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quarta-feira, 15 de março de 2023

Saiba quais são os métodos contraceptivos mais eficazes


O preservativo é o segundo método mais utilizado no Brasil

 

Segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos, realizada em 2021, o método contraceptivo mais utilizado no Brasil atualmente é a pílula anticoncepcional oral. Cerca de 60% das mulheres entrevistadas utilizam desta forma para evitar a gravidez.

 

O preservativo, método que protege também contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ficou em segundo lugar, com 43% das entrevistadas utilizando.

 

Em terceiro lugar ficou o DIU (dispositivo intrauterino) de cobre (8%) e a injeção mensal (6%). A contracepção natural – tabelinha, coito interrompido e temperatura corporal – é utilizado por 6% das mulheres entrevistadas, e a laqueadura, por 4%.

 

Segundo a ginecologista, obstetra e mastologista, doutora Monique Muller Reis Novacek, a pílula anticoncepcional é mais utilizada por ser a mais acessível.

 

"A pílula anticoncepcional acaba sendo um método fácil e mais aceito pelas mulheres", diz a doutora, que também explica sobre os riscos dos anticoncepcionais.

 

"A gente tem vantagens e desvantagens, a vantagem é que ela acaba bloqueando uma ovulação, ou seja, se a paciente não esquece o uso diário do medicamento e não usa uma outra medicação que interfira, ela tem uma eficácia de até 98%. Só que temos os riscos em algumas pacientes que têm sim uma chance aumentada de trombose. As pílulas anticoncepcionais podem ser aquelas combinadas orais, ou seja, eu tenho tanto o hormônio estrogênio quanto a progesterona, quando juntos eles aumentam o risco de trombose. Mas tem aquele só com a progesterona, sem o risco trombótico", relata a ginecologista.

 

Quai são os métodos mais seguros?

"Depende. Depende muito do perfil da paciente, do que ela espera, se ela é uma paciente elegível a tomar uma medicação diária e se ela usa outro tipo de medicação que pode interferir nesse método. Então a gente sempre tem que estudar o perfil da paciente para discutir com ela", explica a doutora Monique.

 

Sobre os métodos com maiores eficácias comprovadas, a especialista diz que "o método definitivo, que é a vasectomia e a laqueadura, e a inserção daqueles de uso hormonais" são os mais eficazes. "Os dois têm o maior índice de eficácia, mas não são para todas as pacientes que a gente pode indicá-los".

 

O DIU hormonal dura até cinco anos e a sua taxa de eficácia é de 99,9%. Há também a opção de um implante de um bastonete no braço da mulher, chamado Implanon. Ele tem duração de três anos e taxa de eficácia também de 99,9%.

 

O DIU de cobre é um dispositivo colocado dentro do útero e pode durar até 10 anos no órgão, com eficácia de 99,5%.

 

A médica ainda ressalta que nenhum método contraceptivo é 100% eficaz.

 

"O método 100% eficaz é não fazer sexo. Sempre existe aquele índice de 1% ou 2% de falha. A laqueadura e a vasectomia também não são totalmente eficazes. Existe uma falha de 0,1% na vasectomia e 0,3% na laqueadura, então uma em cada mil mulheres podem engravidar mesmo utilizando esse método", explica a doutora.

 

E a pílula do dia seguinte?

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020, foram distribuídas mais de 7 milhões de unidades da pílula do dia seguinte em todo o país. Para a utilização do medicamento, Novacek pede cuidado.

 

"A gente não pode até oferecer isso como o método contraceptivo porque ela tem efeitos colaterais. Uma dose de dois comprimidos é o equivalente a uma cartela inteira de um anticoncepcional de progesterona. Então a mulher em situação de emergência acaba recorrendo a ela, mas também não tem 100% de eficácia comprovada", explica a doutora.

 

Os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte, segundo a ginecologista, são:

 

Alterações no ciclo menstrual

Náuseas e vômitos

Sangramento excessivo 

Risco da gestação ectópica

 

Laqueadura e vasectomia

As regras para a realização de laqueadura e a vasectomia mudaram no dia 2 de março . Os procedimentos são de esterilização voluntária para indivíduos que não desejam mais ter filhos.

 

Entrou em vigor agora a lei nº14.443, que revoga o trecho em que: “Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges ”, ou seja, não mais necessário a autorização do parceiro ou da parceira para realizar o procedimento.

 

Ainda, foi alterado a idade mínima para realização da cirurgia. Antes, era preciso ou dois filhos vivos, de qualquer idade, ou ter pelo menos 25 anos para o procedimento. Com a nova legislação, a laqueadura e a vasectomia podem ser feitas a partir dos 21 anos, mesmo que não tenha filhos.

 

Outra atualização é de que a laqueadura agora é autorizada após a cesariana, desde que a solicitação tenha sido feita no prazo necessário antes da cirurgia.

 

A solicitação para o procedimento deve ser registrada em documento escrito e firmado, contudo, não será aceita em casos de “alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária, ou permanente”, segundo a nova legislação.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2023-03-11/quais-sao-os-metodos-contraceptivos-mais-eficazes.html - Por Leticia Martins - Reprodução: Freepik


Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Salmos 1:1


sábado, 29 de janeiro de 2022

Atividade física pode prolongar efeito das vacinas da COVID


Segundo estudo da USP, a presença de anticorpos induzidos por imunizantes é muito maior em pessoas fisicamente ativas

 

Que a prática de exercícios físicos é importante para nossa saúde física e mental, não há dúvidas. Por muitos anos, seus benefícios são estudados por especialistas e, atualmente, são muito conhecidos, estando relacionados ao aumento da sensação de bem-estar, o controle do estresse e o aumento da imunidade.

 

Porém, além de tudo isso, de acordo com um recente estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), as atividades físicas também podem intensificar a eficácia das vacinas contra a COVID-19.

