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terça-feira, 22 de junho de 2021

Máscaras caseiras de pano realmente são capazes de nos proteger?


O uso de máscaras faciais demonstrou ser uma barreira eficaz à transmissão do vírus SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) por aerossol — partículas suspensas no ar. Mas, o mesmo nível de proteção vale para as máscaras de pano?

 

Até o momento, todas as evidências científicas mostraram que a contaminação pelo coronavírus ocorre principalmente pelas vias aéreas, por meio de gotículas e dos vírus suspensos no ar (aerossóis), que se formam naturalmente quando uma pessoa fala ou respira.

 

O tamanho das gotículas e aerossóis formados permite que o vírus de menor diâmetro viaje livremente em diferentes concentrações. Mesmo assim, ainda há questões a serem decifradas sobre as condições exatas em que o coronavírus viaja de uma pessoa para outra e como se deposita nos objetos, olhos e vias aéreas. Assim, o objetivo é claro: para minimizar ou evitar a disseminação do vírus pelas vias aéreas, é necessário “capturar estas gotículas” — por isso a necessidade do uso de máscaras.

 

Na Espanha, por exemplo, apenas no dia 21 de maio de 2020 passou a ser obrigatório o uso de máscara em espaços fechados e abertos em todo o país, sendo adicionado oficialmente às medidas de segurança conhecidas.

 

Um novo debate?

Hoje sabemos que o uso de máscara facial é uma medida fundamental na prevenção. Uma medida que nos protege do contágio, reduzindo a expulsão e transmissão de aerossóis infectados no ar ambiente.

 

A escassez de máscaras nas fases iniciais da pandemia levou à proliferação de itens fabricados em ambientes domésticos, feitos com materiais diversos. Todos nós conhecíamos uma vizinha que costurava máscaras de tecido em diversos moldes e formatos, cores e estampas.

 

A fabricação artesanal diminuiu após os estoques mundiais de máscaras de diferentes tecidos começarem a ser produzidas em grande escala pelas indústrias regulamentadas.

 

A disponibilidade de outros tipos de máscaras mais elaboradas, como as cirúrgicas, ou as conhecidas como PFF2 ou N95, levantou novamente o debate sobre qual era o verdadeiro nível de proteção das máscaras caseiras, feitas de pano comum ou algodão.

 

Para a surpresa de muitos, um novo estudo, utilizando o conhecimento da física dos fluidos, sugere que “sob condições ideais, as máscaras de tecido podem ser otimizadas para um desempenho tão bom quanto as máscaras cirúrgicas”.

 

O que há de novo no mais recente estudo?

O estudo fornece novos dados sobre a eficácia das máscaras, medida em termos de filtragem de partículas e ajuste ao rosto. Ambos os conceitos andam de mãos dadas quando se analisa a eficácia de qualquer máscara. Não se pode falar em eficácia levando em consideração apenas a capacidade de filtragem — mas também o quão ajustada a máscara está ao rosto.

 

Como a máscara me protege? Ela exerce sua função de barreira protetora filtrando e produzindo mudanças na velocidade e direção dos aerossóis emitidos. Não se trata apenas de filtrar e coletar o maior número possível de vírus emitidos, mas de parar o aerossol e desviá-lo de percurso.

 

Isso faz com que as partículas fiquem longe ou em direção oposta de uma pessoa que poderia potencialmente ser contaminada.

 

E uma máscara de tecido pode filtrar com eficácia? Em primeiro lugar, isso depende de sua capacidade de filtragem. A filtração ou “captura de gotículas” é produzida por vários processos físicos, intimamente relacionados ao tamanho das partículas.

 

A eficácia da máscara depende do número de partículas que passam pelo material de que é feita. Quanto maiores os poros do material do qual é feito, maior o número de partículas que poderão passar por eles e menos eficaz será a máscara.

 

Vários estudos já analisaram a eficiência das máscaras de tecido relativa à capacidade de filtrar os vírus. A conclusão é que, ao colocar várias camadas de tecido em sua máscara caseira, os níveis ideais de filtração e proteção são alcançados.

 

É possível obter eficácia satisfatória, comparável aos mesmos 95% das máscaras cirúrgicas, usando a sobreposição de pelo menos 3 camadas de tecido caseiro.

 

Esses estudos também mostram que o tipo de tecido utilizado em sua fabricação está perdendo importância. O importante não é se a máscara é feita de tecido de puro algodão, sintético, náilon ou seda natural, mas sim a estrutura multicamadas. As camadas sobrepostas aumentam a proteção e garantem a captura das partículas entre elas.

 

Só capturar as partículas virais é suficiente?

A coleta das gotículas é um fator importante, mas a eficácia das máscaras também depende de outro agente diferente da taxa de filtração.

 

O estudo analisado destaca que não basta que a máscara consiga “capturar”, mas é essencial evitar vazamentos. Aerossóis de vírus menores podem vazar pelas bordas laterais, superior (nariz) e inferior (queixo), se espalhando no ambiente.

 

Um estudo realizado na Flórida (EUA) mostrou que a eficácia de uma máscara de tecido de algodão de dupla camada foi significativamente reduzida pelos vazamentos produzidos pelo espaço entre o nariz e a máscara, e não por sua capacidade de filtração.

 

Portanto, a eficácia da máscara de tecido também depende de um ajuste adequado e correto ao rosto e da cobertura fornecida. A vedação individual e o uso correto desempenham um papel essencial no controle da transmissão de pequenas partículas.

 

Como reduzir vazamentos das máscaras caseiras?

