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domingo, 20 de fevereiro de 2022

COVID-19 pode impactar a memória e saúde mental, diz USP


Cerca de 51,1% dos participantes relataram ter percebido declínio da memória após internação por COVID-19

 

Em um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), foi observado uma alta prevalência de déficits cognitivos e transtornos psiquiátricos em pacientes que se recuperaram das formas moderada e grave da infecção pela COVID-19.

 

A pesquisa, que teve início em 2021 e foi publicada recentemente, contou com 425 participantes avaliados entre seis a nove meses após alta hospitalar do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

 

Para fazerem as avaliações, os pesquisadores tiveram como método entrevista psiquiátrica estruturada, testes psicométricos e uma bateria cognitiva.

 

Os resultados completos foram divulgados na revista General Hospital Psychiatry e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

 

Depressão, ansiedade e estresse pós COVID-19

O principal intuito do estudo era entender se o coronavírus e a doença por ele causada têm impacto no longo prazo, produzindo manifestações tardias no sistema nervoso central.

 

Segundo os resultados da pesquisa, cerca de 51,1% dos participantes relataram ter percebido um declínio da memória após a infecção, enquanto outros 13,6% desenvolveram transtorno de estresse pós-traumático.

 

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) foi diagnosticado em 15,5% dos voluntários, sendo que em 8,14% deles o problema surgiu após o coronavírus.

 

Já o diagnóstico de depressão foi estabelecido para 8% dos pacientes, em 2,5% deles somente após a internação.

 

"Nenhuma das alterações cognitivas ou psiquiátricas observadas nesses pacientes se correlaciona com a gravidade do quadro", conta ao Jornal da USP, Rodolfo Damiano, médico residente do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor do artigo.

 

O médico esclarece que também não foi observada nenhuma associação com a conduta clínica adotada no período de hospitalização ou com fatores socioeconômicos, como perda de familiares ou prejuízos financeiros durante a pandemia de COVID-19.

 

Conclusão da pesquisa

Este foi o primeiro estudo a acessar as taxas de morbidade psiquiátrica e cognitiva após formas moderadas ou graves de COVID-19 usando medidas padronizadas.

 

Para o professor e pesquisador Eurípedes Constantino Miguel Filho, o fato de não ter sido encontrada uma correlação clara entre a condição psiquiátrica e a magnitude da doença na fase aguda ou a fatores psicossociais indica que as sequelas deixadas pela presença do vírus no corpo - como inflamações e a presença do vírus no cérebro - teriam ligação direta com o surgimento de transtornos como a depressão e ansiedade.

 

"A presença de manifestações clínicas, como perdas cognitivas, cefaleias, anosmia [perda do olfato] e outras alterações neurológicas nesses pacientes contribuem com evidências adicionais de que essas alterações psiquiátricas possam refletir a ação do sars-cov-2 no sistema central", explica o médico.

 

Atualmente o grupo de pesquisadores estudam para descobrir se há correlação entre o grau de inflamação durante a fase aguda da COVID-19 e o desenvolvimento de sintomas neuropsiquiátricos.

 

Para quem já foi afetado, os pesquisadores indicam vacinação e acompanhamento psiquiátrico, além de meditação, exercícios físicos e reabilitação cognitiva.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/noticias/38430-covid-19-pode-impactar-a-memoria-e-saude-mental-diz-usp - Escrito por Thaynara Moreira - Redação Minha Vida


Sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas.

Salmo 147:3


quinta-feira, 22 de abril de 2021

Alimentação tem papel importante na recuperação da COVID-19


Imunidade alta ajuda na recuperação da COVID-19; saiba quais alimentos consumir e quais evitar

 

Com a repercussão que as fake news tomam nas redes sociais você já deve ter visto alimentos milagrosos que supostamente "curam a COVID-19", não é mesmo? Já foi provado que isso é mentira e que não existe nenhum alimento capaz de acabar com a pandemia.

 

Mas uma coisa que não podemos negar é que a alimentação é primordial para passar pelo período de recuperação da COVID-19. Sobretudo para pacientes que se infectaram e conseguem se tratar em casa e até mesmo os que receberam alta do hospital e devem receber cuidados no lar.

 

"Sabemos que o estado nutricional adequado é fundamental para a manutenção e recuperação da saúde. Quem possui uma boa alimentação e apresenta um estado nutricional adequado, garante o bom funcionamento do organismo e, consequentemente, uma recuperação mais rápida no caso de qualquer doença, o que não será diferente com a COVID-19", explica a nutricionista Simone Silva, especialista da Clínica Simone Neri.

