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quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Alimentos ultraprocessados podem aumentar risco de câncer, diz estudo


Esse estilo de consumo só agrava a condição de um sujeito

 

Resumidamente, alimento ultraprocessado é submetido ao longo processo industrial, ou seja, são comidas com alto teor de açúcar, conservantes e gorduras, características que não denotam nenhuma qualidade saudável. Além disso, há um estudo, que associou alimentos ultraprocessados com aumento da taxa de câncer.

 

Veja a relação entre alimentos ultraprocessados com aumento da taxa de câncer

Essa pesquisa se baseou em dados do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Escola de Medicina da Universidade de Washington, dos Estados Unidos, e expôs o aumento de câncer em pessoas com idades entre 25 e 29 anos nas últimas décadas, o que superou até os casos de câncer entre os idosos.

 

O alerta se estende ao câncer colorretal, que resultou no aumento de 70% entre pessoas de 15 a 39 anos de 1990 até 2019. Esse tipo de câncer está intimamente ligado ao consumo de alimentos ultraprocessados e produtos embutidos, que contêm ingredientes com potenciais cancerígenos.

 

Outro dado agravante

Há outro estudo do King’s College London, do Reino Unido, que valoriza lanches saudáveis para manutenção de uma dieta leve, opções que não estão em alta pela maioria.

 

O motivo é que os cientistas dessa instituição britânica detectaram que 25% dos participantes desse estudo conciliam opções saudáveis com consumir rotineiro de lanches à base de alimentos ultraprocessados e guloseimas açucaradas.

 

A visão do especialista

“Diante dessas descobertas preocupantes, é fundamental repensar nossas escolhas alimentares, mesmo quando se trata de lanches entre refeições. Optar por opções saudáveis e nutritivas pode fazer uma grande diferença na manutenção da saúde e na prevenção de doenças graves, como o câncer”, diz o médico nutrólogo Dr. Ronan Araújo.

 

Questionado sobre como seria essa opção nutritiva para acabar com a “besteira” após a refeição, Ronan sugere frutas frescas, como maçãs, peras, bananas, uvas, morangos ou fatias de melancia, que são ricas em fibras e vitaminas.

 

“Nossas escolhas de lanches importam tanto quanto as principais refeições quando se trata de manter uma dieta equilibrada e promover a saúde a longo prazo. Portanto, pense duas vezes antes de optar por aquele lanche ultraprocessado e faça escolhas que beneficiem seu corpo e bem-estar. Seu futuro saudável agradecerá”, termina o Dr. Ronan Araujo.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/alimentos-ultraprocessados-podem-aumentar-risco-de-cancer-diz-estudo/ - Por Guilherme Faber - Shutterstock


Ele mesmo levou os nossos pecados” em seu corpo na cruz, para que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; “por suas feridas fostes curados. (1 Pedro 2:24)


domingo, 17 de dezembro de 2023

Verão aumenta casos de intoxicação alimentar: veja como prevenir


Médico alerta para maus hábitos que levam à intoxicação alimentar e dá dicas para prevenir contaminações na rua ou em casa

 

O verão está chegando e, com ele, os casos de intoxicação alimentar devem aumentar. A condição é resultado da ingestão de água ou alimentos contaminados – seja com bactérias, vírus ou até mesmo substâncias tóxicas.

 

De acordo com o Dr. Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista do Instituto EndoVitta, no calor é importante redobrar a atenção em relação à intoxicação alimentar. Isso porque as altas temperaturas fazem com que a proliferação das bactérias aumente e seja mais rápida.

 

Como prevenir casos de intoxicação alimentar

“Por isso, os alimentos devem ser conservados e refrigerados em ambiente frio, mantendo a refrigeração do alimento, diminuindo bastante o risco de contaminação ao ingerir”, recomenda. 

 

Além disso, o médico dá algumas dicas que podem ajudar a prevenir a intoxicação alimentar:

 

Não consuma alimentos com aparência ruim, principalmente ovos, carne crua e legumes;

Evite frituras;

Consuma leite fervido ou pasteurizado;

Higienize todas as verduras com água e, se possível, com algumas gotas de hipoclorito;

Evite alimentos em conserva com embalagens amassadas ou danificadas;

Beba de oito a dez copos de água por dia;

Tenha uma alimentação balanceada, alimentando-se a cada três horas.

Pensando que é época de férias e viagens, é importante adotar uma série de cuidados ao comer na rua. Nesse sentido, o Dr. Eduardo recomenda ter cautela com buffets, que devem sempre ser refrigerados.

 

“Também é importante observar o ambiente do restaurante, se tem ar-condicionado, por exemplo, se é um ambiente propício para aquele alimento. Além disso, se o alimento está devidamente exposto nos balcões”, aconselha.