 

Isso porque, naturalmente, o número de anticorpos contra o coronavírus induzidos pelos imunizantes diminui com o tempo - fazendo com que seja importante manter o esquema vacinal completo. Mas, como aponta o artigo, a prática de exercícios físicos pode não apenas intensificar essa resposta vacinal, como também aumentar a durabilidade dos anticorpos.

 

Reforço de anticorpos

Considerando a idade, o sexo, o uso de medicamentos e o peso dos pacientes, a pesquisa da USP descobriu que o índice de positividade de anticorpos é significativamente maior nos pacientes ativos do que nos fisicamente inativos.

 

De acordo com o professor Bruno Gualano, primeiro autor da pesquisa, para cada 10 pacientes inativos que apresentaram soropositividade (presença de anticorpos), 15 ativos tiveram o mesmo resultado.

 

Em conclusão, levando-se em conta os demais benefícios da atividade física, na prevenção tanto de doenças crônicas quanto de casos graves de COVID-19, os pesquisadores recomendaram a promoção clínica de exercícios.

 

Para eles, uma rotina regular de atividades físicas serve como uma ferramenta barata e capaz de reduzir a baixa resposta vacinal, principalmente em grupos de risco, como pessoas idosas e com o sistema imunológico enfraquecido.

 

Como foi realizada a análise

Publicado na revista Sports Medicine, o estudo analisou 748 pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Entre eles, 421 praticavam atividades físicas regularmente e 327 eram inativos. Todos contavam com esquema vacinal completo por seis meses.

 

Para definir se um paciente é fisicamente ativo ou inativo, a pesquisa utilizou o parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera ativa uma pessoa que realiza alguma atividade física moderada ou intensa por, pelo menos, 150 minutos por semana.

 

Já para avaliar a capacidade de proteção fornecida pela vacina a longo prazo, os autores do estudo realizaram exames sorológicos que verificam a quantidade de anticorpos IgG e a presença de anticorpos neutralizantes (NAb), que estão associados à resposta imunológica da vacina.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/noticias/38395-atividade-fisica-pode-prolongar-efeito-das-vacinas-da-covid?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9528846 - Escrito por Murilo Feijo - Redação Minha Vida


Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

João 11:40


quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

COVID: Estudo revela o que torna uma máscara mais protetora


Pesquisadores da USP avaliaram a eficácia de diferentes modelos disponíveis no mercado; veja o resultado

 

Antes visto exclusivamente em ambientes hospitalares e centros de saúde, o uso das máscaras de proteção respiratória se tornou um dos métodos mais eficazes de prevenção contra o coronavírus, além de outras doenças infecciosas, como a gripe H3N2.

 

Porém, desde o início da pandemia de COVID-19, muitos tipos desse acessório apareceram no cotidiano das pessoas: as de tecido, as cirúrgicas, as de TNT e até a famosa PFF2/N95. Assim, com tantas opções, pode ser difícil saber qual delas seria a mais efetiva em termos de proteção.

 

Diante disso, um estudo do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) decidiu avaliar todas as características de cada modelo para descobrir o que faz uma máscara ser realmente mais protetora contra o SARS-CoV-2.

 

Ao avaliar o fator de qualidade de uma máscara, é necessário considerar dois fatores: a filtragem e a respirabilidade. Neste sentido, a investigação comparou os tipos mais comuns do acessório para chegar a uma conclusão que pode ajudar a população a se proteger melhor em tempos pandêmicos. Confira os resultados:

 

 

PFF2/N95

A máscara contém sete camadas de proteção e, segundo dados do estudo, filtra pelo menos 95% das partículas. Este alto nível de filtragem se deve à forma irregular como são entrelaçados os fios. Além disso, durante sua produção, a máscara recebe uma carga elétrica que aumenta a sua filtragem em 10 vezes.

Ainda de acordo com o estudo, a capacidade de respirabilidade deste modelo chega a 5,5. Este número é medido a partir da diferença de pressão do ar antes e depois de passar pela máscara. Ou seja, quanto menor o número, mais fácil é a passagem de ar.

 

Máscara cirúrgica

Muito comum em hospitais, a máscara cirúrgica é produzida a partir de materiais leves e altamente filtrantes. Com isso, a máscara apresenta 89% de filtragem das partículas e um índice de respirabilidade de 2,24.

Porém, este modelo requer atenção especial na vedação. Isso porque a maioria delas possuem elásticos que prendem na orelha, o que, segundo a pesquisa, pode diminuir a proteção do rosto.

 

Máscara de TNT

Assim como a cirúrgica, a máscara de TNT é formada por três camadas e, segundo o estudo, apresenta o maior fator de qualidade, ou seja, a correlação entre filtragem e respirabilidade é alta.

De acordo com os dados, por conta do material filtrante feito de fios entrelaçados de maneira desordenada, este modelo pode filtrar pelo menos 78% das partículas e sua respirabilidade chega a 1,09.

Apesar disso, é preciso se atentar à vedação do modelo, pois a maioria das máscaras de TNT também são presas nas orelhas, fazendo com que elas não "colem" tanto no rosto - resultando em brechas nas bordas.

 

Máscara de algodão/caseira

Segundo o estudo, este modelo apresenta o pior fator de qualidade. Por conta das linhas grossas que formam o tecido, que facilitam a passagem de partículas e vírus, as máscaras de algodão têm uma filtragem de apenas 40%.

Além do índice de respirabilidade de 5,67, o estudo apontou outro problema com o modelo caseiro: a vedação. De acordo com os pesquisadores, a vedação da máscara não é eficaz por conta das costuras, principalmente as verticais, que unem dois pedaços de tecido. Isso faz com que a máscara tenha brechas para a passagem do vírus.

 

Qual o melhor modelo de máscara?

Considerando-se exclusivamente o fator de filtragem, essencial para o controle de doenças infecciosas transmitidas pelo ar, o estudo conclui que as máscaras PFF2/N95 destacam-se neste quesito, por barrar 95% das partículas. Entretanto, os modelos de TNT, não fabricados de forma caseira, apresentaram o maior fator de qualidade.

 

Ou seja, na hora de escolher sua máscara, prefira aquelas do tipo PFF2/N95, cirúrgicas ou de TNT industriais. Além disso, prefira os modelos cujo elástico deve ser amarrado na nuca, que garantem mais vedação no rosto, e que tenham clipe nasal (que pode ser moldado no rosto e favorece ainda mais uma boa vedação).

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/38385-covid-estudo-revela-o-que-torna-uma-mascara-mais-protetora - Escrito por Murilo Feijo - Redação Minha Vida


Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.

Jeremias 33:3


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Maior estudo sobre dose de reforço da vacina confirma alta eficácia


Trabalho realizado em Israel mostrou que risco de hospitalização por covid-19 é 93% menor em pessoas que tomam três doses ante aquelas que tomam duas

 

Pesquisadores do Clalit Research Institute (Israel) e da Universidade Harvard (EUA) analisaram um dos maiores bancos de dados integrados de registros de saúde do mundo para examinar a eficácia da terceira dose da vacina da Pfizer/BioNTech BNT162B2 contra a variante delta do vírus SARS-CoV-2. O estudo fornece a maior avaliação revisada por pares da eficácia de uma terceira dose de “reforço” de uma vacina contra a covid-19 em um ambiente de vacinação em massa em todo o país. Realizado em Israel, o estudo foi publicado na revista The Lancet.

 

Muitos países estão experimentando um ressurgimento de infecções por SARS-CoV-2, apesar das campanhas de vacinação até agora bem-sucedidas. Isso pode ser devido à maior infecciosidade da variante delta (B.1.617.2) do SARS-CoV-2 e à diminuição da imunidade das vacinas administradas meses antes. Diante do ressurgimento atual, vários países estão planejando administrar uma terceira dose de reforço da vacina de RNA mensageiro (mRNA) contra a covid-19, como as da Pfizer/BioNTech e do laboratório Moderna.

 

Avaliação mais precisa

O estudo sugere que uma terceira dose de vacina é eficaz na redução de desfechos graves relacionados à covid-19 em comparação com indivíduos que receberam duas doses de vacina há pelo menos cinco meses. É o primeiro a estimar a eficácia de uma terceira dose de uma vacina de mRNA contra a covid-19 – BNT162b2, especificamente – contra desfechos graves com ajuste para vários fatores de confusão possíveis, incluindo comorbidades e características comportamentais. O grande tamanho do estudo também permite uma avaliação mais precisa da eficácia da vacina em diferentes períodos de tempo, diferentes subpopulações (por sexo, idade e número de comorbidades) e diferentes resultados graves (que são mais raros e, portanto, requerem um tamanho de amostra maior). Um ensaio clínico recente conduzido pela BioNTech incluiu um tamanho de amostra menor e não estimou os efeitos da terceira dose para desfechos mais graves.

 

O estudo ocorreu de 30 de julho de 2021 a 23 de setembro de 2021, coincidindo com a quarta onda de infecção e doença por coronavírus em Israel, durante a qual a variante delta (B.1.617.2) foi a cepa dominante no país para novas infecções (com muito poucas exceções).

 

Os pesquisadores revisaram os dados de 728.321 indivíduos com 12 anos ou mais que receberam a terceira dose da vacina BNT162b2. Esses indivíduos foram cuidadosamente pareados 1:1 com 728.321 indivíduos que receberam apenas duas injeções da vacina BNT162b2 pelo menos cinco meses antes. A correspondência foi baseada em um amplo conjunto de atributos demográficos, geográficos e relacionados à saúde associados ao risco de infecção, risco de doença grave, estado de saúde e comportamento de busca por saúde. Os indivíduos foram designados a cada grupo dinamicamente com base em seu status de vacinação em mudança (198.476 indivíduos mudaram da coorte não vacinada para a coorte vacinada durante o estudo). Múltiplas análises foram conduzidas para garantir que a eficácia estimada da vacina fosse robusta a possíveis vieses. O estudo incluiu um total de mais de 12 milhões de dias de estudo somando-se as pessoas pesquisadas.

 

Alta eficácia

Os resultados mostram que, em comparação com indivíduos que receberam apenas duas doses cinco meses antes, indivíduos que receberam três doses da vacina (7 dias ou mais após a terceira dose) tiveram risco 93% menor de hospitalização por covid-19, 92% menor risco de covid-19 grave e 81% menor risco de morte relacionada à doença. A eficácia da vacina foi considerada semelhante para diferentes sexos, grupos de idade (idades entre 40-69 e 70+) e número de comorbidades.

 

O estudo também incluiu uma análise em nível de população que descobriu que as taxas de infecção começaram a cair para cada grupo de idade 7 a 10 dias depois que esse grupo de idade se tornou elegível para a terceira dose.

 

“Esses resultados mostram de forma convincente que a terceira dose da vacina é altamente eficaz contra desfechos graves relacionados à covid-19 em diferentes grupos de idade e subgrupos populacionais, uma semana após a terceira dose. Esses dados devem facilitar a tomada de decisões políticas informadas”, disse o prof. Ran Balicer, autor sênior do estudo, diretor do Clalit Research Institute e diretor de inovação da Clalit.

 

O prof. Ben Reis, diretor do Grupo de Medicina Preditiva do Programa de Informática em Saúde Computacional do Boston Children’s Hospital e da Escola de Medicina de Harvard (EUA), comentou: “Até o momento, um dos principais motores da hesitação vacinal tem sido a falta de informações sobre a eficácia da vacina. Este cuidadoso estudo epidemiológico fornece informações confiáveis ​​sobre a eficácia da terceira dose da vacina, que esperamos seja útil para aqueles que ainda não decidiram sobre a vacinação com uma terceira dose”.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/maior-estudo-sobre-dose-de-reforco-da-vacina-confirma-alta-eficacia/ - Crédito: Pixabay/CC0 Public Domain


Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!

Salmo 133:1


quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Veja o que se sabe sobre a 3ª dose e sobre perda de eficácia de vacinas


Alguns estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair

As vacinas contra Covid-19 continuam a conferir boa proteção contra a doença grave, hospitalização e morte, mas uma possível queda nos índices de imunidade levou recentemente ao debate sobre a necessidade de uma dose de reforço dos imunizantes.

Alguns estudos têm demonstrado que, alguns meses depois da segunda dose de qualquer vacina, a quantidade de anticorpos tende a cair, mas isso não significa que as pessoas vão ficar vulneráveis à infecção, uma vez que organismo tem outras formas de defesa.

Embora uma dose de reforço seja uma estratégia já bem estabelecida para outros imunizantes, a questão principal hoje é qual seria a necessidade de começar a aplicação dessa injeção extra quando grande parte da população ainda está parcialmente imunizada ou não recebeu ainda nenhuma dose das vacinas, explica o pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri.

A maioria dos países da África não vacinou nem 5% da população com a primeira dose. O Haiti, na América Central, só iniciou a campanha de vacinação contra o coronavírus no mês passado.

Além disso, os cientistas ainda estão começando a colher dados de estudos científicos controlados, randomizados e duplo-cegos (o chamado padrão-ouro em ensaios clínicos) sobre a eficácia de uma dose de reforço das vacinas.

Mesmo assim, diversos países já anunciaram ou até mesmo começaram a aplicação de uma terceira dose, contrariando o apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) por não fazê-lo até que a desigualdade da vacinação seja resolvida.


Veja abaixo o que se sabe sobre a dose de reforço e sobre a perda de eficácia das vacinas com duas doses ou dose única.

 

O que se sabe sobre a eficácia de uma terceira dose da vacina contra Covid-19?

Ainda não há estudos científicos demonstrando que a eficácia das vacinas aumenta com uma terceira dose. Algumas evidências, no entanto, já começam a se acumular.

O que se sabe até agora é que uma dose de reforço pode estimular o organismo a produzir mais anticorpos específicos contra o coronavírus Sars-CoV-2 e células do tipo B (produtoras de anticorpos) de memória, o que ajudaria a fornecer uma proteção imunológica mais duradoura.

Recentemente, o laboratório chinês Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, divulgou dois estudos controlados, randomizados e duplo-cegos sugerindo que uma terceira dose da vacina de seis a oito meses após o esquema tradicional com duas doses pode aumentar em até sete vezes a taxa de anticorpos neutralizantes capazes de bloquear a entrada do vírus nas células.

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Oxford mostrou que o intervalo maior entre as duas doses da vacina AstraZeneca, de até 45 semanas, e a aplicação de uma terceira dose do imunizante tiveram sucesso em aumentar até 18 vezes a taxa de anticorpos contra o Sars-CoV-2 no organismo.

E, em Israel, dados do ministério da saúde apontam uma queda para um terço na taxa de casos da doença em pessoas com mais de 60 anos após a dose reforço.A proteção conferida pelas vacinas diminui com o tempo?

Ainda é cedo para saber por quanto tempo a resposta imune gerada pelas vacinas vai durar. Até o momento, dados de acompanhamento dos ensaios de fase 3 apontam para uma duração de pelo menos oito meses da proteção conferida por anticorpos neutralizantes para a maioria das vacinas. Contudo, a proteção dada por essas moléculas é uma, mas não a única, forma de defesa do organismo.

A imunidade conferida por infecção natural, segundo alguns estudos, pode durar anos, mas essa proteção tende a ser ligeiramente menor frente a novas variantes capazes de fugir dos anticorpos específicos contra a forma ancestral do vírus, como é o caso da delta.

Mesmo com uma melhor capacidade de induzir resposta imune do que a infecção natural, é natural que a taxa de anticorpos em circulação no sangue caia após alguns meses até um ano.As vacinas aplicadas no início do ano ainda podem prevenir infecções?

As vacinas contra Covid-19 foram desenvolvidas para proteger especialmente contra a hospitalização e morte, mas não têm o poder de conter totalmente o contágio em si. Assim, mesmo indivíduos vacinados com duas doses ainda podem se infectar e disseminar o vírus, embora em uma proporção menor do que os não vacinados.

Até o momento, estudos de efetividade em todo o mundo comprovaram que as vacinas reduzem novas hospitalizações e mortes, como ocorreu no Chile, que apresentou uma queda de mais de 80% das hospitalizações, 86% das mortes e quase 90% de internações por UTI com cerca de 75% da população vacinada. No entanto, o país enfrentou uma subida de casos recente, muito provavelmente devido a uma falsa sensação de proteção das pessoas após apenas uma dose das vacinas e ao relaxamento das medidas de distanciamento.

No final de julho, a Pfizer divulgou um estudo, ainda em formato de pré-print, indicando que a efetividade de sua vacina seis meses após a conclusão do ensaio clínico é de 91%, mas essa taxa cai para até 86% dependendo das variantes em circulação.

Também no último mês, um estudo conduzido em Israel apontou que há uma queda na efetividade da vacina da Pfizer de 64% para 39% contra infecções causadas pela variante delta. A proteção contra hospitalização e doença grave, no entanto, continua elevada, acima de 90%.