 

Alimentação saudável na recuperação da COVID-19

O sistema imunológico é um conjunto de células que desempenham a função de proteger o corpo contra micro-organismos estranhos, como os vírus. Portanto, quando a imunidade está baixa, o corpo fica desprotegido e propenso a infecções.

 

A alimentação tem o papel de manter esse sistema atuante, fornecendo a ele os nutrientes capazes de ajudá-lo a responder aos invasores. "Uma ótima forma de não termos uma baixa na imunidade é apostar em uma refeição ajustada e completa, com alimentos ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico de forma natural", indica a nutricionista Simone Silva.

 

Opte sempre por alimentos in natura como frutas, legumes, verduras, diversos tipos de grãos, tubérculos, oleaginosas, raízes, carnes e ovos. "Inclua na alimentação fontes de vitaminas A, C e D, ômega-3, zinco e ferro, que podemos encontrar em alimentos como limão, laranja, abacaxi, kiwi, brócolis, couve, espinafre, feijão, beterraba, grão de bico, aveia, amêndoas e castanhas, peixe, banana, leite", recomenda a nutricionista Nathali Loyola.

 

Evite alimentos ultraprocessados

As recomendações do Guia Alimentar Brasileiro apontam que a base de uma alimentação saudável é aquela com alimentos in natura ou minimamente processados. Os ultraprocessados, como cereais matinais, caldos e temperos instantâneos, biscoitos, sorvete, refrigerantes, produtos congelados, fast-food entre outros devem ser evitados por serem ricos em aditivos, açúcar, sódio e conservantes. "Esses alimentos são inflamatórios, prejudicando o sistema imunológico e contribuindo para a vulnerabilidade ao vírus", fala Nathali.

 

A nutricionista Simone Silva esclarece que os alimentos ultraprocessados e com alta densidade calórica são nutricionalmente desbalanceados, o que exige um esforço maior do organismo para metabolização. O seu consumo em excesso está diretamente associado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e hipertensão - fatores de risco para a COVID-19.

 

Hidratação é essencial

Beber água é fundamental para transportar nutrientes e oxigênio no sangue. E se a hidratação é essencial quando estamos saudáveis, quando estamos enfermos ela é ainda mais necessária. "Uma desidratação pode piorar o quadro de saúde, atrapalhando o funcionamento adequado das células e prejudicando o sistema imunológico contra a infecção", fala Simone. Para adultos, a recomendação média é de dois litros de água por dia.

 

Hidratação é essencial

Beber água é fundamental para transportar nutrientes e oxigênio no sangue. E se a hidratação é essencial quando estamos saudáveis, quando estamos enfermos ela é ainda mais necessária. "Uma desidratação pode piorar o quadro de saúde, atrapalhando o funcionamento adequado das células e prejudicando o sistema imunológico contra a infecção", fala Simone. Para adultos, a recomendação média é de dois litros de água por dia.

 

Exemplo de cardápio saudável

A nutricionista Simone descreve como um bom café da manhã aquele que tem uma boa fonte de proteína (ovo, leite, iogurte), preparações à base de carboidratos (pães integrais, tubérculos), sementes fonte de fibras (quinoa, chia, linhaça) e frutas rica em vitamina C, antioxidante que aumenta a resistência do organismo (laranja, goiaba, limão, acerola, abacaxi).

 

Já no almoço e jantar, ela indica incluir uma fonte de carboidrato (arroz, batata, mandioca), proteína (carnes magras) associadas a leguminosas (feijão, lentilha), legumes e verduras.

 

Confira abaixo um exemplo de cardápio ensinado pela nutricionista Nathali Loyola. Lembrando que este é apenas um exemplo, sendo necessário consultar especialistas da área de nutrição para que o seu caso seja avaliado individualmente, assim como as porções indicadas.

 

Café da manhã: suco de acerola sem açúcar + 2 fatias de pão integral com queijo + uma porção de frutas com mix de grãos;

Lanche da manhã: 1 copo de água de coco;

 

Almoço: arroz + feijão + salada verde escura ( rúcula, couve, espinafre) + frango em cubos com açafrão;

Sobremesa: 1 laranja; Lanche da tarde: iogurte com granola e 1 suco de limão;

 

Jantar: Legumes refogados (abobrinha, cenoura, quiabo, vagem) + omelete com queijo e gergelim + suco de uva natural;

Ceia: chá de erva doce + maracujá.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/37504-alimentacao-tem-papel-importante-na-recuperacao-da-covid-19?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9049273 - Escrito por Raisa Cavalcante

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Sono é insubstituível para a recuperação do cérebro


O sono é onipresente no mundo animal e é vital para o funcionamento saudável.

 

Você deve saber bem disso, mas os cientistas têm atestado a importância do sono em experimentos, por exemplo, com um pouco de sono após uma atividade física melhorando o desempenho em várias tarefas, em comparação com períodos iguais de descanso acordado.

 

No entanto, não está claro até agora se isso é devido a um refinamento ativo das conexões neurais ou meramente devido à ausência de novas entradas sensoriais durante o sono.

 

Agora, pesquisadores finalmente conseguiram indícios que comprovam que dormir é mais do que simplesmente um descanso para o cérebro.

 

Em outras palavras, não adianta descansar, você precisa dormir para se recuperar.

 

"O sono é insubstituível para a recuperação do cérebro. Ele não pode ser substituído por períodos de descanso para melhorar o desempenho. O estado do cérebro durante o sono é único," ressalta o professor Christoph Nissen, da Universidade de Freiburg (Alemanha), que fez o estudo com seus colegas da Universidade de Berna (Suíça).

 

Sono limpa o cérebro eliminando toxinas

Sono versus descanso

 

Em estudos anteriores, Nissen e sua equipe forneceram indícios que dão suporte à ideia de que o sono tem uma função dupla para o cérebro: Conexões não utilizadas são enfraquecidas e conexões relevantes são fortalecidas.

 

Neste estudo publicado agora, os pesquisadores realizaram um experimento de aprendizagem visual com 66 participantes.

 

Primeiro, todos os participantes foram treinados para distinguir certos padrões; depois, um grupo ficava acordado assistindo vídeos ou jogando tênis de mesa; o segundo grupo dormiu por uma hora, enquanto um terceiro grupo permaneceu acordado, mas em uma sala escura, sem estímulos externos e sob condições de laboratório para garantir que ninguém ia dormir, só descansar sem nenhum estímulo.

 

O grupo que dormiu não apenas apresentou um desempenho significativamente melhor do que o grupo que estava acordado e ativo, como também teve um desempenho significativamente melhor do que o grupo que estava acordado, mas privado de qualquer estímulo externo.

 

A melhora no desempenho foi associada à atividade típica do sono profundo do cérebro, que tem uma função importante para a conectividade das células nervosas.

 

"Isso mostra que é o próprio sono que faz a diferença," disse o professor Dieter Riemann, coautor do trabalho.

 

De quantas horas de sono precisamos?

 

Checagem com artigo científico:

Artigo: Sleep is more than rest for plasticity in the human cortex

Autores: Christoph Nissen, Hannah Piosczyk, Johannes Holz, Jonathan G Maier, Lukas Frase, Annette Sterr, Dieter Riemann, Bernd Feige

Publicação: Sleep

DOI: 10.1093/sleep/zsaa216

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=sono-insubstituivel-recuperacao-cerebro&id=14515 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Anticorpos de COVID não duram para sempre, diz estudo


Pesquisa verificou que taxas de anticorpos desabam durante recuperação da Covid-19

 

A imunidade contra COVID-19 pode não ser tão duradoura, é o que avalia um estudo publicado na última segunda-feira (7) no periódico científico Science Immunology.

 

A pesquisa elaborada por cientistas da Universidade de Stanford analisou as interações de anticorpos produzidos contra o coronavírus (SARS-CoV-2).

 

Para a elaboração do estudo, 254 pessoas positivas para SARS-CoV-2 foram observadas ao longo de cinco meses. Dessas, 79 foram hospitalizadas com COVID-19, 175 não precisaram de internação e 25 morreram.

 

A partir de testes de RT-PCR, pesquisadores observaram como o corpo das pessoas que fizeram parte do estudo produziam os anticorpos.

 

De acordo com os dados descobertos, três tipos de anticorpos (IgA, IgM e IgG) normalmente são detectáveis no sangue logo no começo da infecção pelo SARS-CoV-2 - cerca de duas semanas após o contágio, quando o corpo já manifestou os primeiros sintomas de COVID-19.

 

Para os cientistas, isso mostra uma reação do sistema imunológico que ajuda a combater a doença logo de cara, mesmo que ela não tenha atingido seu nível mais intenso.

 

Entretanto, conforme o tempo de recuperação avança, os níveis de IgA e IgM caem rapidamente - isso acontece a partir da quarta e quinta semana de tratamento. As taxas de IgG chegam a se manter no corpo por mais tempo, mas ainda assim também entram em declínio.

 

"É importante notar que a diminuição dos níveis de anticorpos não indica necessariamente que toda a imunidade será perdida", diz o estudo.

 

"É possível que a produção local de anticorpos na mucosa nas vias aéreas possa ajudar a prevenir ou impedir a infecção por SARS-CoV-2 após a reexposição. Mesmo que os anticorpos diminuam para níveis indetectáveis, as células B e T de memória estimuladas por infecção podem fornecer uma resposta mais rápida ou eficaz após uma exposição futura".

 

Reinfecção

Um dos temores sobre o coronavírus é um possível quadro de reinfecção e reincidência de COVID-19. Segundo o estudo de Stanford, ainda não é possível estabelecer qual fração da população será suscetível à reinfecção - e que será necessário tempo adicional de estudo e acompanhamento para obter essas informações.

 

"Os relatórios iniciais de reinfecção oferecem alguma esperança de que o SARS-CoV-2 possa se comportar de maneira semelhante a outros coronavírus da comunidade, com a reinfecção geralmente produzindo uma doença mais branda do que a infecção inicial".

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37105-anticorpos-de-covid-nao-duram-para-sempre-diz-estudo - Escrito por Redação Minha Vida

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Alimentos ricos em ômega-3 melhoram recuperação após infarto


Pacientes que ingeriam os ácidos graxos e tiveram infarto apresentaram melhor recuperação e menor risco de morte.

 

Ômega-3 e infarto

 

O consumo regular de alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, de origem animal e vegetal, fortalece as membranas do coração e ajuda a melhorar o prognóstico em caso de infarto do miocárdio.

 

Para chegar a essas conclusões, Iolanda Lázaro e seus colegas do Instituto de Pesquisas Médicas (Espanha) utilizaram dados de 950 pacientes internados no Hospital do Mar após terem sofrido um infarto.

 

Os níveis de ômega-3 no sangue desses pacientes foram medidos quando eles foram internados no hospital para tratamento do ataque cardíaco. Essa medida indica, com muita precisão, a quantidade dessas gorduras boas que os pacientes ingeriram nas semanas anteriores, ou seja, antes do ataque cardíaco.

 

Os pacientes foram monitorados por três anos após a alta, e os pesquisadores observaram que níveis elevados de ômega-3 no sangue no momento do infarto - consumidos nas semanas anteriores ao ataque cardíaco - desempenharam um papel crucial para salvar a vida ou melhorar a recuperação dos pacientes.

 

Benefícios dos ácidos graxos ômega-3

 

O ácido eicosapentaenoico (EPA) é um tipo de ácido graxo ômega-3 encontrado em peixes. Quando comemos esse peixes oleosos regularmente, o EPA é incorporado aos fosfolipídios nas membranas dos cardiomiócitos, protegendo-os de uma ampla variedade de estressores cardíacos.

 

Este enriquecimento das membranas miocárdicas limita os danos causados em caso de ataque cardíaco.

 

A grande novidade deste estudo é que os pesquisadores também monitoraram um outro ácido graxo ômega-3, de origem vegetal, conhecido como ácido alfa-linolênico (ALA). Essa gordura, que é encontrada nas nozes, bem como na soja e seus derivados, é muito menos estudada do que os ômega-3 de peixes.

 

Os pesquisadores observaram que o EPA e o ALA não competem, mas são complementares um ao outro. Enquanto altos níveis de EPA estão associados a um menor risco de readmissão hospitalar por causas cardiovasculares, níveis mais altos de ALA estão associados a um risco reduzido de morrer por decorrência do infarto.

 

Com isto, os pesquisadores recomendam que as pessoas adotem os dois tipos de ômega-3 na alimentação como prevenção para doenças cardiovasculares.

 

"Incorporar ômega-3 marinho e vegetal na dieta de pacientes com risco de doença cardiovascular é uma estratégia integrativa para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico se eles sofrerem um ataque cardíaco," resumiu o professor Antoni Bayés-Genís.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Circulating Omega-3 Fatty Acids and Incident Adverse Events in Patients With Acute Myocardial Infarction

Autores: Iolanda Lázaro, Ferran Rueda, Germán Cediel, Emilio Ortega, Cosme García-García, Aleix Sala-Vila, Antoni Bayés-Genís

Publicação: Journal of the American College of Cardiology

Vol.: 76, Issue 18

DOI: 10.1016/j.jacc.2020.08.073

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=alimentos-ricos-omega-3-melhoram-recuperacao-infarto&id=14412 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Iolanda Lázaro et al. - 10.1016/j.jacc.2020.08.073

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Gelo: quando e como usar na recuperação de lesões

 


Segundo fisioterapeuta, o gelo é um anti-inflamatório natural recomendado para aliviar dores e inchaço

 

O hábito de colocar uma bolsa com gelo em determinada área do corpo quando surge uma dor é bem comum e tem benefícios reais. De acordo com o fisioterapeuta Maurício Garcia, a técnica chamada de crioterapia é eficaz no tratamento de lesões - porém, é necessário entender o momento certo de utilizá-la.