 

Já para quem vai ficar em casa, o gastrocirurgião recomenda consumir os alimentos que saem da geladeira o mais rápido possível. Também tenha cuidado ao guardar as sobras – utilize apenas recipientes devidamente limpos.

 

O que fazer em caso de contaminação

A intoxicação alimentar pode ser leve e sumir em alguns dias, que é o tempo do corpo humano “expulsar” o agente contaminador, tranquiliza o médico. Porém, se os sintomas persistirem ou piorarem, é necessário buscar ajuda médica.

 

“Atenção especial para crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode ser perigosa nos extremos de idade”, destaca o profissional.

 

Na suspeita de intoxicação alimentar, é preciso se hidratar bem, procurar saber quais alimentos consumiu, e sempre procurar auxílio médico se estiver com sintomas persistentes.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/verao-aumenta-casos-de-intoxicacao-alimentar-veja-como-prevenir.phtml - Por Milena Vogado - Foto: Shutterstock


"Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, nem oculto que não venha a ser conhecido". (Lucas 12:2)


domingo, 26 de novembro de 2023

Calor forte aumenta risco de AVC; veja como prevenir


O risco é ainda maior para os idosos, que naturalmente têm mais doenças cardiovasculares. Veja como prevenir o AVC

 

O Brasil está passando por uma forte onda de calor, o que tem colocado em risco a saúde de toda a população, especialmente das crianças e dos idosos. O perigo é ainda maior para o segundo grupo, que é mais suscetível a doenças cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), por exemplo.

 

De acordo com o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola, isso ocorre por conta da desidratação, que torna o sangue mais espesso e, com isso, aumenta os fatores de coagulação do sangue, provocando um AVC.

 

Segundo o médico, normalmente a população mais idosa é mais suscetível à desidratação. “Por isso, a gente tem que tomar muito cuidado dessa faixa etária e orientar bem e hidratar esses pacientes”, alerta.

 

Reconhecendo um AVC

 

No caso de um acidente vascular cerebral, a urgência em atender o paciente é imprescindível. Portanto, é fundamental reconhecer um episódio assim que ele ocorre, para prestar socorro o quanto antes. Nesse sentido, Victor Hugo recomenda o uso do acrônimo SAMU, em que:

 

S indica sorriso: é preciso verificar se há uma assimetria facial no paciente, como a boca torta;

A indica abraço: recomenda-se pedir para o paciente levantar os dois braços a fim de identificar se há diferença nas forças entre um e outro;

M indica música: peça para o paciente cantar uma música, recitar um poema ou conversar, e identifique se há alguma dificuldade cognitiva;

U indica urgência: na presença de um ou mais dos sintomas anteriores, é preciso levar o paciente com urgência até a única de saúde mais próxima.

Prevenção

Considerando que o principal fator de risco para o AVC durante as altas temperaturas é a desidratação, o neurocirurgião recomenda a ingestão de bastante água. A nutricionista e supervisora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, aponta os principais sinais de desidratação:

 

Sede exagerada;

Boca e pele seca;

Olhos fundos;

Diminuição da sudorese;

Cansaço;

Dor de cabeça;

Tontura.

 

Cintya lembra que o ideal é se hidratar logo ao acordar, com pelo menos 500 ml de água. “Durante o sono, nosso organismo consome muita água para continuar funcionando. Por isso, já acordamos desidratados, com necessidade de reposição”, justifica.

 

Mas, para quem não possui o hábito de beber água e deseja aumentar o consumo, uma boa dica é apostar em água saborizada. “Como os ingredientes utilizados são naturais, todos têm seus benefícios, cada um pode escolher de acordo com sua criatividade e preferências”, indica a nutricionista.

 

A profissional recomenda ainda acrescentar itens como morango, mirtilos, pedaços de melancia, pepino com limão, limão e gengibre, hortelã, abacaxi, entre muitas outras opções. Além disso, água com gás, água de coco, sucos e chás também podem auxiliar na hidratação diária.

 

O Dr. Victor Hugo acrescenta às recomendações evitar se expor ao sol de maneira direta nesta época de calor intenso, principalmente nos períodos mais quentes do dia – geralmente entre 11h e 16h.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/calor-forte-aumenta-risco-de-avc-veja-como-prevenir.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Mas eu vou restaurar a saúde e curar as suas feridas ‘, declara o SENHOR. (Jeremias 30:17)


sábado, 25 de novembro de 2023

Calor deve aumentar: veja dicas para lidar com o clima quente e seco


A previsão é que as temperaturas subam ainda mais em dezembro. Médica dá orientações para enfrentar o calor sem descuidar da saúde

 

Não é nenhuma novidade que o Brasil está enfrentando uma onda histórica de calor. A novidade, talvez, é que o clima pode ficar ainda mais quente nas próximas semanas. Isso porque especialistas em climatologia afirmam que o El Niño estará no pico da sua atividade em dezembro, aumentando as temperaturas, as chuvas e também o clima seco.