No Reino Unido, a proteção por resposta humoral (de anticorpos) dos imunizantes AstraZeneca ou Pfizer contra a delta caiu de 49% para 30,7%, após uma dose, e, com as duas doses, de 93,7% para 88%, no caso da Pfizer, e de 74,5% para 67% com a AstraZeneca.

Já uma pesquisa feita pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, centro de referência em estudos de medicina, apontou que a chegada da delta no estado de Minnesota reduziu a efetividade da vacina da Pfizer contra infecção de 76%, até julho, para 42% no último mês. Essa queda não foi tão pronunciada assim para a vacina da Moderna, cuja proteção era de 86% contra infecção e, em julho, esse índice chegava a 76%.

No Brasil, dados da pesquisa Vebra Covid-19 com as vacinas AstraZeneca e Coronavac apontam para uma proteção de 77,9% contra casos sintomáticos, no caso da primeira, e 50,7%, para o segundo fármaco em pessoas de 18 a 59 anos. A proteção para casos sintomáticos em indivíduos com idade acima de 60 anos da Coronavac, no entanto, varia de 28% a 62%.

E em relação às hospitalizações e mortes, o que sabemos sobre a proteção das vacinas de seis a oito meses após o seu uso?

No geral, apesar da leve queda de níveis de anticorpos que pode ocorrer alguns meses após a vacina, todas as vacinas contra Covid-19 têm se mostrado bem-sucedidas em proteger contra o agravamento do quadro, hospitalizações e morte.

Isso não significa, no entanto, que a eficácia dos imunizantes é de 100%, pois nenhuma vacina ou medicamento tem esse poder.

Nos países com alta de casos e já com elevada cobertura vacinal, a maioria das internações e mortes por Covid ocorre em indivíduos não vacinados. Nos EUA, 99% das mortes foram nas pessoas que não se vacinaram.

Uma pesquisa do grupo Vebra Covid com mais de 60 mil moradores do estado de São Paulo indicou uma proteção, de janeiro a julho, de 93,6% de duas doses da vacina AstraZeneca contra morte, e 87,6% para internações. A mesma efetividade foi encontrada no estudo feito com a Coronavac no município de Serrana, de 95% de proteção para mortes e 86% contra hospitalização pela doença do coronavírus.

E um levantamento do InfoTracker mostrou que pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por Covid que ocorreram no Brasil entre 28 de fevereiro e 27 de julho.A terceira dose será necessária para todos ou só para grupos específicos, como os mais velhos ou imunossuprimidos?

As vacinas contra Covid apresentam, em geral, uma eficácia mais baixa para pessoas imunossuprimidas, como aquelas com doenças autoimunes ou em tratamento contra câncer, por exemplo.

Esse público não foi inicialmente incluído nos ensaios clínicos, mas com o uso em massa dos imunizantes, dados sobre sua eficácia ou efetividade nesse grupo tendem a aparecer.

Um artigo publicado no dia 23 de julho na revista científica Jama (Journal of the American Medical Association) mostrou que uma terceira dose da vacina da Moderna em pacientes com transplante de rim induz uma boa proteção em quase metade (49%) daqueles que não tiveram resposta imune após as duas doses.

Até então, apesar de as vacinas de RNA terem apresentado uma alta eficácia nos ensaios clínicos (acima de 95%), uma pesquisa mostrou que nesse grupo uma única dose não conferia proteção em quase 8 em cada 10 pacientes, mas aplicação de uma segunda dose das vacinas eleva a proteção para até 54% dos transplantados.

Já uma pesquisa do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo, apontou que a vacinação contra a Covid-19 em pacientes imunossuprimidos é segura e produz boa resposta imune, chegando até 70,4% da chamada soroconversão (presença de anticorpos específicos contra o vírus no sangue) após duas doses da Coronavac.

Na quinta (12), a agência reguladora de medicamentos e vacinas norte-americana, FDA, aprovou uma terceira dose das vacinas de RNA em uso no país (Pfizer e Moderna) para pessoas imunossuprimidas. Essa seria uma necessidade para que essas pessoas sejam completamente imunizadas, e não é equivalente a uma dose reforço em pessoas saudáveis, explica Kfouri, da SBIm.

Em relação aos mais idosos, em geral as vacinas em uso apontam para uma diminuição da taxa de anticorpos induzidos pós-imunização nesse grupo.

A proteção de duas doses da Coronavac em pessoas com 70 a 74 anos é de cerca de 80% contra hospitalizações e 86% contra mortes. No entanto, a proteção cai na população com 80 anos ou mais, sendo de 43,4% contra hospitalizações e 49,9% contra mortes.

Esses valores podem indicar a necessidade de uma dose de reforço nas pessoas com mais de 80 anos.Quais países já começaram a aplicação de uma terceira dose? Em quais situações a recomendação faz sentido?

O governo de Israel passou a oferecer no final de julho uma dose reforço para pessoas com mais de 60 anos já vacinadas com duas doses da Pfizer no país. Recentemente, autoridades de saúde do país decidiram diminuir a faixa etária da terceira dose para aqueles com 50 anos ou mais.

Ja a Indonésia começou a aplicar uma dose reforço nos profissionais da saúde do país que foram vacinados com a Coronavac. A decisão veio após a morte de médicos no país alguns meses após terem recebido as duas doses do imunizante. O país asiático, no entanto, tem 19% da população vacinada com ao menos uma dose e apenas 10% com o esquema completo.

E, na quarta-feira (11), o Chile começou a aplicar uma dose extra da vacina AstraZeneca nos idosos que já receberam as duas doses da Coronavac.

O Uruguai, com 64% da população com esquema completo e 73% com pelo menos uma dose, aprovou uma dose reforço do imunizante da Pfizer para aqueles que já receberam duas injeções da Coronavac.

