas cepas do coronavírus.

 

Se tudo correr bem, as vacinas muito em breve reduzirão a taxa de doenças graves e morte em todo o mundo. Na verdade, qualquer vacina que reduza a gravidade da doença também está, no nível da população, reduzindo a quantidade de vírus a ser eliminada em geral. Mas, devido ao surgimento de novas variantes, as pessoas vacinadas ainda têm o potencial de eliminar e espalhar o coronavírus para outras pessoas, vacinadas ou não. Isso significa que provavelmente levará muito mais tempo para que as vacinas reduzam a transmissão e as populações atinjam a imunidade de rebanho do que se essas novas variantes nunca tivessem surgido. Exatamente quanto tempo isso levará é um equilíbrio entre a eficácia das vacinas contra as cepas emergentes e o quão transmissíveis e infecciosas essas novas cepas são.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/pessoas-vacinadas-ainda-podem-transmitir-o-coronavirus/ - Texto: Deborah Fuller  - é professora de Microbiologia na Escola de Medicina da Universidade de Washington (EUA) - Crédito: cromaconceptovisual/Pixabay

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Melhora radical: 4 dicas para fazer sua máscara facial te proteger muito mais


Com novas cepas mais contagiosas do coronavírus se espalhando, e os níveis de transmissão ainda muito altos em muitos lugares, alguns especialistas em saúde pública recomendam melhorar as nossas máscaras básicas de pano que muita gente tem usado durante a pandemia.

 

“Uma máscara de pano pode ser 50% eficaz no bloqueio de vírus e aerossóis”, diz Linsey Marr, pesquisadora da Virginia Tech que estuda a transmissão de vírus no ar. “Estamos no ponto agora … que precisamos de mais de 50%.”

 

Quando você está ao ar livre, onde o ar fresco pode dispersar rapidamente gotículas de vírus e partículas menores, uma máscara de pano é o suficiente, diz Marr. Mas partículas infecciosas podem se acumular em lugares fechados, e é aí que você precisa de uma máscara melhor. “Agora estou usando minha máscara melhor para ir ao supermercado. Eu não fazia isso antes”, diz Marr.

 

O ideal seria que todos nós estivéssemos usando máscaras N95 de uso médico — chamadas assim porque bloqueiam pelo menos 95% das partículas quando usadas corretamente. Mas elas devem ser reservadas para os profissionais de saúde.

 

Felizmente, há outras maneiras de aumentar fundamentalmente a proteção que sua máscara facial oferece de acordo com estas dicas da NPR.

 

4. Use duas máscaras


O conceito de duas máscaras tem recebido muita atenção ultimamente, especialmente depois que o Dr. Anthony Fauci, o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA, promoveu o seu uso.

Primeiro coloque uma máscara cirúrgica mais próxima do seu rosto, diz Marr, e depois coloque outra de pano por cima. Use uma máscara cirúrgica feita de um material que não seja tecido mas de polipropileno, porque esse material contém uma carga eletrostática que faz que ele prenda as partículas. (Algumas máscaras cirúrgicas são feitas de papel.)

A desvantagem das máscaras cirúrgicas é que muitas delas não se ajustam bem e a capacidade de uma máscara de filtrar partículas depende também de como ela se ajusta ao seu rosto. Ao colocar uma máscara de pano por cima você pode obter um ajuste mais justo, ao mesmo tempo em que inclui uma camada extra de filtragem, diz Marr, que contribuiu em um artigo sobre recomendando mascaramento duplo.

Mas não continue empilhando máscaras, ela adverte; apenas uma máscara adicional é suficiente. Se suas máscaras aumentarem muito a resistência o ar vai vazar pelas laterais. “É como se você tivesse um buraco na máscara”, diz ela.

Mesmo se você usar duas máscaras que tem eficácia de apenas cerca 50% no bloqueio de partículas, quando você coloca uma sobre a outra você pode ter uma combinação com 75% de eficácia ou mais, diz Marr.

Veja como Marr explica essa matemática: “Se você tem 100 vírus que estão voando em direção à sua máscara que é 50% eficaz, então 50 deles serão filtrados e 50 passarão. Quando esses 50 chegarem à segunda máscara, 25 serão filtrados e 25 passarão. Assim, a eficiência global é de 75%.”

Monica Gandhi, médica infectologista da Universidade da Califórnia em São Francisco (EUA), diz que usar duas máscaras é especialmente importante para pessoas em circunstâncias específicas: adultos que trabalham em ambientes fechados com muitas pessoas e aqueles vulneráveis que entram em áreas fechadas ou locais com alto risco de transmissão.

 

3. Adicione um filtro


Se usar duas máscaras não é para você ainda é possível obter um aumento de eficácia semelhante na filtragem usando uma máscara de duas camadas com um bolso para filtro, diz Gandhi. As camadas externas devem ser feitas de um tecido que fique vem ajustado ao rosco, sem frestas.

Marr sugere usar uma máscara cirúrgica no bolso do filtro. Você pode cortar a máscara cirúrgica para caber no bolso, se necessário. Ela diz que os filtros HEPA cortados dos filtros usados em limpadores de ar portáteis funcionam muito bem (veja vídeo dela); um filtro de carbono PM2.5 também deve resolver, desde que seja flexível.

Outra opção de filtro: um material disponível em lojas de tecidos é o TNT (tecido não tecido). Ele é feito de polipropileno, então também possui o poder da eletricidade estática para capturar partículas.

Adicionar um filtro feito de duas camadas de polipropileno poderia aumentar a eficiência de filtragem de uma máscara de algodão em até 35%, disse Yi Cui, pesquisador da Universidade de Stanford.

E para uma opção caseira, a pesquisa de Cui descobriu que dois tecidos faciais, dobrados para formar um filtro de quatro camadas, também podem fazer um bom trabalho ao aumentar a proteção de uma máscara. Mas, por favor, não use um filtro de café: Tanto Marr quanto Christopher Zangmeister, pesquisador do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (EUA), dizem que é difícil de respirar através de um, portanto você acaba respirando ao redor do filtro em vez de através dele.

 

2. Escolha uma máscara de tecido melhor

Se você ainda está usando uma única máscara certifique-se de que o que está usando realmente te protege. Como Gandhi escreveu recentemente no Twitter: “Ainda há uma função para máscaras básicas”.

Quando se trata de máscaras de tecido, procure um com uma tecelagem apertada. Vários estudos mostraram que algodão 100% é uma boa idéia (algodão de uma boa camiseta, por exemplo).

Como Zangmeister explicou à NPR no ano passado, as fibras naturais no algodão tendem a ter uma estrutura mais tridimensional do que as fibras sintéticas, que são mais lisas. E essa estrutura 3D pode criar mais bloqueios que impedem a entrada de partículas.

Procure também uma máscara de três camadas: estudos mostraram que uma máscara de três camadas feita de tecido com tecelagem apertada funciona bem.

 

1. Faça sua máscara se ajustar melhor


Para maximizar a eficácia da máscara, certifique-se de que ela se encaixa perfeitamente sobre sua boca e narinas, até a ponte do nariz e que não tenha nenhuma fresta. E, por favor, não deixe seu nariz para fora da máscara, isso tira o seu propósito!

A eficiência de filtragem de uma máscara varia dependendo do quão bem ela se ajusta ao seu rosto, como ilustra um estudo recente da JAMA Internal Medicine. Os pesquisadores descobriram que as máscaras cirúrgicas testadas bloqueavam apenas 38,5% das pequenas partículas, em média, quando usadas normalmente. Mas a eficiência de filtragem saltou quando eles tentaram vários hacks para fazer a máscara selar melhor.

Um truque que eles testaram foi marrar as tiras em um nó o mais próximo possível das bordas da máscara, em seguida, enfie as as pregas laterais para dentro para minimizar quaisquer frestas que possam aparecer nas bordas, como na foto da esquerda, acima. Isso aumentou a eficiência de filtragem da máscara cirúrgica para 60%.

Outro hack simples é usar um prendedor de cabelo, como na foto acima à direita para segurar as tiras firmemente na parte de trás da cabeça. Isso elevou a eficiência de filtragem da máscara para quase 65%.

E o último e mais eficaz hack? Envolve uma meia-calça. Quando os pesquisadores cobriram a máscara cirúrgica com uma seção de 25 cm de nylon, a eficiência de filtração aumentou para impressionantes 80%.

Se você quiser experimentar o truque da meia-calça, corte um anel de material, cerca 20 a 25 cm, da área da coxa de uma meia-calça. Em seguida, passe o anel pela cabeça e sobre a sua máscara para criar um ajuste firme no rosto.