Faça máscaras em forma de copo (ou cone) para garantir uma vedação lateral correta. Não tente copiar modelos de máscaras cirúrgicas, retangulares, pois a máscara ficará “frouxa” nas bordas. Adapte o tamanho da máscara ao tamanho do rosto. Ela não pode ficar solta ou caindo.

 

Máscaras com clipe nasal metálico ou plástico permitem melhor ajuste da máscara ao rosto, evitando vazamento de ar pela área acima do nariz. A posição correta é importante: ela deve cobrir nosso nariz e boca completamente.

 

Em suma, as evidências científicas atuais nos permitem aceitar o uso de máscaras de tecido reutilizáveis ​​como uma alternativa ecológica e econômica às máscaras cirúrgicas, sem ter que renunciar à eficácia necessária de proteção.

 

A perfeita vedação e cobertura correta do rosto é o segredo para tornar este tipo de máscara mais eficaz.

 

Fonte(s): The Conversation por Ana Vazquez Casares e Jorge Caballero Huerga, ambos da Universidade de León, na Espanha, com edição, tradução e adaptação do Jornal Ciência Imagens: Reprodução / Shutterstock - Redação Jornal Ciência

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Como melhorar sua capacidade de tomar decisões?


Embora cientes de que as memórias servem como ferramenta para tomada de decisão, outros pesquisadores foram por outro caminho, sugerindo que ao tomar uma decisão, é melhor não pensar muito.

Estratégia de escolha ideal

Estamos constantemente confrontados com diferentes opções: Devo comer chocolate ou biscoito? Devo pegar o ônibus ou ir de carro? Devo vestir uma roupa leve ou um agasalho?

Quando a diferença de qualidade entre duas opções é grande, a escolha é feita muito rapidamente. Mas, quando essa diferença é insignificante, podemos ficar presos por alguns minutos - ou até mais - antes de sermos capazes de tomar uma decisão.

Por que é tão difícil decidir quando confrontados com duas ou mais opções? Será que nosso cérebro não está otimizado para tomar decisões?

Na tentativa de responder a essas perguntas, neurocientistas da Universidade de Genebra (Suíça) e Harvard (EUA) desenvolveram um modelo matemático da estratégia de escolha ideal.

Tipos de tomada de decisão

Satohiro Tajima e seus colegas demonstraram que as decisões ótimas devem se basear não no valor real das escolhas possíveis, mas na diferença de valor entre elas. Segundo a equipe, essa estratégia de tomada de decisão maximiza a quantidade de recompensa obtida com a decisão.

O trabalho parte do pressuposto da existência de dois tipos de tomada de decisão: Primeiro, há a tomada de decisão perceptiva, baseada em informações sensoriais: "Tenho tempo para atravessar a rua antes que o carro se aproxime?", por exemplo. Segundo, há uma tomada de decisão baseada em valor, quando não existe uma decisão boa ou ruim, mas é necessário fazer uma escolha entre várias propostas: "Eu quero comer uma maçã ou uma pera?"

Ao tomar decisões baseadas em valor, as escolhas são feitas muito rapidamente se houver uma grande diferença de valor entre as diferentes possibilidades. Mas, quando as possibilidades são semelhantes, a tomada de decisão se torna muito complexa, embora, na realidade, nenhuma das opções seja realmente pior que a outra.

Decisões matemáticas

O modelo matemático desenvolvido por Tajima demonstra que a estratégia ideal, quando alguém se confronta com duas proposições, é somar os valores associados às memórias que você tem de cada escolha e então calcular a diferença entre essas duas somas.

A decisão é tomada quando essa diferença atinge um valor limite, previamente fixado, que determina o tempo gasto na tomada da decisão.

Esse modelo leva a uma tomada de decisão mais rápida quando os valores das duas possibilidades estão muito distantes. Mas, quando duas opções têm quase o mesmo valor, precisamos de mais tempo, porque precisamos juntar mais memórias para que essa diferença atinja o limiar de decisão.

O modelo matemático ficou elegante e exato, e talvez até possa ser usado na prática em grandes decisões, como na compra de um apartamento ou casa. Mas certamente não servirá para você decidir se vai sair de camiseta ou de casaco, a menos que você queira ficar fazendo contas até muito tempo do horário do seu compromisso ter passado.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=como-melhorar-sua-capacidade-tomar-decisoes&id=13709 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Quantas flexões você é capaz de fazer pode indicar como vai a saúde do seu coração


Um novo estudo liderado pela da Universidade de Harvard (EUA) descobriu que a capacidade de fazer flexões pode ser um indicador de como vai a saúde do seu coração.

Na pesquisa, homens que conseguiam fazer 40 flexões ou mais em uma única sessão de exercícios tinham uma probabilidade muito menor de sofrer um ataque cardíaco ou ter outro problema cardiovascular nos próximos dez anos do que homens que só podiam fazer 10 flexões ou menos.

Como avaliar a saúde do coração se forma confiável e simples?

Existem alguns testes médicos para avaliar a saúde do coração, como o teste ergométrico de esforço em uma esteira, bem como exames cardíacos mais caros e complicados de se interpretar.

Também existem alguns fatores de risco que podem ser encarados como “possibilidades matemáticas” de ter se problemas do coração, como informações sobre o peso, perfil de colesterol, histórico de tabagismo e outros dados de saúde amplos, impessoais e abstratos.

De qualquer forma, os clínicos e pacientes têm poucas opções para avaliar a saúde cardiovascular e o risco de problemas futuros de maneira simples, cientificamente válida e personalizada.

Essa lacuna foi o que levou pesquisadores da Universidade de Harvard, da Universidade de Indiana e de outras instituições a considerarem a saúde e a boa forma de um grupo de mais de 1.500 bombeiros de Indiana, nos EUA.