 

O impacto na saúde é certo. A combinação de dias quentes e secos aumentam os riscos do agravamento de doenças respiratórias e eleva a concentração de poluentes no ar que podem ocasionar irritação nos pulmões. Além disso, a condição climática pode aumentar risco cardíaco, como o comprometimento coronário, onde para manter a pressão arterial sob controle com os vasos dilatados, o coração precisa trabalhar mais.

 

“É muito importante tomar bastante água, pois o tempo seco contribui para a desidratação corporal. Uma alimentação leve, composta de carboidratos, também pode contribuir para uma boa digestão e evitar sintomas de desconforto como azia e enjoos”, afirma a Dra. Sara Mohrbacher, médica clínica geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

A especialista diz ainda que as pessoas devem estar mais atentas à proteção dos idosos e crianças durante o período. “A atenção deve ser redobrada com a saúde desse público, que geralmente não sente muita sede e pode se desidratar com mais facilidade. Idosos e crianças são mais vulneráveis às bruscas alterações climáticas”, adverte a médica.

 

Dicas para encarar o calor e o clima seco

Sara dá algumas orientações sobre os cuidados para manter a saúde em dia durante o tempo seco. Confira:

 

Utilize protetor solar: é fundamental para auxiliar nos cuidados com a pele e proteger contra os raios solares;

Roupas leves e acessórios para ajudar a enfrentar o calor: roupas leves e claras, uso de acessórios como chapéus, óculos de sol ou até mesmo sombrinhas ajudam quem precisa se locomover pelas ruas em dias de muito sol e calor;

Beba água: a hidratação é fundamental para garantir o bom funcionamento do organismo;

Evite realizar exercícios físicos entre às 10 horas e às 16 horas: durante esse período, o calor é predominante e pode prejudicar a saúde física e respiratória;

Lavar nariz e olhos com soro fisiológico: a lavagem pode evitar a secura e o sangramento das narinas;

Mantenha a casa limpa, higienizada e arejada: a poeira e a sujeira podem auxiliar na manifestação de bactérias, prejudicando a saúde respiratória.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/calor-deve-aumentar-veja-dicas-para-lidar-com-o-clima-quente-e-seco.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.

Jeremias 29:11


domingo, 2 de abril de 2023

Covid-19 causa aumento de síndrome respiratória grave em 7 estados


A nova edição do boletim semanal Infogripe, divulgado nesta segunda-feira (27) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), revela um avanço do número de casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) no país. Análises laboratoriais mostram a Covid-19 como a principal causa do crescimento das ocorrências entre adultos e idosos em sete estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

 

O levantamento da Fiocruz traz uma análise das últimas três semanas (curto prazo) e das últimas seis semanas (longo prazo). Os pesquisadores observaram um cenário de estabilidade em curto prazo na maior parte do país. No entanto, na tendência de longo prazo, 18 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento de casos: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

 

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

 

Levando em conta os dados nacionais, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos de SRAG com diagnóstico positivo para infecção viral foi de 3% para influenza A; 3,3% para influenza B; 32,1% para VSR (vírus sincicial respiratório); e 48,6% para o coronavírus causador da Covid-19. Considerando apenas as ocorrências que resultaram em morte, 83,3% estiveram relacionadas com a Covid-19.

 

Os registros associados ao coronavírus envolvem principalmente adultos e idosos. Mas o boletim também chama atenção para o crescimento no mês passado de casos de SRAG em crianças e adolescentes em decorrência de infecção por outros vírus. Embora alguns estados já registrem estabilização ou queda entre os adolescentes, ainda há uma cenário de aumento de ocorrências entre crianças pequenas sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do país.

 

Na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, observa-se uma alta nos casos positivos para rinovírus na faixa etária até 11 anos. Também é possível constatar em alguns estados o aumento de ocorrências que envolvem crianças pequenas associadas ao VSR.

 

Os pesquisadores lembram que os pais devem levar os filhos aos postos de saúde durante a campanha de imunização contra a Covid-19 iniciada no dia 27 de fevereiro e também para receberem a vacina contra o vírus da gripe (influenza A e B), o que contribui para a prevenção de quadros graves de dificuldade respiratória.

 

Ao todo, já foram registrados no país 27.528 casos de SRAG em 2023, dos quais pelo menos 9.676 (35,1%) estão ligados a alguma infecção viral. Outros 3.180 (11,6%) ainda estão sendo analisados.

 

O boletim Infogripe leva em conta as notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados inseridos até o dia 13 de março.

