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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Alimentos ricos em ômega-3 melhoram recuperação após infarto


Pacientes que ingeriam os ácidos graxos e tiveram infarto apresentaram melhor recuperação e menor risco de morte.

 

Ômega-3 e infarto

 

O consumo regular de alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, de origem animal e vegetal, fortalece as membranas do coração e ajuda a melhorar o prognóstico em caso de infarto do miocárdio.

 

Para chegar a essas conclusões, Iolanda Lázaro e seus colegas do Instituto de Pesquisas Médicas (Espanha) utilizaram dados de 950 pacientes internados no Hospital do Mar após terem sofrido um infarto.

 

Os níveis de ômega-3 no sangue desses pacientes foram medidos quando eles foram internados no hospital para tratamento do ataque cardíaco. Essa medida indica, com muita precisão, a quantidade dessas gorduras boas que os pacientes ingeriram nas semanas anteriores, ou seja, antes do ataque cardíaco.

 

Os pacientes foram monitorados por três anos após a alta, e os pesquisadores observaram que níveis elevados de ômega-3 no sangue no momento do infarto - consumidos nas semanas anteriores ao ataque cardíaco - desempenharam um papel crucial para salvar a vida ou melhorar a recuperação dos pacientes.

 

Benefícios dos ácidos graxos ômega-3

 

O ácido eicosapentaenoico (EPA) é um tipo de ácido graxo ômega-3 encontrado em peixes. Quando comemos esse peixes oleosos regularmente, o EPA é incorporado aos fosfolipídios nas membranas dos cardiomiócitos, protegendo-os de uma ampla variedade de estressores cardíacos.

 

Este enriquecimento das membranas miocárdicas limita os danos causados em caso de ataque cardíaco.

 

A grande novidade deste estudo é que os pesquisadores também monitoraram um outro ácido graxo ômega-3, de origem vegetal, conhecido como ácido alfa-linolênico (ALA). Essa gordura, que é encontrada nas nozes, bem como na soja e seus derivados, é muito menos estudada do que os ômega-3 de peixes.

 

Os pesquisadores observaram que o EPA e o ALA não competem, mas são complementares um ao outro. Enquanto altos níveis de EPA estão associados a um menor risco de readmissão hospitalar por causas cardiovasculares, níveis mais altos de ALA estão associados a um risco reduzido de morrer por decorrência do infarto.

 

Com isto, os pesquisadores recomendam que as pessoas adotem os dois tipos de ômega-3 na alimentação como prevenção para doenças cardiovasculares.

 

"Incorporar ômega-3 marinho e vegetal na dieta de pacientes com risco de doença cardiovascular é uma estratégia integrativa para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico se eles sofrerem um ataque cardíaco," resumiu o professor Antoni Bayés-Genís.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Circulating Omega-3 Fatty Acids and Incident Adverse Events in Patients With Acute Myocardial Infarction

Autores: Iolanda Lázaro, Ferran Rueda, Germán Cediel, Emilio Ortega, Cosme García-García, Aleix Sala-Vila, Antoni Bayés-Genís

Publicação: Journal of the American College of Cardiology

Vol.: 76, Issue 18

DOI: 10.1016/j.jacc.2020.08.073

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=alimentos-ricos-omega-3-melhoram-recuperacao-infarto&id=14412 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Iolanda Lázaro et al. - 10.1016/j.jacc.2020.08.073

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Agrotóxicos nos alimentos: quais têm menos?

Entenda a preocupação com os impactos dos pesticidas na saúde e veja quais são os alimentos com menos agrotóxicos na produção

Como evitar a presença dos agrotóxicos na alimentação? Essa é uma dúvida frequente e preocupante entre a população, uma vez que essas substâncias estão presentes na produção agrícola e são associadas a diversos problemas na saúde - que vão desde uma intoxicação ao comprometimento de certas funções do organismo.

Por isso, entenda o que são os agrotóxicos e qual a diferença entre os alimentos com e sem pesticidas. Além disso, confira quais produtos possuem menor taxa de agrotóxicos em sua composição, de acordo com a nutricionista Ana Paula Gava.