 

Fonte: https://hypescience.com/4-hacks-e-dicas-para-tornar-sua-mascara-facial-radicalmente-melhor/ - Por Marcelo Ribeiro

domingo, 28 de março de 2021

Tipos de máscara: descubra quais protegem de verdade


O uso indevido da máscara pode aumentar os riscos de contaminação do novo coronavírus

 

Com o avanço no número de casos do novo coronavírus em todo o mundo, o governo brasileiro tornou obrigatório o uso de máscaras em ambientes públicos, estabelecimentos em geral e meios de transporte.

 

A principal forma de transmissão do vírus ocorre pelo contato direto com gotículas respiratórias expelidas pela boca e nariz, que são emitidas através de espirros, tosse e fala. Dessa forma, o uso de aparelhos de proteção facial ajuda a diminuir as chances de contaminação em até 50%, segundo estudos.

 

Tipos de máscara

Nem todo tipo de máscara possui o mesmo objetivo e eficácia. Entre as opções disponíveis no mercado, o uso de máscaras caseiras se tornou a alternativa mais utilizada pela população, de modo que os modelos profissionais foram direcionados especificamente para trabalhadores da área da saúde.

 

Segundo Hyun Seung Yoon, gerente médico do ClubSaúde, em alguns países da Europa afetados pela segunda onda da COVID-19, somente as máscaras profissionais, como as cirúrgicas ou PFF-2/N95, são permitidas.

 

Porém, devido à dificuldade de acesso e seus preços elevados, a OMS autoriza o uso de máscaras caseiras em países de baixa renda, recomendando que elas possuam pelo menos três camadas de pano e sejam confeccionadas com materiais como polipropileno e algodão.

 

"A preocupação com as novas variantes do coronavírus é decorrente de sua maior transmissibilidade, pois necessitam menor carga viral para causar o contágio. Independentemente do tipo de máscara, é fundamental ajustá-la bem ao rosto para não permitir vãos por onde as partículas possam ser expelidas ou inaladas. Do ponto de vista de bloquear a transmissão do vírus por partículas de saliva, quanto maior a barreira, melhor a proteção", diz o médico.

 

Para entender melhor como cada tipo de máscara deve ser utilizada e quais modelos não são recomendados durante a pandemia, Jane Teixeira, gerente médica da Sharecare, explicou o nível de proteção de cada produto. Confira:

 

Máscara de tecido: a máscara de tecido e a cirúrgica não possuem o objetivo de proteger o próprio usuário, mas sim outras pessoas ao seu redor. É útil como forma de proteção se usada de maneira generalizada pelos indivíduos no mesmo ambiente e ajustada bem ao rosto. O tecido mais indicado é o de algodão, que tem boa resistência ao uso e à lavagem, causando menos alergias. Não se deve usar máscaras de renda, tricot, crochê etc.

 

Máscara cirúrgica: assim como a máscara de tecido, ela confere proteção se utilizada corretamente e de forma generalizada pelos indivíduos, pois impede a disseminação de gotículas e aerossóis produzidos pelo usuário. No entanto, ao contrário das máscaras de tecido, não são reutilizáveis. Logo, devem ser descartadas após o uso.

 

Máscara com válvula: as máscaras com válvulas deixam escapar vírus disseminados pelo usuário se este estiver contaminado, e não são indicadas no contexto atual de pandemia.

 

Máscara de acrílico: as máscaras de acrílico não oferecem a vedação adequada e não são indicadas no atual contexto.

 

Máscaras profissionais PFF2 e N95: como equipamento de proteção individual, as máscaras N95 e PPF2 são as mais eficazes, pois protegem o usuário de aspirar aerossóis que podem transmitir o vírus. São as máscaras obrigatoriamente indicadas para os profissionais sob risco ocupacional, como os trabalhadores da linha de frente.

 

Esses modelos são reutilizáveis se forem bem conservados, ou seja, com aparência limpa, sem amassos e íntegros. Se há perda da integridade, devem ser descartados no lixo. Não devem ser lavados e higienizados com qualquer tipo de produto químico.

 

Face shield: o face shield é uma espécie de escudo para o rosto, com um dispositivo circular para fixação ao redor da cabeça e uma parte protetora transparente, em geral de acetato, que fica à frente da face e que evita o contato de objetos, detritos, materiais e respingos no rosto.

 

Ele não é mais eficiente que a máscara facial, mas pode ser considerado um complemento, pois oferece um tipo diferente de proteção. Além de não oferecer vedação adequada à região das vias aéreas, o face shield não filtra o ar, logo, é preciso sempre usá-lo com máscara. Partículas mais leves que penetrem na região entre a face e o equipamento podem ser inaladas se não houver o uso concomitante da máscara. Ele serve como uma proteção adicional.

 

"O face shield é especificamente indicado para trabalhadores da área de saúde pelo risco de respingos durante procedimentos em pacientes e como alternativa para outros tipos de profissão que não possam manter uma distância mínima entre as pessoas", finaliza a médica.

 

Tipo de máscara         É eficaz?

Tecido Sim, se usada corretamente

Cirúrgica         Sim, se usada corretamente

Com válvula   Não

Acrílico                         Não

PFF2 e N95    Sim

Face shield      Não, apenas como uma proteção adicional

 

Tecido antiviral funciona?

"Os fabricantes destes tecidos com propriedades antibacterianas ou antivirais alegam que a tecnologia empregada em sua confecção - lenços umedecidos com múltiplas camadas, contendo surfactantes comumente encontrados em detergentes, como ácido cítrico ou lauril sulfato de sódio, ou tecidos impregnados com partículas de prata, reconhecidos por suas qualidades antissépticas - são capazes de eliminar mais de 90% das partículas bacterianas ou virais em contato com estes agentes", explica Hyun Seung Yoon.

 

Entretanto, o médico conta que, apesar de realmente possuírem ação antiviral ou antibacteriana, não há garantias de que a trama dos tecidos não deixe passar partículas virais por suas frestas ao inspirar, tossir ou espirrar.

 

"Também não há como descartar que somente as camadas mais profundas de uma gota de secreção em contato com o agente do tecido sejam desinfetadas, enquanto a superfície permanece contaminante", diz.

 

Ainda segundo o especialista, estes tecidos podem sim aumentar a eficácia da proteção de máscaras, roupas e lenços, mas não garantem imunidade contra o vírus. Por isso, é de extrema importância que se mantenham as demais medidas de proteção: distanciamento social, higienização das mãos e do ambiente, além do uso de máscaras adequadas.

 

Qual a forma certa de usar máscaras?

Para que as máscaras não tenham o efeito oposto ao desejado e acabem aumentando os riscos de contaminação, é preciso seguir algumas instruções para o uso correto do equipamento. O Hospital Albert Einstein, referência no atendimento aos pacientes com COVID-19 em São Paulo, compartilhou algumas dicas de uso:

 

Antes de colocar a máscara, higienize adequadamente as mãos

Coloque a máscara sobre o nariz e a boca, tomando cuidado para não deixar espaços entre a pele e a máscara

Mesmo com a máscara, cubra o rosto ao tossir ou espirrar

Mantenha as mãos higienizados e evite tocar na máscara

Troque a máscara quando ela estiver úmida

Nunca reutilize uma máscara descartável

Sempre remova a máscara pelas cordinhas e nunca toque na parte da frente


 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37455-tipos-de-mascara-descubra-quais-protegem-de-verdade - Escrito por Paula Santos

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Covid-19: estudo revela locais com maior risco de contaminação


Restaurantes e bares são alguns dos ambientes onde há mais chances de transmissão do novo coronavírus

 

Uma análise feita por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, utilizou dados de movimentação de 10 estados do país para identificar os lugares onde há maior risco de contaminação pelo novo coronavírus sem o uso de máscaras.

 

O primeiro modelo de estudo foi realizado nos primeiros meses da pandemia, quando aparelhos de proteção facial não eram utilizados com frequência. Nesse contexto, alguns dos locais com maior risco de contaminação foram:

 

Restaurantes

Academias

Cafés e bares

Hotéis e motéis

Centros religiosos

Consultórios médicos

Mercado

Pet shops

 

Ao analisarem a segunda onda de contaminação da COVID-19, os cientistas observaram que, apesar do aumento da mobilidade das pessoas, os números de infecção apresentaram queda. Com isso, a conclusão feita por eles é que o uso de máscaras ajuda a reduzir o risco de contaminação de maneira considerável.

 

Ainda de acordo com os dados analisados, pessoas de baixa renda possuem maior risco de contaminação pelo coronavírus por frequentarem locais menores e mais aglomerados. Os pesquisadores aconselham que, caso haja a necessidade de visitar lugares fechados e com a presença de outras pessoas, sejam escolhidos horários fora dos períodos de pico. Assim, junto com o uso de máscaras, a probabilidade de transmissão do coronavírus pode ser reduzida.

 

Como se prevenir do risco de contaminação

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados mais recomendados para se proteger contra o novo coronavírus são:

 

Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel

Usar máscara de proteção facial

Manter distanciamento social

Não tocar nariz, boca e olhos com as mãos sujas

Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir

Evitar aglomerações

Manter os ambientes bem ventilados

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos

Ficar em casa sempre que possível

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37000-covid-19-estudo-revela-locais-com-maior-risco-de-contaminacao - Escrito por Redação Minha Vida

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Enxaguante bucal pode inativar a disseminação do coronavírus humano, afirma o estudo


O uso de enxaguante bucal pode ajudar a reduzir a propagação e a transmissão do coronavírus, de acordo com um novo estudo.

 

No estudo publicado do Journal of Medicine Virology , os pesquisadores estudaram bochechos e enxaguantes nasais vendidos sem prescrição médica, comumente encontrados em supermercados e drogarias. Ambos os tipos de produtos impactam diretamente os principais locais de transmissão e recepção do COVID-19 humano.

 

De acordo com o Yahoo , esses enxaguantes bucais e nasais podem fornecer um nível adicional de proteção contra o coronavírus. Os pesquisadores testaram um coronavírus humano comum chamado “229e”, uma das várias cepas que geralmente causam infecções leves, como resfriados, para determinar se os enxaguantes bucais e nasais seriam eficazes contra o vírus.

 

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), não é o SARS-CoV-2 que está associado ao COVID-19. Craig Meyers , Ph.D., o principal autor do estudo, disse ao Yahoo Life que todas as formas de doenças COVID-19 têm algo em comum. “Eles têm uma membrana”, disse Meyers, um distinto professor de imunologia e microbiologia da Penn State.

 

Meyers explicou que tudo o que você precisa fazer com os vírus de membrana é quebrá-los e ser inativados. Ele acrescentou que é difícil trabalhar com os coronavírus reais, mas as membranas no COVID-19, em geral, são mais provavelmente as mesmas.

 

De acordo com a ScienceDaily , não foi o primeiro estudo que analisou os produtos para enxágue bucal na redução da carga viral. O estudo publicado no Journal of Infectious Diseases em julho, os pesquisadores testaram oito tipos diferentes de enxaguantes bucais em drogarias e farmácias na Alemanha.

 

O estudo descobriu que todos os produtos para bochechos reduzem a carga viral. Três tipos de bochechos “reduziram os vírus a tal ponto que nenhum vírus foi detectado após um tempo de exposição de trinta segundos”.

 

No entanto, os autores do estudo alemão enfatizam que isso não significa que os enxaguantes bucais sejam apenas a forma de tratar o COVID-19. Toni Meister, da Ruhr University Bochum, na Alemanha, e um dos principais autores do estudo, disse ao ScienceDaily.

 

“Gargarejar com enxaguante bucal não pode inibir a produção de vírus nas células. Mas enxágue pode reduzir a carga viral em curto prazo de onde veio a infecção potencial, como cavidade oral e garganta – e isso pode ser útil em certos cenários, como durante o atendimento médico de pacientes COVID-19. ”

 

Meyers concordou e disse que as pessoas ainda precisam usar máscara e ter distanciamento social, pois, para ele, o enxaguante é apenas uma ajuda extra.

 

Por outro lado, um professor assistente de otorrinolaringologia da Johns Hopkins Medicine, Nicholas Rowan , MD, disse ao Yahoo Life que o uso de enxaguantes nasais e bochechos são “áreas promissoras” e são “terapias estimulantes, lógicas e com maior probabilidade de serem baixas risco.”

 

Rowan, como Meyers, diz que mais pesquisas são necessárias. Ele explicou que há muito crédito para essas afirmações. Mas o obstáculo mais crucial desses medicamentos é a falta de eficácia comprovada e de ensaios clínicos apropriados antes que as autoridades forneçam esses tipos de medicamentos aos pacientes.

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/enxaguante-bucal-pode-inativar-a-disseminacao-do-coronavirus-humano-afirma-o-estudo/ - Por Revista Saber é Saúde