Muitos estudos anteriores já associaram a alta capacidade aeróbica com um risco reduzido de doença cardíaca, e os pesquisadores queriam confirmar se o famoso teste da esteira era de fato um bom preditor de saúde cardíaca.

A pesquisa
Os bombeiros americanos são um bom grupo de pesquisa, pois precisam passar por exames de saúde todos os anos em uma única clínica em Indiana. Esses exames incluem avaliações padrão do peso, colesterol, açúcar no sangue e outros dados de saúde. Eles também completam testes de estresse submáximo em uma esteira, que estimam sua capacidade atual de resistência.

Os pesquisadores originalmente estavam mais interessados nessa medição, acreditando que seriam capazes de quantificar quão bem o teste de esteira previu futuros problemas cardíacos usando o banco de dados de informações de saúde dos bombeiros. Poucas mulheres estavam trabalhando como bombeiras, então apenas homens foram incluídos no estudo.

Os cientistas registraram quaisquer problemas cardiovasculares relatados ou descobertos pelos médicos da clínica nos 10 anos após a primeira consulta de cada bombeiro. Os dados sobre problemas cardíacos eram bastante abrangentes, uma vez que os bombeiros precisavam da aprovação de seu médico para voltar ao trabalho mesmo depois de apresentaram problemas de saúde menores.

Flexões: a surpresa
Os pesquisadores planejavam comparar os resultados do teste de estresse na esteira com problemas cardiovasculares subsequentes.

Então, quase incidentalmente, notaram que mais de 1.100 dos bombeiros também haviam completado testes de flexão durante seus exames anuais. Esses testes tinham sido analógicos: um funcionário da clínica contou quantas flexões cada homem podia completar antes que seus braços cedessem, ou ele chegasse aos 80 e fosse informado de que poderia parar de se exibir.

Uma vez que tinham esses dados, os pesquisadores decidiram utilizá-los como um segundo conjunto de informações a ser comparado com problemas cardíacos posteriores, categorizando os homens por quantas flexões podiam completar: 0 a 10; 11 a 20; 21 a 30; 31 a 40; e mais de 40.

Para sua surpresa, a capacidade de fazer flexões mostrou-se um melhor preditor, estatisticamente, de problemas cardíacos futuros do que os testes de esteira.

Resultados

Homens que conseguiam completar pelo menos 11 flexões tinham menos risco de desenvolver problemas cardíacos na década seguinte do que aqueles que conseguiam completar menos de 10.

A redução do risco era impressionante no nível mais alto de capacidade de fazer flexões: os homens que conseguiam passar das 40 tinham 96% menos risco de problemas cardíacos nos próximos 10 anos do que aqueles que pararam com 10 ou menos.

Esses resultados sugerem que a capacidade de fazer flexão pode ser um marcador fácil dos riscos de doenças cardiovasculares, pelo menos em homens que se parecem com os bombeiros.

Qual a relação?
Claro, o estudo foi observacional. Ou seja, enquanto pode mostrar que mais flexões estão associadas a menos problemas cardíacos, não podemos dizer que a força do braço melhora diretamente a saúde do coração ou que a capacidade de fazer mais flexões diminui o risco de problemas cardíacos ao longo do tempo.

Os pesquisadores também não sabem nos dizer como essas duas coisas podem estar ligadas. Mas, conforme explica o Dr. Stefanos Kales, professor de medicina de Harvard, “a força muscular é um componente da boa forma física”.

A proficiência em flexão provavelmente também indica um interesse em uma alimentação saudável, exercícios regulares e peso normal, todos fatores que podem contribuir para corações mais fortes.

Os detalhes do estudo foram publicados na revista científica JAMA Network Open. [NYTimes]


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Alimentos que melhoram a memória


Certos nutrientes estimulam a capacidade cerebral, melhorando o raciocínio e memória

Senhas, números, endereços, datas, nomes... A quantidade de informações que precisamos guardar em nossa memória são muitas. A rotina corrida, estresse, cansaço e o avanço da idade contribuem para a redução da capacidade cognitiva. Além disso, a alimentação também possui grande influencia sobre a memória.

Algumas mudanças no cardápio podem aumentar os níveis de concentração, reduzindo o envelhecimento cerebral e, consequentemente, melhorando a memória.

O ômega 3 é um dos principais nutrientes amigos do cérebro. Encontrado em grande quantidade nos peixes como sardinha, salmão e em algumas sementes como a linhaça e chia, o ômega 3 favorece a comunicação entre as células cerebrais (neurônios), facilitando a memorização. O licopeno, encontrado em grandes quantidades no tomate, é um antioxidante que reduz o esquecimento e estimula a memória.

A Fisetina, encontrada em frutas como o morango e kiwi, no tomate e na cebola, é um flavonoide que induz a diferenciação das células nervosas, o que favorece as funções cognitivas. Outro nutriente importante para a memória é a colina, um aminoácido importante para as funções cerebrais, que está presente na gema do ovo e na soja.

As vitaminas do complexo B também são essenciais para melhorar a atividade cerebral. Essas vitaminas estimulam a comunicação entre os neurônios e no seu desenvolvimento. Alimentos como carne vermelha, aves, ovos, feijão, lentilha, nozes e castanhas, são excelentes opções para incluir no cardápio.

A cafeína é conhecida por sua ação estimulante. A substância é capaz de combater a fadiga mental e ativar o sistema de alerta. A cafeína pode ser encontrada no café e no chocolate amargo, mas seu consumo é recomendado com moderação, pois o uso excessivo de cafeína pode ser prejudicial a saúde.

Esses alimentos devem fazer parte de uma alimentação equilibrada, composta por todos os grupos alimentares. Além disso, uma rotina de exercícios físicos também beneficia a saúde cerebral. Caso os lapsos de memória sejam frequentes e estejam atrapalhando suas atividades diárias, procure um médico especialista que irá indicar o tratamento adequado.


sábado, 28 de outubro de 2017

Estudantes podem tirar notas melhores... acreditando que vão tirar notas melhores

A associação entre o autoconceito de uma habilidade e a conquista posterior não é geral, mas específica para cada matéria.

Acreditar na própria capacidade

Quando os estudantes acreditam que podem ter sucesso em matemática e em leitura suas chances de conseguir resultados mais altos nessas matérias aumenta.

Foi o que concluíram pesquisadores da Universidade de Michigan, da Pontifícia Universidade Católica do Chile e do grupo Independent Scholar.

Eles se basearam em dois conjuntos de dados dos EUA e um conjunto de dados do Reino Unido para medir o autoconceito das crianças e jovens e as notas iniciais e posteriores à intervenção - foram 15.255 estudantes com idades entre 5 e 18 anos.

Autoconceito

O autoconceito - as crenças cognitivas que as pessoas têm sobre si mesmas - foi definido como a sensação que os estudantes tinham de sua capacidade para ter sucesso nas tarefas acadêmicas.

Mais do que as notas anteriores, o autoconceito dos estudantes sobre a sua habilidade em matemática previu o sucesso posterior em matemática, enquanto seu próprio conceito de sua habilidade na leitura previu seu êxito posterior na leitura.

O resultado sugere que a associação entre o autoconceito de uma habilidade e a conquista posterior não é geral, mas específica para os domínios, ou seja, há uma conexão do autoconceito dos alunos sobre a leitura para o sucesso na leitura e do autoconceito dos estudantes sobre matemática para o ótimo desempenho na matemática.

"Não é incomum ver medidas padronizadas de conquista ou cognição preverem o sucesso escolar, mas encontrar uma relação entre uma medida motivacional, como o autoconceito de habilidades, mostra que há muito mais para se entender sobre como as crianças atingem o sucesso do que apenas examinar o desempenho anterior," disse a professora Pamela Davis-Kean.

O estudo também mostrou que o sucesso não se limita aos alunos que tiram as melhores notas.

"[O resultado] se estende a estudantes com diferentes níveis de realização em matemática e leitura," disse a pesquisadora Maria Ines Susperreguy. "Mesmo os alunos com menor desempenho que tiveram uma visão mais positiva de suas habilidades de matemática e leitura tiveram maiores níveis de conquista em matemática e leitura."

Os pesquisadores disseram que os dados não conseguem revelar o que os pais ou os próprios alunos faziam para criar suas crenças sobre si mesmas e melhorar sua autoconfiança, e que esta é uma questão que eles pretendem estudar a seguir.


domingo, 14 de agosto de 2016

8 exercícios simples e eficazes para a memória que todo mundo deveria fazer

Coloque o cérebro para funcionar com atividades que podem ser feitas no dia a dia e amplie sua capacidade de memorização

Esquecer onde estão as chaves, não lembrar o horário no dentista ou de um aniversário importante: você sente que cada vez está mais esquecida? Saiba que não está sozinha. Conforme estudos, mulheres tendem a ter uma memória melhor que os homens. No entanto, nos tornamos mais deslembradas com o tempo – e não se sabe ao certo o motivo.

Conforme Martin Portner, Neurologista e Mestre em Neurociência pela Universidade de Oxford, as células do hipocampo, onde se localizam as pastas da memória humana, diminuem com o avançar dos anos. O estresse é outro fator que pode contribuir para esses lapsos de memória: “O excesso de cortisol circulante, um hormônio produzido no estresse crônico, acentua de forma drástica essa redução das células”, comenta.

Porém, não há motivos para o desespero. “A memória exige acima de tudo uma vida boa – que consiste em uma adequada reunião entre comer bem, fazer algum exercício, retornar constantemente ao presente e dormir muitas horas”, afirma Martin Portner. Além disso, através da mudança de alguns hábitos é possível ampliar a capacidade cerebral. Sair do piloto automático é um dos primeiros passos para manter os neurônios ativos.

8 práticas fáceis para fortalecer a memória

Vanessa Müller conta que tanto exercícios físicos quanto mentais são fundamentais para estimular a criação de novos neurônios e induzir neuroplasticidade. A neurologista indica pequenas atividades que podem ser realizados no dia a dia. São formas de potencializar a capacitação mental, estimular as habilidades cognitivas, melhorar a retenção provisória de informações na mente e colocar o cérebro para praticar a “neuróbica” – sim, ele também precisa de exercícios.

1. Jogo das fotos: peça a alguém para colocar 10 fotos de pessoas desconhecidas com nome e sobrenome. Tente memorizar seus nomes na íntegra.

2. Cálculos: pegue o livro de matemática de seu filho, faça aquelas contas matemáticas – das mais simples as mais complexas de cabeça. Não vale roubar usando a calculadora, hein?

3. Ordem alfabética: pegue palavras aleatórias em uma revista e jornal e coloque-as em ordem alfabética.

4. Decorando trechos de revistas: leia um parágrafo de uma revista por 2 minutos. Tente decorar e falar em voz alta exatamente o que você leu. Conseguiu? Não? Tente até conseguir!

5. Soletrando: soletre 20 palavras de trás para frente. Esse exercício ajuda a melhorar a concentração e você pode ir evoluindo de forma gradual: se ficar muito fácil, passe para 30 o número de palavras soletradas.

6. Caça ao tesouro: pegue dois mapas (imprima do Google Maps, por exemplo). Tente localizar e decorar 20 nomes de ruas do primeiro mapa. Depois disso, marque com um X cada lugar no outro mapa.

7. Ponto fixo: coloque na sua frente um objeto de aproximadamente 5 centímetros de diâmetro. Vale colocar em cima da mesa, prender na parede ou usar algo que já esteja lá, como um relógio. Foque sua atenção somente nesse objeto durante 3 minutos. A concentração é importante para a memorização.

8. Meditação: habitue-se a fazer uma mini-meditação de 20 minutos, com respirações lentas. Aprenda a fazer exercícios de presentação (mindfulness, o ato de estar no presente).

Hábitos saudáveis para a mente

Pessoas que fazem algum tipo de exercício possuem memória melhor do que os sedentários. 20 minutos diários de atividade já contribuem.

A chamada Dieta Mediterrânea é, de acordo com Portner, feita sob medida para a memória. Proteína (carnes, aves, peixes), saladas verdes, legumes (cenoura, brócolis, couve-flor, rabanete), batata doce, chá verde, azeite de oliva, chocolate 70% cacau e vinho tinto (os últimos dois em níveis moderados) são alguns dos melhores alimentos.

De acordo com Vanessa Müller, neurologista e diretora médica da VTM Neurodiagnóstico, o café – que muitas vezes é considerado vilão – pode ser benéfico para combater o esquecimento. “Atualmente o que se sabe é que quando ingerido até 200ml de cafeína por dia, aumenta a capacidade de atenção, concentração e memória”, afirma.

Ler pelo menos dois livros por ano e comentar o conteúdo com alguém é garantia de turbinar os neurônios memoráveis do hipocampo. “Leia. Bastante. Depois, procure alguém para fazer uma sinopse ao vivo. Fale sobre tudo que se lembrar, mas esconda o grand finale”, ensina Portner.

Vale lembrar que você acaba exercitando a sua memória a partir de pequenas atitudes no dia a dia. “O simples fato de mudar a rotina, andar por uma rua não habitual, carregar a bolsa do lado contrário ao de costume, sentar em uma posição diferente na sala de jantar, em suma, realizar atividades diferentes, você já está praticando neuróbica”, afirma Vanessa Müller.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

10 dicas de como pessoas bem-sucedidas se mantêm calmas

A capacidade de gerenciar suas emoções e manter a calma sob pressão possui uma ligação direta com seu desempenho em atividades relacionadas com a vida profissional.

Afinal, de que vale montar uma apresentação genial sobre determinado assunto se, na hora de repassar as informações para outras pessoas, você não para de gaguejar e se atrapalha todo? O mesmo acontece antes mesmo de encontrar um emprego. Você pode ser o candidato mais capacitado para preencher a vaga, mas se não conseguir se manter calmo na entrevista a ponto de mostrar suas habilidades, você não alcançará seu objetivo.

A empresa especializada em gerenciamento de pessoas TalentSmart realizou uma pesquisa com mais de um milhão de pessoas e descobriu que 90% das que apresentaram melhores desempenhos são hábeis em controlar suas emoções em momentos de estresse e conseguem se manter calmas e no controle da situação.

O aspecto complicado sobre o estresse – e a ansiedade que vem com ele – é que é uma emoção absolutamente necessária. Os nossos cérebros estão conectados de tal forma que é difícil agirmos até que sintamos pelo menos algum nível deste estado emocional. Na realidade, os nossos picos de desempenho se dão justamente durante a ativação elevada que vem com níveis moderados de estresse. Enquanto o estresse não for prolongado, ele é inofensivo.

Uma nova pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revela esse lado positivo enquanto reforça quão importante é manter o estresse sob controle. O estudo, liderado pela pós-doutora Elizabeth Kirby, descobriu que o início do estresse estimula o cérebro a produzir novas células responsáveis pela melhora da memória.

No entanto, este efeito apenas acontece quando o estresse é intermitente, ou seja, não é contínuo. Em outras palavras, quando a situação de tensão se torna um estado prolongado, ela suprime a capacidade do cérebro de desenvolver novas células. “Eventos estressantes intermitentes são, provavelmente, o que mantêm nossos cérebros mais alertas, e você é capaz de desempenhar tarefas melhor quando você está alerta”, diz Kirby.

E o que podemos fazer para nos controlarmos melhor nestas situações?

10. Aprecie o que você tem
Tirar um tempinho para ser grato pelo que você tem não faz bem apenas para o seu lado espiritual, mas principalmente para sua própria saúde. Esta atitude melhora o seu humor porque reduz o cortisol, o hormônio do estresse, em 23%. Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, EUA, descobriu que as pessoas que costumam cultivar uma atitude de gratidão possuem bom humor, energia e bem-estar físico elevados. É provável que os níveis mais baixos de cortisol desempenhem um papel importante neste sentido.

9. Evite se perguntar “e se?”
Ah, as palavrinhas mágicas “e se?”… Pensamentos assim só jogam lenha na fogueira do estresse e da preocupação. Não temos controle de diversos aspectos de nossas vidas e quanto mais tempo você gasta se preocupando com as possibilidades, menos tempo você tem para se focar na tomada de medidas que irá acalmá-lo e manter seu estresse sob controle. Pessoas calmas sabem que se perguntar “e se?” não nos leva a lugar algum.

8. Mantenha-se otimista
Pensamentos positivos ajudam a tornar o estresse intermitente, concentrando a atenção do seu cérebro para algo que é completamente livre dessa emoção ruim. Qualquer pensamento positivo vale. Quando as coisas estão indo bem, isso é relativamente fácil; porém, quando nem tudo é um mar de rosas, pode ser um desafio. Nesses momentos, pense no seu dia e identifique uma coisa positiva que aconteceu, não importa quão pequena. Se não for capaz, reflita sobre o dia anterior, a última semana ou mesmo um evento emocionante que está por vir. Tenha algo de positivo para mudar a sua atenção quando seus pensamentos se tornam negativos demais.

7. Desligue-se
Quando você concorda em ficar disponível para o seu trabalho 24 horas por dia, 7 dias por semana, você se expõe a uma constante enxurrada de situações potencialmente estressantes. Obrigar-se a ficar off-line ou até mesmo – pasmem! – desligar seu telefone celular dá ao seu corpo a pausa de que necessita dessa fonte constante de estresse. Estudos têm mostrado que algo tão simples como deixar de verificar o e-mail por um tempo pode diminuir os níveis de estresse.

6. Limite sua ingestão de cafeína
Beber cafeína provoca liberação de adrenalina – a resposta do nosso organismo que nos obriga a levantar e lutar ou correr para as montanhas, quando somos confrontados com uma ameaça. Isso é ótimo quando um urso está te perseguindo, mas não tão bom quando você precisa responder um e-mail do seu chefe. Quando a cafeína começa a fazer efeito, as emoções passam a controlar seu comportamento. O estresse que a cafeína cria está longe de ser intermitente, além de a substância demorar para ser eliminada do organismo.

5. Durma
Quando você dorme, seu cérebro – assim como a bateria de seu celular – recarrega, passando pelas memórias do dia e armazenando-as ou descartando-as, para que você acorde alerta e lúcido. O seu autocontrole, sua atenção e sua memória ficam reduzidos quando você não dorme direto: a privação de sono aumenta os níveis de hormônio do estresse por conta própria, sem que você passe por situações estressantes. Uma boa noite de sono vai te dar o poder de manter as coisas sob controle.

4. Nunca diga “nunca”
Quanto mais você se deixa levar por pensamentos negativos, mais poder eles exercem sobre você. A maioria dos nossos pensamentos negativos são apenas isso: pensamentos, e não fatos. Pode apostar que suas ideias jamais são verdadeiras todo momento que você usa palavras como “nunca”, “pior”, “jamais”, etc. Identificar e rotular seus pensamentos como pensamentos, separando-os dos fatos, vai te ajudar a escapar do ciclo de negatividade e te abrir caminhos em direção a uma nova perspectiva positiva.

3. Reformule suas perspectivas
O estresse e a preocupação são alimentados por nossa própria percepção distorcida dos acontecimentos. É fácil pensar que prazos curtíssimos, chefes sem noção e trânsito engarrafado são as razões pelas quais estamos tão estressados o tempo todo. Mas, se você não pode controlar as circunstâncias, você pelo menos pode controlar como responde a elas. Se você está sempre repetindo frases genéricas como “está tudo errado” ou “nada vai dar certo”, você precisa reformular a situação. Uma ótima maneira de corrigir esse padrão de pensamento improdutivo é listar as coisas específicas que realmente não estão dando certo. Muito provavelmente você vai elencar apenas algumas coisas – em vez de absolutamente tudo – e, dessa forma, poderá enxergar que as situações estressantes são bem mais limitadas do que inicialmente pareciam.

2. Respire
Quando você está se sentindo estressado, tire um tempo para se concentrar na sua respiração. Feche a porta, deixe de lado todas as outras distrações e apenas sente em uma cadeira e respire. Concentre-se no ato de inspirar e expirar. Isso parece simples, mas é muito difícil manter essa concentração por mais de um ou dois minutos. Se você não conseguir ficar focado apenas na sua respiração, tente contar cada inspiração e expiração até chegar a 20, e, em seguida, começar de novo a partir do um. Essa tarefa pode parecer meio bobinha, mas você vai se surpreender com a calma que sentirá logo depois, e quão mais fácil ficará se desvencilhar de pensamentos que antes te incomodavam o tempo todo.

1. Confie nos outros
É tentador, porém ineficaz tentar lidar com tudo sozinho. Para ser calmo e produtivo, você precisa reconhecer suas fraquezas e pedir ajuda sempre que você realmente precisar. Na maioria das vezes, outras pessoas podem ver uma solução que você não consegue simplesmente porque elas não estão tão emocionalmente envolvidas na situação. Pedir por ajuda atenua o estresse e fortalece seus relacionamentos com aqueles em quem você confia. Eles terão prazer em poder te ajudar no que quer que seja. [Forbes]

sábado, 30 de março de 2013

Como usar a música para aumentar a capacidade mental


Quem gosta de música clássica tem mais um motivo para colocar Vivaldi nos fones de ouvido: quando a música é do tipo inspiradora, alegre, ela ajuda a concentração.

Pelo menos é o que concluiu um experimento feito com 14 adultos publicado este mês no periódico “Experimental Psychology”.

Aos 14 participantes foi dada uma tarefa que exigia alguma concentração: eles deveriam observar uma tela de computador e pressionar a barra de espaços quando surgisse um quadrado verde.

A tarefa foi repetida em várias condições: em silêncio, e ouvindo os quatro concertos de Vivaldi, “As Quatro Estações”. Ao mesmo tempo que o tempo de resposta era medido, a atividade cerebral era registrada usando eletro-encefalograma.

Os resultados apontaram que, ao ouvir a música do concerto “Primavera”, o tempo de resposta médio era o melhor: 393,8 milissegundos, contra 408,1 milissegundos quando a tarefa era feita em silêncio.

Outro dado interessante foi que o concerto “Outono”, mais sombrio e lento, causou um aumento no tempo de resposta, para 413,3 milissegundos.

O psicólogo Dr. Leight Riby apontou que a inspiração de “Primavera”, que evoca sentimentos positivos nos ouvintes, além de melhorar a performance geral, causava um aumento exagerado na área do cérebro responsável pelo processamento emocional.

Segundo ele, “o estudo evidencia que há um efeito indireto da música sobre a cognição que é criado pelo humor, estado de alerta, e emoção. O experimento mostra que a capacidade cognitiva melhora quando estímulos prazerosos e excitantes são acrescentados”. [MedicalXPress]

Fonte: http://hypescience.com/musica-inspiradora-pode-aumentar-a-capacidade-mental/ - Por Cesar Grossmann 

domingo, 25 de novembro de 2012

Estamos “devoluindo”? Humanos estão perdendo capacidade intelectual e emocional

Há quem pense que as novas gerações estão mais estúpidas do que nunca. Embora seja difícil dizer com certeza se estamos mesmo ficando menos inteligentes, uma nova teoria, bastante controversa, afirma que os humanos estão vagarosamente, mas definitivamente perdendo capacidades intelectuais e emocionais.

Dr. Gerald Crabtree, da Universidade Stanford (EUA), baseou sua teoria no fato de que a inteligência “superior” humana (em relação a outros animais) foi resultado de uma enorme pressão evolutiva. A inteligência e comportamento humanos exigem, portanto, o funcionamento ideal de um grande número de genes.

Essa complicada rede de genes que supostamente nos dá a grande vantagem em relação a outros seres vivos é suscetível de mutações que, sem a manutenção de uma enorme pressão evolutiva, tendem a nos “emburrecer”.

Crabtree acredita que o desenvolvimento de nossas capacidades intelectuais e a otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram em grupos dispersos de povos, antes de nossos ancestrais surgirem na África.

Nessa época, a inteligência era crítica para a sobrevivência, por isso uma imensa pressão agindo sobre os genes necessários para o desenvolvimento intelectual levou a um pico da inteligência humana.
A teoria de Crabtree é que, a partir desse ponto, a inteligência humana provavelmente começou a lentamente perder terreno.

Depois da agricultura e, consequentemente, da urbanização, passou a haver menos seleção natural para os “mais inteligentes”.

Com base em cálculos da frequência com que mutações prejudiciais aparecem no genoma humano e no pressuposto de que 2.000 a 5.000 genes são necessários para sustentar nossa alta capacidade intelectual, Crabtree estima que dentro de 3.000 anos (cerca de 120 gerações) todos nós teremos sofrido duas ou mais mutações prejudiciais para a nossa estabilidade intelectual ou emocional.

Crabtree argumenta que a combinação de uma menor pressão seletiva e um grande número de genes facilmente afetados por mutações está “corroendo” nossas capacidades intelectuais e emocionais.

Porém, ele também argumenta que essa perda de inteligência é muito lenta e, a julgar pelo ritmo acelerado de descoberta e avanço da nossa sociedade moderna, tecnologias futuras poderão apresentar soluções para o problema.

“Acho que chegaremos a compreender cada uma das milhões de mutações humanas que possam comprometer nossa função intelectual, e como cada uma delas interage com umas as outras e com demais processos, bem como suas influências ambientais”, diz. “Então, seremos capazes de corrigir qualquer mutação no nosso organismo, em qualquer estágio de desenvolvimento. O processo brutal da seleção natural será desnecessário”, opina.[MedicalXpress, NaturalNews, imagem]

Fonte: http://hypescience.com/humanos-estao-perdendo-capacidade-intelectual-e-emocional/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29 - Natasha Romanzoti

sábado, 9 de junho de 2012

7 segredos olímpicos para vencer na vida


Os atletas olímpicos são um caso que sempre fascinou não só os admiradores dos esportes e das conquistas, mas também os médicos e psicólogos, tanto por sua capacidade de vencer a dor e o cansaço, quanto por levar o corpo a limites cada vez maiores, e assim alcançar o ouro olímpico.

Daniel Gould, da Universidade do Estado de Michigan, EUA, revela para nós alguns pontos-chave que ajudam os atletas a alcançarem a vitória, pontos que podem ajudar você a conseguir os seus objetivos também. Vamos então aos sete segredos que ajudam os medalhistas olímpicos:

1 – SABER ATÉ ONDE SE ESFORÇAR
A maioria dos atletas olímpicos vem de lares onde o trabalho duro para obter resultados é bastante valorizado, então é de se esperar que o esforço e a dedicação faça parte do dia-a-dia deles. Porém, esforço demais pode ter efeitos contrários.
Os atletas que treinam demais acabam falhando, por se machucar, não ter uma boa coordenação com a equipe ou simplesmente por apresentar uma performance inferior, devido ao cansaço. Saber priorizar o descanso junto com a preparação é um dos segredos do sucesso.

2 – OTIMISMO
Existem duas formas de ver o mundo, uma é otimista e a outra é pessimista. A avaliação inicial de uma situação geralmente é bem realista para ambas as formas de ver o mundo, só que o valor do otimismo é que os otimistas são mais propensos a procurar soluções para os problemas do que os pessimistas, por que esses basicamente acreditam que os esforços são inúteis. O otimismo funciona como uma fonte de motivação para melhorar.

3 – AUTOCONHECIMENTO
Para que o otimismo seja benéfico, ele tem que ser balanceado com o autoconhecimento. Quando vocẽ tem um bom autoconhecimento, isto te ajuda a trabalhar seus erros, conhecer as oportunidades de sucesso e de falha, e evitar armadilhas comuns, como excesso de treino, perder a concentração e queimar as energias. Além disso, ajuda a manter o ego não inflado, sabendo que ninguém é tão bom que não possa errar.

4 – MOTIVAÇÃO INTERNA
Existem basicamente dois tipos de motivação, a interna, que vem do interesse natural da pessoa, por exemplo, e a externa, que geralmente é a expectativa de um elogio ou compensação financeira. O sucesso está muito mais ligado a motivações internas do que externas. De fato, quando você começa a ser pago para fazer o que gosta, então o hobby se torna trabalho, e quando aquele livro sobre viagens espaciais vira leitura obrigatória, ele para de nos acompanhar até a cama. Mais ainda, as motivações externas podem virar uma grande distração.

5 – O TIPO SAUDÁVEL DE PERFECCIONISMO
Os psicólogos agora sabem que o perfeccionismo vem em dois sabores: mal-adaptativo e adaptativo. O adaptativo é considerado um fator de sucesso, e o perfeccionismo mal-adaptativo é considerado uma deficiência significativa.
Os perfeccionistas adaptativos são pessoas conscientes com padrões elevados para si mesmos e, frequentemente, para outros também. Mas estes padrões não os impedem de levar golpes da vida. Eles tendem a ter excelentes habilidades de planejamento e organização, o que os ajuda a lidar com o inesperado.
Os perfeccionistas mal-adaptativos, por outro lado, estão preocupados com o controle e são assombrados tanto pelos erros passados como os futuros, e colocam um peso enorme em atender e ultrapassar as expectativas dos outros. Com esta mentalidade frágil, eles não têm a flexibilidade necessária para lidar com os imprevistos da vida.

6 – PLANOS PARA LIDAR COM AS DISTRAÇÕES
Um dos grandes desafios para os atletas olímpicos são as distrações. Recebem produtos promocionais, solicitações de agentes e da mídia, pressões da família, tudo isto quando mais precisam se concentrar.
Decidir previamente quais os planos para lidar com as distrações e percalços e aderir a eles é uma atitude que está bastante ligada ao sucesso em jogos, e pode ajudar quem está tentando alcançar um objetivo significativo.

7 – ROTINA
Talvez a estratégia mais importante para o sucesso, especialmente quando se trata de conseguir um objetivo de longo prazo, é ter uma rotina, e aderir a esta rotina mesmo quando tem que enfrentar um caos.
Uma rotina pode acalmar um atleta no meio do barulho, distrações e ansiedades inerentes aos jogos, e ajudá-lo a dar o melhor de si. E isto tanto é verdade, que muitos medalhistas relatam que se sentiram como se estivessem no modo “automático” durante suas vitórias.
As rotinas podem variar dramaticamente entre tipos de equipes e personalidades. A consistência pode ser mais importante que os próprios atos em si.
Mais que qualquer outra coisa, os atletas precisam ter uma rotina estabelecida e aderir a ela, se refugiar nela, por que os nos jogos, tudo o mais muda.[LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/7-segredos-olimpicos-para-vencer-na-vida/ - por Cesar Grossmann

domingo, 22 de abril de 2012

Como melhorar a capacidade de memorização

Aprenda truques simples para gravar informações na memória e não esquecer mais

Já imaginou esquecer a senha do cartão de crédito bem na hora de pagar uma compra? O estresse e correria do dia a dia podem prejudicar sua capacidade de memorização. Para combater esse problema, a primeira dica é procurar atividades relaxantes. O segredo para o bom funcionamento da mente é a sensação de estar bem com o corpo inteiro.

Ter boa memória é importante tanto para a vida pessoal, como para a vida profissional. Imagine como exemplo estudantes que têm que estudar livros e apostilas para provas. Caso eles não gravem as informações na memória, com certeza terão problemas futuros.

Para melhorar a capacidade de memorização e conseguir gravar, com rapidez e eficiência, instantaneamente qualquer informação, existem truques fáceis e eficazes. Confira abaixo:

1. Os seres humanos têm cinco sentidos. Por que usar apenas um deles para memorizar momentos, informações ou cenas? Utilize a audição, o olfato, o tato, o paladar e a visão para registrar algo na mente. Usar vários sentidos para gravar uma informação na memória pode facilitar a tentativa de se lembrar dela depois.

2. Tente estabelecer relações entre os registros novos que você está tentando fazer e as memórias que você já possui. Relacionar ideias pode ser uma ótima alternativa para retomar memórias.

3. Termos técnicos e informações densas podem ser condensadas em rimas e musiquinhas que são facilmente registradas pela mente. Por exemplo, quem não se lembra da canção do alfabeto em inglês?

4. Entenda o conteúdo e tente desenvolver interesse por ele. A mente humana tende a registrar com maior facilidade as informações pelas quais a pessoa se interessa.

5. Repita o que você acabou de memorizar em uma conversa. Essa é uma técnica bastante utilizada por estudantes, já que aplicar informações guardadas na mente em uma conversa ativa a memória de longo prazo.

6. Os hábitos alimentares também influenciam a capacidade de memorização de um indivíduo. É que uma das atividades que o organismo humano deve exercer para recuperar informações na memória está relacionada à metabolização da glicose e à oxigenação do corpo. Fatores influenciados pela alimentação. Com uma dieta balanceada e hábitos saudáveis a memorização de novos fatos pode ser beneficiada. A ingestão de gordura em excesso prejudica a circulação sanguínea e a metabolização de glicose.

Para a psicóloga Fabiana Mendonça, além das técnicas, quem quiser ter boa capacidade de memorização, deve estar bem consigo mesmo: “O pensamento e a memória funcionarão melhor quando a pessoa estiver em boas condições de saúde e, principalmente, descansada.”

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/como-melhorar-a-capacidade-de-memorizacao/ - Por Juliana Cazarine