O que são agrotóxicos
Os agrotóxicos são pesticidas utilizados no cultivo de alimentos, como um instrumento da produção agrícola para evitar a perda de alimentos. A grande questão relacionada ao uso dessas substâncias são os potenciais riscos à saúde, causados pela ingestão dos agrotóxicos.

Alimentos sem agrotóxicos X alimentos com agrotóxicos
A alta quantidade de agrotóxicos em alimentos pode induzir a danos no funcionamento do intestino, porque suas propriedades afetam parte da flora intestinal, incluindo as funções probióticas responsáveis pelo trânsito de alimentos no organismo.

Além disso, estudos atuais também indicam que os agrotóxicos, mesmo em quantidades pequenas, podem levar aos seguintes riscos à saúde:

Dor de cabeça
Náuseas
Dor de estômago
Dor lombar
Disúria
Diagnóstico médico de gastrite/epigastralgia
Depressão
Ansiedade
Mialgia
Irritabilidade
Cólicas abdominais

Por isso, é recomendado o cuidado na seleção dos alimentos, além de uma higienização cuidadosa de produtos frescos, como frutas, verduras e legumes, para remover quaisquer resíduos restantes.

A preferência por alimentos orgânicos, que são aqueles cultivados sem o uso de pesticidas, também costuma ser indicada para evitar riscos à saúde. No entanto, como nem sempre se têm acesso imediato e rápido a esses produtos, uma saída é escolher alimentos que absorvem menos agroquímicos durante a produção.

Veja a seguir a lista da nutricionista Ana Paula Gava com alimentos que levam menos agrotóxicos e podem ser consumidos sem grandes riscos. Assim, seu cardápio estará sempre rico em nutrientes e muito mais saudável.

Alimentos com menos agrotóxicos
Abacate
Aspargos
Batata-doce
Berinjela
Brócolis
Caqui
Cebola
Coco
Ervilha-de-cheiro
Feijão
Jabuticaba
Kiwi
Manga
Melancia
Milho
Nêspera
Pitanga
Repolho
Rúcula
Tangerina

terça-feira, 23 de julho de 2019

Televisão: vale a pena ver menos


Ficar mais de três horas por dia em frente à TV pode ser fatal. Isso porque o hábito é considerado pano de fundo para várias doenças

Desligue a TV e vá ler um livro. Ou melhor, pode continuar aqui lendo a SAÚDE. O importante mesmo é sair da frente da telinha. É que, apesar de soar inofensivo, o hábito de ficar muito tempo na frente do aparelho pode ser prejudicial à saúde. Exagero? Segundo uma nova revisão de estudos da Escola Norueguesa de Ciências do Esporte, assistir a três horas ou mais de televisão por dia está associado a um aumento de 93% no risco de morte por qualquer causa.

Esse dado é particularmente preocupante para nós brasileiros. Afinal, falamos do meio de comunicação e de entretenimento mais utilizado por aqui. A última Pesquisa Brasileira de Mídia, conduzida pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, mostrou que gastamos, em média, quatro horas por dia diante da TV.

O excesso de tempo sentado é o principal vilão nessa novela. E o objetivo inicial da equipe norueguesa era descobrir se a atividade física poderia amenizar, ou até eliminar, os riscos atrelados a esse comportamento. Os resultados apontaram que sim: é possível anular o perigo com, no mínimo, uma hora de exercícios todo santo dia. O surpreendente, no entanto, foi que mexer o esqueleto não diminuiu (muito menos fez desaparecer) a probabilidade de piripaques entre as pessoas que dedicavam várias horas a filmes, seriados e demais programas televisivos.

Foi aí que os cientistas notaram que o sofá não é o único inimigo – outros hábitos pioram a situação. “Sentar em frente à TV pode estimular atitudes ruins, como a ingestão de alimentos e bebidas pouco saudáveis“, exemplifica o epidemiologista Ulf Ekelund, um dos responsáveis pela revisão. Ou seja: três horinhas na sala ou no quarto olhando para o televisor parecem ser mais nocivas do que aquelas horas na cadeira do escritório.

“Ainda que pouco, no trabalho você acaba se movimentando para pegar um café, entregar um documento ou conversar com um colega. Isso dificilmente ocorre quando se está vendo TV”, compara o educador físico Raul Santos de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo. Para muita gente, só faz sentido levantar no meio de um episódio da série predileta se for para buscar um petisco – e, aí, o enredo se complica.

Outra agravante está no horário em que o corpo fica inerte e com olhos vidrados. Na maioria das vezes, à noite, logo após o jantar. Isso prejudica a ação de uma enzima chamada lipoproteína lipase, responsável por eliminar as moléculas de gordura dos vasos sanguíneos. Essa falha favorece o ganho de peso e torna o ambiente propício para um filme de terror no organismo, com direito a maior probabilidade de infarto no final.

O conteúdo publicitário veiculado nas telas também dá sua contribuição. Estudiosos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, analisaram 239 propagandas de alimentos e notaram que 85% dos produtos anunciados eram doces e fontes de gorduras. Frutas, hortaliças e verduras nem sequer apareciam nos comerciais. “A questão é que a mídia exerce grande influência em relação àquilo que consumimos”, lembra o educador físico Grégore Mielke, da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

Mas não tem jeito. Precisamos retomar aquela história de ficar horas a fio com as nádegas afundadas no sofá, já que o conflito todo para o nosso corpo começa justamente aí. Para uma porção de gente, esse comportamento faz parte da rotina e da profissão. Pode até parecer bastante confortável, mas a realidade é que cada célula do organismo está alvoroçada só esperando que você se mexa. “Nosso corpo foi feito para se movimentar”, ressalta a educadora física Cláudia Forjaz, da Universidade de São Paulo. O sedentarismo, de certo modo, vai contra a nossa natureza.

O sangue que corre pelas artérias, por exemplo, depende desse agito para viajar sem entraves. Logo, se permanecemos parados feito múmia de filme B, aumenta o perigo de um entupimento nessa rede. Não à toa, em uma pesquisa da Universidade Osaka, no Japão, o hábito elevou em 70% o risco de embolia pulmonar – condição marcada por um bloqueio nos vasos dos pulmões. “Apesar de não termos investigado a causa do problema, acreditamos que seja consequência da redução na velocidade da circulação sanguínea. E isso é resultado do tempo excessivo que as pessoas passam sentadas”, explica o epidemiologista Toru Shirakawa. “Fazer uma pausa, levantar e caminhar um pouco pelos arredores já ajuda a prevenir essas complicações”, aconselha.

Cláudia concorda e ainda ensina uma conta simples para usar no dia a dia. “Para cada meia hora na cadeira, o ideal é passar cinco minutos em pé”, diz. Se achar difícil adotar esse esquema imediatamente, ou estiver em uma semana atribuladíssima no trabalho, saiba que mexer um pouco as pernas faz diferença. Foi o que concluiu um experimento publicado recentemente no periódico American Journal of Physiology Heart and Circulatory Physiology. Depois de analisar a função vascular dos membros inferiores de 11 jovens saudáveis antes e depois de ficarem três horas na cadeira, os estudiosos concluíram que movimentar essa região do corpo, ainda que sentado, traz vantagens aos vasos.

“No entanto, a melhor saída para driblar os efeitos do comportamento sedentário é apostar na atividade física”, frisa o educador físico Rodrigo Reis, do Centro de Pesquisa em Prevenção da Universidade Washington em St. Louis, nos Estados Unidos. “Ela não só reduz a probabilidade de danos como traz benefícios extras”, complementa. “Nossos resultados sugerem que a prática diária de 60 a 75 minutos de exercícios elimina o risco de morte decorrente do excesso de tempo sentado”, reforça Ekelund, do trabalho norueguês.

Mas vale a pena ler de novo: além de suar a camisa, é crucial aproveitar o tempo de folga para investir em atividades que não incluam só ficar prostrado em frente à televisão. É isso que enterra de vez as chances de levar uma vida mais equilibrada. No lugar, que tal dar início a um curso de pintura? Ou, ainda, reunir-se mais com a família e os amigos? Também dá para intercalar um episódio da série do momento com capítulos de um livro – sempre lembrando de ficar em pé vez ou outra. Atitudes singelas podem tanto minimizar o drama ao longo do roteiro como ajudar a evitar finais infelizes.

Sentado e doente
Por que a inércia abala o corpo todo

Coluna indefesa
A postura dos sentados, em geral, é curvada, o que pode danificar os discos que ficam entre as vértebras.

Coração ferrado
Como o sangue não circula direito, os vasos correm maior risco de entupir e sobrecarregar o músculo cardíaco.

Cabeça de zumbi
Com menos oxigênio trafegando, o cérebro falha na missão de nos deixar alertas. Cai, portanto, nosso nível de concentração.

Cadê o fôlego?
A má postura deixa os pulmões sem espaço para expandir. Isso limita a quantidade de oxigênio que será enviada ao sangue.

Peso pesado
O sedentarismo, somado à ingestão de alimentos calóricos, leva ao acúmulo de gordura no organismo.

Doce veneno
A falta de movimento dificulta a conversão do açúcar presente na circulação em energia. É um passo para o diabete.

Por que levantar?
Os números confirmam: ficar sentado não é nada bom

13% é quanto sobe o risco de mortalidade por assistir à TV durante mais de duas horas.
5% é quanto aumenta a probabilidade de morrer a cada duas horas extras sentado.
4% das mortes no mundo seriam evitadas com três horas a menos na cadeira ou no sofá.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/televisao-vale-a-pena-ver-menos/ - Por Karolina Bergamo - Foto: Dulla

quinta-feira, 21 de março de 2019

Ficar menos tempo sentado pode prolongar sua vida, diz estudo


Não precisa ficar horas na academia para melhorar sua saúde. Basta levantar-se e estar em movimento por 30 minutos diários

Passar muito tempo sentado já foi apontado como um fator que pode desencadear diversos problemas de saúde, como as doenças cardiovasculares. Porém, um novo estudo descobriu que, ao substituir 30 minutos em que estaria sentado por alguma atividade ou movimento de baixa intensidade, já é possível aumentar a expectativa de vida. Isso mesmo, esses poucos minutos diários podem ser capazes de te ajudar a viver mais (e melhor).

O estudo, publicado no American Journal of Epidemiology, mostrou que essa ação resulta em um risco 17% menor de morte prematura. Isso apenas considerando uma atividade de baixa intensidade, como andar um pouco. Se considerarmos um movimento de intensidade mais alta, o efeito também é maior: a mesma quantidade de exercício moderado ou vigoroso diário corresponde a um risco de mortalidade 35% menor.

O coautor do estudo Keith Diaz, professor assistente de medicina comportamental do Centro Médico Irving, da Universidade de Columbia, explica que "o exercício não precisa ser feito por horas a fio e é algo que qualquer um pode fazer. Apenas requer caminhar, mesmo por curtos períodos de tempo".

Mas é claro que, se você puder se dedicar mais à atividade física, melhor. Os pesquisadores descobriram que os benefícios da longevidade aumentavam à medida que a atividade física se acumulava: uma hora de exercícios traz duas vezes mais benefícios do que meia hora.

O estudo usou dados de quase 8 mil americanos saudáveis ??com mais de 45 anos e que usaram rastreadores de atividade física por pelo menos quatro dias como parte de um estudo separado. Os pesquisadores usaram esses dados para calcular quanto tempo as pessoas passaram sendo sedentárias em comparação com o período que estiveram ativas. Assim, eles rastrearam os dados de saúde e mortalidade das pessoas durante mais de cinco anos de acompanhamento. Então, criaram simulações para demonstrar como aumentar a quantia de movimento, reduzindo o tempo de sedentarismo, poderia afetar o risco de mortalidade.


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Alcoolismo tira 7,6 anos de sua vida e pode te deixar propenso a 27 outras doenças

Um estudo observacional da Inglaterra, que se estendeu por um período de 12,5 anos, descobriu que pacientes alcoólatras internados, em comparação com outros pacientes de vários hospitais, tem em média 7,6 anos a menos de vida.

Os pesquisadores analisaram as doenças físicas de 23.371 pacientes de hospitais com dependência de álcool na cidade inglesa de Manchester, e compararam esses dados com os de um grupo de 233.710 pacientes sem alcoolismo selecionados aleatoriamente.

“Durante o período de observação, cerca de um em cada cinco pacientes com alcoolismo morreu, enquanto apenas um em cada doze pacientes do grupo controle morreu”, disse o Dr. Reinhard Heun, do Hospital Royal Derby, na Inglaterra.

27 doenças concomitantes

Além disso, um total de 27 doenças físicas ocorreram mais frequentemente em pacientes com dependência de álcool, no geral doenças no fígado, pâncreas, vias respiratórias, trato gastrointestinal e sistema nervoso.

Em contraste, ataques cardíacos, doença cardiovascular e cataratas foram algumas das doenças que apareceram menos frequentemente em pacientes com o alcoolismo.

Mas isso pode ser devido a uma falta de documentação de certas condições. Os pacientes com problemas de dependência são frequentemente internados em hospitais como casos de emergência. Sendo assim, no momento do diagnóstico, é dada prioridade aos sintomas agudos – o que pode contribuir para o fato de que nem todas as doenças físicas são registradas.

Verdade verdadeira

Segundo os pesquisadores, o grande número de pacientes incluídos no estudo e o grupo de controle global permitiram uma avaliação sofisticada do peso do alcoolismo na expectativa de vida.

 “Os resultados são de hospitais gerais em Manchester, no entanto eles são representativos por causa das grandes quantidades de amostras aleatórias e podem, portanto, ser transferidos para outros hospitais gerais em outros países”, disse o Dr. Dieter Schoepf, do Hospital da Universidade de Bonn. [Science20]

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Quais são os esportes mais sedentários?

O bilhar é o esporte que gasta menos calorias, de acordo com o livro Fisiologia do Exercício, de William McArdle, mas é impossível definir um ranking oficial. Existem centenas de variáveis envolvidas. 
Um mesa-tenista pode gastar mais calorias em uma partida do que um jogador de futebol em um jogo inteiro, diz o médico Samir Daher, da Confederação Brasileira de Handebol. 
O ritmo com que o esporte é praticado, a frequência, o biótipo do praticante e o deslocamento exigido pelo jogo são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração. Assim, não há uma lista definitiva dos esportes mais e menos sedentários, e sim estimativas. 
A lista abaixo, por exemplo, estima quanto um indivíduo com 70 quilos gasta de calorias durante uma hora de atividade. Aliás, nem o conceito de esporte é consenso: aqui, consideramos esporte toda atividade física sujeita a regulamentos e que geralmente visa a competição. No futuro, quem sabe até jogar videogame vá ser considerado um esporte. Se isso acontecer, o Nintendo Wii pode entrar para a lista dos sedentários: em uma hora, ele queima 150 calorias, de acordo com um estudo da Universidade John Moores, na Inglaterra.

MOLEZA F.C.
Os esportes mais sedentários...

BILHAR (176 kcal)
É um esporte que requer mais concentração do que força física. Como há poucos deslocamentos - e, quando existem, são curtos e lentos -, não acelera muito o metabolismo.

CANOAGEM por lazer (185 kcal)
Na canoagem amadora, não é preciso lutar contra correntezas fortes - o esportista apenas segue o fluxo da água, sem contrações muito vigorosas para executar o movimento.

DANÇA LIVRE (214 kcal)
Por não ser profissional, requer só movimentos suaves, sem grandes deslocamentos ou movimentos complexos. Com isso, acaba gastando menos calorias.

VÔLEI (245 kcal)
Apesar de exigir saltos e movimentos intensos, tem deslocamentos extremamente curtos, de 2 a 3 metros, que reduzem o consumo calórico.

ARCO-E-FLECHA (273 kcal)
O esporte depende mais da parte psicológica. O esforço físico fica concentrado nos braços, que precisam segurar o arco corretamente e aguentar o tranco da flechada.

DUREZA F.C.
... e os que mais fazem suar

BOXE (932 kcal)
O esporte exige que o atleta se desloque bastante e dê vários pulinhos de um lado para outro para desviar do adversário, fora a energia gasta com os golpes.

SQUASH (890 kcal)
Bater a bolinha contra a parede parece brincadeira de criança, mas envolve muito deslocamento, velocidade, flexibilidade, força e resistência.

JUDÔ (819 kcal)Assim como as outras artes marciais, é um esporte que exige força, daí sua queima calórica. Sua prática também requer flexibilidade e coordenação motora.

NATAÇÃO - CRAWL (655 kcal)
Ao nadar nesse estilo, também conhecido como nado livre, o esforço maior fica por conta das pernas, dos braços e das costas, apesar de o esporte trabalhar o corpo todo.

BASQUETE (580 kcal) A queima de calorias é beneficiada principalmente pelo deslocamento em quadra. Cada atleta percorre, em média, 8 quilômetros durante uma partida.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-sao-os-esportes-mais-sedentarios - por Victor Bianchin | Edição 83

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Como treinar menos e aumentar sua performance e saúde


Recentemente, publicamos um artigo (7 segredos olímpicos para vencer na vida) sobre dicas de atletas para superar obstáculos. O esforço e a dedicação eram partes importantes desse pacote. No entanto, ficou claro que esforço demais pode ter efeitos negativos.

Agora, um estudo da Universidade de Copenhagen (Dinamarca), publicado no periódico científico Journal of Applied of Physiology, concluiu que um novo método de treino aumenta a performance e a saúde de corredores, reduzindo pela metade o tempo total de treino.

Nesse caso, mais é menos. Ou seja, os atletas treinam por menos tempo, mas tem uma melhora significativa no desempenho e, surpreendentemente, na saúde.

Esse novo método de treinamento é chamado de “conceito de treinamento 10-20-30”. O 10-20-30 consiste em corrida de baixa de intensidade de um quilômetro, seguida por 3 a 4 blocos de 5 minutos de corrida, intercalados por 2 minutos de descanso.

Esses blocos são compostos por 5 intervalos de um minuto, divididos em 30, 20 e 10 segundos de corrida em baixa, moderada e máxima intensidade, respectivamente. Ou seja:

• 1 quilômetro de aquecimento
• Bloco 1
• 10 segundos de corrida de alta intensidade
• 20 segundos de corrida de intensidade moderada
• 30 segundos de corrida de baixa intensidade (toda a sequência 5 vezes)
• Descanso de 2 minutos
• Bloco 2
• Idem bloco 1
• Bloco 3
• Idem bloco 2

Com isso, é necessário apenas 30 minutos de treino por dia, e já é possível ter um significativo aumento de desempenho, por exemplo, em corridas longas, como de 5 quilômetros. E, o melhor, a saúde melhora também.

O estudo

18 corredores moderadamente treinados participaram da pesquisa. Ao longo de sete semanas praticando o novo método “10-20-30”, os atletas melhoraram o desempenho em uma corrida de 1.500 metros em 23 segundos, e o desempenho em uma corrida de 5 quilômetros em quase um minuto, mesmo treinando apenas metade do tempo que costumavam treinar antes.

O bem-estar emocional dos participantes também aumentou, conclusão feita a partir de questionários que eles responderam antes e depois do período de 7 semanas. No geral, os pesquisadores descobriram uma redução do estresse emocional nos corredores treinando com o novo método.

Os atletas 10-20-30 também exibiram menor pressão sanguínea e menor colesterol no sangue. “Ficamos muito surpresos ao ver uma melhoria no perfil de saúde, considerando que os participantes já treinavam há anos”, disse o autor do estudo, Jens Bangsbo. “Os resultados mostram que o treinamento muito intenso tem um grande potencial para melhorar o estado de saúde de atletas já treinados”.[ScienceDaily, LifeHacker,NewsMedical]

Fonte: http://hypescience.com/como-treinar-menos-e-aumentar-sua-performance-e-saude/ - por Natasha Romanzoti em