Outros países, como Inglaterra, França e Alemanha, pretendem começar a vacinação com uma dose reforço a partir de setembro, quando a maioria dos adultos já tiver recebido o esquema normal de imunização.O Brasil já está realizando estudos sobre a terceira dose?

Uma terceira dose da vacina da Pfizer está sendo testada com 1.160 voluntários, segundo a farmacêutica, Metade tomou a vacina, metade tomou placebo. A ideia é mostrar se a eficácia da vacina tomada na dose de reforço é significantemente maior do que naquelas pessoas que só tomaram duas doses.

O mesmo tem acontecido com a Oxford/Astrazeneca, que começou os testes com a terceira dose nas últimas semanas. O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan também já anunciaram estudos de doses de reforço com a Coronavac.

 

O surgimento de novas variantes reforça a necessidade de terceira dose?

Pelo o que se sabe até agora, as novas cepas do coronavírus não conseguiram driblar completamente o efeito das vacinas. Elas até podem diminuir um pouco a eficácia dos atuais imunizantes, mas não chegam a torná-los obsoletos.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1833083/veja-o-que-se-sabe-sobre-a-3-dose-e-sobre-perda-de-eficacia-de-vacinas - ANA BOTTALLO E CLÁUDIA COLLUCCI - © Getty

quinta-feira, 10 de junho de 2021

A prova da eficácia das máscaras


Pesquisadores do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) compararam a qualidade de 227 tipos de máscaras faciais à venda no Brasil, medindo sua capacidade de bloquear a passagem do novo coronavírus (Aerosol Science and Technology, 26 de abril). O estudo, coordenado pelo físico Paulo Artaxo e pelo estudante de doutorado Fernando de Morais, confirmou a superioridade das máscaras cirúrgicas. Nos experimentos, as máscaras N95 impediram a passagem de até 98% de partículas de aerossol com diâmetro de 120 nanômetros, o mesmo das partículas transmissoras do Sars-Cov-2. As máscaras feitas de tecido não tecido (TNT) apresentaram uma eficiência média de 78%. Já a das máscaras de pano variou de 15% a 70%. Além da qualidade do tecido, detalhes como a presença de uma costura na região central podem diminuir a eficiência. A utilização de uma dupla camada de tecido e de um clipe nasal pode melhorar significativamente seu desempenho.

 

Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/a-prova-da-eficacia-das-mascaras/ - Léo Ramos Chaves

sexta-feira, 30 de abril de 2021

O que as vacinas contra covid-19 podem e não podem fazer


Vacinados podem ser infectados? Podem transmitir o coronavírus? DW responde a algumas das perguntas mais comuns sobre os imunizantes. À medida que novas variantes surgem, a eficácia das vacinas pode ser afetada. Apesar de terem recebido as duas doses da vacina produzida pela Pfizer-Biontech contra a covid-19, 14 idosos de uma casa de repouso na cidade de Osnabrück, no noroeste da Alemanha, testaram positivo para a variante B117 do coronavírus, descoberta pela primeira vez no Reino Unido.

 

“Houve alguns casos completamente assintomáticos e outros sintomáticos, mas apenas com quadros leves”, diz Burkhard Riepenhoff, assessor de imprensa do município de Osnabrück. Testar positivo para covid-19 sem apresentar sintomas ou ter uma evolução leve da doença é algo normal após a vacinação – possível sinal de que a vacina está funcionando.

 

Vacinados podem testar positivo?

 

Vacinas podem criar dois tipos de imunidade na pessoa vacinada: imunidade efetiva ou a chamada “imunidade esterilizante”, que é uma proteção completa contra um vírus, quando nenhuma partícula de vírus consegue entrar em qualquer célula do corpo e não consegue se replicar, impedindo a transmissão. “Isso é como o Santo Graal das vacinas”, afirma Sarah Caddy, pesquisadora de imunologia viral da Universidade de Cambridge. “Mas isso é algo realmente difícil de se conseguir.”

 

A maioria das vacinas consegue impedir que o vírus cause quadros graves da doença, mas não impede que a pessoa seja infectada ou transmita o vírus. Elas conseguem limitar a quantidade de vírus que entra no corpo, mas ainda haverá alguma replicação do vírus. “No entanto, a vacinação deve resultar em anticorpos suficientes para reduzir o quanto o vírus se reproduz”, diz Caddy. “É por isso que estamos vendo uma redução na doença, mas também alguma replicação do vírus, que é então detectada como uma infecção assintomática.”

 

Pessoas vacinadas podem transmitir o vírus?

 

Atualmente não há dados suficientes para saber se as vacinas contra covid-19, tanto as de mRNA e as baseadas em vetores virais, podem prevenir ou reduzir a transmissão, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), entidade governamental alemã encarregada de controle de doenças infecciosas.

 

Até que esses dados estejam disponíveis, as pessoas vacinadas e aqueles ao seu redor devem continuar a seguir as medidas de proteção recomendadas, como usar máscara, manter distância e lavar as mãos regularmente, alerta o RKI.

 

“A maioria das vacinas não pode prevenir a transmissão”, ressalta Caddy, incluindo a maioria das vacinas já há muito tempo em uso. “Elas não podem induzir a imunidade esterilizante, mas reduzem a transmissão o suficiente para deter o vírus na população”, explica.

 

Pessoas vacinadas podem adoecer de covid-19 depois?

 

É possível adoecer de covid-19 mesmo após a vacinação. Mas a vacinação ajuda a prevenir quadros graves da enfermidade. Quem foi vacinado, em caso de contágio, mais provavelmente ficará assintomático ou terá uma versão leve da doença.

 

A vacina da Pfizer-Biontech é 95% eficaz na prevenção da doença da cepa original, enquanto a da Moderna é 94% eficaz, e o inoculante da parceria Oxford-AstraZeneca é 76% eficaz.