 

Informação está no boletim Infogripe, divulgado pela Fiocruz

SAÚDE | Da Agência Brasil

 

Fonte: https://noticias.r7.com/saude/covid-19-causa-aumento-de-sindrome-respiratoria-grave-em-7-estados-27032023


Cure-me, Senhor, e serei curado; salve-me e serei salvo, pois você é aquele que eu louvo. (Jeremias 17:14)


sábado, 19 de março de 2022

Casos de Covid voltam a aumentar na Europa e Ásia


Isso significa que também podem voltar a aumentar bastante no Brasil

 

Podemos até ter a sensação, mas a pandemia ainda não acabou. Aliás, está havendo num considerável aumento de casos de Covid-19 em países da Europa e da Ásia, justamente pela flexibilização das medidas sanitárias e pela estagnação da vacinação.

 

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que faz o rastreamento da pandemia do coronavírus, os países que mais registraram aumento de casos de Covid, do início à metade do mês de março de 2022, foram Reino Unido, Áustria, Holanda, Grécia, Alemanha, Suíça e Itália.

 

Para ter uma ideia, na Alemanha, o número de casos diários passou de 67 mil no dia 6 de março para 237 mil até o dia 11 de março. O Ministro da Saúde alemão, Karl Lauterbach, disse que, agora, “o país tem a maior incidência de coronavírus na Europa. Uma tendência de alta, várias mortes. As pessoas não vacinadas devem ser vacinadas com urgência”.

 

Na Ásia, a situação também está preocupante. Em Hong Kong houve mais de 21 mil novos casos por dia, um aumento de 28% em relação às últimas duas semanas.

 

Na China, o governo colocou quase 30 milhões de pessoas em confinamento devido aos 328 mil casos de Covid que foram registrados entre 28 de fevereiro e 6 de março.

 

O que justifica esse aumento rápido nos casos de Covid?

Em entrevista para o G1, Expedito Luna, especialista em epidemiologia do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), disse que é uma combinação de fatores:

 

“Eu acho que temos uma certa fadiga, um cansaço das medidas de distanciamento social, uso de máscara, tanto por parte das pessoas quanto por parte dos governos, disse Luna.

 

Tanto é verdade que se comprova pelo fato de que a Inglaterra retirou todas as restrições contra a Covid no final de fevereiro, incluindo a obrigação legal de se isolar após um teste positivo. Em março, a Irlanda e Hungria também anunciaram medidas similares.

 

Tem ainda o fator vacinação. Embora esteja na terceira e quarta dose em diferentes países, e vários laboratórios continuem estudando novos tipos de vacinas, a vacinação em si deu uma estagnada na Europa.

 

Ao menos, é isso que indicam dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, que mostram que pelo menos 75% da população da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu tomaram a primeira dose da vacina. Mas, para a segunda dose, o percentual cai para 72% e, para a dose adicional, o índice não chega a 52% da população.

 

O Brasil precisa ficar atento

Lembra lá no início da pandemia, quando o Brasil pensava que não chegaria a ter tantos casos quanto na Europa? Grande engano!

 

Nem precisa avisar que a situação tem tudo para se repetir. Cabe às pessoas tomarem consciência do risco, se protegerem de todas as formas possíveis e incentivarem que todos à sua volta façam o mesmo. Não é fácil enfrentar tudo isso de novo, mas agora é preciso aprender com o erro e não deixar que a Covid faça tantas vítimas, como fez nos últimos dois anos.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/aumento-casos-covid/ - por Priscilla Riscarolli


Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

Isaías 40:29


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Chegada da primavera aumenta risco de doenças alérgicas e virais


Junto às alterações climáticas da mudança de estação, há o surgimento ou agravamento de quadros relacionados a doenças alérgicas, respiratórias e virais

 

Nessa época, todavia, o pólen das árvores, flores e gramíneas viaja mais facilmente no ar e pode trazer consequências negativas à saúde. Junto às alterações climáticas da mudança de estação, há o surgimento ou agravamento de quadros relacionados a doenças alérgicas, respiratórias e virais.

 

 "Os ácaros são pequenos animais que convivem no meio ambiente que também convivemos. Nesta época do ano, eles se proliferam com mais facilidade, já que a baixa umidade do ar propicia que eles permaneçam em dispersão por mais tempo", diz Fátima Rodrigues Fernandes, coordenadora do departamento de Alergia e Imunologia do Sabará Hospital Infantil.

 

A médica esclarece que alergias são as reações exageradas do sistema imunológico a certas substâncias estranhas ao organismo, chamadas alérgenos. Dentre estes, estão os ácaros, pólens e pelos de animais.

 

Uma das mais comuns reações do corpo é a rinite alérgica, uma inflamação das mucosas nasais. "Ela se manifesta com espirros, coriza, entupimento ou congestão nasal e muita coceira no nariz", relata Mauro Karl, alergologista do Hospital Santa Teresa (RJ).

