Mostrando postagens com marcador Covis-19. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Covis-19. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 22 de junho de 2021

Máscaras caseiras de pano realmente são capazes de nos proteger?


O uso de máscaras faciais demonstrou ser uma barreira eficaz à transmissão do vírus SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) por aerossol — partículas suspensas no ar. Mas, o mesmo nível de proteção vale para as máscaras de pano?

 

Até o momento, todas as evidências científicas mostraram que a contaminação pelo coronavírus ocorre principalmente pelas vias aéreas, por meio de gotículas e dos vírus suspensos no ar (aerossóis), que se formam naturalmente quando uma pessoa fala ou respira.

 

O tamanho das gotículas e aerossóis formados permite que o vírus de menor diâmetro viaje livremente em diferentes concentrações. Mesmo assim, ainda há questões a serem decifradas sobre as condições exatas em que o coronavírus viaja de uma pessoa para outra e como se deposita nos objetos, olhos e vias aéreas. Assim, o objetivo é claro: para minimizar ou evitar a disseminação do vírus pelas vias aéreas, é necessário “capturar estas gotículas” — por isso a necessidade do uso de máscaras.

 

Na Espanha, por exemplo, apenas no dia 21 de maio de 2020 passou a ser obrigatório o uso de máscara em espaços fechados e abertos em todo o país, sendo adicionado oficialmente às medidas de segurança conhecidas.

 

Um novo debate?

Hoje sabemos que o uso de máscara facial é uma medida fundamental na prevenção. Uma medida que nos protege do contágio, reduzindo a expulsão e transmissão de aerossóis infectados no ar ambiente.

 

A escassez de máscaras nas fases iniciais da pandemia levou à proliferação de itens fabricados em ambientes domésticos, feitos com materiais diversos. Todos nós conhecíamos uma vizinha que costurava máscaras de tecido em diversos moldes e formatos, cores e estampas.

 

A fabricação artesanal diminuiu após os estoques mundiais de máscaras de diferentes tecidos começarem a ser produzidas em grande escala pelas indústrias regulamentadas.

 

A disponibilidade de outros tipos de máscaras mais elaboradas, como as cirúrgicas, ou as conhecidas como PFF2 ou N95, levantou novamente o debate sobre qual era o verdadeiro nível de proteção das máscaras caseiras, feitas de pano comum ou algodão.

 

Para a surpresa de muitos, um novo estudo, utilizando o conhecimento da física dos fluidos, sugere que “sob condições ideais, as máscaras de tecido podem ser otimizadas para um desempenho tão bom quanto as máscaras cirúrgicas”.

 

O que há de novo no mais recente estudo?

O estudo fornece novos dados sobre a eficácia das máscaras, medida em termos de filtragem de partículas e ajuste ao rosto. Ambos os conceitos andam de mãos dadas quando se analisa a eficácia de qualquer máscara. Não se pode falar em eficácia levando em consideração apenas a capacidade de filtragem — mas também o quão ajustada a máscara está ao rosto.

 

Como a máscara me protege? Ela exerce sua função de barreira protetora filtrando e produzindo mudanças na velocidade e direção dos aerossóis emitidos. Não se trata apenas de filtrar e coletar o maior número possível de vírus emitidos, mas de parar o aerossol e desviá-lo de percurso.

 

Isso faz com que as partículas fiquem longe ou em direção oposta de uma pessoa que poderia potencialmente ser contaminada.

 

E uma máscara de tecido pode filtrar com eficácia? Em primeiro lugar, isso depende de sua capacidade de filtragem. A filtração ou “captura de gotículas” é produzida por vários processos físicos, intimamente relacionados ao tamanho das partículas.

 

A eficácia da máscara depende do número de partículas que passam pelo material de que é feita. Quanto maiores os poros do material do qual é feito, maior o número de partículas que poderão passar por eles e menos eficaz será a máscara.

 

Vários estudos já analisaram a eficiência das máscaras de tecido relativa à capacidade de filtrar os vírus. A conclusão é que, ao colocar várias camadas de tecido em sua máscara caseira, os níveis ideais de filtração e proteção são alcançados.

 

É possível obter eficácia satisfatória, comparável aos mesmos 95% das máscaras cirúrgicas, usando a sobreposição de pelo menos 3 camadas de tecido caseiro.

