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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Doença do beijo: o que é, como prevenir e o que fazer se pegar no Carnaval


Conheça a mononucleose, uma doença bem chatinha transmitida pela saliva.

O Carnaval está logo aí e sabemos que “beijar muito” está entre os planos de boa parte da galera que sai pra curtir a festa. Então fica o alerta: essa é a época do ano em que o número de casos de mononucleose, mais conhecida como doença do beijo, aumenta muito.

A doença é provocada pelo vírus Epstein-Barr e é altamente contagiosa, transmitida principalmente pela saliva. O apelido vem do modo mais comum de contração da doença: o beijo. Mas ela também pode ser transmitida pela tosse, espirro e objetos levados à boca, como copos, talheres e escovas de dente.

Será que peguei? Sintomas
Os principais sinais da mononucleose são mal-estar, dor no corpo, febre alta, dor de garganta e aumento dos gânglios linfáticos, todos bem parecidos com os de uma gripe forte. E não se espante se demorarem a aparecer: o período de incubação é longo, de 4 a 6 semanas.
Mas apenas um médico pode dar o diagnóstico preciso – um exame de sangue específico atesta a doença.

Como tratar?
Não existe um tratamento específico ou cura para a doença, a única coisa que você pode fazer é amenizar os sintomas com medicamentos recomendados pelo médico. E para aliviar os impactos da mononucleose, os especialistas recomendam:

Repouso intenso
Ingestão de bastante água e sucos de frutas
Fazer gargarejo com água salgada
Evitar a prática de exercícios até você estar completamente recuperado, pois casos extremos podem levar à ruptura do baço, que incha muito.
De qualquer forma, é importante procurar um médico para avaliar o seu estado. As complicações relacionadas à doença do beijo incluem o aumento do baço e inflamação do fígado, que podem levar a dores intensas na barriga e inchaço do abdômen.
A doença demora semanas, às vezes meses, para ser completamente curada pelo nosso sistema imunológico. Mas pelo menos há um lado positivo: essa é uma doença que só pode ser contraída uma vez! Depois de pegar a mononucleose, o seu corpo desenvolve imunidade.

Dá para evitar?
Evitar mesmo você só evita se não beijar ninguém. Mas dá pra tomar alguns cuidados, se prevenir e se divertir com a consciência mais tranquila:
Cuide de sua saúde, já que pessoas com sistema imunológico abalado são mais vulneráveis às infecções. Por isso coma bem, durma bem e beba bastante água durante o carnaval.
Mantenha a higiene bucal em dia (escove os dentes, use fio dental e enxaguante bucal), pois quem já teve problemas bucais é um alvo fácil para as infecções.
Evite compartilhar alimentos, pratos, copos, talheres e outros utensílios que se aproximam da boca.
Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/doenca-do-beijo-o-que-e-como-prevenir-e-o-que-fazer-se-pegar-no-carnaval/ - Especialistas consultados: Dr. André Alvim, dentista, e Dra. Luciana Godinho, biomédica - Por Nathalia Giannetti

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Posso beijar no Carnaval ou devo ter medo da zika?

Com a notícia de que foi identificado o vírus da zika na saliva, fica a pergunta: posso pegar o vírus pelo beijo?

A notícia não parece animadora para este Carnaval, mas esta possibilidade existe, embora ainda precise de confirmação científica, segundo os especialistas consultados pelo UOL.

Encontrar o zika ativo na saliva e na urina, o que foi anunciado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), indica que o vírus está vivo, o que aumenta a chance de ser repassado para outra pessoa.

O problema é que não se sabe ainda se essa transmissão é realmente possível porque teria que medir a carga viral da pessoa infectada, afirma o infectologista Jean Gorinchteyn, do Hospital Emilio Ribas.

"É muito precoce colocar que o beijo seria uma forma de transmissão do zika. Teríamos que ver a quantidade de vírus presente nestes líquidos", afirma. 

Para o infectologista Celso Granato, da Universidade Federal de São Paulo, a possibilidade existe pelo fator do zika estar vivo, mas isso não está comprovado na prática. "Estamos no campo das possibilidades", afirmou.

"A gente detecta o vírus na forma ativa, que quer dizer que ele está vivo na saliva, mas dizer que é pela saliva que causa a transmissão é um passo além", ressaltou Granato.

No geral, quando estamos infectados com algum vírus, é natural que ele se instale na saliva porque os vírus tendem a se concentrar no sangue e nas secreções corporais (como saliva e esperma) e serem eliminados pela urina, explica Gorinchteyn.

O que difere o potencial de transmissão é a carga viral do doente. Pessoas com sintomas mais fortes tendem a ter uma carga viral maior. 

"Pessoas com carga viral alta são as que geralmente apresentam mais sintomas e nessa fase podem apresentar uma concentração do vírus nos fluídos corporais. Mas levando em conta que os sintomas da zika são febre, calafrios, dores pelo corpo e na cabeça, dificilmente essa pessoa iria conseguir pular o Carnaval e sair beijando outras pessoas", diz o infectologista do Emílio Ribas.

Sexo sem proteção
A epidemia de zika também aumentou a preocupação e as dúvidas em relação ao sexo desprotegido neste Carnaval. Investiga-se se o vírus zika pode ser transmitido por via sexual. A transmissão por via sexual não é consenso entre médicos.

No caso das grávidas, nem todos os médicos aconselham o uso de preservativo como precaução contra o vírus da zika. "Na realidade essa questão é muito nova. Falar para toda grávida usar camisinha é alarmismo. A forma de contaminação real é o mosquito. A preocupação agora é combatê-lo", afirma Geraldo Duarte, responsável pelo Setor de Gestação de Alto Risco do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

O médico afirma que o que pode ser um alerta durante a relação sexual é a hematospermia, a presença de sangue no esperma, um sintoma do vírus da dengue e da zika.

"Nesses casos teríamos um indicador. Se você sabe que seu parceiro está doente é prudente, enquanto não há confirmações científicas do contágio, usar preservativo".

O médico também ressalta que o uso de preservativo tanto para gestantes quanto para qualquer pessoa não se trata apenas da precaução contra o vírus da zika, mas contra doenças sexualmente transmissíveis.

sábado, 26 de maio de 2012

O beijo na boca pode transmitir doença?

Normalmente não. Mas se a defesa imunológica da pessoa estiver enfraquecida, o corpo pode pegar algumas doenças. "A mais comum é a candidíase, o famoso ‘sapinho’. Ela é causada por um fungo e aparece na forma de vermelhão, ardência e pequenas feridas no canto da boca", diz a dentista Fernanda Franco, dos hospitais Moinhos de Vento e Santa Casa de Porto Alegre (RS). Mais graves são as infecções causadas pelos vírus da família dos herpes."O herpes bucal ataca os lábios e a região ao redor. Mas também podem aparecer feridas dentro da boca ena gengiva", afirma Fernanda. Tem mais: a troca de saliva pode gerar ainda a mononucleose infecciosa, que provoca febre e faringite e se manifesta em pequenas manchas no céu da boca, infecções na gengiva e úlceras parecidas com aftas.

Apesar de raro, até a tuberculose pode ser transmitida pela saliva. Mas sem neuras: esses problemas não são freqüentes. Se a pessoa está saudável, o organismo se defende das centenas de vírus, fungos, protozoários e bactérias, que se alojam principalmente entre a gengiva e os dentes quando a gente beija alguém. Então, uma bela higiene bucal é vital. Vale o básico: escovar bem os dentes e usar fio dental - até para reduzir o risco de você estar com um tremendo bafo e espantar aquela supergata. Quem usa piercings na língua ou no lábio também deve ficar esperto. Beijo na boca só após a cicatrização e a higienização correta. Tomando os devidos cuidados, é só partir pro abraço. Quer dizer, pro beijo.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-beijo-na-boca-pode-transmitir-doenca - por Dante Grecco