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quinta-feira, 7 de julho de 2022

José Costa: Fatos que marcaram minha vida em 61 anos de idade


     Hoje, 07 de julho de 2022, ao completar 61 anos de existência, gostaria de compartilhar com amigos e familiares alguns fatos marcantes da minha vida pessoal, familiar e profissional. Como é quase impossível lembrar-me de todos os acontecimentos, vou relatar os mais importantes, memoráveis e inesquecíveis de minha vida, em ordem cronológica:

 

     Em 07 de julho de 1961, numa sexta-feira, nasci na casa situada a Praça João Pessoa com os cuidados e trabalho de parto da Cecília parteira. Meus pais Maria da Graça Costa e Josias Costa já tinham dois filhos, Tonho e Cida, e posteriormente, nasceram Dete, Lourdes e Luzia (in memoriam).

 

     Tive uma infância brincando e jogando pelada com meus amigos e irmãos na Praça João Pessoa, e passando finais de semana ou tirando férias escolares no sítio da minha tia Alaíde no Batula ou no sítio do meu tio Zequinha na Fazenda Grande.

 

     Aos 7 anos, iniciei meus estudos na 1ª série do primário no Grupo Escolar Guilhermino Bezerra. Precisei levar umas chineladas de minha mãe por não querer ir à escola, mas é claro que fui e continuo estudando até os dias de hoje.

 

     Em outubro de 1972, quando eu tinha 11 anos, meu pai faleceu por motivo de doença. A partir daquele momento, mãe criou e educou os cinco filhos com amor e dedicação. No final do ano, terminei o 4º ano primário.

 

     Em janeiro de 1973, fiz a prova de admissão para estudar a 5ª série no Colégio Estadual Murilo Braga e fui aprovado, pois era o sonho de todos os alunos itabaianenses.

 

     Em 1976, comecei a praticar basquete nas aulas de educação física com o Professor Romilto Mendonça e foi onde surgiu a paixão pelo basquete que posteriormente marcou a minha vida profissional. Participei dos Jogos Estudantis em Aracaju pela categoria A de basquete. A melhor classificação da minha participação nos jogos foi em 1979, um honroso 4º lugar, com o professor José Antônio Macêdo.

 

     No final do ano de 1979, concluí o 3º Ano do Segundo Grau, atualmente Ensino Médio.


     Em janeiro de 1980, fiz o vestibular para o Curso de educação física da UFS e fui aprovado, um sonho concretizado, pois desde a 8ª série já tinha decidido sobre a minha futura profissão, ser professor de educação física. Em abril, um mês após ter iniciado os estudos na UFS, consegui o emprego de professor de educação física no Colégio Estadual Murilo Braga, já que naquela época, o universitário poderia ser contratado pelo Estado. Ainda no mesmo ano, especificamente no mês de junho, comecei a namorar a aluna Madileide, com quem casei alguns anos depois.

 

     Nos Jogos da Primavera de 1981, ganhei minha primeira medalha como técnico de basquete pelo CEMB, campeão pela categoria A feminina de basquete, disputando a final contra o Colégio Castelo Branco, na quadra da Associação Atlética de Sergipe. Como técnico de basquete, ganhei mais de duzentas medalhas em competições oficiais com os colégios onde trabalhei.

 

     Em 1984 e até meados de 1985, fui coordenador de educação física do CEMB e ao mesmo tempo ensinei basquete. Em 1984, criei a Associação Itabaianense de Basquete para organizar, desenvolver e incentivar a prática do esporte em Itabaiana.

 

     Em agosto de 1985, concluí o curso de educação física da UFS e recebi o diploma no Ginásio de esportes Constâncio Vieira juntamente com os meus colegas e familiares. Mais um sonho realizado com muito esforço e dedicação, pois no período de 1980 a 1985 eu estudava e trabalhava.

 


     Durante 6 anos, namorei com Madileide e em julho de 1986, nós nos casamos na Paróquia Santo Antônio e Almas de Itabaiana com as presenças de familiares, amigos e alunos. Neste ano, através de uma ideia minha, a Prefeitura de Itabaiana implantou o Projeto Rua de lazer, nele trabalharam os professores Benjamim Alves, Jair Marinheiro, Josiel Souza, Valtênio Alves e Wilson Reis.

 

     Em março de 1987, criei o Jornal do Basquete para informar e divulgar as notícias do basquete de Itabaiana.

 

   Em janeiro de 1988, fui ao colega e amigo Neto, vice-diretor do Colégio Graccho e solicitei o emprego de professor de basquete, fui atendido e trabalhei nesta grande instituição de ensino por 22 anos.

 

     Em agosto de 1988, nasceu meu primeiro filho, Júnior; em novembro de 1990, o segundo, Lucas e em fevereiro de 1992, Thiago, três bênçãos de Deus em minha vida.

 

     Em março de 1989, com a indicação do coordenador Cobrinha, Jairton Guimarães, fui contratado pelo Colégio Salesiano para ensinar basquete. Trabalhei por 21 anos e aprendi muito com os ensinamentos de Dom Bosco, grande educador.

 

     Em 1993, recebi o convite de Irmã Auxiliadora para dar aulas de basquete no Colégio Dom Bosco, aceitei e posteriormente lecionei voleibol, handebol e educação física.

 

     Em julho de 2002, foi publicado no Jornal Cinform com o título de “Saudades dos Jogos da Primavera” o primeiro entre centenas de artigos escritos por mim. Alguns artigos já foram publicados nos principais sites de Sergipe, entre eles: Nenotícias, Faxaju, Infonet, Itnet, Jornal da Cidade, FM Itabaiana, entre outros.

 

     Em 2003, minhas equipes do Colégio Dom Bosco venceram 3 copas sergipana de voleibol em Aracaju e ganhamos o direito de representar Sergipe nos Jogos Estudantis Brasileiro, JEBs, em Brasília. Ao final do ano, a Federação Sergipana de Voleibol, FSV, escolheu-me como o melhor técnico de voleibol feminino do Estado.

 

     Em 2006 e 2007, assisti a duas competições internacionais, o Campeonato Mundial de Basquete feminino, em São Paulo e os Jogos Panamericanos, no Rio de Janeiro, respectivamente. Em ambas, meu filho Júnior viajou comigo.

 

     Em outubro de 2008, fui homenageado com uma placa pela Secretaria de Estado da Educação na solenidade de abertura do Encontro Estadual de Educação Física pelos relevantes serviços prestados a educação física no Estado.

 

     Em 2009, criei o Blog Professor José Costa, abrangendo educação, esporte, saúde, cultura e cidadania. Ao final do ano de 2009, pedi demissão dos colégios Salesiano e Graccho por motivos pessoais. Sou agradecido pela acolhida e respeito ao meu trabalho por mais de 21 anos.

 

     Em 2010, recebi o convite de Everton Oliveira para dar aulas de educação física no Colégio O Saber, onde continuo até hoje. Em julho de 2010, concluí a Pós-Graduação em Gestão Ambiental: Recursos naturais e estratégias de sustentabilidade pela Faculdade Educacional Araucária - FACEAR e do Instituto Superior de Educação Avançada – MASTERIDEIA.

 

     O ano de 2013 foi o mais triste para mim e minha família, pelas mortes da avó de minha esposa, Dona Maria, da minha sogra, Dona Bernadete e principalmente de minha mãe, Maria da Graça Costa, a qual devo tudo que sou. Estas três mulheres de fibra marcaram minha vida e de todos os familiares, pois tiveram uma história de amor, dedicação e exemplo de vida as suas famílias. No mês de agosto, tive a alegria do nascimento de minha querida netinha, Laisa, a criança mais linda do mundo.

 

     Em setembro de 2014, o Sindicato dos Profissionais de Educação Física e o Conselho Regional de Educação Física me homenagearam com um troféu pelo trabalho dedicado à modalidade esportiva Basquetebol no Estado de Sergipe.

 

     Em abril de 2015, fui homenageado pela Associação Basquete Coletivo pelos 35 anos dedicados ao basquete sergipano como técnico, mestre e amigo do esporte.

 


      Em novembro de 2015, nas comemorações do 66º aniversário do Colégio Estadual Murilo Braga, fui homenageado com uma placa em reconhecimento pelos serviços prestados por 35 anos à instituição como professor de educação física.

 

     Em 7 de julho de 2016, ao completar 55 anos de idade, adquiri o direito à aposentadoria após 36 anos, 2 meses e 28 dias de trabalho no funcionalismo público estadual como professor de educação física do Colégio Estadual Murilo Braga.

 

     Em agosto de 2016, concretizei o sonho de assistir a uma Olimpíada pessoalmente, a do Rio, juntamente com o meu filho Júnior e o primo Fábio Carvalho.

 

      Em 28 de fevereiro de 2017, foi publicada a portaria no Diário Oficial da minha aposentadoria no serviço público após 37 anos de serviços prestados à educação do Estado de Sergipe. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários do CEMB que fizeram parte da minha vida profissional neste período.

 

     Em junho de 2017, tive a felicidade e o orgulho de ter os 3 filhos formados: José Costa Júnior em Administração, Thiago Carvalho Costa em Engenharia Civil e Lucas Carvalho Costa em Medicina Veterinária. Obrigado Deus por esta etapa concluída na vida de meus filhos.

 

     Em 12 de outubro de 2017, tive a satisfação de ter participado juntamente com minha esposa Madileide da Festa dos 300 anos da Aparição de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, São Paulo.

 

     Em 26 de janeiro de 2018, no lançamento do Guia Comercial e Cultural de Itabaiana, fui homenageado por Edson Martins Consultoria e Publicidade com o Troféu Revista Impactos por apoiar a cultura em Itabaiana.

 

     Em 02 de março de 2018, adquiri a concessão do INSS da minha aposentadoria após ter trabalhado como Professor de Educação Física por 30 anos nos Colégios Graccho Cardoso, Salesiano, Dom Bosco e O Saber. Obrigado aos alunos, professores, diretores e funcionários dos colégios em que trabalhei e que fizeram parte da minha vida profissional neste período. Continuo lecionando nos Colégios Dom Bosco e O Saber, e com as graças e bênçãos de Deus, espero continuar contribuindo na formação integral de crianças e adolescentes por muitos e muitos anos.

 

     Em junho de 2018, fui homenageado pela Associação Itabaianense de Basquete, na final do 28º Campeoanto Serrano de Basquete, pela dedicação ao esporte por 34 anos. A homenagem ocorreu no Ginásio Poliesportivo Chico do Cantagalo.

 


     Em 15 de dezembro de 2018, fui um dos homenageados pela CDL de Itabaiana com a Homenagem Especial de 2018, “honraria reservada a personalidades ou entidades que prestam relevantes serviços a classe lojista”. O título foi a mim entregue pelo amigo e ex-aluno de basquete do Colégio Estadual Murilo Braga Jâmisson Ferreira, Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas.

 

     Em setembro de 2019, lancei o Livro Minhas Memórias na Bienal do Livro de Itabaiana.

 

     Em outubro de 2020, encerrei minhas atividades profissionais no Colégio Dom Bosco após 27 anos de trabalho como Professor de Educação Física.

 

     Em maio de 2021, tomei a 1ª dose da vacina contra a Covid-19, esperança de vida.

 

     Em 11 de março de 2022, fui homenageado na Solenidade de posse dos novos membros do Centro Acadêmico de Letras (CAL) do Colégio O Saber por meio da comanda Carneirinho de Ouro com a seguinte inscrição: “Em reconhecimento ao seu trabalho e importância na história do Colégio O Saber”.

 

     Em abril de 2022, conclui a construção da Galeria Maria de Gustavo, situada na Rua Padre Felismino, em Itabaiana.

 

     Em 09 de abril de 2022, completei 42 anos de magistério como Professor de Educação física nos Colégios Murilo Braga, Graccho, Salesiano, Dom Bosco e O Saber contribuindo na formação integral de milhares de alunos.

 


     Em junho de 2022, o Blog Professor José Costa alcançou a marca histórica de 15 milhões de acessos.

 


     Agradeço a Deus pelos 61 anos de existência e rogo a Ele que continue abençoando e iluminando minha caminhada, concedendo-me muitos e muitos anos de vida ao lado de meus familiares e amigos para que eu possa contar mais fatos marcantes de minha vida.

 

     José Costa


E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.

Colossenses 3:23-24


sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Escolhas alimentares podem somar (ou tirar) de minutos a anos de vida


Com foco em saúde e sustentabilidade ambiental, pesquisadores americanos conseguiram quantificar como as opções alimentares afetam a duração da vida de cada um

 

Comer mais frutas e vegetais pode ter um impacto significativo na saúde de uma pessoa - e na do planeta também. Crédito: Pikrepo

 

As opções vegetarianas e veganas se tornaram o padrão na dieta americana, de restaurantes sofisticados a redes de fast-food. E muitas pessoas sabem que as escolhas alimentares que fazem afetam sua própria saúde, bem como a do planeta.

 

Mas, diariamente, é difícil saber o quanto as escolhas individuais, como comprar verduras no supermercado ou pedir asinhas de frango em um bar, podem se traduzir na saúde geral pessoal e ambiental. Essa é a lacuna que esperamos preencher com nossa pesquisa.

 

Fazemos parte de uma equipe de pesquisadores com experiência em sustentabilidade alimentar e avaliação do ciclo de vida ambiental, epidemiologia e saúde ambiental e nutrição. Estamos trabalhando para obter uma compreensão mais profunda, além do debate, muitas vezes excessivamente simplista, da dieta animal versus vegetal e para identificar alimentos ambientalmente sustentáveis ​​que também promovam a saúde humana.

 

Com base nessa experiência multidisciplinar, combinamos 15 fatores de risco dietéticos baseados na saúde nutricional com 18 indicadores ambientais para avaliar, classificar e priorizar mais de 5.800 alimentos individuais.

 

Em última análise, queríamos saber: são necessárias mudanças drásticas na dieta para melhorar nossa saúde individual e reduzir os impactos ambientais? E toda a população precisa se tornar vegana para fazer uma diferença significativa para a saúde humana e do planeta?

 

Colocando números

Em nosso novo estudo na revista científica Nature Food, fornecemos alguns dos primeiros números concretos para a carga de saúde de várias escolhas alimentares. Analisamos os alimentos individuais com base em sua composição para calcular os benefícios ou impactos líquidos de cada item alimentar.

 

O Índice Nutricional de Saúde que desenvolvemos transforma essas informações em minutos de vida perdidos ou ganhos por porção de cada alimento consumido. Por exemplo, descobrimos que comer um cachorro-quente custa a uma pessoa 36 minutos de vida “saudável”. Em comparação, descobrimos que comer uma porção de 30 gramas de nozes e sementes proporciona um ganho de 25 minutos de vida saudável – ou seja, um aumento na expectativa de vida de boa qualidade e livre de doenças.

 

Nosso estudo também mostrou que substituir apenas 10% da ingestão calórica diária de carne bovina e carnes processadas por uma mistura diversa de grãos inteiros, frutas, vegetais, nozes, legumes e frutos do mar selecionados poderia reduzir, em média, a pegada de carbono na dieta de um consumidor americano por um terço e adicionar 48 minutos saudáveis ​​de vida por dia. Esta é uma melhoria substancial para uma mudança tão limitada na dieta.

 

Posições relativas de alimentos selecionados, de maçãs a cachorros-quentes, são mostradas em um mapa pegada de carbono x saúde nutricional. Alimentos com boa pontuação, mostrados em verde, têm efeitos benéficos na saúde humana e uma baixa pegada ambiental. Crédito: Austin Thomason/Michigan Photography e Universidade de Michigan, CC BY-ND

 


Como calcular?

Baseamos nosso Índice Nutricional de Saúde em um grande estudo epidemiológico denominado Global Burden of Disease, um estudo global e banco de dados abrangente desenvolvido com a ajuda de mais de 7 mil pesquisadores em todo o mundo. O Global Burden of Disease determina os riscos e benefícios associados a vários fatores ambientais, metabólicos e comportamentais – incluindo 15 fatores de risco dietéticos.

 

Nossa equipe pegou esses dados epidemiológicos de nível populacional e os adaptou para o nível de alimentos individuais. Levando em consideração mais de 6 mil estimativas de risco específicas para cada idade, sexo, doença e risco, e o fato de que há cerca de meio milhão de minutos em um ano, calculamos o fardo para a saúde que vem com o consumo de um grama de comida para cada um dos fatores de risco dietéticos.

 

Por exemplo, descobrimos que, em média, 0,45 minuto é perdido por grama de qualquer carne processada que uma pessoa come nos Estados Unidos. Em seguida, multiplicamos esse número pelos perfis alimentares correspondentes que desenvolvemos anteriormente. Voltando ao exemplo do cachorro-quente, os 61 gramas de carne processada em um sanduíche de cachorro-quente resultam em 27 minutos de vida saudável perdidos devido apenas a essa quantidade de carne processada. Então, ao considerar os demais fatores de risco, como o sódio e os ácidos graxos trans dentro do cachorro-quente – contrabalançados pelo benefício de sua gordura poli-insaturada e fibras –, chegamos ao valor final de 36 minutos de vida saudável perdidos por cachorro-quente.

 

Repetimos esse cálculo para mais de 5.800 alimentos e pratos mistos. Em seguida, comparamos as pontuações dos índices de saúde com 18 métricas ambientais diferentes, incluindo pegada de carbono, uso da água e impactos na saúde humana induzidos pela poluição do ar. Por fim, usando essa conexão saúde e meio ambiente, codificamos por cores cada item alimentar como verde, amarelo ou vermelho. Como um semáforo, os alimentos verdes têm efeitos benéficos à saúde e baixo impacto ambiental e devem ser aumentados na dieta, enquanto os vermelhos devem ser reduzidos.

 

Para onde vamos daqui?

Nosso estudo nos permitiu identificar certas ações prioritárias que as pessoas podem realizar para melhorar sua saúde e reduzir sua pegada ambiental.

 

Quando se trata de sustentabilidade ambiental, encontramos variações surpreendentes tanto dentro como entre alimentos de origem animal e vegetal. Para os alimentos “vermelhos”, a carne bovina tem a maior pegada de carbono em todo o seu ciclo de vida – duas vezes mais alta que a carne de porco ou cordeiro e quatro vezes a de aves e laticínios. Do ponto de vista da saúde, eliminar a carne processada e reduzir o consumo geral de sódio proporciona o maior ganho de vida saudável em comparação com todos os outros tipos de alimentos.

 

Portanto, as pessoas podem considerar ingerir menos alimentos com alto teor de carne bovina e processada, seguidos de carne de porco e cordeiro. E, notavelmente, entre os alimentos à base de plantas, os vegetais cultivados em estufa tiveram uma pontuação baixa nos impactos ambientais devido às emissões de combustão originárias do aquecimento.

 

Os alimentos que as pessoas podem considerar aumentar são aqueles que têm altos efeitos benéficos para a saúde e baixo impacto ambiental. Observamos muita flexibilidade entre essas opções “verdes”, incluindo grãos inteiros, frutas, vegetais, nozes, legumes e peixes e frutos do mar de baixo impacto ambiental. Esses itens também oferecem opções para todos os níveis de renda, gostos e culturas.

 

O consumo de carne bovina teve os maiores impactos ambientais negativos, e a carne processada teve os efeitos adversos gerais à saúde mais importantes. Crédito: Pikrepo

 

Outros fatores importantes

Nosso estudo também mostra que, quando se trata de sustentabilidade alimentar, não basta considerar apenas a quantidade de gases de efeito estufa emitidos – a chamada pegada de carbono. Técnicas de economia de água, como irrigação por gotejamento e reutilização de água cinza – ou águas residuais domésticas, como as de pias e chuveiros – também podem representar passos importantes para reduzir a pegada hídrica da produção de alimentos.

 

Uma limitação de nosso estudo é que os dados epidemiológicos não nos permitem diferenciar dentro do mesmo grupo de alimentos, como os benefícios para a saúde de uma melancia versus uma maçã. Além disso, os alimentos individuais sempre precisam ser avaliados dentro do contexto da dieta individual de cada um, considerando o nível máximo acima do qual os alimentos não são mais benéficos – não se pode viver para sempre apenas aumentando o consumo de frutas.

 

Adaptações regulares

Ao mesmo tempo, nosso Índice Nutricional de Saúde tem potencial para ser adaptado regularmente, incorporando novos conhecimentos e dados à medida que se tornam disponíveis. E pode ser customizado no mundo todo, como já foi feito na Suíça.

 

Foi encorajador ver como pequenas mudanças direcionadas poderiam fazer uma diferença significativa tanto para a saúde quanto para a sustentabilidade ambiental – uma refeição por vez.

 

** Este artigo foi republicado do site The Conversation sob uma licença Creative Commons.

 

Fonte: https://www.revistaplaneta.com.br/escolhas-alimentares-podem-somar-ou-tirar-de-minutos-a-anos-de-vida/ - Texto: Olivier Jolliet e Katerina S. Stylianou | The Conversation   

terça-feira, 20 de julho de 2021

Quantos anos um ser humano pode viver? Alguém que já nasceu vai bater o recorde


Homem e mulher mais velhos do mundo

 

O número de pessoas que vivem além dos 100 anos de idade está aumentando há décadas, chegando a quase meio milhão de pessoas em todo o mundo.

 

Há, no entanto, muito menos "supercentenários", pessoas que vivem até os 110 anos ou mais. A pessoa que já viveu por mais tempo, Jeanne Calment, da França, tinha 122 anos quando morreu, em 1997; atualmente, a pessoa mais velha do mundo é Kane Tanaka, do Japão, de 118 anos.

 

Essa longevidade extrema provavelmente continuará a aumentar lentamente até o final deste século, e as estimativas mostram que uma expectativa de vida de 125 anos, ou mesmo 130 anos, é possível.

 

"As pessoas são fascinadas pelos extremos da humanidade, seja ir à Lua, a velocidade com que alguém pode correr nas Olimpíadas ou até mesmo quanto tempo uma pessoa pode viver," comenta o professor Michael Pearce, da Universidade de Washington. "Com este trabalho, quantificamos a probabilidade de acreditarmos que algum indivíduo atingirá várias idades extremas neste século."

 

Recordes da vida humana

 

Enquanto alguns cientistas argumentam que doenças e a deterioração celular básica levam a um limite natural na expectativa de vida humana, outros afirmam que não há limite, como evidenciado por supercentenários que quebraram recordes.

 

Como ninguém sabe o que pesa mais, o normal tem sido os cientistas usarem modelagens estatísticas para calcular os extremos da vida humana.

 

Pearce e seu colega Adrian Raftery adotaram uma abordagem diferente: Eles se perguntaram qual poderia ser a maior expectativa de vida humana em qualquer lugar do mundo até o ano 2100.

 

Usando uma classe de ferramentas estatísticas conhecidas como Bayesianas, eles estimaram que o recorde mundial de 122 anos quase certamente será quebrado neste século, com uma grande probabilidade de pelo menos uma pessoa viver em alguma parte do mundo entre 125 e 132 anos.

 

Longevidade no século 21

 

Para calcular a probabilidade de alguém viver além dos 110 anos, Raftery e Pearce recorreram à atualização mais recente do Banco de Dados Internacional sobre Longevidade, criado pelo Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica (Alemanha). Esse banco de dados rastreia supercentenários de 10 países europeus, além do Canadá, Japão e Estados Unidos.

 

Entre seus resultados estão:

 

Com quase 100% de probabilidade, o recorde atual de idade máxima relatada - 122 anos e 164 dias de Calment - será quebrado.

A probabilidade continua alta de uma pessoa viver mais, até 124 anos (99% de probabilidade) e até 127 anos (68% de probabilidade).

Uma expectativa de vida ainda maior é possível, mas muito menos provável, com uma probabilidade de 13% de alguém viver até os 130 anos.

É "extremamente improvável" que alguém viva até 135 anos neste século.

Mesmo com o crescimento populacional e os avanços na área da saúde, ocorre um achatamento da taxa de mortalidade após uma determinada idade. Em outras palavras, alguém que vive até os 110 anos tem aproximadamente a mesma probabilidade de viver mais um ano que, digamos, alguém que vive até os 114.

 

"Não importa quantos anos eles têm, uma vez que chegam aos 110, eles ainda morrem à mesma taxa," explica Raftery. "Eles superaram todas as várias coisas que a vida lhes jogou, como doenças. Eles morrem por motivos que são um tanto independentes do que afeta os jovens. Este é um grupo muito seleto de pessoas muito robustas."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Probabilistic forecasting of maximum human lifespan by 2100 using Bayesian population projections

Autores: Michael Pearce, Adrian E. Raftery

Publicação: Demographic Research

DOI: 10.4054/DemRes.2021.44.52

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quantos-anos-humano-viver&id=14819 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Deep Longevity Limited

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Estar muito acima ou abaixo do peso pode tirar 4 anos de vida, diz estudo


A pesquisa utilizou dados do IMC (Índice de Massa Corporal) de quase 2 milhões de pessoas para chegar a essa conclusão

Cada vez mais é comprovada a importância de hábitos saudáveis e equilibrados para o bem-estar corporal. Um estudo recente concluiu que essa falta de equilíbrio pode, inclusive, diminuir a expectativa de vida. Segundo o resultado da pesquisa publicada pela revista científica The Lancet Diabetes and Endocrinology, estar muito acima ou abaixo do peso ideal pode reduzir até 4 anos de vida.

Depois de analisarem os dados de aproximadamente dois milhões de pessoas que estavam registradas no sistema de saúde do Reino Unido, os pesquisadores concluíram que, entre os pacientes de 40 anos, quem estava dentro da média de IMC (Índice de Massa Corporal) saudável apresentava menos risco de morte. O método para calcular o IMC consiste em dividir o peso pela altura ao quadrado e, para adultos, é considerado ideal um intervalo entre 18,5 e 25.

O estudo revelou que a expectativa de vida de homens e mulheres acima do peso era de, respectivamente, 4,2 anos e 3,5 anos menor do que o grupo de pessoas que estavam dentro da média de peso saudável. Para quem estava abaixo do peso, o número subia para 4,3 anos a menos em relação aos homens e 4,5 para as mulheres.

Associadas ao Índice de Massa Corporal, foram analisadas diversas causas de mortes dos pacientes e, também, o histórico de saúde dos participantes saudáveis. O estudo concluiu que os integrantes dentro do IMC desejado não estavam livres da possibilidade de desenvolverem determinadas doenças, mas o resultado mostrou que quanto maior a diferença de peso da medida ideal, maior o risco de mortalidade.

Em entrevista ao site da BBC, a professora de Diabetes e Obesidade da Faculdade de Exter, no Reino Unido, Dr Katarina Kos, disse que o estudo apenas constatou o que há muito já se acreditava sobre a associação da saúde com o peso. “Dados de remissão de diabetes mostram como dietas de baixa caloria e perda de peso podem melhorar a doença, por exemplo”, compara Katarina.


sábado, 19 de maio de 2018

Cinco hábitos saudáveis garantem mais de 10 anos adicionais de vida

Hábitos para uma vida mais longa

Manter um estilo de vida saudável - dieta saudável, exercícios regulares e não fumar - pode prolongar a expectativa de vida em até 14 anos para as mulheres e mais de 12 anos para os homens.

Os dados, que constam de uma pesquisa publicada na revista Circulation, da Sociedade Norte-Americana do Coração, tomam por base pessoas na faixa dos 50 anos de idade.

Para quantificar os efeitos da prevenção, os pesquisadores analisaram dados de dois importantes estudos de longo prazo que estão em andamento nos EUA, que incluem informações dietéticas, de estilo de vida e médicas sobre milhares de adultos, para estimar o impacto dos fatores de estilo de vida na expectativa de vida.

Especificamente, foram observados como cinco comportamentos afetaram a longevidade de uma pessoa: não fumar, ingerir uma dieta saudável, fazer exercícios regularmente (mais de 30 minutos por dia de atividade moderada a vigorosa) manter um peso corporal saudável (18,5 a 24,9 kg/m) e consumo moderado de álcool (5 a 15 g/dia para mulheres, 5 a 30 g/dia para homens).

As mulheres foram acompanhadas ao longo de 34 anos e os homens por 27 anos. Nesse período, foram registrados 42.167 óbitos, dos quais 13.953 devidos a câncer e 10.689 devidos a doenças cardiovasculares.

Foco na prevenção

Seguir todos os cinco comportamentos do estilo de vida melhorou significativamente a longevidade tanto dos homens (12 anos a mais de expectativa de vida) quanto das mulheres (14 anos a mais de expectativa de vida).

Em comparação com as pessoas que não seguiram nenhum dos cinco hábitos saudáveis, as pessoas que seguiram todos os cinco tiveram 74% menos probabilidade de morrer durante o período de acompanhamento; 82% menos probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares e 65% menos probabilidade de morrer de câncer.

Houve uma associação direta entre cada comportamento individual e um risco reduzido de morte prematura, com a combinação de todos os cinco comportamentos mostrando a maior proteção.

"Quantificar a associação entre fatores de estilo de vida saudável e maior expectativa de vida é importante não apenas para mudanças comportamentais individuais, mas também para os comunicadores e os formuladores de políticas de saúde. É fundamental colocar a prevenção em primeiro lugar. A prevenção, através de modificações na dieta e no estilo de vida, traz enormes benefícios em termos de reduzir a ocorrência de doenças crônicas, melhorar a expectativa de vida, como mostrado neste estudo, e reduzir os custos de saúde," disse o Dr. Frank Hu, da Universidade de Harvard, um dos autores do estudo.


quinta-feira, 3 de maio de 2018

Quantos anos da sua vida um único drink por dia pode tirar

Uma nova pesquisa de colaboração internacional descobriu que beber mesmo um único drink por dia pode diminuir sua expectativa de vida.

No geral, os cientistas chegaram à conclusão que tomar mais de 100 gramas de álcool por semana, o que equivale a cerca de sete copos de bebida padrão nos Estados Unidos, ou cinco a seis copos de vinho no Reino Unido, aumenta o risco de morte por todas as causas.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista The Lancet.

Resultados
Os pesquisadores estudaram os hábitos de consumo de álcool de quase 600.000 indivíduos que participaram de 83 estudos em 19 países.

Dos participantes, cerca de 50% relataram beber mais de 100 gramas de álcool por semana e 8,4% mais do que 350 gramas por semana. Dados sobre idade, sexo, diabetes, tabagismo e outros fatores relacionados a doenças cardiovasculares também foram analisados.

Comparado a beber menos de 100 gramas de álcool por semana, estima-se que beber de 100 a 200 gramas encurte o tempo de vida de uma pessoa com 40 anos em seis meses. Beber de 200 a 350 gramas por semana pode tirar de um a dois anos de sua vida, e beber mais de 350 gramas por semana pode reduzir sua expectativa em quatro a cinco anos.

“A principal mensagem desta pesquisa é que, se você já bebe álcool, beber menos pode ajudá-lo a viver mais e reduzir o risco de várias doenças cardiovasculares”, disse a bioestatística Angela Wood, da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Risco de morrer por…
Os cientistas também exploraram a ligação entre a quantidade de álcool consumida e o risco de diferentes tipos de doenças.

As pessoas que bebiam mais tinham um risco maior de derrame, insuficiência cardíaca, doença hipertensiva fatal e aneurisma aórtico fatal.

No entanto, níveis mais elevados de álcool também foram associados a um menor risco de ataque cardíaco, também chamado de infarto do miocárdio.

“O consumo de álcool está associado a um risco ligeiramente menor de ataques cardíacos não fatais, mas isso deve ser equilibrado com o maior risco associado de outras doenças cardiovasculares graves – e potencialmente fatais”, colocou em perspectiva Wood.

Moral da história: é melhor fugir do álcool
Os pesquisadores sugerem que o risco variável de diferentes formas de doença cardiovascular pode estar relacionado ao impacto do álcool sobre a pressão sanguínea e outros fatores ligados aos níveis de HDL, o colesterol “bom”.

Enquanto o novo estudo contribui para um número crescente de pesquisas que informam sobre os perigos do consumo de álcool, os cientistas alertam que seus achados podem não ser precisos, uma vez que dependem do próprio relato dos participantes. Estes tendem a subnotificar seu consumo de álcool.

Petra Meier, professora de saúde pública da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, ressalta que “o risco à saúde associado ao consumo de álcool pode variar entre países dependendo de outras condições – por exemplo, taxas de tabagismo, obesidade ou a prevalência de outras doenças”, por isso, pode fazer sentido definir diretrizes de consumo específicas para cada local.

É difícil estimar com precisão os riscos do álcool para a saúde, mas a grande amostra e o método utilizado na nova análise fazem com que suas descobertas sejam confiáveis e aplicáveis aos países ao redor do mundo, concluiu Tim Chico, professor de medicina cardiovascular e consultor de cardiologia da Universidade de Sheffield. [CNN]


sábado, 16 de setembro de 2017

Cientistas descobrem como ganhar anos de vida de maneira simples

Este pequeno ato pode ser a diferença para muitos anos adicionais de vida

Diversas pesquisas já descobriram que ficar sentado o dia todo é muito ruim para a nossa saúde.

Infelizmente, essa é a realidade de muitas pessoas, que possuem profissões que as obrigam a tais períodos sedentários.

Um novo estudo americano de grande alcance sugere que existe algo muito simples que podemos fazer, no entanto: levantar-nos da cadeira regularmente.

A teoria

De acordo com Keith Diaz, pesquisador do Departamento de Medicina da Universidade de Columbia (EUA) e principal autor do novo estudo, o comportamento sedentário não é apenas quanto tempo passamos sentados por dia.

“Estudos anteriores sugeriram que os padrões sedentários – se um indivíduo acumula tempo sentado através de vários trechos curtos ou menos longos de tempo – podem ter um impacto na saúde”, explica.

Para explorar ainda mais essa teoria, Diaz e seus colegas analisaram dados coletados por rastreadores de atividade usados em 7.895 adultos com mais de 45 anos, negros ou brancos.

Os participantes faziam parte de uma investigação nacional americana sobre raça e influências regionais nos riscos de derrame.

Os resultados

De acordo com os dados, 77% dos participantes passavam mais de 12 horas por dia sentados. Ao longo de um período médio de acompanhamento de quatro anos, 340 pessoas morreram, e a equipe calculou o risco de mortalidade para os diferentes padrões sedentários e o tempo sedentário total.

Os cientistas descobriram que havia um risco duas vezes maior de mortalidade em pessoas com o tempo mais sedentário, ou seja, que passavam mais de 13 horas por dia sentados, se levantando em períodos regulares de 60 a 90 minutos a cada vez, em comparação com aqueles com o tempo menos sedentário.

Os participantes que se levantavam a cada 30 minutos, pelo menos, tinham o menor risco de morte.

“Se você tem um emprego ou estilo de vida no qual você tem que se sentar por longos períodos de tempo, sugerimos fazer uma pausa de movimento a cada meia hora”, argumenta Diaz. “Essa única mudança de comportamento pode reduzir o seu risco de morte, embora não possamos dizer com precisão qual é a quantidade de atividade ideal”.

A pesquisa foi publicada na revista científica Annals of Internal Medicine. [NewAtlas]


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Atitudes que adicionam sete anos de vida (saudável) na sua conta

Mais do que aumentar a expectativa de vida, certas práticas relacionadas ao bem-estar proporcionam mais vitalidade no presente e no futuro

Não fumar, consumir álcool com moderação e afastar a obesidade: a adoção dessas três medidas, de acordo com um novo estudo feito por uma parceria entre Estados Unidos e Alemanha, garante mais sete anos de existência longe de doenças. “A crença de que as melhorias nas tecnologias médicas são chaves para uma vida longa e sadia ainda é muito presente”, diz Mikko Myrskylä, diretor do Instituto Max Planck para Pesquisa Demográfica e um dos autores do artigo. “Mas nós mostramos que atividades saudáveis, que não custam nada, são suficientes para proporcionar tal benefício”, conta.

O levantamento analisou mais de 14 mil norte-americanos com idades entre 50 e 89 anos — eles foram entrevistados a cada biênio durante 14 anos sobre seus costumes no dia a dia. Além disso, alguns critérios foram adotados para classificar os participantes em diferentes grupos: quem tinha índice de massa corporal (IMC) abaixo de 30 era considerado não obeso, por exemplo.


Fonte: http://saude.abril.com.br/medicina/atitudes-que-adicionam-sete-anos-de-vida-saudavel-na-sua-conta/ - Por Ana Luísa Moraes - Bernardo França/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 28 de junho de 2017

3 dietas que ajudam as pessoas a viver até os 100 anos

Aprenda com os mais velhos: descubra quais alimentos fazem parte da dieta das pessoas que vivem por mais tempo e adicione-se ao seu prato

Quantos anos você gostaria de viver? Oitenta? Noventa? Cem anos? Se seus planos de longevidade são ousados, é provável que você saiba que precisa seguir algumas recomendações para conservar a saúde.

Manter uma rotina de exercícios físicos, ficar longe do cigarro, evitar o consumo de bebidas alcóolicas e ter uma dieta saudável são alguns dos hábitos que devemos praticar para aumentar nossa expectativa.

Inclusive, pode ser bem interessante prestar atenção nos hábitos de algumas populações que costumam viver mais do que a média e trazer alguns deles para a nossa vida.

Por isso, vale a pena conhecer a dieta de três comunidades com uma alta porcentagem de habitantes que passem facilmente dos anos, cheios de saúde para dar e vender. Descubra quais são os alimentos que eles mais consomem e adicione-os ao seu prato hoje mesmo!

1. Dente-de-leão e grão-de-bico
Em uma ilha remota da Grécia chamada Ikaria, 97% dos seus moradores passam dos 70 anos – e raramente algum deles apresenta sinais de demência. Por lá, um alimento muito comum são as folhas de dente-de-leão, que é consumido cozido como o espinafre. Esse alimento tem 10 vezes mais antioxidantes que o vinho e é rico em prebióticos.

Além do dente-de-leão, os gregos da ilha de Ikaria também são fãs do grão-de-bico, um cereal muito versátil que pode ser consumido na forma de salada, sopas ou substituindo o arroz e o feijão de vez em quando.

2. Arroz, feijão e tortilha
Qualquer nutricionista diria que consumir arroz, feijão e tortilha não é uma boa ideia para quem está tentando emagrecer, mas parece que essa combinação contribui muito para a longevidade dos moradores da Península de Nicoya, na Costa Rica.

Por lá, uma em cada 250 pessoas ultrapassam os 100 anos de idade, enquanto apenas uma em cada 4 mil atinge essa marca nos Estados Unidos – onde as condições de vida seriam supostamente melhores.

3. A dieta do Jardim do Éden
A uma hora de Los Angeles, na Califórnia, está a cidade de Loma Linda, onde quase metade dos seus moradores pertencem à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por lá, a maior parte dos membros da igreja não comem carne ou peixe, e eles se mantêm bem longe do cigarro e do álcool. E isso parece valer a pena, pois eles costumam viver 10 anos a mais do que o resto da população do país.

Em Loma Linda, ter uma dieta saudável é parte dos preceitos da religião, e o cardápio consumido pelos seus moradores tem inspiração no Jardim do Éden bíblico. Dessa forma, a dieta dessas pessoas consiste basicamente em feijões, nozes, mingau de aveia, pão de trigo integral e leite de soja.

Os moradores de Loma Linda também procuram tomar de seis a oito copos de água por dia, conforme foi recomendado por uma das fundadoras da religião, Ellen G. White, há mais de 150 anos. Além disso, eles estão sempre em movimento e costumam fazer muitas caminhadas.

É claro que a genética também conta muito para a expectativa de vida de uma população, mas, conforme você pôde ver, não é tão difícil assim incorporar alguns desses alimentos que prometem vida linga ao seu prato, não é mesmo?


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/dietas-viver-100-anos/ - Raquel Praconi Pinzon - Foto: iStock

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Até que idade você quer viver?

Esperança de vida

Por mais surpreendente que pareça, nem todas as pessoas gostariam de viver muito: é grande o número daquelas que dizem preferir morrer antes do que sua expectativa de vida indica.

O professor Vegard Skirbekk, da Universidade de Colúmbia (EUA), decidiu investigar o quanto pessoas jovens e de meia-idade diziam querer viver e então comparou os resultados com uma série de características pessoais.

Não houve nenhuma indicação de que preferir uma vida mais curta ou mais longa do que a expectativa média de vida tenha qualquer relação com idade, sexo ou educação.

Os resultados mostraram que mais de 1 em cada 6 pessoas preferiria morrer com menos de 80 anos de idade, portanto antes de chegar à expectativa média de vida.

Os 1.600 participantes tinham 42 anos de idade em média (entre 18 e 64 anos), metade eram mulheres e 33% tinham nível universitário de educação.

Quanto as pessoas querem viver

A equipe constatou que um terço das pessoas (33%) prefere uma expectativa de vida na faixa dos oitenta anos, aproximadamente igual à esperança média de vida.

Cerca de um quarto (25%) preferiria viver até os 90 anos, enquanto outros 25% gostariam de viver até 100 anos ou mais - os dois grupos com expectativas além da expectativa média de vida.

Mas intrigantes 17% não gostariam de chegar até os 80 anos que as estatísticas dizem que eles deverão viver.

Ao ajustar os resultados em relação ao nível de felicidade geral relatado por cada voluntário, os pesquisadores constataram que ter expectativas menos positivas sobre a velhice explica essa preferência por morrer mais jovem.

"Para muitos, parece que o medo de se tornar velho pode superar o medo de morrer," observou o professor Skirbekk.

Os resultados foram publicados revista Ageing and Society.