 

Em testes realizados no Brasil, a Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, obteve uma eficácia geral de 50,38%. O índice indica a capacidade da vacina de proteger contra todos os casos da doença, independente da gravidade.

 

A vacina pode proteger contra as novas variantes?

 

As novas variantes do coronavírus podem influenciar a eficácia das vacinas atuais. Uma série de estudos estão sendo realizados no mundo com diferentes imunizantes para decifrar isso.

 

A vacina da Pfizer-Biontech provavelmente é eficaz contra a altamente infecciosa variante B117 do vírus, embora sua eficácia seja ligeiramente afetada, de acordo com cientistas da Universidade de Cambridge.

  

Mas a mutação E484K – observada pela primeira vez na variante B1351, originária da África do Sul – aumenta substancialmente a quantidade de anticorpos necessários para prevenir a infecção. O estudo ainda não foi revisado ​​por pares e envolveu apenas um pequeno número de pacientes.

 

A mutação E484K está presente tanto na variante do coronavírus encontrada pela primeira vez no Amazonas, batizada de P1, como na da África do Sul, também chamada de 501Y.V2.

 

Uma outra variante encontrada no Reino Unido também passou a apresentar a mutação E484K em algumas regiões do país, de acordo com a Public Health England, agência ligada ao Ministério da Saúde britânico.

 

A África do Sul decidiu suspender o lançamento da vacina de Oxford-AstraZeneca depois que um estudo com cerca de 2 mil pessoas descobriu que a vacina oferece pouca proteção contra casos leves e moderados de covid-19. A pesquisa foi realizada por especialistas das universidades de Oxford e de Witwatersrand, em Johanesburgo.

 

Shabir Madhi, professor de vacinologia em Witwatersrand, disse à DW que os dados científicos mostram que a vacina de Oxford-AstraZeneca é apenas 22% eficaz contra a variante dominante na África do Sul.

 

A vacina contra a covid-19 pode provocar um teste positivo?

 

As vacinas da Pfizer-Biontech, Moderna e Oxford-AstraZeneca não levam a um resultado positivo para covid-19 nos exames virais, que são usados para verificar se a pessoa tem uma infecção no momento. As vacinas não contêm o coronavírus propriamente dito.

 

Quando o corpo da pessoa vacinada desenvolve uma resposta imunológica, que é o objetivo da vacinação, é possível que ela receba um resultado positivo em alguns testes de anticorpos, que indicam se a pessoa já teve uma infecção anteriormente, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

 

A vacina contra a covid-19 pode provocar covid-19?

 

As vacinas da Pfizer-Biontech, Moderna e Oxford-AstraZeneca não podem infectar ninguém com covid-19 porque as vacinas não contêm o coronavírus em si. Elas ensinam o sistema imunológico a reconhecer e combater o vírus que causa a covid-19, de acordo com o CDC. Às vezes, podem causar sintomas como febre, dor de cabeça, fadiga e dores musculares, que devem durar apenas alguns dias.

 

Já a vacina da Coronavac é produzida com o coronavírus desativado e, portanto, também não pode causar a covid-19, pois contém apenas a estrutura do vírus.

 

Quais os efeitos colaterais mais comuns?

 

O mais comum é sentir alguma vermelhidão, calor e dor no local onde foi aplicada a injeção. “Isso é comum em praticamente todas as respostas imunológicas”, diz Caddy. “E, na verdade, as pessoas que conheço que tomaram a vacina ficaram muito satisfeitas porque doeu um pouco depois, mostrando que sua resposta imunológica está funcionando – um braço um pouco dolorido é bom; é algo completamente normal.”

 

Pode levar algumas semanas para o corpo desenvolver imunidade ao coronavírus após a vacinação, de acordo com o CDC. Isso quer dizer que é possível que alguém seja infectado com o vírus imediatamente antes ou depois de receber a vacina e ainda desenvolver sintomas da covid-19. Mas isso ocorre apenas porque a vacina não teve tempo suficiente para criar proteção no corpo.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/o-que-as-vacinas-contra-covid-19-podem-e-nao-podem-fazer/ - Texto: Deutsche Welle              

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Vacinados contra a covid-19 podem transmitir o vírus, adoecer e morrer; entenda


Mesmo as pessoas imunizadas podem contrair a doença, ter uma infecção mais leve ou sem sintomas, transmitir o vírus e, até, chegar a morte.

 

Vacinados contra a covid-19 podem transmitir o vírus, adoecer e morrer; entenda. Uma das explicações é de que nenhuma vacina tem total eficácia

 

Ainda há pesquisas sendo realizadas, mas organizações e especialistas têm algumas respostas para os casos.

 

Uma das explicações é de que nenhuma vacina tem 100% de eficácia, segundo divulgado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Diante de um universo de dezenas de milhares de novos casos diários e do aumento gradual, ainda que lento, do percentual de indivíduos vacinados, é esperado que ocorra, cada vez mais casos de infecção em vacinados”, ressalta a SBIm, em nota divulgada.

 

Pessoas mais velhas

 

Para Sonia Raboni, infectologista do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR/Ebserh), em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, o grupo de pessoas mais velhas, que têm um sistema imune mais debilitado, pode ter respostas mais fracas à vacina.

 

Infecção no intervalo entre as vacinas

 

A SBIm diz que um dos problemas entre os vacinados que contraem a doença pode ocorrer no intervalo logo após a aplicação da vacina, insuficiente para a esperada resposta de anticorpos desencadeada pela vacinação. Ou seja, não houve tempo para impedir a infecção.

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) afirma que cada vacina tem orientações específicas, mas geralmente a resposta imunológica protetora ocorre após 10 a 20 dias depois da segunda dose.

 

Precauções para os vacinados

 

A Opas recomenda que as precauções contra a transmissão da Covid-19, como distanciamento social e uso de máscaras, sejam mantidas mesmo por quem já estiver vacinado, até que as pesquisas sejam conclusivas.

 

 

Vale ressaltar que as vacinas não causam a doença. O vírus utilizado nas vacinas é inativado  ou seja, não está vivo. Dessa forma, não é possível que uma pessoa se infecte com a Covid-19 por causa da vacina.

 

Informações: (Isto É - Dinheiro)

 

Fonte: https://revistanovafamilia.com.br/vacinados-contra-a-covid-19-podem-transmitir-o-virus-adoecer-e-morrer-entenda - Redação

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Usar duas máscaras reduz contaminação por COVID-19 em 95%


Estudo realizado nos EUA mostra a eficácia do uso simultâneo da máscara cirúrgica e de pano

 

Um estudo divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, mostra que o uso simultâneo da máscara cirúrgica e outra de pano por cima reduz o risco de transmissão da COVID-19 em 95%.

 

O resultado foi revelado a partir do seguinte experimento realizado pelos pesquisadores para aumentar a segurança do uso das máscaras: as alças da máscara cirúrgica foram amarradas com um nó; depois, a máscara de pano foi colocada por cima da primeira.

 

A combinação das máscaras bloqueou, no experimento, 92,5% das partículas emitidas em uma tosse simulada enquanto sozinhas e sem nós tanto a máscara cirúrgica quanto a de tecido bloquearam pouco mais de 40%. Este teste era para verificar a retenção das partículas emitidas durante a tosse.

 

Um segundo experimento visou verificar a eficácia das máscaras durante um período de respiração simulando uma fonte e um receptor. O resultado foi que, quando a fonte e o receptor usavam máscara dupla ou máscara cirúrgica com nós e ajuste na lateral, o risco de transmissão foi reduzido em 95%.

 

Segundo o CDC, os ajustes feitos melhoraram muito o controle de transmissão, reduzindo também a chance de uma possível exposição ao vírus. Mas há outras duas medidas apontadas que podem ajudar a reforçar a proteção contra a COVID-19: o uso de uma máscara com um filtro e sobrepor um tecido de nylon ao pano ou máscara cirúrgica.

 

Os cientistas, porém, indicaram uma limitação no resultado do estudo. Foi utilizado um tipo específico de máscara cirúrgica e de pano. Assim, a eficiência pode não ser a mesma com o uso de outras marcas ou tipos de máscara. Os pesquisadores também não realizaram testes com outras combinações, como pano sobre pano ou cirúrgica sobre pano. Portanto, os resultados podem ser diferentes nesses casos.

 

Segundo os pesquisadores, "os resultados dessas simulações não devem ser generalizados para a eficácia de todas as máscaras de procedimento médico ou máscaras de pano, nem interpretados como representativos da eficácia dessas máscaras quando usadas em ambientes do mundo real".

 

Além disso, o uso de duas máscaras pode, em alguns casos, impedir a respiração ou visão periférica de algumas pessoas.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37320-usar-duas-mascaras-reduz-contaminacao-por-covid-19-em-95 - Escrito por Fatime Ghandour - Redação Minha Vida

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Mel é realmente eficaz para tosse e resfriados, diz estudo


Alimento funciona e é menos prejudicial que o tratamento usual para infecções do trato respiratório

Um estudo publicado pelo periódico BMJ Evidence-Based Medicine afirma que o mel, velho conhecido como remédio caseiro, realmente funciona para o tratamento de tosse e resfriados.

Segundo a pesquisa, as infecções do trato respiratório superior (cavidade nasal, faringe e laringe) são o principal motivo para prescrição de antibióticos. Contudo, como a maioria dessas infecções é viral, o uso desse tipo de medicamento é ineficaz.

O mel serve como uma ótima alternativa para quem sofre com problemas respiratórios. "O mel é uma forma bastante conhecida para tratar os sintomas. Então, as diretrizes recomendam o uso dele principalmente para tosse aguda em crianças", disse Hibatullah Abuelgasim, pesquisadora da Universidade de Medicina de Oxford.

Benefícios do mel
A equipe de pesquisadores analisou diversas evidências científicas que compararam o efeito do mel em forma de chás, puro ou em misturas, aos efeitos dos tratamentos habituais, como antibióticos, xaropes e medicamentos sem prescrição médica.

Dessa forma, foi descoberto que o mel estava associado a uma redução significativa nos sintomas, especificamente na gravidade e frequência da tosse.

"Os médicos prescrevem antibióticos para infecções do trato respiratório superior muitas vezes devido à falta de tratamentos alternativos. Esta pesquisa nos fornece boas evidências que apoiam e ajudam os profissionais a terem confiança ao sugerirem que as pessoas usem o mel", afirma o estudo.

O mel é barato e amplamente disponível. Então, vale a pena experimentar logo ao perceber os sintomas. Caso não ocorra melhora, é preciso procurar um especialista.

Mais que um alimento
Além do uso medicinal, o mel é um alimento que serve como ótimo adoçante natural e também conta com ação antioxidante e prebiótica. Ele é capaz de modificar o balanço da microbiana intestinal, estimulando a atividade de micro-organismos benéficos. Por ser rico em carboidratos e açúcar, ele também é fonte de energia.

Mas não esqueça que o mel é bastante calórico e rico em açúcar. Por isso, seu consumo excessivo pode causar o ganho de peso. Além disso, grandes quantidades de mel, assim como o açúcar, podem elevar os níveis de glicose no sangue rapidamente.

O quanto consumir de mel por dia pode variar entre uma colher de chá, cerca de 10 gramas, a uma colher de sopa, aproximadamente 25 gramas.