 

A resposta aos alérgenos também pode aparecer nos olhos. São os quadros de conjuntivite alérgica, explica o médico, uma inflamação na mucosa ocular. "É aquele tecido vermelho do olho, que vemos ao puxar a pálpebra para baixo. O tecido inflama e causa irritação, coceira, lacrimejamento e uma sensação de incômodo com a luz", diz.


A diferença para outros tipos de conjuntivite, como as causadas por bactérias ou vírus, é que a alérgica costuma atingir os dois olhos simultaneamente. "Ela também não causa aquela secreção purulenta e causa menos dor, tem um incômodo menor que a infecciosa", esclarece Karl.

 

Segundo o médico, os dois quadros, de rinite e conjuntivite, podem manifestar-se juntos. Da mesma forma, a rinite alérgica pode estar associada a quadros de asma, outra doença comum na primavera.

A asma é uma condição respiratória crônica que pode ser causada ou desencadeada por fatores ambientais como poeira, ácaros, mofo, pólen e cigarro, conta a médica do Sabará Hospital Infantil. Tosse persistente, chiado no peito, falta de ar e cansaço são sintomas da doença.

 

Com a chegada da nova estação, os médicos recomendam medidas que podem evitar que os alérgenos entrem em contato com as vias respiratórias. Arejar os ambientes, utilizar capas antialérgicas nos colchões e travesseiros, limpar a casa adequadamente, sem o uso de vassoura, são exemplos de ações preventivas.

 

"Também é preciso diminuir a exposição ao pólen, que fica na atmosfera principalmente no período da manhã. Para quem já é alérgico ao pólen, recomenda-se não fazer caminhada em ambientes que tenha muita vegetação", indica Karl.

 

O alergologista acrescenta que há ferramentas de previsão de clima e tempo que, além da temperatura e precipitação, mostram também a previsão da quantidade de pólen nos locais, como o The Weather Channel. "Assim como se prevê o clima, é interessante que a pessoa consulte a ferramenta para ajudar nessa prevenção", diz.

 

Na primavera, a incidência de quadros infecciosos causados por vírus aumenta, principalmente entre crianças. A catapora, por exemplo, é uma doença altamente contagiosa, cuja maior ocorrência se dá no período de transição entre o inverno e a primavera.

 

"Os vírus têm uma circulação maior na primavera e verão, por causa do ambiente seco, da falta de vacinação adequada e do aumento de número de casos nessa época", explica Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'or.

 

Além da catapora, que causa lesões avermelhadas na pele e coceira, outras doenças devem acender o alerta nessa época do ano. Dentre elas, o sarampo, a rubéola e a caxumba.

 

O sarampo é um dos quadros mais graves e pode ser fatal. Seus sintomas incluem febre, tosse, coriza ou congestão nasal, irritação nos olhos e manchas vermelhas na pele. Por sua vez, a rubéola causa febre baixa e lesões avermelhadas na pele.

 

O principal sinal da caxumba é o inchaço das glândulas salivares, que ficam na região do pescoço, o que gera dificuldade para engolir e mastigar, além de dor. Todavia, cerca de 30% das infecções não apresentam inchaço dessa área, o que faz com que as pessoas possam demorar para identificar a doença.

 

Todas as doenças citadas são evitadas com vacinação. "A vacinação de catapora é com a quádrupla viral, com duas doses, que protege também contra sarampo, rubéola e caxumba", explica a infectologista da Rede D'or.

 

Muarrek relembra que, se a pessoa não lembra se tomou as vacinas, há exames para verificar se tem defesa para aquelas doenças ou a possibilidade de revacinação. Por isso, é importante consultar um médico. "A principal conversa em relação às doenças de primavera é: atualize sua carteira de vacinação", complementa.

 

Principais doenças relacionadas à estação:

 

Asma: doença respiratória crônica que causa inflamação dos brônquios

Sintomas:

Falta de ar

Tosse seca

Chiado no peito

Respiração curta e rápida

 

Rinite alérgica: doença inflamatória da mucosa do nariz

Sintomas:

Coceira no nariz, olhos ou garganta

Coriza

Espirros

Congestão nasal

 

Conjuntivite alérgica: inflamação do olho causada por um alérgeno, como poeira, ácaro ou pólen

Sintomas:

Coceira nos olhos

Lacrimejamento

Olhos vermelhos e/ou inchados

Sensibilidade à luz


Catapora: doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster

Sintomas:

Lesões (bolhas e erupções) 

vermelhas na pele

Coceira

 Febre 


Sarampo: doença infecciosa grave causada pelo vírus do sarampo (Morbillivirus)

Sintomas:

Febre

Tosse

Irritação nos olhos

Coriza ou congestão nasal

Manchas vermelhas na pele

 

Rubéola: doença infectocontagiosa causada pelo Rubivirus

Sintomas:

Febre baixa

Lesão avermelhada na pele

 

Caxumba: doença infectocontagiosa causada pelo vírus Paramyxovirus

Sintomas:

Aumento das glândulas na região do pescoço

Febre

Dor ao mastigar ou engolir

Perda de apetite

 

Medidas preventivas: 

Estar com a vacinação em dia

Deixar os ambientes ventilados

Lavar roupas de cama e toalhas com frequência

Fazer a limpeza da casa com aspirador de pó ou pano úmido

Evitar varrer a casa para não levantar a poeira

Evitar exposição à fumaça de cigarro, poeira e poluição

Utilizar umidificador de ar

Realizar lavagem nasal com soro fisiológico

 

Fontes: Fátima Rodrigues Fernandes, coordenadora do departamento de Alergia e Imunologia do Sabará Hospital Infantil; Mauro Karl, alergologista do Hospital Santa Teresa (RJ); Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'or; Ministério da Saúde.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1846037/chegada-da-primavera-aumenta-risco-de-doencas-alergicas-e-virais - © iStock

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Estresse de longo prazo associado ao aumento do risco de ataque cardíaco


O estresse de longo prazo pode levar a ataques cardíacos? A maioria das pessoas provavelmente responderia afirmativamente, mas as evidências científicas disso são escassas. Um novo estudo realizado por pesquisadores da Linköping University, na Suécia, revela que os níveis do hormônio do estresse cortisol aumentaram nos meses anteriores a um ataque cardíaco. Os resultados, publicados na Scientific Reports , sugerem que o estresse de longo prazo é um fator de risco para ataques cardíacos.

 

"Os níveis do hormônio do estresse cortisol diferem entre as pessoas que tiveram um ataque cardíaco e as não afetadas. Isso sugere que o cortisol no cabelo pode ser um novo marcador de risco para ataques cardíacos. Devemos levar o estresse a sério", disse o professor Tomas Faresjö, o Departamento de Saúde, Medicina e Ciências Assistenciais da Linköping University, principal investigador do estudo.

 

O estresse é uma parte natural da vida hoje, mas ainda há muito que não sabemos sobre os efeitos do estresse de longo prazo em nossos corpos. É bem sabido que o estresse físico ou emocional repentino, como desastres naturais ou eventos sérios semelhantes, pode desencadear ataques cardíacos. Mas e quanto ao estresse de longo prazo? É difícil medir o estresse de longo prazo devido à falta de métodos confiáveis. O grupo de pesquisa aprimorou o uso de um novo biomarcador, no qual mede os níveis do hormônio do estresse cortisol no cabelo. Isso permite medições dos níveis de cortisol retroativamente, semelhantes aos anéis de crescimento em uma árvore. No momento, esse método de análise está disponível apenas em ambientes de pesquisa.

 

“Se você perguntar a alguém que sofreu um ataque cardíaco se estava estressado antes do ataque cardíaco, muitos responderão que sim. Mas essa resposta pode ser influenciada pelo evento cardíaco. Evitamos esse problema com nosso método, pois usamos um marcador biológico que pode medir retrospectivamente e mostrar objetivamente os níveis de estresse nos meses anteriores ao ataque cardíaco ", diz Tomas Faresjö.

 

No presente estudo, "Stressheart", os pesquisadores usaram amostras de cabelo com comprimento entre 1 e 3 centímetros, correspondendo a 1-3 meses de crescimento do cabelo. Eles mediram os níveis de cortisol em amostras de cabelo de 174 homens e mulheres na vida profissional que foram internados por infarto do miocárdio em clínicas de cardiologia no sudeste da Suécia. Como grupo de controle, os pesquisadores usaram amostras de cabelo de mais de 3.000 participantes com idades semelhantes no estudo sueco SCAPIS (Swedish CardioPulmonary bioImage Study).

 

Os pesquisadores mostraram que os pacientes que sofreram um ataque cardíaco apresentaram níveis mais elevados de cortisol estatisticamente significativos durante o mês anterior ao evento. Eles ajustaram outros fatores de risco cardiovasculares estabelecidos, como pressão alta, níveis elevados de lipídios no sangue, tabagismo, histórico de ataques cardíacos, hereditários para ataques cardíacos e diabetes, e descobriram que o nível elevado de cortisol continua sendo um forte fator de risco para o coração ataque.

 

"É surpreendente que este biomarcador de estresse de longo prazo pareça ser forte mesmo em comparação com os fatores de risco cardiovascular tradicionais", disse Tomas Faresjö.

 

Um ataque cardíaco é uma lesão do músculo cardíaco devido à falta de fornecimento de oxigênio a uma parte do coração. Na maioria das vezes, se forma um coágulo sanguíneo que impede o sangue de fluir pelas artérias coronárias que fornecem sangue rico em oxigênio ao coração. A causa subjacente da maioria dos ataques cardíacos é a aterosclerose (endurecimento das artérias). Isso pode começar a surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas. Uma questão importante é se, e em caso afirmativo como, o estresse de longo prazo e a aterosclerose estão associados.

 

"Vamos investigar mais os mecanismos que podem explicar como os níveis de estresse afetam o risco de ataque cardíaco. Estamos particularmente interessados em vários marcadores de inflamação e calcificações nos vasos sanguíneos. Queremos investigar se eles estão relacionados ao estresse de longo prazo", disse Susanna Strömberg, clínica geral e estudante de doutorado no Departamento de Saúde, Medicina e Ciências Assistenciais da Universidade de Linköping.

 

Os pesquisadores não podem explicar completamente o que causa os altos níveis de cortisol observados nos participantes do estudo. Isso se deve ao fato de que o estresse pode ser resultado de fatores internos, como outra doença, ou externos, como dificuldades econômicas ou eventos importantes da vida. Eles ressaltam que a vivência do estresse nem sempre coincide com o estresse biológico. Um indivíduo pode se sentir estressado, sem ter nenhuma medida objetiva de estresse. E o oposto também pode ser verdadeiro: os sistemas de estresse do corpo podem ser altamente ativos, mesmo que o indivíduo não se sinta estressado.

 

O estudo recebeu apoio financeiro da AFA Insurance.

 

Fonte https://www.sciencedaily.com/releases/2021/02/210210133320.htm - Fonte: Linköping University - Foto UOL

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Crises de raiva e exercícios em excesso aumentam risco de infarto


Os dois fatores podem resultar no ataque cardíaco na hora seguinte a situação

 

Pessoas que passam por situações de irritação e se submetem a atividades físicas exageradas têm um risco dobrado de sofrerem um infarto na hora seguinte, de acordo com um estudo internacional publicado na revista "Circulation".

 

Estudos anteriores já haviam explorado essa teoria de que crises de raiva ou de esforço físico pode desencadear um ataque cardíaco, porém as amostras era pequenas e inconclusivas. Andrew Smyth, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade McMaster, no Canadá, comentou: "Estudos anteriores exploraram esses gatilhos para infarto; no entanto, tiveram menos participantes ou foram feitos em um único país e os dados eram limitados a muitas partes do mundo".

 

O novo estudo avaliou dados de 12.000 pacientes com idade média de 58 anos e que tiveram ataque cardíaco pela primeira vez. Eles responderam a um questionário sobre o que tinha acontecido na hora anterior ao infarto, ocorrência que poderia ser considerada um gatilho.

 

Os pesquisadores mostraram que viver emoções ou atividades intensas pode aumentar a pressão arterial e frequência cardíaca, fazendo com que os vasos sanguíneos se contraiam. Isso pode gerar "placas" que interrompe o fluxo de sangue para o coração, provocando um ataque cardíaco.

 

Além disso, quando o acontecimento de perturbação emocional ocorre ao mesmo tempo da atividade física pesada, o risco de infarto mais do que triplica. Os resultados mostraram que quase 14% dos participantes disseram que haviam se esforçado horas antes dos sintomas de ataque cardíaco começarem a surgir. E um número similar disse que tinham ficado com raiva ou chateado antes do infarto.

 

Apesar de as conclusões sobre os esforço físico pesado, o pesquisador Andrew Smyth lembra da importância dos exercícios regulares e dos benefícios que pode trazer a saúde a longo prazo, incluindo a diminuição dos riscos de doenças cardíacas.

 

Mesmo não estando envolvido na pesquisa, Barry Jacobs, porta-voz da Associação Americana do Coração revela que as pessoas precisam aprender a maneira adequada de lidar com suas emoções, mas que meditação, exercícios de relaxamento e respiração de forma correta podem ser fontes de ajuda.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/22652-crises-de-raiva-e-exercicios-em-excesso-aumentam-risco-de-infarto - Escrito por Redação Minha Vida

domingo, 13 de dezembro de 2020

Inatividade física na quarentena pode aumentar mortes por outras causas

Além dos exercícios físicos, a exposição ao Sol é essencial para suprir a vitamina D, importante no enfrentamento da covid-19.

 

Sedentarismo mata mais?

 

Ainda que ajude a controlar a propagação do novo coronavírus, o isolamento social pode induzir comportamentos prejudiciais à saúde, como ingerir alimentos de pior qualidade, passar mais tempo sentado em frente às telas e movimentar-se menos ao longo do dia.

