Curtir a vida a dois é tudo de bom, mas requer
responsabilidade. A sexualidade de cada um é algo muito íntimo, mas independentemente
de qualquer coisa, é preciso ter cuidado e prevenir-se contra as doenças
sexualmente transmissíveis. Saiba como!
O sexo é, sem dúvida, um aspecto importante para
manter a qualidade de vida. É um momento para relaxar e curtir
profundamente. Com uma ressalva: só não
pode descuidar da saúde. Parece banal, corriqueiro até, mas, na verdade, se não
houver cuidado, podem ocorrer contaminações, inclusive algumas graves. O mundo
mudou e com essa guinada, o comportamento das pessoas, em relação ao sexo, está
mais aberto, menos censurado, digamos.
“Com isso, as pessoas se expõem mais e nem sempre se
protegem, provocando um aumento de transmissão das DSTs”, diz Fábio Eudes Leal,
infectologista e médico do Centro de Referência e Treinamento em DST-AIDS, de
São Paulo (SP).
A maior parte dessas doenças pode ser transmitida
durante uma única relação sexual. Aliás, a pessoa pode se contaminar com mais
de uma em uma única transa. Portanto, todo cuidado é pouco.
A contaminação transmitida pelo sexo tornou-se uma
preocupação de saúde pública, cujo alvo principal são mulheres entre 19 e 24
anos que, segundo dados epidemiológicos, são as principais vítimas.
A prevenção é simples e única: usar camisinha. Essa
é a forma mais eficaz de proteção. Agora você vai conhecer quais são as DSTs
cujo contágio é mais significativo e poderá ficar esperta para garantir que as
lembranças daquela transa fiquem apenas na sua cabeça.
Aids
A principal forma de transmissão é, de longe, o ato
sexual, mas a doença pode ser transmitida também de mãe para filho durante o
parto ou por transfusões de sangue. Essa última forma é praticamente
desprezível hoje com um controle maior dos bancos de sangue. Há muitas
pesquisas que buscam uma vacina contra a doença, algumas delas bastante
promissoras, mas não há nada no mercado ainda. Os medicamentos conseguem manter
a proliferação do vírus HIV sob controle, mas não se fala em cura, e os efeitos
colaterais dessas drogas são grandes, não valem um momento de descuido.
Sífilis
É causada por um treponema, um tipo de
micro-organismo que, durante a relação sexual,
é transmitido por meio de um ferimento nos órgãos sexuais, ainda que
eles não sejam visíveis. Três semanas depois da infecção surge uma ferida com
as bordas mais altas, que desaparece em três semanas. Sem tratamento, algumas
semanas depois aparecem mais feridas, que podem se espalhar pela pele. Se não
for devidamente cuidada – com antibiótico à base de penicilina –, a sífilis
pode se espalhar para o sistema nervoso central, os ossos e o coração.
Gonorreia
É causada por uma bactéria. Os primeiros sintomas,
febre, lesões na pele e inflamação na uretra, surgem de dois a seis dias depois
da contaminação. Em 15% dos casos a doença pode comprometer as trompas e
provoca esterilidade. O tratamento é feito com antibióticos, mas a pessoa pode
ser contaminada mais de uma vez se voltar a ter relações sexuais com alguém
infectado.
HPV
É a sigla em inglês para papiloma vírus humano, que
provoca verrugas genitais. Os estudos mostram que 50% a 80% das mulheres
sexualmente ativas são contaminadas pelo vírus em algum momento da vida. Mas a
maioria das infecções é combatida pelo próprio sistema imunológico, principalmente
no caso das mais jovens. Há cerca de 200 variações do vírus e algumas delas são
bem mais perigosas. O organismo não consegue dar conta delas sozinho. As lesões
que essas variações provocam na mucosa do aparelho reprodutor são mais
persistentes e podem levar ao aparecimento do câncer. Os dados epidemiológicos mostram que, caso a
mulher não se trate, isso pode ocorrer entre 3% e 10% das vezes. Já existe
vacina contra esse tipo de doença.
Fonte: http://corpoacorpo.com.br/blogs/mulher-de-corpo/sexo-sem-risco-saiba-como-se-manter-longe-de-cada-dsts/12520
- Por Ivonete Lucirio | Edição Isabela Leal | Fotos Getty Images | Adaptação
web Ana Paula Ferreira
Muito bom
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