 

O especialista explica que, em geral, o método é indicado para reduzir sintomas clássicos de processos inflamatórios. Segundo Garcia, isso acontece porque o gelo é um anti-inflamatório natural (e o melhor: não traz riscos à saúde e é de fácil acesso).

 

Entretanto, o fisioterapeuta lembra que é importante compreender que o gelo nem sempre diminui a resposta inflamatória do corpo, atuando apenas no alívio dos sintomas de um problema ou lesão. Entre os desconfortos que podem ser reduzidos com o gelo, estão:

 

Dor

Inchaço (edema)

Vermelhidão (rubor)

Aumento da temperatura local

Diminuição da função do membro ou da articulação

 

Quando usar gelo para tratar lesões

Desse modo, a indicação do gelo para o tratamento de lesões é restrita ao controle da dor e do edema. "Eu utilizo e recomendo gelo tanto na fase aguda quanto nas fases crônicas no tratamento de lesões ortopédicas, ainda que sua utilização seja controversa", diz o fisioterapeuta Maurício Garcia.

 

Além disso, é importante ter certo cuidado na aplicação do gelo, evitando regiões com grandes nervos superficiais (como o lado externo do joelho, por exemplo), áreas mais sensíveis e extremidades de mãos e pés. Garcia também reforça para nunca dormir com uma bolsa de gelo junto a qualquer parte do corpo.

 

Como usar o gelo em lesões

O uso do gelo na área afetada pode ser feita de diferentes formas. Garcia alerta apenas sobre o cuidado de fazer a aplicação em ciclos de 15 a 20 minutos a cada hora, sempre utilizando algum material para proteger a pele, como plástico ou tecido.

 

Alguns possíveis usos do gelo em lesões são:

 

Bolsas com gelo

Bolsas de gel congelado

Bolsas químicas

Imersão em água gelada

Massagem com gelo

Sprays com efeito congelante

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/36796-gelo-quando-e-como-usar-na-recuperacao-de-lesoes - Escrito por Maria Beatriz Melero

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Descoberta substância que recupera massa muscular e óssea


Recuperação de ossos e músculos

Idosos e pessoas que sofrem de músculos e ossos fracos devido a doenças logo poderão se beneficiar de um novo grupo de medicamentos, capaz de aumentar a massa muscular e óssea.

Em experimentos com animais de laboratório, as cobaias readquiriram a integridade dos músculos e ossos em poucos dias.

Pesquisadores da Universidade de Aarhus (Dinamarca) e do Centro Médico Erasmus (Holanda) batizaram o novo grupo de medicamentos benéfico para perda de massa óssea e muscular de IASPs, Inibidores da Via de Sinalização de Receptores de Activina (Inhibitors of the Activin-receptor Signaling Pathway).

"As IASPs inibem uma via de sinalização que é encontrada em praticamente todas as células. A diferença entre as várias medicações do grupo é que elas inibem rotas diferentes na via," explicou o professor Andreas Lodberg.

Com isto, é possível obter um efeito em diferentes tecidos, como tecido muscular, tecido ósseo ou células sanguíneas, dependendo da IASP utilizada.

"Nós constatamos um aumento de 19% na massa muscular em camundongos depois de apenas uma semana. Ao mesmo tempo, como um efeito sobre a massa muscular, vimos que as drogas também combatem a osteoporose.

"Se os resultados dos estudos clínicos continuarem a se mostrar tão promissores, fará todo o sentido tratar pacientes idosos frágeis que sofrem perda muscular como resultado de doenças crônicas com uma IASP. [Será benéfico] tanto para o paciente individual quanto para a economia nacional, uma vez que quedas e ossos quebrados em pacientes idosos representam uma questão de alto custo, com alta mortalidade, e também porque a perda de massa muscular devido a doenças crônicas impacta na qualidade de vida e nas taxas de mortalidade," concluiu Lodberg.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=descoberta-substancia-recupera-massa-muscular-ossea&id=13395 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay