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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Precisa viajar de avião? Então use máscara e fale pouco


É a primeira verificação do risco de infecções em um avião com dados reais.

 

Contaminação em aviões

 

Já foram feitas inúmeras simulações para ver como o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, se espalha pelos mais diversos tipos de ambientes, como nos carros, nas salas de aula e até nas escadas.

 

Mas Wensi Wang e seus colegas da China e de Hong Kong não queriam saber de simulações teóricas.

 

Então eles monitoraram como o vírus que causa a covid-19 se espalhou de fato em duas viagens de avião, um voo de Londres para Hanói e outro de Cingapura para Hangzhou.

 

Para isso, eles rastrearam passageiros que se mostraram infectados e então rastrearam os demais passageiros, que haviam sido colocados em quarentena ou monitorados.

 

Todos esses dados foram ligados com as posições em que cada passageiro havia se sentado nos aviões.

 

A equipe então usou uma simulação de computador para reproduzir a dispersão das gotículas de diferentes tamanhos, mas não a partir de modelos teóricos, e sim a partir dos passageiros que possuíam o vírus e daqueles que se infectaram durante o voo.

 

Simulação das partículas exaladas por uma pessoa infectada ao longo do tempo, em segundos.


 

Use máscaras e fale pouco

 

Depois de mostrar como o vírus SARS-CoV-2 contido nessas gotículas viajava com a distribuição do ar da cabine e era inalado por outros passageiros, a equipe modelou também alterações na dispersão do vírus pelas atividades de respiração, fala e tosse.

 

Os cientistas contaram o número de cópias virais inaladas por cada passageiro para determinar a infecção. Seu método previu corretamente 84% dos casos infectados/não infectados no primeiro voo.

 

A equipe também descobriu que usar máscaras e reduzir a frequência de conversas entre os passageiros pode ajudar a reduzir o risco de exposição no segundo voo.

 

"Estamos muito satisfeitos em ver que nosso modelo validado por dados experimentais pode alcançar uma precisão tão alta na previsão da transmissão da covid-19 em cabines de aviões," disse o professor Dayi Lai, da Universidade Jiao Tong de Shangai, na China. "Além disso, é importante saber que o uso de máscaras tem um impacto significativo na redução da transmissão."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Evaluation of SARS-COV-2 transmission and infection in airliner cabins

Autores: Wensi Wang, Feng Wang, Dayi Lai, Qingyan Chen

Publicação: Indoor Air

DOI: 10.1111/ina.12979

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=precisar-viajar-aviao-entao-use-mascara-fale-pouco&id=15139&nl=nlds - Imagem: Wensi Wang et al. - 10.1111/ina.12979


Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.

Jeremias 33:3


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

16 métodos de prevenção contra o coronavírus


O novo coronavírus é de fácil transmissão, mas algumas medidas simples ajudam na prevenção e reduzem os riscos de contágio

 

A partir de sua descoberta na cidade de Wuhan, em dezembro de 2019, o novo coronavírus tem assustado o mundo. No Brasil, os primeiros casos de infecção foram traçados em fevereiro de 2020 e, desde então, já foram registradas mais de 7 milhões de infecções no país.

 

A COVID-19 (nome dado à doença causada pelo vírus) se espalhou de forma exponencial, tendo provocado mais de 1,5 milhão de mortes ao redor do mundo. Isso por conta da alta transmissibilidade do coronavírus.

 

Transmissão do novo coronavírus

De acordo com as autoridades como a Organização Mundial da Saúde, as principais formas pelas quais o vírus se dissemina são através do contato de pessoa para pessoa:

Por vias respiratórias: através do ar e de gotículas provenientes de espirros, tosse e fala de indivíduos infectados

Por contato físico direto: através de beijos, abraços e outros tipos de toque

Por contato com superfícies contaminadas: através do compartilhamento de utensílios e ferramentas ou toque em maçanetas, corrimões e outros objetos.

Além disso, revisões sistemáticas indicam que a transmissão pode ocorrer por pacientes com sintomas leves que passam despercebidos e mesmo por infectados pelo vírus que não apresentem sintomas, os assintomáticos.

 

Dada essa situação, com a doença se espalhando rapidamente pelo mundo, as medidas de prevenção ainda são as melhores "armas" contra o vírus até a aprovação e aplicação de uma vacina contra coronavírus no Brasil.

 

Como se prevenir do novo coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde no Brasil listaram diversas orientações que ajudam a população a se proteger contra o novo coronavírus. Confira abaixo os cuidados básicos para reduzir o risco de contrair ou transmitir a doença:

 

Lavar as mãos com água e sabão frequentemente

Higienizar as mãos sempre que possível com álcool gel

Mesmo com as mãos limpas, evitar tocar olhos, nariz e boca

Utilizar lenço descartável para higiene nasal

Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir

Higienizar as mãos após tossir ou espirrar

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas

Manter os ambientes bem ventilados

Limpar regularmente o ambiente e superfícies comuns, como móveis, maçanetas, corrimão ou outros objetos em que as pessoas tocam com frequência

Utilizar álcool 70% ou água sanitária para limpeza de ambientes

Evitar contato físico com pessoas que tenham sintomas de gripe

Evitar aglomerações se estiver doente

Lavar frutas, verduras e vegetais antes de consumí-los

Manter hábitos saudáveis, alimentar-se bem e beber muita água

Se fizer parte do público-alvo, vacine-se contra a gripe todos os anos

Fazer uso de máscaras ao sair de casa



Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36021-16-metodos-de-prevencao-contra-o-coronavirus - Escrito por Lidia Capitani - Redação Minha Vida - Foto: ZooNo3/Shutterstock


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Coronavírus: quem corre mais risco ao contrair a COVID-19?



Pessoas que fazem parte do grupo de risco devem tomar medidas de prevenção mais drásticas

 

A rapidez com que o novo coronavírus se espalha tem se tornado fator de preocupação entre as autoridades de saúde, fazendo com que medidas preventivas sejam tomadas por toda a população.

 

Apesar da maior parte dos casos de contaminação apresentarem sintomas leves, as estatísticas apontam que a maior parte dos quadros graves e mortes ocorrem em pessoas com perfis dentro do chamado grupo de risco.

 

Grupos de risco da COVID-19

As pessoas que se enquadram nesta categoria, em geral, correm mais riscos ao se contaminarem com o vírus e estão mais suscetíveis a desenvolverem sintomas mais intensos. Isso porque certas condições de saúde e comorbidades prévias podem influenciar na resposta imunológica do organismo. Entre elas, estão:

 

Idosos (pessoas acima de 60 anos)

Pacientes com doenças cardiovasculares (como insuficiência cardíaca e arritmia)

Pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma , bronquite e DPOC

Fumantes

Pacientes com diabetes

Pacientes com hipertensão

Pacientes com HIV

Pessoas com enfermidades hematológicas

Pacientes com insuficiência renal crônica

Pacientes com imunodepressão (provocada por condições como lúpus e câncer)

Pessoas com obesidade

Gestantes e puérperas

 

O vírus se aloja no pulmão, tendo como um de seus possíveis sintomas a dificuldade para respirar. Logo, pessoas com doenças respiratórias crônicas, independentemente da idade, devem tomar medidas preventivas contra a doença.

 

De acordo com o cardiologista Roberto Andrés Gomez Douglas, membro titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 33% dos óbitos ocorridos em Wuhan, na China, a infecção pulmonar com insuficiência respiratória esteve associada a lesão miocárdica importante, causando arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.

 

Isso mostra o porquê de pacientes com hipertensão arterial e diabetes mellitus, doenças que induzem lesões cardiovasculares, estarem mais propensos a enfrentar um quadro grave em caso de infecção pelo novo coronavírus.

 

Por possuir o sistema imunológico mais fraco, esse grupo de pessoas também corre maior risco de contaminação, além da possibilidade de apresentarem uma recuperação mais lenta, exigindo maiores cuidados médicos.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha que todas as pessoas que se enquadrem no grupo de risco tomem cuidados rigorosos e contínuos, mantendo o distanciamento social, o uso de máscaras e a constante higienização das mãos.

 

Fatores de risco

Alguns critérios epidemiológicos também devem ser considerados para classificar pessoas que podem, possivelmente, serem infectadas com o vírus. O médico infectologista Manuel Palácio explica algumas características que devem ser observadas:

 

Contato com contaminados: Ter tido contato direto com pessoas diagnosticadas com COVID-19 nos últimos 14 dias.

 

Contato com suspeitos de contaminação: Ter tido contato com pessoas que estão em isolamento domiciliar com suspeita de COVID-19.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36054-coronavirus-quem-corre-mais-risco-ao-contrair-a-covid-19 - Escrito por Paula Santos

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Usar óculos ajuda a evitar o contágio do novo coronavírus?


A contaminação através dos olhos é uma possibilidade e exige cuidados preventivos contra a COVID-19

 

Durante uma pesquisa realizada em hospitais por cientistas chineses, foi relatado que poucos pacientes internados com o novo coronavírus usavam óculos. Esse dado levantou uma curiosidade entre os estudiosos, fazendo com que se criasse uma relação do uso do objeto como um possível fator de proteção contra a COVID-19.

 

Apesar dos efeitos do vírus nos seres humanos ainda estarem sendo estudados e compreendidos pela ciência, já é possível afirmar que o principal meio de transmissão da doença é através de gotículas respiratórias emitidas pela boca e nariz, que podem ser passadas por meio do contato direto entre pessoas.

 

Alguns especialistas acreditam que a contaminação pelos olhos pode ocorrer quando o local é tocado sem a higienização correta das mãos, fazendo com o que vírus entre em contato com as secreções do globo ocular. Além disso, alguns estudos estão analisando a possibilidade do vírus ser transmitido pelo ar e, portanto, adentrar a cavidade dos olhos.

 

Usar óculos evita o contágio?

Para Melissa Valentini, infectologista e assessora médica do Grupo Pardini, o uso de equipamentos de proteção facial por profissionais de saúde, principalmente quando há contato direto com pacientes que possuem quadros de doenças infecciosas que são transmitidas por gotículas, é efetivo e deve ser recomendado.

 

Porém, quando falamos da população num modo geral, a necessidade de cobrir os olhos ainda não está definida. A especialista explica que o estudo chinês foi realizado apenas em um local e em pequena escala, sem relacionar a proteção ocular com outras medidas de proteção contra o coronavírus, como é o caso do distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos.

 

"O uso de óculos poderá proteger da COVID-19, mas deve ser associado às demais medidas. É fundamental não tocar os óculos e face com as mãos sem higienização, porque, assim, poderá levar o vírus para a mucosa ocular e possibilitar a infecção", conta a infectologista.

 

Lentes de contato x óculos

As recomendações sobre a frequência de higienização dos óculos não tiveram grandes mudanças desde o início da pandemia. Especialistas afirmam que a ação que deve ser priorizada é a lavagem correta das mãos com água e sabão ou o uso de álcool 70%, evitando tocar o rosto ou ajeitar os óculos - principalmente se não foi feita a limpeza das mãos anteriormente.

 

De acordo com Melissa, caso essa regra for seguida, os óculos podem ser higienizados de maneira habitual. Em relação ao uso das lentes de contato, a situação deve ser encarada com mais cuidado, já que, para utilizá-las, é feito o toque direto na cavidade ocular.

 

"As lentes de contato podem ser usadas, mas deve-se ter atenção especial às irritações que elas podem causar. Se a pessoa tiver que tocar os olhos muitas vezes, o que pode ser involuntário, e não tiver a certeza de que as mãos estão higienizadas, os óculos seriam a melhor opção", finaliza a infectologista.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/36951-usar-oculos-ajuda-a-evitar-o-contagio-do-novo-coronavirus - Escrito por Paula Santos

quarta-feira, 18 de março de 2020

Pessoas curadas pelo coronavírus são contagiosas até 15 dias depois, diz a OMS

Ficar em casa, é claro, é uma regra estrita que se aplica a todos, mas mesmo as pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus ainda podem infectar, mesmo depois de não terem mais sintomas: é por isso que as medidas de proteção devem continuar por pelo menos mais duas semanas após o desaparecimento da doença de Covid-19.

É a recomendação que vem de Tedros Adhanom Ghebreyesu s, diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sublinhou em uma entrevista coletiva em Genebra que, mesmo depois de ser curado, o importante é não receber visitas nem ter contatos com todos os tipos .

Em seu discurso, Ghebreyesus também afirma que há ” mais casos e mortes no resto do mundo do que na China ”

As medidas de exclusão social podem ajudar a reduzir a transmissão e permitir que os sistemas de saúde possam lidar com ela.

A lavagem constante das mãos e espirro ou tosse no cotovelo podem reduzir o risco para si mesmas e para os outros. “ Mas, sozinhos, esses artifícios não são suficientes para extinguir essa pandemia. É a combinação que faz a diferença ” , diz o diretor geral da OMS, na total crença de que a maneira mais eficaz de prevenir infecções e salvar vidas é quebrar as cadeias de transmissão. E para fazer isso, se tiver que testar e isolar.

“Você não pode combater um incêndio com olhos vendados. E não podemos parar com esta pandemia se não soubermos quem está infectado . ”

“Temos uma mensagem simples para todos os países: teste, teste, teste – continua Ghebreyesus. E se forem positivos, isole-os e descubra com quem eles estavam em contato próximo por até 2 dias antes que os sintomas se desenvolvessem “.

Por esse motivo, a OMS enviou quase 1,5 milhão de testes para 120 países e recomenda isolar todos os casos confirmados, mesmo os leves, em unidades de saúde, para impedir a transmissão e fornecer atendimento adequado. Obviamente, sempre que possível. Em muitas situações, manter até casos leves no hospital é praticamente impossível, portanto, as prioridades terão necessariamente de ser seguidas.

O Coronavírus não poupa ninguém
Além disso, Tedros Adhanom Ghebreyesus não perde tempo em apontar que as evidências científicas sugerem que pessoas com mais de 60 anos estão em maior risco, mas isso não significa que os jovens, incluindo crianças, também estejam em perigo.

Até agora, temos visto epidemias em países com sistemas avançados de saúde. Mas eles também lutaram para encontrar soluções rápidas. E não apenas isso: “à medida que o vírus se desloca para países de baixa renda, estamos profundamente preocupados com o impacto que poderia ter entre populações com alta prevalência de HIV ou entre crianças desnutridas “.

É por isso que a OMS pede a todos os países e todos os indivíduos que façam todo o possível para interromper a transmissão.

Vamos repetir mais uma vez: lavar as mãos ajudará a reduzir o risco de infecção, mas também é um ato de grande solidariedade. Faça por si mesmo, faça pelos outros.


quinta-feira, 22 de março de 2018

Sexo sem risco: saiba como se manter longe de cada DSTs

Curtir a vida a dois é tudo de bom, mas requer responsabilidade. A sexualidade de cada um é algo muito íntimo, mas independentemente de qualquer coisa, é preciso ter cuidado e prevenir-se contra as doenças sexualmente transmissíveis. Saiba como!

O sexo é, sem dúvida, um aspecto importante para manter a qualidade de vida. É um momento para relaxar e curtir profundamente.  Com uma ressalva: só não pode descuidar da saúde. Parece banal, corriqueiro até, mas, na verdade, se não houver cuidado, podem ocorrer contaminações, inclusive algumas graves. O mundo mudou e com essa guinada, o comportamento das pessoas, em relação ao sexo, está mais aberto, menos censurado, digamos.

“Com isso, as pessoas se expõem mais e nem sempre se protegem, provocando um aumento de transmissão das DSTs”, diz Fábio Eudes Leal, infectologista e médico do Centro de Referência e Treinamento em DST-AIDS, de São Paulo (SP).

A maior parte dessas doenças pode ser transmitida durante uma única relação sexual. Aliás, a pessoa pode se contaminar com mais de uma em uma única transa. Portanto, todo cuidado é pouco.

A contaminação transmitida pelo sexo tornou-se uma preocupação de saúde pública, cujo alvo principal são mulheres entre 19 e 24 anos que, segundo dados epidemiológicos, são as principais vítimas.

A prevenção é simples e única: usar camisinha. Essa é a forma mais eficaz de proteção. Agora você vai conhecer quais são as DSTs cujo contágio é mais significativo e poderá ficar esperta para garantir que as lembranças daquela transa fiquem apenas na sua cabeça.

Aids
A principal forma de transmissão é, de longe, o ato sexual, mas a doença pode ser transmitida também de mãe para filho durante o parto ou por transfusões de sangue. Essa última forma é praticamente desprezível hoje com um controle maior dos bancos de sangue. Há muitas pesquisas que buscam uma vacina contra a doença, algumas delas bastante promissoras, mas não há nada no mercado ainda. Os medicamentos conseguem manter a proliferação do vírus HIV sob controle, mas não se fala em cura, e os efeitos colaterais dessas drogas são grandes, não valem um momento de descuido.

Sífilis
É causada por um treponema, um tipo de micro-organismo que, durante a relação sexual,  é transmitido por meio de um ferimento nos órgãos sexuais, ainda que eles não sejam visíveis. Três semanas depois da infecção surge uma ferida com as bordas mais altas, que desaparece em três semanas. Sem tratamento, algumas semanas depois aparecem mais feridas, que podem se espalhar pela pele. Se não for devidamente cuidada – com antibiótico à base de penicilina –, a sífilis pode se espalhar para o sistema nervoso central, os ossos e o coração.

Gonorreia
É causada por uma bactéria. Os primeiros sintomas, febre, lesões na pele e inflamação na uretra, surgem de dois a seis dias depois da contaminação. Em 15% dos casos a doença pode comprometer as trompas e provoca esterilidade. O tratamento é feito com antibióticos, mas a pessoa pode ser contaminada mais de uma vez se voltar a ter relações sexuais com alguém infectado.

HPV
É a sigla em inglês para papiloma vírus humano, que provoca verrugas genitais. Os estudos mostram que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas são contaminadas pelo vírus em algum momento da vida. Mas a maioria das infecções é combatida pelo próprio sistema imunológico, principalmente no caso das mais jovens. Há cerca de 200 variações do vírus e algumas delas são bem mais perigosas. O organismo não consegue dar conta delas sozinho. As lesões que essas variações provocam na mucosa do aparelho reprodutor são mais persistentes e podem levar ao aparecimento do câncer.  Os dados epidemiológicos mostram que, caso a mulher não se trate, isso pode ocorrer entre 3% e 10% das vezes. Já existe vacina contra esse tipo de doença.


Fonte: http://corpoacorpo.com.br/blogs/mulher-de-corpo/sexo-sem-risco-saiba-como-se-manter-longe-de-cada-dsts/12520 - Por Ivonete Lucirio | Edição Isabela Leal | Fotos Getty Images | Adaptação web Ana Paula Ferreira

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Posso beijar no Carnaval ou devo ter medo da zika?

Com a notícia de que foi identificado o vírus da zika na saliva, fica a pergunta: posso pegar o vírus pelo beijo?

A notícia não parece animadora para este Carnaval, mas esta possibilidade existe, embora ainda precise de confirmação científica, segundo os especialistas consultados pelo UOL.

Encontrar o zika ativo na saliva e na urina, o que foi anunciado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), indica que o vírus está vivo, o que aumenta a chance de ser repassado para outra pessoa.

O problema é que não se sabe ainda se essa transmissão é realmente possível porque teria que medir a carga viral da pessoa infectada, afirma o infectologista Jean Gorinchteyn, do Hospital Emilio Ribas.

"É muito precoce colocar que o beijo seria uma forma de transmissão do zika. Teríamos que ver a quantidade de vírus presente nestes líquidos", afirma. 

Para o infectologista Celso Granato, da Universidade Federal de São Paulo, a possibilidade existe pelo fator do zika estar vivo, mas isso não está comprovado na prática. "Estamos no campo das possibilidades", afirmou.

"A gente detecta o vírus na forma ativa, que quer dizer que ele está vivo na saliva, mas dizer que é pela saliva que causa a transmissão é um passo além", ressaltou Granato.

No geral, quando estamos infectados com algum vírus, é natural que ele se instale na saliva porque os vírus tendem a se concentrar no sangue e nas secreções corporais (como saliva e esperma) e serem eliminados pela urina, explica Gorinchteyn.

O que difere o potencial de transmissão é a carga viral do doente. Pessoas com sintomas mais fortes tendem a ter uma carga viral maior. 

"Pessoas com carga viral alta são as que geralmente apresentam mais sintomas e nessa fase podem apresentar uma concentração do vírus nos fluídos corporais. Mas levando em conta que os sintomas da zika são febre, calafrios, dores pelo corpo e na cabeça, dificilmente essa pessoa iria conseguir pular o Carnaval e sair beijando outras pessoas", diz o infectologista do Emílio Ribas.

Sexo sem proteção
A epidemia de zika também aumentou a preocupação e as dúvidas em relação ao sexo desprotegido neste Carnaval. Investiga-se se o vírus zika pode ser transmitido por via sexual. A transmissão por via sexual não é consenso entre médicos.

No caso das grávidas, nem todos os médicos aconselham o uso de preservativo como precaução contra o vírus da zika. "Na realidade essa questão é muito nova. Falar para toda grávida usar camisinha é alarmismo. A forma de contaminação real é o mosquito. A preocupação agora é combatê-lo", afirma Geraldo Duarte, responsável pelo Setor de Gestação de Alto Risco do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

O médico afirma que o que pode ser um alerta durante a relação sexual é a hematospermia, a presença de sangue no esperma, um sintoma do vírus da dengue e da zika.

"Nesses casos teríamos um indicador. Se você sabe que seu parceiro está doente é prudente, enquanto não há confirmações científicas do contágio, usar preservativo".

O médico também ressalta que o uso de preservativo tanto para gestantes quanto para qualquer pessoa não se trata apenas da precaução contra o vírus da zika, mas contra doenças sexualmente transmissíveis.