 

Esses estudos também mostram que o tipo de tecido utilizado em sua fabricação está perdendo importância. O importante não é se a máscara é feita de tecido de puro algodão, sintético, náilon ou seda natural, mas sim a estrutura multicamadas. As camadas sobrepostas aumentam a proteção e garantem a captura das partículas entre elas.

 

Só capturar as partículas virais é suficiente?

A coleta das gotículas é um fator importante, mas a eficácia das máscaras também depende de outro agente diferente da taxa de filtração.

 

O estudo analisado destaca que não basta que a máscara consiga “capturar”, mas é essencial evitar vazamentos. Aerossóis de vírus menores podem vazar pelas bordas laterais, superior (nariz) e inferior (queixo), se espalhando no ambiente.

 

Um estudo realizado na Flórida (EUA) mostrou que a eficácia de uma máscara de tecido de algodão de dupla camada foi significativamente reduzida pelos vazamentos produzidos pelo espaço entre o nariz e a máscara, e não por sua capacidade de filtração.

 

Portanto, a eficácia da máscara de tecido também depende de um ajuste adequado e correto ao rosto e da cobertura fornecida. A vedação individual e o uso correto desempenham um papel essencial no controle da transmissão de pequenas partículas.

 

Como reduzir vazamentos das máscaras caseiras?

Faça máscaras em forma de copo (ou cone) para garantir uma vedação lateral correta. Não tente copiar modelos de máscaras cirúrgicas, retangulares, pois a máscara ficará “frouxa” nas bordas. Adapte o tamanho da máscara ao tamanho do rosto. Ela não pode ficar solta ou caindo.

 

Máscaras com clipe nasal metálico ou plástico permitem melhor ajuste da máscara ao rosto, evitando vazamento de ar pela área acima do nariz. A posição correta é importante: ela deve cobrir nosso nariz e boca completamente.

 

Em suma, as evidências científicas atuais nos permitem aceitar o uso de máscaras de tecido reutilizáveis ​​como uma alternativa ecológica e econômica às máscaras cirúrgicas, sem ter que renunciar à eficácia necessária de proteção.

 

A perfeita vedação e cobertura correta do rosto é o segredo para tornar este tipo de máscara mais eficaz.

 

Fonte(s): The Conversation por Ana Vazquez Casares e Jorge Caballero Huerga, ambos da Universidade de León, na Espanha, com edição, tradução e adaptação do Jornal Ciência Imagens: Reprodução / Shutterstock - Redação Jornal Ciência

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Usar óculos ajuda a evitar o contágio do novo coronavírus?


A contaminação através dos olhos é uma possibilidade e exige cuidados preventivos contra a COVID-19

 

Durante uma pesquisa realizada em hospitais por cientistas chineses, foi relatado que poucos pacientes internados com o novo coronavírus usavam óculos. Esse dado levantou uma curiosidade entre os estudiosos, fazendo com que se criasse uma relação do uso do objeto como um possível fator de proteção contra a COVID-19.

 

Apesar dos efeitos do vírus nos seres humanos ainda estarem sendo estudados e compreendidos pela ciência, já é possível afirmar que o principal meio de transmissão da doença é através de gotículas respiratórias emitidas pela boca e nariz, que podem ser passadas por meio do contato direto entre pessoas.

 

Alguns especialistas acreditam que a contaminação pelos olhos pode ocorrer quando o local é tocado sem a higienização correta das mãos, fazendo com o que vírus entre em contato com as secreções do globo ocular. Além disso, alguns estudos estão analisando a possibilidade do vírus ser transmitido pelo ar e, portanto, adentrar a cavidade dos olhos.

 

Usar óculos evita o contágio?

Para Melissa Valentini, infectologista e assessora médica do Grupo Pardini, o uso de equipamentos de proteção facial por profissionais de saúde, principalmente quando há contato direto com pacientes que possuem quadros de doenças infecciosas que são transmitidas por gotículas, é efetivo e deve ser recomendado.

 

Porém, quando falamos da população num modo geral, a necessidade de cobrir os olhos ainda não está definida. A especialista explica que o estudo chinês foi realizado apenas em um local e em pequena escala, sem relacionar a proteção ocular com outras medidas de proteção contra o coronavírus, como é o caso do distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos.

 

"O uso de óculos poderá proteger da COVID-19, mas deve ser associado às demais medidas. É fundamental não tocar os óculos e face com as mãos sem higienização, porque, assim, poderá levar o vírus para a mucosa ocular e possibilitar a infecção", conta a infectologista.

 

Lentes de contato x óculos

As recomendações sobre a frequência de higienização dos óculos não tiveram grandes mudanças desde o início da pandemia. Especialistas afirmam que a ação que deve ser priorizada é a lavagem correta das mãos com água e sabão ou o uso de álcool 70%, evitando tocar o rosto ou ajeitar os óculos - principalmente se não foi feita a limpeza das mãos anteriormente.

 

De acordo com Melissa, caso essa regra for seguida, os óculos podem ser higienizados de maneira habitual. Em relação ao uso das lentes de contato, a situação deve ser encarada com mais cuidado, já que, para utilizá-las, é feito o toque direto na cavidade ocular.

 

"As lentes de contato podem ser usadas, mas deve-se ter atenção especial às irritações que elas podem causar. Se a pessoa tiver que tocar os olhos muitas vezes, o que pode ser involuntário, e não tiver a certeza de que as mãos estão higienizadas, os óculos seriam a melhor opção", finaliza a infectologista.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36951-usar-oculos-ajuda-a-evitar-o-contagio-do-novo-coronavirus - Escrito por Paula Santos

sábado, 3 de outubro de 2020

Se sentir esse cheiro em qualquer lugar fuja, pois há risco de coronavírus


Usar o sentido do olfato para farejar problemas pode ser muito útil, especialmente quando se trata de verificar alimentos na geladeira e cheiro de gás vazando em casa. Mas especialistas afirmam que seu nariz pode proteger você contra o Covid-19 também. Se você entrar em um recinto e sentir cheiro de mofo, isso pode ser um bom termômetro para alto risco de contrair coronavírus.

 

Por causa da pandemia “locais que parecem mofados, rançosos, abafados ou com qualquer outro sinal de que o ar não esteja se movendo” devem ser evitados, disse Bruce Y. Lee, professor de Política e Gestão de Saúde da City University of New York School of Public Health, em entrevista a Forbes. “Isso se aplica a bares, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos comerciais também.”

 

Porque evitar ambientes com estes cheiros

O cheiro de mofo indicar uma ventilação precária. “A ventilação insuficiente pode ser um ataque aos sentidos, incluindo o olfato. Em uma casa ou sala onde a umidade não pode escapar, pode haver um cheiro de mofo”, de acordo com os especialistas da empresa de aquecimento, resfriamento e ventilação HRV.

 

Portanto preste atenção e caso sinta com facilidade o cheiro de mofo, bolor, podridão ou umidade é possível que esteja em um local com ventilação deficiente. Já que o coronavírus pode se transmitir através de gotículas da respiração suspensas no ar, uma boa ventilação é importante para a remoção dos patógenos do ar.

 

“A ventilação desempenha um papel crítico na remoção do ar exalado com vírus, reduzindo assim a concentração geral e, portanto, qualquer dose subsequente inalada pelos ocupantes”, afirmaram pesquisadores do Centro Global para Pesquisa de Ar Limpo da Universidade de Surrey em uma pesquisa recente sobre o contágio do coronavírus.

 

 Surtos de Covid-19 e locais fechados

Epidemiologistas da Universidade de Hong Kong, em outro estudo, também descobriram que áreas mal ventiladas são criadouros de vírus e estão fortemente correlacionadas a muitos casos de Covid-19 incluindo call centers, igrejas, templos e restaurantes. Em muitos casos, os relatos de surtos de coronavírus estão ligados a locais mais sufocantes e com menos ventilação.

 

Da próxima vez que entrar em um novo recinto tire um segundo para farejar o ar. Se não puder sair abra as janelas. E sempre use máscara.

 

Evitar aglomerados de pessoas é sempre uma ótima idéia. Mas se tiver mesmo que ficar perto de muita gente certifique-se que haja boa ventilação.

 

No artigo acima você vai descobrir que lugares fechados e com muitas pessoas são de maior risco de contrair Covid-19, que pode deixá-lo com problemas cardíacos possivelmente para o resto da vida, mesmo que você fique assintomático.

 

Fonte: https://hypescience.com/cheiro-coronavirus/-  Por Marcelo Ribeiro