Segundo estudo da USP, a presença de anticorpos induzidos por imunizantes é muito maior em pessoas fisicamente ativas
Que a prática de exercícios físicos é importante para
nossa saúde física e mental, não há dúvidas. Por muitos anos, seus benefícios
são estudados por especialistas e, atualmente, são muito conhecidos, estando
relacionados ao aumento da sensação de bem-estar, o controle do estresse e o
aumento da imunidade.
Porém, além de tudo isso, de acordo com um recente
estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), as
atividades físicas também podem intensificar a eficácia das vacinas contra a
COVID-19.
Isso porque, naturalmente, o número de anticorpos
contra o coronavírus induzidos pelos imunizantes diminui com o tempo - fazendo
com que seja importante manter o esquema vacinal completo. Mas, como aponta o
artigo, a prática de exercícios físicos pode não apenas intensificar essa
resposta vacinal, como também aumentar a durabilidade dos anticorpos.
Reforço de anticorpos
Considerando a idade, o sexo, o uso de medicamentos e
o peso dos pacientes, a pesquisa da USP descobriu que o índice de positividade
de anticorpos é significativamente maior nos pacientes ativos do que nos
fisicamente inativos.
De acordo com o professor Bruno Gualano, primeiro
autor da pesquisa, para cada 10 pacientes inativos que apresentaram
soropositividade (presença de anticorpos), 15 ativos tiveram o mesmo resultado.
Em conclusão, levando-se em conta os demais benefícios
da atividade física, na prevenção tanto de doenças crônicas quanto de casos
graves de COVID-19, os pesquisadores recomendaram a promoção clínica de
exercícios.
Para eles, uma rotina regular de atividades físicas
serve como uma ferramenta barata e capaz de reduzir a baixa resposta vacinal,
principalmente em grupos de risco, como pessoas idosas e com o sistema
imunológico enfraquecido.
Como foi realizada a análise
Publicado na revista Sports Medicine, o estudo
analisou 748 pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
USP. Entre eles, 421 praticavam atividades físicas regularmente e 327 eram
inativos. Todos contavam com esquema vacinal completo por seis meses.
Para definir se um paciente é fisicamente ativo ou
inativo, a pesquisa utilizou o parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS),
que considera ativa uma pessoa que realiza alguma atividade física moderada ou
intensa por, pelo menos, 150 minutos por semana.
Já para avaliar a capacidade de proteção fornecida
pela vacina a longo prazo, os autores do estudo realizaram exames sorológicos
que verificam a quantidade de anticorpos IgG e a presença de anticorpos
neutralizantes (NAb), que estão associados à resposta imunológica da vacina.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/noticias/38395-atividade-fisica-pode-prolongar-efeito-das-vacinas-da-covid?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9528846
- Escrito por Murilo Feijo - Redação Minha Vida
Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás
a glória de Deus?
João 11:40
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