 

Cientistas acabam de publicar uma nova estimativa, na qual eles calculam que a redução no nível de atividade física observada nos primeiros meses de quarentena pode gerar um aumento anual de mais 11,1 milhões de novos casos de diabetes tipo 2 e resultar em mais 1,7 milhão de mortes.

 

Para se ter uma ideia, esse número de possíveis mortes é maior do que todas as mortes causadas pela própria covid-19 em todo o mundo até o início de Dezembro de 2020 (1,5 milhão).

 

Por isto os autores defendem ser urgente recomendar a prática de exercícios físicos durante a pandemia.

 

"Trabalhos recentes mostram que indivíduos com diabetes têm um risco maior de desenvolver a forma grave da covid-19. E, quando não é bem controlado, as chances de morte são muito grandes. Ao mesmo tempo, outros estudos têm demonstrado que o confinamento reduziu consideravelmente o nível de atividade física, aumentou o comportamento sedentário e piorou a qualidade da alimentação. Alertamos então para as consequências deletérias desses comportamentos," afirmou o professor Emmanuel Gomes Ciolac, da Unesp de Bauru, que coordenou o estudo.

 

Sedentarismo na pandemia

 

Entre os dados que serviram de base para o trabalho, os pesquisadores levaram em conta um levantamento internacional realizado on-line por um grupo de 35 instituições de pesquisa de vários continentes.

 

De acordo com os resultados, ainda preliminares (referentes aos primeiros mil voluntários que responderam ao questionário), nos primeiros meses de confinamento houve redução de 35% no nível de atividade física e aumento de 28,6% nos comportamentos sedentários, como passar mais tempo sentado e deitado, além de maior ingestão de alimentos não saudáveis. Estudos anteriores já mostravam que a inatividade física foi responsável por cerca de 33 milhões de casos de diabetes tipo 2 em 2019 e 5,3 milhões de mortes em 2018.

 

Baseados nos dados do período anterior à pandemia, os pesquisadores estimam que a prevalência atual de inatividade física - isto é, não realizar a quantidade mínima de exercício recomendado pelas organizações de saúde - é de 57,3% entre a população com mais de 40 anos e 57,7% entre indivíduos com risco de diabetes.

 

Com isso, a falta de atividade física será responsável por 9,6% (11,1 milhões) dos casos de diabetes e 12,5% (1,7 milhão) da mortalidade geral no mundo, caso essa alta prevalência se mantenha por tempo prolongado.

 

Exercícios em casa

 

"É importante destacar que existe diferença entre níveis insuficientes de atividade física e comportamento sedentário. Uma pessoa insuficientemente ativa é aquela que não atinge a recomendação mínima da Organização Mundial da Saúde," disse Ciolac. A OMS orienta que adultos entre 18 e 64 anos pratiquem por semana ao menos 150 minutos de exercício aeróbico moderado ou 75 de alta intensidade.

 

Por outro lado, o comportamento sedentário está associado ao tempo que o indivíduo fica sentado ou deitado. Pesquisas mostram que mesmo pessoas fisicamente ativas podem ter prejuízos à saúde ao passar muitas horas em frente à TV ou computador, por exemplo.

 

Por isso, recomenda-se que quem trabalha muitas horas em frente ao computador levante a cada meia hora e realize alguma atividade leve, de dois a cinco minutos, como andar pela casa ou ambiente de trabalho, subir e descer escadas ou qualquer outra que seja possível.

 

Além disso, o confinamento não deve impedir a realização de ações físicas de maior intensidade. As recomendações da OMS, por exemplo, incluem exercícios que possam ser acompanhados por meio de aulas on-line, normalmente disponíveis gratuitamente em sites; pausas curtas ao longo do dia para dançar, brincar com os filhos ou realizar atividades domésticas mais intensas, como limpeza e jardinagem; andar dentro ou em volta de casa, subir e descer escadas ou mesmo andar parado no lugar.

 

O grupo da Unesp recomenda ainda que se faça exercícios que usem o próprio peso do corpo para fortalecimento muscular, como abdominais, sentar e levantar da cadeira e flexões, além de atividades aeróbicas perto de casa que possam ser feitas com segurança, como caminhada, ciclismo e corrida. Tudo isso somado a uma alimentação saudável, com legumes, frutas e verduras, principalmente, evitando alimentos processados.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: The Urgent Need for Recommending Physical Activity for the Management of Diabetes During and Beyond COVID-19 Outbreak

Autores: Isabela Roque Marçal, Bianca Fernandes, Ariane Aparecida Viana, Emmanuel Gomes Ciolac

Publicação: Frontiers in Endocrinoloy

DOI: 10.3389/fendo.2020.584642

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=inatividade-fisica-quarentena-aumentar-mortes-outras-causas&id=14457 - Com informações da Agência Fapesp - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay