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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Veja os riscos do excesso de açúcar e cafeína para os estudantes


Cuidado com a alimentação é fundamental para garantir o bom funcionamento do corpo durante as provas

 

A alimentação exerce grande impacto no funcionamento do cérebro, pois os nutrientes consumidos influenciam diretamente a saúde neural e a cognição. Enquanto alimentos ricos em ômega 3, antioxidantes e vitaminas, como frutas, vegetais e peixes, favorecem a plasticidade sináptica e protegem contra inflamações, dietas com altos teores de açúcar e gorduras saturadas podem causar danos que comprometem o equilíbrio de todo o organismo.

 

O consumo exagerado de açúcar pode ter diversos efeitos negativos no funcionamento do cérebro, conforme explica a nutricionista e professora do curso de Nutrição da Uniderp, Tamara Nunes. "Estudos indicam que dietas ricas em açúcar podem levar a uma série de problemas cognitivos, como dificuldades de memória e concentração. O açúcar em excesso pode causar irritação e resistência à insulina, o que afeta a capacidade do cérebro de utilizar a glicose de forma eficiente, resultando em energia reduzida para as células cerebrais".

 

A profissional também explica que o consumo excessivo de açúcar está ligado a um maior risco de depressão e ansiedade, pois afeta as flutuações nos níveis de dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e motivação.

 

Excesso de açúcar prejudica o estudante

Quanto ao impacto no desempenho de um jovem que está se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou para um vestibular, a nutricionista destaca que a principal fonte de energia para o cérebro é a glicose, mas o consumo de muito açúcar pode sobrecarregá-lo. Quando o cérebro é superestimulado, ele pode levar à hiperatividade e a mudanças de humor, sendo essas consequências sentidas rapidamente. 

"O açúcar é viciante porque estimula os neurônios no sistema de recompensa do cérebro, o sistema límbico, nesse sistema tem amígdala cerebral, que processa informações emocionais e a ativação excessiva dela está associada a emoções exageradas, como medo e ansiedade. Essas emoções podem prejudicar muito o jovem nesse momento", aponta Tamara Nunes. 

 

Quantidades adequadas de açúcar

Alguns podem pensar que, por outro lado, a falta de açúcar pode ser prejudicial também, mas não é bem assim. A nutricionista esclarece que a falta de alimentação pode causar a hipoglicemia, e a forma mais eficiente de reverter esse quadro são alimentos ricos em carboidratos simples, como um copo de água com açúcar ou uma bala. 

Sobre a quantidade de açúcar que deve ser ingerido por um jovem diariamente, Tamara Nunes ressalta que o nível de referência indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 50 g por dia, mas a Associação Americana do Coração tem a diretriz de 25 g, 6 colheres de chá de açúcar, para jovens até 18 anos.  

 

Consumo de cafeína

Além do açúcar, a nutricionista acende um alerta para o consumo de cafeína e destaca que pode interferir significativamente no desenvolvimento neurocognitivo, influenciar o sistema cardiovascular, além do risco de dependência e intoxicação. 

"Chá preto, chá branco, guaraná, refrigerante do tipo cola, bebidas esportivas isotônicas, chimarrão, tereré, chocolate, energéticos são alguns alimentos que podemos encontrar maior concentração de cafeína. A Academia Americana de Pediatria recomenda que adolescentes entre 12 e 18 anos devem limitar sua ingestão a menos de 100 mg por dia, ou seja, uma xícara de café", ressalta. 

Sobre os sintomas, a especialista menciona que cada indivíduo reage de forma diferente à cafeína. Ela é um estimulante do sistema nervoso, o que pode ser agradável, pois uma pessoa pode sentir-se mais acordada, alerta ou capaz de concentrar-se. Em pessoas sensíveis, ela pode até atrasar o início do sono, reduzir sua duração ou, até sua qualidade subjetiva, além de aumentar a ansiedade, o nervosismo e a irritabilidade. 

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-os-riscos-do-excesso-de-acucar-e-cafeina-para-os-estudantes,5f3a78542ae390cb564093ad5af8c81781uy5uds.html?utm_source=clipboard - Por Camila Crepaldi - Foto: Krakenimages.com | Shutterstock / Portal EdiCase


Jesus respondeu: "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem'".

Lucas 4:4


terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Saiba como se preparar para os vestibulares na 3ª série do Ensino Médio

Está chegando a hora de tentar uma vaga na universidade. Confira 7 dicas de organização do ano letivo para quem vai fazer Enem e vestibulares.

Conciliar a cobrança na escola e a intensa rotina de estudos para vestibulares e Enem não costuma ser uma tarefa fácil para grande parte dos estudantes, principalmente, quando chegam no último ano do Ensino Médio.

Esse pode ser um dos momentos mais estressantes na vida de um aluno, já que só de falar em vestibular a ansiedade acaba tomando conta de muitos. Porém, mesmo que estejam no último ano, ainda faltam alguns meses para as provas e criar uma expectativa por tanto tempo pode não ser tão legal.

Já que as férias chegaram ao fim e todos estão voltando às salas de aula, ter um planejamento para o esse último ano letivo pode ser uma estratégia fundamental para ajudá-lo a levar seu último ano do Ensino Médio de uma forma mais tranquila e, no fim, conseguir um bom resultados nos processos seletivos que escolher.

1 – Organização
Você ainda tem tempo, por isso, desde já é hora de se organizar. Se você dividir o seu tempo conforme a sua rotina e suas necessidades será muito mais fácil seguir um planejamento de estudos. Separe suas horas para aulas e estudos individuais, além de outras atividades que fazem parte do seu cotidiano, tendo um tempo para cada coisa.
Além disso, também tenha organização com seus materiais de estudos. Fica muito mais fácil quando você sabe onde está um conteúdo importante que você anotou para estudar depois ou até mesmo os seus materiais, como canetas, marcadores, livros etc. Com isso, você não perde tempo para estudar e ainda evita de se estressar por não achar o que estava procurando.

2 – Aulas
Quando estiver na escola, tente se dedicar ao máximo nas aulas. Preste atenção nos professores, evite o uso do celular, anote ou pergunte suas dúvidas. Se você ficar atento ao que está se passando na aula, fica muito mais fácil para fazer as revisões depois em casa. Assim, evita o desespero tanto na hora das provas escolares quanto nos dias próximos aos vestibulares.

3 – Revisões
Os dias dos vestibulares ainda não estão tão próximo, por isso, é importante garantir que o conteúdo estudado não vai se perder com o tempo. As revisões são ótimas para ajudá-lo a manter a memória. Tente sempre revisar os conteúdos vistos nas aulas e faça resumos com as palavras mais importantes que possam estimular sua memória.
Com isso, estipule um período, seja nos finais de semana, quinzenalmente, ou o tempo que você achar necessário, para poder se dedicar aquele estudo. Também é interessante fazer a divisão por áreas, assim, quando estiver chegando na reta final, você pode se dedicar mais aos temas que sente mais dificuldade e também aos que estão relacionados às áreas que têm mais peso para o curso que você deseja fazer.

4 – Faça vestibulares e conheça editais
Antes de fazer a sua prova principal é importante conhecer o vestibular. A prática ajuda na correção dos erros. Se tiver oportunidade, faça vestibulares como treineiro, conheça o formato da prova, isso também contribui para que você não seja surpreendido de maneira negativa no dia do seu vestibular.
Caso não consiga fazer as provas como treineiros, e mesmo conseguido, refaça edições anteriores, pratique os exercícios e faça simulados. Os simulados contribuem muito para o estudante mensurar o tempo e o ajudam na hora de otimizá-lo para não fazer a prova com pressa e acabar deixando o nervosismo atrapalhar.
Por fim, sabemos que é cansativo ler um edital cheio de itens e regras, mas tire uns minutos e conheça as exigências das instituições e bancas examinadoras dos processos seletivos que você vai fazer. Ter conhecimento das regras evita que você seja eliminado de um vestibular por questões minímas que talvez você não saberia, como a cor de uma caneta, uso de acessórios impróprios, ou falta de uma documentação.

5 – Tenha lazer e cuide da saúde
Estudar, ir para a escola todos os dias, fazer provas, ler livros parece ser uma rotina desgastante e pode ser mesmo se você não tiver equilíbrio. Claro que é importante a dedicação para todos esses momentos, mas a preocupação em excesso acaba atrapalhando.
Deixe espaços na sua rotina para atividades que você gosta e que te dá prazer. Vá ao cinema, aproveite momentos com a família e amigos, dê uma volta no parque ou separe um momento para não fazer nada se for o que você gostar.
Além disso, mantenha o sono em dia para evitar o cansaço. Pratique uma atividade física, beba água e se alimente de forma mais saudável. Cuide do corpo e da mente para conseguir ter um bom resultado e alcançar os seus objetivos, afinal, você vai precisar estar bem e disposto na reta final.

6 – Faça um cursinho
Os cursinhos pré-vestibulares possuem professores especialistas em diversos processos seletivos. Quem não se sente seguro para fazer as provas, mesmo estando no 3º ano, tem a opção de buscar um cursinho. Geralmente eles abrem matrículas nos dois semestres e ainda têm os comunitários, voltados para estudantes de baixa renda.
Caso a sua escola não ofereça essa preparação, você pode buscar um cursinho tanto para as aulas normais ou somente para as específicas nas disciplinas que tem mais dificuldade.

7 – Dedicação
Se dedique. Sem excessos, mas com responsabilidade. Se você tiver dedicação em tudo o que fizer durante o seu último ano letivo a chance de alcançar a vaga tão sonhada em uma universidade será muito grande. Mantenha a tranquilidade que vai dar tudo certo.

Bons estudos!

terça-feira, 16 de abril de 2019

De olho nos livros: a importância da atividade física para os estudos


Ao se preparar para vestibulares, concursos ou quaisquer outras provas, inserir exercícios ou esportes na rotina é fundamental para aproveitar ainda mais o aprendizado com bem-estar e equilíbrio

Aos que buscam se dedicar aos estudos, jovens ou adultos, é fundamental ter um corpo em equilíbrio e em pleno funcionamento. Afinal, apenas dessa forma será possível focar nas tarefas mentais com máxima atenção. Por conta disso, compreender que o ditado popular “saco vazio não para em pé” e que a prática de exercícios é uma medida útil são noções valiosas. Entenda melhor, a seguir, a importância da atividade física para os estudos.

A importância da atividade física para os estudos
Em tempos de vestibular, por exemplo, essa ideia pode ser o segredo de bons resultados. “Como no desenho de Leonardo da Vinci, Homem Vitruviano, sugerimos aos alunos: ‘busquem o equilíbrio entre a saúde da mente e do corpo’”, afirma o professor, preparador físico e coordenador do Núcleo de Atividades Complementares (NAC) Mário de Oliveira.

Praticar exercícios físicos libera diversas substâncias positivas. Uma delas é a endorfina, substância responsável pelo alívio de dor e regulação das emoções. Ao ser liberada, causa a sensação de bem-estar, o que, em tarefas cotidianas, pode ser determinante para não ter problemas com distúrbios como estresse e ansiedade.

Mario também destaca que as atividades físicas contribuem para o desenvolvimento da inteligência emocional. “Quando  controlados e organizados, os exercícios físicos estimulam a produção de hormônios responsáveis pelo equilíbrio do nosso organismo. É isto que mantém a sensação de energia nos alunos, reduzindo o estresse que interfere no rendimento estudantil”, explica.

Diante de eventuais problemas com a queda do desempenho escolar e transtornos decorrentes, o coordenador do NAC aconselha e incentiva que pais insiram seus filhos em rotinas de exercícios a fim de manter o equilíbrio do corpo, fundamental para uma educação transformadora. Entretanto, é importante salientar que esse inserção deve ser feita com cuidado, conciliando tarefas e não se tornando um obstáculo adicional. Outro detalhe valioso é que esta recomendação não se restringe a faixas etárias. Isso porque tanto jovens quanto adultos podem se beneficiar com a prática de exercícios físicos.


sábado, 28 de outubro de 2017

Estudantes podem tirar notas melhores... acreditando que vão tirar notas melhores

A associação entre o autoconceito de uma habilidade e a conquista posterior não é geral, mas específica para cada matéria.

Acreditar na própria capacidade

Quando os estudantes acreditam que podem ter sucesso em matemática e em leitura suas chances de conseguir resultados mais altos nessas matérias aumenta.

Foi o que concluíram pesquisadores da Universidade de Michigan, da Pontifícia Universidade Católica do Chile e do grupo Independent Scholar.

Eles se basearam em dois conjuntos de dados dos EUA e um conjunto de dados do Reino Unido para medir o autoconceito das crianças e jovens e as notas iniciais e posteriores à intervenção - foram 15.255 estudantes com idades entre 5 e 18 anos.

Autoconceito

O autoconceito - as crenças cognitivas que as pessoas têm sobre si mesmas - foi definido como a sensação que os estudantes tinham de sua capacidade para ter sucesso nas tarefas acadêmicas.

Mais do que as notas anteriores, o autoconceito dos estudantes sobre a sua habilidade em matemática previu o sucesso posterior em matemática, enquanto seu próprio conceito de sua habilidade na leitura previu seu êxito posterior na leitura.

O resultado sugere que a associação entre o autoconceito de uma habilidade e a conquista posterior não é geral, mas específica para os domínios, ou seja, há uma conexão do autoconceito dos alunos sobre a leitura para o sucesso na leitura e do autoconceito dos estudantes sobre matemática para o ótimo desempenho na matemática.

"Não é incomum ver medidas padronizadas de conquista ou cognição preverem o sucesso escolar, mas encontrar uma relação entre uma medida motivacional, como o autoconceito de habilidades, mostra que há muito mais para se entender sobre como as crianças atingem o sucesso do que apenas examinar o desempenho anterior," disse a professora Pamela Davis-Kean.

O estudo também mostrou que o sucesso não se limita aos alunos que tiram as melhores notas.

"[O resultado] se estende a estudantes com diferentes níveis de realização em matemática e leitura," disse a pesquisadora Maria Ines Susperreguy. "Mesmo os alunos com menor desempenho que tiveram uma visão mais positiva de suas habilidades de matemática e leitura tiveram maiores níveis de conquista em matemática e leitura."

Os pesquisadores disseram que os dados não conseguem revelar o que os pais ou os próprios alunos faziam para criar suas crenças sobre si mesmas e melhorar sua autoconfiança, e que esta é uma questão que eles pretendem estudar a seguir.


domingo, 1 de fevereiro de 2015

Em todo mundo, meninas se saem melhor do que os meninos na escola

Uma atenção considerável tem sido dada à forma como as realizações educacionais em ciências e matemática dos meninos se comparam com as realizações das meninas nessas áreas, muitas vezes levando à suposição de que eles superam as meninas nestas áreas.

Agora, usando dados internacionais, pesquisadores da Universidade de Missouri (Estados Unidos) e da Universidade de Glasgow (Escócia) determinaram que as meninas superam os meninos no desempenho escolar em 70% dos países estudados, independentemente do nível igualdade de gênero, política, econômica ou social.

“Estudamos os níveis de desempenho educacional de 1,5 milhões de jovens de 15 anos de todo o mundo usando dados coletados entre 2000 e 2010″, disse David Geary, professor de Ciências Psicológicas na Escola Superior de Artes e Ciências da instituição norte-americana. “Mesmo em países onde as liberdades das mulheres são severamente restringidas, descobrimos que as meninas estão superando os meninos em leitura, matemática e alfabetização científica aos 15 anos, independentemente das políticas e questões de igualdade encontradas nesses países”.

De acordo com os dados, os meninos ficam atrás das meninas na realização global em leitura, matemática e ciência em 70% das nações estudadas. Os meninos superam as meninas em apenas três países ou regiões: Colômbia, Costa Rica e no estado indiano de Himachal Pradesh. Meninos e meninas tiveram realizações educacionais semelhantes nos Estados Unidos e Reino Unido.

Em países conhecidos por classificações de igualdade de gênero relativamente baixas, como o Qatar, a Jordânia e os Emirados Árabes Unidos, a diferença de desempenho educacional é relativamente grande e favorece as meninas.

A única exceção em todo o mundo é entre os estudantes de países economicamente desenvolvidos, nos quais os meninos com educação avançada superam as meninas com educação avançada, disseram os pesquisadores.

“Com a exceção dos alunos de alta performance, os meninos têm resultados educacionais mais fracos do que as meninas ao redor do mundo, independente de indicadores de igualdade social”, afirma Gijsbert Stoet, do departamento de psicologia na Universidade de Glasgow. “Os resultados mostram que um compromisso com a igualdade de gênero por si só não é suficiente para fechar as lacunas de aproveitamento na educação global – rombo que não está aumentando. Embora seja vital que nós promovamos a igualdade de gênero nas escolas, nós também precisamos ter certeza de que estamos fazendo mais para entender por que essas lacunas, especialmente entre os meninos, persistem e que outras políticas que podemos desenvolver para fechá-las”.

O estudo também tem implicações importantes para a política educacional. “Os dados irão influenciar a forma como os políticos pensam sobre as opções disponíveis”, explica Geary. “Para aumentar os níveis de igualdade de oportunidades na educação, formuladores das políticas e educadores não devem esperar que o amplo progresso na igualdade social irá necessariamente resultar em igualdade educacional”.

“Portanto, a fim de efetivamente fechar as lacunas nas conquistas, os formuladores de políticas de educação devem considerar outros fatores além do político, econômico e da igualdade social”. [Phys.com]

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Adolescentes que dormem tarde têm notas mais baixas

Parece que pais do mundo todo estão realmente certos ao mandar seus filhos irem para a cama cedo. Um novo estudo publicado no Journal of Adolescent Health mostrou que adolescentes que vão dormir tarde durante o ano letivo e que vão para a escola cedo têm um desempenho acadêmico inferior e estão em risco de sofrimento emocional mais tarde. Este resultado fornece uma evidência adicional para um crescente corpo de pesquisa que sustenta um movimento para atrasar o horário de início das aulas para adolescentes.

“Ir para a cama depois das 23h30, particularmente em adolescentes mais jovens, previu piores médias de pontos cumulativos (conhecidos pela sigla GPA e usados para colocações de universidades e empregos nos EUA) à altura da formatura do ensino médio e mais problemas emocionais nos anos de faculdade e depois disso”, afirmou a principal autora do estudo, Lauren D. Asarnow, mestre e estudante de doutorado no departamento de psicologia da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).

A pesquisa reuniu dados sobre o sono e o número de horas dormidas de 2.700 adolescentes de 13 a 18 anos participando do Estudo Nacional Longitudinal da Saúde do Adolescente em dois grupos: um em 1995, e o segundo em 1996. Entre 2001 e 2002, conforme os entrevistados envelheceram, foram coletados dados sobre o desempenho acadêmico e autorrelatos da saúde emocional para a comparação longitudinal. O objetivo geral do estudo foi examinar a relação entre os padrões de adolescentes do ensino médio em uma amostra nacionalmente representativa de sono/padrões circadianos (relativos ao relógio biológico), seu desempenho acadêmico em geral na escola e as taxas de sofrimento emocional relatados após a formatura.

Para ambos os grupos do ensino médio, 23% dos participantes relataram ir para a cama às 23h15 ou mais tarde. No momento em que esses adolescentes chegaram à idade da graduação e de ir para a faculdade, apresentaram menor GPA cumulativo e maior sofrimento emocional entre 18 e 26 anos.

Os cientistas ainda observaram pesquisas anteriores e descobriram que os adolescentes que preferem realizar atividades e ir para cama tarde da noite – um padrão de comportamento muitas vezes chamado de preferência circadiana pela noite – foram testados durante a manhã e tiveram um pior desempenho em tarefas cognitivas.

Lauren alertou os pais a ajudar os jovens a ir para a cama mais cedo, e acrescentou que o comportamento do sono de um adolescente é altamente modificável quando ele recebe o apoio adequado. No entanto, acrescentou que a mudança da hora de dormir de um adolescente de tarde para cedo pode ser difícil, em parte porque de 30% a 40% dos adolescentes têm o hábito de dormir tarde devido à uma base biológica ligada ao aparecimento e a evolução da puberdade. Além disso, a pressão acadêmica, os hábitos ligados ao uso da tecnologia e o horário de dormir dos amigos também influenciam a escolha de um adolescente para ficar acordado ou ir para a cama. [Science Daily]