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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Beber água ajuda a diminuir o risco de insuficiência cardíaca, diz estudo


Pesquisadores recomendam uma ingestão diária de líquidos de 1,5 a 2,1 litros para mulheres e 2 a 3 litros para homens

 

Uma hidratação adequada ajuda a manter um bom nível de sódio no sangue, o que contribui para redução do problema cardíaco.          

 

Beber água pode reduzir o risco de insuficiência cardíaca. De acordo com um estudo recente publicado na revista European Heart Journal, um bom nível de hidratação ajuda a manter um nível saudável de sódio na corrente sanguínea, o que por sua vez, contribui para afastar a condição, caracterizada pela dificuldade do coração bombear o sangue para atender às necessidades do corpo.

 

Pesquisadores do National Heart, Lung, and Blood Institute, nos Estados Unidos, chegaram a essa conclusão após analisar dados do estudo Atherosclerosis Risk in Communities, que acompanha aproximadamente 16 mil adultos há mais de trinta anos para entender melhor a aterosclerose e as doenças cardíacas.

 

A análise se concentrou nos participantes com níveis normais de sódio, que não tinham diabetes, obesidade ou insuficiência cardíaca no início do estudo, totalizando 11.814 participantes. No final, 11,56% desenvolveram insuficiência cardíaca.

 

O sódio foi utilizado como um marcador de risco no estudo porque a quantidade do nutriente no sangue está diretamente associada ao nível de hidratação. De acordo com a Mayo Clinic, pessoas saudáveis mantêm um nível de sódio na corrente sanguínea entre 135 e 145 mmol/L. À medida que o sódio aumenta, os níveis de fluidos do corpo diminuem.

 

Os resultados mostraram que o risco da doença aumentou em 39% se o nível de sódio na meia-idade excedesse 143 mmol/L, correspondendo a 1% de déficit de água do peso corporal.

 

Além disso, níveis de sódio entre 142,5–143 mmol/L na meia-idade foi associado a um aumento de 62% nas chances de desenvolver hipertrofia ventricular esquerda, quando a principal câmara de bombeamento do coração, o ventrículo esquerdo, engrossa, levando a uma possível redução de bombeamento do coração e aumento do risco de insuficiência cardíaca.

 

Para reduzir o risco do problema e manter o nível de sódio no sangue dentro do normal, os pesquisadores recomendam uma ingestão diária de líquidos de 1,5 a 2,1 litros para mulheres e 2 a 3 litros para homens. Essa recomendação é particularmente importante para pessoas mais velhas, que não costumam sentir muita sede.

 

"Semelhante à redução da ingestão de sal, beber bastante água e manter-se hidratado são maneiras de ajudar nossos corações e podem ajudar a reduzir os riscos de doenças cardíacas a longo prazo", disse Natalia Dmitrieva, principal autora do estudo e pesquisadora do National Heart, Lung, and Blood Institute.

 

Vale ressaltar que como esse foi apenas um estudo observacional, não é possível estabelecer uma relação de causa e consequência entre o aumento do nível de sódio no sangue e a insuficiência cardíaca.

 

Fonte: https://oglobo.globo.com/saude/medicina/noticia/2022/04/beber-agua-ajuda-diminuir-risco-de-insuficiencia-cardiaca-diz-estudo-25478049.ghtml - Freepik — Foto: 


Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento.

Provérbios 2:6    

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Consumo de azeite de oliva diminui risco de morte por qualquer doença


Se faltava algum argumento para convencer a população a ingerir azeite de oliva, este estudo dá a palavra final.

 

Consumir mais de 7 gramas (cerca de 1/2 colher de sopa) de azeite por dia está associado a um menor risco de mortalidade por doenças cardiovasculares, por câncer, por doenças neurodegenerativas e por doenças respiratórias.

 

E apenas substituir cerca de 10 gramas/dia de margarina, manteiga, maionese ou gordura láctea pela quantidade equivalente de azeite também está associado a um menor risco de mortalidade.

 

"Nossos resultados apoiam as recomendações dietéticas atuais para aumentar a ingestão de azeite e outros óleos vegetais insaturados," disse a professora Marta Guasch-Ferré, que liderou uma equipe dos EUA e da Espanha. "Os médicos devem aconselhar os pacientes a substituir certas gorduras, como margarina e manteiga, por azeite de oliva para melhorar sua saúde. Nosso estudo ajuda a fazer recomendações mais específicas que serão mais fáceis para os pacientes entenderem e, esperamos, implementarem em suas dietas".

 

Consumo de azeite de oliva

 

Os pesquisadores analisaram 60.582 mulheres e 31.801 homens livres de doenças cardiovasculares e câncer na linha de base do estudo, em 1990. Durante 28 anos de acompanhamento, a dieta foi avaliada por um questionário a cada quatro anos.

 

O questionário perguntava com que frequência, em média, as pessoas consumiam alimentos específicos, tipos de gorduras e óleos, bem como qual marca ou tipo de óleos usavam para cozinhar e adicionar à mesa.

 

O consumo de azeite foi calculado a partir da soma de três itens do questionário: Azeite usado para molhos de salada, adicionado à comida ou pão e azeite usado para assar e fritar em casa. Uma colher de sopa equivale a 13,5 gramas de azeite. O consumo médio de azeite total na categoria mais alta foi de cerca de 9 gramas/dia na linha de base (1990) e envolvia 5% dos participantes do estudo.

 

Os pesquisadores descobriram que o consumo de azeite aumentou de 1,6 grama/dia em 1990 para cerca de 4 gramas/dia em 2010, enquanto o consumo de margarina diminuiu de cerca de 12 gramas/dia em 1990 para cerca de 4 gramas/dia em 2010. A ingestão de outras gorduras permaneceu estável.

 

O consumo de azeite foi categorizado da seguinte forma:

 

Nunca ou < 1 vez por mês

> 0 a ≤ 4,5 gramas/dia ( > 0 a ≤ 1 colher de chá)

> 4,5 a ≤ 7 gramas/dia ( > 1 colher de chá a ≤ 1/2 colher de sopa)

> 7 gramas/dia ( > 1/2 colher de sopa)

 

Benefícios à saúde e deficiências do estudo

 

Quando os pesquisadores compararam as pessoas que raramente ou nunca consumiam azeite, aquelas na categoria de maior consumo tiveram 19% menor risco de mortalidade cardiovascular, 17% menor risco de mortalidade por câncer, 29% menor risco de mortalidade neurodegenerativa e 18% menor risco de mortalidade respiratória.

 

O estudo também descobriu que a substituição de 10 gramas/dia de outras gorduras, como margarina, manteiga, maionese e gordura láctea, por azeite de oliva, foi associada a um risco entre 8% e 34% menor de mortalidade total e por causa específica. Não foram identificadas associações significativas ao substituir o azeite por outros óleos vegetais.

 

"É possível que o maior consumo de azeite seja um marcador de uma dieta geral mais saudável e maior status socioeconômico. No entanto, mesmo após o ajuste para esses e outros fatores de status socioeconômico, nossos resultados permaneceram praticamente os mesmos," disse Guasch-Ferré. "Nossa coorte de estudo foi predominantemente uma população branca não hispânica de profissionais de saúde, o que deve minimizar fatores socioeconômicos potencialmente confusos, mas pode limitar a generalização, pois essa população pode ter maior probabilidade de levar um estilo de vida saudável."

 

Oleuropeína: Substância no azeite e azeitonas previne diabetes

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Consumption of Olive Oil and Risk of Total and Cause-Specific Mortality Among U.S. Adults

Autores: Marta Guasch-Ferré, Yanping Li, Walter C. Willett, Qi Sun, Laura Sampson, Jordi Salas-Salvadó, Miguel A. Martínez-González, Meir J. Stampfer, Frank B. Hu

Publicação: Journal of the American College of Cardiology

Vol.: 79, Issue 2, Pages 101-112

DOI: 10.1016/j.jacc.2021.10.041

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=consumo-azeite-oliva-diminui-risco-morte-qualquer-doenca&id=15128 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CDCC


E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.

Gálatas 6:9


segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Covid-19: Este sintoma diminui a libido e vontade de ter relações


Um dos três principais sintomas novo coronavirus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, pode reduzir a libido e a vontade ter relações sexuais, alerta um novo estudo.

 

Em maio do ano passado a anosmia- também conhecida como perda do paladar e do olfato - foi listada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos principais sinais de infecção pelo novo coronavírus.

 

Tal ocorreu, após as autoridades de saúde terem detectado inúmeros casos de doentes com Covid-19 que relataram o sintoma e agora os pesquisadores já associaram o sinal à diminuição do apetite sexual, reporta um artigo publicado no jornal britânico The Sun.

 

Leia Também: Duração da pandemia aumenta sentimentos negativos, mas pessoas se dizem mais solidárias, diz pesquisa

 

A OMS identifica entre os três principais sintomas da Covid-19: uma nova tosse persistente, temperatura elevada e perda de paladar e de olfato ou anosmia.

 

Se tiver algum desses sintomas, então deve se isolar e contactar o médico. Mas é provável que se você e o seu parceiro estejam em isolamento e a experienciar a falta de olfato, que ocorra uma diminuição da libido.

 

Investigadores norte-americanos afirmam que o olfato pode desempenhar um papel importante na motivação sexual e ambos estão "intimamente ligados".

 

Num artigo publicado no The Journal of Sexual Medicine, os especialistas disseram que a satisfação emocional diminuiu em adultos mais velhos que apresentaram o sintoma.

 

Para efeitos daquela pesquisa, foram analisados 2.084 adultos com 65 anos ou mais e foi observado como a perda do olfato impactava nos desejos sexuais dos idosos.

 

De modo a medirem o seu olfato, os investigadores usaram varas de cheiro e associaram esse elemento à frequência de pensamentos sexuais dos indivíduos através de um questionário.

 

Os cientistas questionaram os voluntários sobre o quão satisfeitos estes haviam ficado com a sua experiência sexual mais recente.

 

Jesse K. Siegel, líder do estudo e professor na Universidade de Chicago, disse: "a diminuição da função olfativa em idosos nos EUA foi associada à diminuição da motivação sexual e da satisfação emocional com o sexo, mas não à diminuição da frequência de atividade sexual ou prazer físico".

 

"A nossa pesquisa revela que um declínio na função olfativa pode afetar o prazer sexual nos adultos mais velhos", acrescentou.

 

"Portanto, causas tratáveis de perda sensorial devem ser abordadas por clínicos de forma a melhorar a saúde sexual".

 

O olfato é a forma como o corpo processa o cheiro. Podendo ajudar a detectar feromônios um tipo de químicos que atuam como hormônios fora do corpo humano.

 

Segundo os investigadores: "o olfato tem uma forte conexão evolutiva com o sistema límbico, que desempenha um papel crítico no processamento de emoções e motivação sexual".

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1827661/covid-19-este-sintoma-diminui-a-libido-e-vontade-de-ter-relacoes - © Istock

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

As emoções podem diminuir a inflamação… e as doenças?


Experimentar uma série de emoções positivas pode realmente melhorar sua saúde e reduzir o risco de doenças?

 

De acordo com um estudo recente, sim, certas emoções reduzem a inflamação … e, portanto, os níveis de doença também.

 

Vamos lá, fique feliz: a ligação entre suas emoções e a inflamação

Pesquisas anteriores provaram uma ligação entre emoções positivas, níveis de felicidade e níveis de inflamação no corpo. Mas este pequeno estudo, publicado na revista Emotion , descobriu que as pessoas que vivenciam uma ampla gama de emoções positivas podem reduzir a inflamação sistêmica em seus corpos, o que pode reduzir o risco de doenças crônicas.

 

Como a inflamação está na raiz da maioria das doenças, isso pode ter efeitos de longo alcance, especialmente à medida que envelhecemos.

 

Veja como o estudo funcionou. Os pesquisadores pediram a 175 participantes com idades entre 40 e 65 anos para manter um registro de suas emoções por 30 dias. As pessoas registram com que frequência e com que intensidade experimentaram 32 emoções diferentes: 16 positivas, como estar excitado, orgulhoso ou alegre e 16 negativas, como se sentir irritado, lento ou chateado. Seis meses depois, cada participante foi testado para marcadores de inflamação e amostras de sangue coletadas.

 

Os resultados surpreenderam os pesquisadores. As pessoas que vivenciaram uma maior variedade das 16 emoções positivas no dia-a-dia – entusiasmado, interessado, determinado, animado, divertido, inspirado, alerta, ativo, forte, orgulhoso, atento, feliz, relaxado, alegre, em calma, calma – teve menos inflamação do que o resto do grupo, mesmo depois de levar em conta o índice de massa corporal, características demográficas, condições médicas e outros fatores.

 

E os níveis mais baixos de inflamação eram verdadeiros mesmo quando comparados com pessoas que experimentaram emoções positivas por um período semelhante de dias, mas tiveram um intervalo menor delas. Quando se tratava de reduzir a inflamação, a diversidade emocional positiva importava mais do que simplesmente se sentir feliz.

 

Você pode esperar que o oposto seja verdadeiro para as emoções negativas – que as pessoas que experimentaram uma gama mais ampla de emoções negativas podem ter níveis cada vez mais altos de inflamação. Curiosamente, não foi esse o caso. A diversidade de emoções importava apenas quando eram positivas.

 

Então, o que há na gama de emoções que podem reduzir a inflamação e contribuir para a redução do risco de doenças crônicas? De acordo com os pesquisadores do estudo, experimentar uma variedade de sentimentos – não apenas positivos, mas também como calmos ou relaxados – pode ter um efeito benéfico em nossa saúde, tanto física quanto mental, por “prevenir uma superabundância ou prolongar qualquer emoção de dominando a vida emocional de um indivíduo. ” Em outras palavras, não nos fixarmos em apenas um sentimento, mesmo que seja positivo, nos mantém mais saudáveis.

 

E embora este seja o primeiro estudo que analisa o papel independente das emoções positivas e negativas na inflamação, outros estudos descobriram que experimentar vários tipos de emoções positivas são essenciais para alimentar a resiliência psicológica e melhorar as conexões sociais com outras pessoas, o que pode retardar a progressão da doença ou melhorar a saúde física.

 

Por que a inflamação é importante

Níveis mais baixos de inflamação são essenciais para reduzir o risco de doenças crônicas. Acredita-se que um sistema imunológico hiperativo é o que causa a inflamação. Veja, certos alimentos e toxinas ambientais se acumulam no corpo, estimulando o sistema imunológico. Por sua vez, ele libera células de defesa e hormônios no corpo.

 

Mas como você não está lutando contra o resfriado comum, o sistema imunológico permanece em alerta e em alta atividade, danificando os tecidos durante o processo.

 

Doenças crônicas como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, artrite, asma e doença de Crohn estão todas ligadas à inflamação no corpo. Ao reduzir a inflamação, diminuímos o risco de contrair essas doenças. E se as emoções reduzem a inflamação, melhor ainda, pois é uma maneira natural de lidar com esse problema.

 

Adaptado de Dr. Axe

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/as-emocoes-podem-diminuir-a-inflamacao-e-as-doencas/ - Por Revista Saber é Saúde

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Usar máscaras em público diminui disseminação da covid-19


O uso das máscaras e a distância pessoal são cruciais principalmente devido à transmissão por assintomáticos.

Eficácia das máscaras

Cidades que tornaram obrigatório o uso de máscaras faciais em áreas públicas tiveram um declínio contínuo na propagação do coronavírus.

Após apenas cinco dias do início da vigência da obrigatoriedade das máscaras, a taxa diária de crescimento do novo coronavírus desacelerou quase 1%; após 21 dias, a taxa de crescimento já havia desacelerado cerca de 2%.

Esta foi a conclusão de Wei Lyu e George Wehby, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Iowa (EUA) - todos os dados da pesquisa referem-se à experiência norte-americana.

Governadores de 15 estados norte-americanos e da capital assinaram decretos para obrigar o uso da máscara facial em público logo nos primeiros dias da pandemia.

Essas leis foram promulgadas entre 8 de abril e 15 de maio, e os pesquisadores monitoraram as mudanças nas taxas diárias de crescimento dos casos de covid-19 entre 31 de março e 22 de maio.

Segundo a equipe entre 230.000 e 450.000 casos podem ter sido evitados até a data final do estudo (22 de maio) graças à obrigatoriedade do uso das máscaras.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Community Use Of Face Masks And covid-19: Evidence From A Natural Experiment Of State Mandates In The US
Autores: Wei Lyu, George L. Wehby
Publicação: Health Affairs
Vol.: 39, No. 8
DOI: 10.1377/hlthaff.2020.00818


sábado, 11 de abril de 2020

Ter um cão diminui em 24% o risco de morte, afirma estudo


Pesquisa revelou que ter um cachorro traz benefícios à saúde, diminui riscos de morte por doenças cardiovasculares e melhora bem-estar

Uma pesquisa feita com pessoas de vários países revelou que ter um cachorro diminui em 24% as chances de mortalidade humana por diversas causas, quando comparado a quem não possui um pet em casa.

O estudo foi conduzido pela endocrinologista Carolina Kramer e publicado na revista Circulation, da Associação Americana do Coração (AHA, em inglês).

Para chegar ao resultado, a médica coletou dados de quase 4 milhões de pessoas de lugares como Estados Unidos, Canadá, Escandinávia, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.

Além da redução de mortalidade geral, o estudo também apontou que há uma diminuição de 31% no risco de morte por doenças cardiovasculares - que são a maior causa de óbitos em todo o mundo.


Outra pesquisa, publicada no mesmo jornal com dados coletados na Suécia, ainda apontou que os cãezinhos também podem ajudar a prolongar a vida de quem já passou por algum problema sério de saúde.

Pessoas que já tiveram um infarto e moravam sozinhas com cães tiveram uma diminuição de 33% do risco de morte. Já aqueles que sofreram um AVC e viviam apenas com um cachorro em casa tiveram uma redução do risco em 27%, quando comparado a quem não tinha cães.

Cachorros e bem-estar
O estudo feito por Carolina Kramer ressaltou também que possuir um cachorro contribui beneficamente ao bem-estar, de forma que estimula atividades físicas, diminui o isolamento social, diminui a pressão sanguínea e melhora as taxas de colesterol.

Portanto, o menor risco de morte conectado aos donos de cães, segundo as pesquisas, poderia ser explicado pelo aumento da prática de exercícios físicos na rotina diária e diminuição da depressão e solidão.

Nenhum dos autores das pesquisas, no entanto, afirma que possuir um cachorro impacta diretamente no aumento da expectativa de vida. Eles sugerem tal relação, mas os resultados dependem de outros fatores, como o comportamento do dono, melhor estilo de vida, recursos financeiros, entre outros.

Vale acrescentar que uma pesquisa realizada por psicólogos das universidades de Miami e St. Louis, nos Estados Unidos, reforçou a ideia de que possuir animais de estimação traz benefícios ao bem-estar dos donos.

O grupo estudado, que possuía animais como cachorros e gatos, era menos solitário, tinha melhor autoestima, era mais extrovertido e se aproximava das pessoas com maior facilidade, quando comparado ao grupo sem animais de estimação.


sábado, 9 de novembro de 2019

Dormir o tempo certo diminui risco de infarto - mesmo se você tem predisposição genética


Sono é bom para o coração

Mesmo se você é um não-fumante que se exercita e não tem predisposição genética para doenças cardiovasculares, não dormir direito, ou dormir demais, pode aumentar o seu risco de ataque cardíaco.

"Isto fornece algumas das provas mais fortes de que a duração do sono é um fator-chave no que diz respeito à saúde do coração, e isso vale para todos," disse a Dra Celine Vetter, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA).

Além disso, a equipe também descobriu que, para pessoas com alto risco genético de ataque cardíaco, dormir entre 6 e 9 horas noturnas pode compensar esse maior risco.

Sono na medida

O pesquisador Iyas Daghlas coordenou a análise das informações genéticas, hábitos de sono e registros médicos de 461.000 participantes do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, que nunca haviam sofrido um ataque cardíaco. O grupo foi monitorado por sete anos.

Em comparação com aqueles que dormiam 6 a 9 horas por noite, quem dormia menos de seis horas apresentou 20% mais chances de sofrer um ataque cardíaco durante o período. O efeito foi ainda pior para aqueles que dormiam mais de nove horas por noite: uma probabilidade 34% maior de um evento cardiovascular.

Quando os pesquisadores analisaram apenas pessoas com predisposição genética para doenças cardíacas, constataram que dormir entre seis e nove horas noturnas reduziu o risco de sofrer um ataque cardíaco em 18%.

"É uma mensagem de esperança de que, independentemente do seu risco herdado de ataque cardíaco, dormir uma quantidade saudável pode reduzir esse risco, da mesma forma que adotar uma dieta saudável, não fumar e outras abordagens de estilo de vida," disse Iyas Daghlas, atualmente na Universidade Harvard (EUA).


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Porque a frequência cardíaca máxima diminui com a idade


Você já deve ter ouvido de seu cardiologista ou percebido isso na esteira de sua academia: quanto mais jovem você for, maior é a frequência de batimentos cardíacos que seu coração consegue aguentar. Mas você sabe por que, exatamente, isso acontece?

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, oferecem uma nova visão sobre a velha questão do porquê a frequência cardíaca máxima (também conhecida internacionalmente como “maxHR”) diminui com a idade. Esta diminuição não só limita o desempenho de atletas à medida que o tempo passa, mas também é uma das principais causas de admissão de idosos em casas de repouso. Essas pessoas estariam completamente saudáveis se não fosse seus corações, que acabam limitando suas atividades e minando a capacidade física necessária para uma vida independente.

O que significa essa “desaceleração”?

Todo mundo sabe que a capacidade aeróbica diminui com a idade. Voltamos à tabelinha que indica a sua frequência cardíaca máxima diminuindo à medida que você envelhece. Os corações mais velhos simplesmente não podem bater tão rápido quanto os mais jovens – uma pessoa idosa cujo batimento cardíaco está em 120 por minuto provavelmente está se esforçando mais do que uma pessoa mais jovem, cujo coração está batendo 150 vezes por minuto.

Um novo estudo realizado por um grupo liderado pelos pesquisadores Catherine Proenza e Roger Bannister relata que um dos motivos para a redução da frequência cardíaca máxima em razão da idade é que o envelhecimento enfraquece a atividade elétrica espontânea do “marcapasso natural” do coração: o nó sinoatrial.

Cientistas criam coração funcional de rato com células humanas
A dissertação de Eric Larson, pós-graduando do laboratório de Proenza, no Departamento de Fisiologia e Biofísica, é citada no artigo. Larson descreve que utilizou uma espécie de exame de eletrocardiograma em ratos conscientes e descobriu que a frequência cardíaca máxima era menor nos animais mais velhos, assim como o é em pessoas idosas. “Este resultado não foi inesperado, mas fato completamente novo foi que o maxHR mais lento dos ratos velhos se justificava porque as células marcapasso dos indivíduos – chamadas de miócitos sinoatriais, ou “SAMs”, na sigla em inglês – simplesmente não conseguiam bater tão rápido quanto os SAMs de ratos jovens”, explica.

Os pesquisadores gravaram os minúsculos sinais elétricos das células isoladas e descobriram que os SAMs de ratos velhos realmente batem mais devagar, mesmo quando as células são diretamente estimuladas. O índice mais baixo dos batimentos cardíacos acontece devido a um conjunto limitado de modificações na forma de onda do potencial de ação – o sinal elétrico que é gerado pelas células.

As modificações são provocadas pela alteração do comportamento de alguns canais de íons nas membranas das células mais velhas. Canais de íons são proteínas que conduzem a eletricidade através da membrana celular. Imagine um balão com furos minúsculos que se abrem e se fecham para deixar o ar entrar e sair – os canais iônicos são como esses buraquinhos.

Como a maioria das descobertas iniciais em ciência básica, este estudo abre o caminho para outras perguntas e diversas novas pesquisas. No entanto, ele já indica a possibilidade de que os canais de íons sinoatriais e as moléculas de sinalização que os regulam se tornem novos alvos de remédios que visam retardar a perda de capacidade aeróbica com o decorrer da idade.

Por fim, Proenza ressalta que, embora a frequência cardíaca máxima diminua para todos de forma igual, independentemente de condicionamento físico, as pessoas podem melhorar e manter a sua capacidade aeróbica em todas as idades por meio de exercícios físicos. [Medical Xpress]


terça-feira, 29 de maio de 2018

Comer um ovo por dia diminui o risco de doença cardíaca


Ovos têm um histórico complicado na mídia. Quem não se lembra de ler e ouvir que comer ovos demais aumenta o colesterol ruim? Esta informação era veiculada por causa da descoberta que os ovos têm alto índice desse tipo de colesterol, mas pesquisas mais recentes apontaram que na verdade eles ajudam a melhorar o colesterol bom (LDH), que é um componente importante das nossas células.

Agora um estudo recém publicado na revista Heart comprova os resultados positivos dos ovos na nossa saúde cardíaca. Um grupo de pesquisadores da China e do Reino Unido quis ver na prática a ligação entre consumo frequente de ovos e desenvolvimento de doenças cardíacas e circulares.

Cientistas “descozinham” um ovo
Para isso, eles usaram dados de um estudo anterior, que incluiu quase meio milhão de adultos com idades entre 30 a 79 anos de 10 regiões diferentes da China.

Cerca de 416 mil participantes com boa saúde e livres de problemas como câncer, doença cardíaca e diabetes foram escolhidos. Eles foram questionados sobre a frequência em que consumiam ovos, e foram acompanhados por quase 9 anos.

Cerca de 13% dos participantes informaram que consumiam ovos todos os dias, enquanto 9% disseram que nunca ou apenas raramente comiam ovos.

Ao final do período de acompanhamento, 83.977 deles desenvolveram doenças cardíacas, sendo que 9.985 morreram. Aconteceram 5.103 grandes eventos coronários como derrames e ataques cardíacos.

Os resultados mostram que pessoas que comiam ovos diariamente tinham menos risco de ter doenças cardíacas em geral.

Quem comia até um ovo por dia teve 26% menos chance de ter derrame, 18% menos chance de morrer de doenças cardiovasculares, além de 12% menos chance de ter doenças cardíacas isquêmicas quando comparado com pessoas que comiam ovos raramente.

Uma dúzia de fatos extraordinários sobre ovos
Ovos são alimentos ricos em proteína, vitamina e fosfolipídios. Um ovo contém 35% da quantidade diária de colina, um nutriente importante para a função cognitiva e que pode proteger contra o mal de Alzheimer. [Science Alert]


quinta-feira, 3 de maio de 2018

Quantos anos da sua vida um único drink por dia pode tirar

Uma nova pesquisa de colaboração internacional descobriu que beber mesmo um único drink por dia pode diminuir sua expectativa de vida.

No geral, os cientistas chegaram à conclusão que tomar mais de 100 gramas de álcool por semana, o que equivale a cerca de sete copos de bebida padrão nos Estados Unidos, ou cinco a seis copos de vinho no Reino Unido, aumenta o risco de morte por todas as causas.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista The Lancet.

Resultados
Os pesquisadores estudaram os hábitos de consumo de álcool de quase 600.000 indivíduos que participaram de 83 estudos em 19 países.

Dos participantes, cerca de 50% relataram beber mais de 100 gramas de álcool por semana e 8,4% mais do que 350 gramas por semana. Dados sobre idade, sexo, diabetes, tabagismo e outros fatores relacionados a doenças cardiovasculares também foram analisados.

Comparado a beber menos de 100 gramas de álcool por semana, estima-se que beber de 100 a 200 gramas encurte o tempo de vida de uma pessoa com 40 anos em seis meses. Beber de 200 a 350 gramas por semana pode tirar de um a dois anos de sua vida, e beber mais de 350 gramas por semana pode reduzir sua expectativa em quatro a cinco anos.

“A principal mensagem desta pesquisa é que, se você já bebe álcool, beber menos pode ajudá-lo a viver mais e reduzir o risco de várias doenças cardiovasculares”, disse a bioestatística Angela Wood, da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Risco de morrer por…
Os cientistas também exploraram a ligação entre a quantidade de álcool consumida e o risco de diferentes tipos de doenças.

As pessoas que bebiam mais tinham um risco maior de derrame, insuficiência cardíaca, doença hipertensiva fatal e aneurisma aórtico fatal.

No entanto, níveis mais elevados de álcool também foram associados a um menor risco de ataque cardíaco, também chamado de infarto do miocárdio.

“O consumo de álcool está associado a um risco ligeiramente menor de ataques cardíacos não fatais, mas isso deve ser equilibrado com o maior risco associado de outras doenças cardiovasculares graves – e potencialmente fatais”, colocou em perspectiva Wood.

Moral da história: é melhor fugir do álcool
Os pesquisadores sugerem que o risco variável de diferentes formas de doença cardiovascular pode estar relacionado ao impacto do álcool sobre a pressão sanguínea e outros fatores ligados aos níveis de HDL, o colesterol “bom”.

Enquanto o novo estudo contribui para um número crescente de pesquisas que informam sobre os perigos do consumo de álcool, os cientistas alertam que seus achados podem não ser precisos, uma vez que dependem do próprio relato dos participantes. Estes tendem a subnotificar seu consumo de álcool.

Petra Meier, professora de saúde pública da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, ressalta que “o risco à saúde associado ao consumo de álcool pode variar entre países dependendo de outras condições – por exemplo, taxas de tabagismo, obesidade ou a prevalência de outras doenças”, por isso, pode fazer sentido definir diretrizes de consumo específicas para cada local.

É difícil estimar com precisão os riscos do álcool para a saúde, mas a grande amostra e o método utilizado na nova análise fazem com que suas descobertas sejam confiáveis e aplicáveis aos países ao redor do mundo, concluiu Tim Chico, professor de medicina cardiovascular e consultor de cardiologia da Universidade de Sheffield. [CNN]


sábado, 1 de novembro de 2014

Chocolate diminui risco de AVC

Graças aos flavonoides contidos nessa delícia, ao consumi-la, a prevenção contra o acidente vascular cerebral é automática, aproveite seus benefícios
Os pesquisadores Sarab Sahib e Gustavo Saposnik, da Universidade McMaster, no Canadá, concluíram que o chocolate pode diminuir o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Tudo graças aos flavonoides, que estão no alimento. Veja por que é hora de comer mais chocolate.

● Pessoas que comiam chocolate, em qualquer quantidade, uma vez por semana, tiveram 22% menos riscos de ter um AVC.

● Consumindo ao menos 50 g de chocolate, uma vez por semana, esses indivíduos tiveram 46% menos chances de morrer após serem acometidos por um AVC .

● Quanto mais escuro e amargo, maior a concentração de flavonoides. Uma barra de 30 g apresenta a mesma quantidade de flavonoides encontrada em seis maçãs.

● O processo de produção do chocolate destrói cerca de 25% dos flavonoides. Porém, as empresas estão começando a usar métodos que podem preservar de 70% a 95% da substância.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/nutricao/chocolate-diminui-risco-de-avc/3495/ - Texto: Marcela Carlini / Foto: Shutterstock / Adaptação: Clara Ribeiro

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Porque a frequência cardíaca máxima diminui com a idade

Você já deve ter ouvido de seu cardiologista ou percebido isso na esteira de sua academia: quanto mais jovem você for, maior é a frequência de batimentos cardíacos que seu coração consegue aguentar. Mas você sabe por que, exatamente, isso acontece?

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, oferecem uma nova visão sobre a velha questão do porquê a frequência cardíaca máxima (também conhecida internacionalmente como “maxHR”) diminui com a idade. Esta diminuição não só limita o desempenho de atletas à medida que o tempo passa, mas também é uma das principais causas de admissão de idosos em casas de repouso. Essas pessoas estariam completamente saudáveis se não fosse seus corações, que acabam limitando suas atividades e minando a capacidade física necessária para uma vida independente.

O que significa essa “desaceleração”?

Todo mundo sabe que a capacidade aeróbica diminui com a idade. Voltamos à tabelinha que indica a sua frequência cardíaca máxima diminuindo à medida que você envelhece. Os corações mais velhos simplesmente não podem bater tão rápido quanto os mais jovens – uma pessoa idosa cujo batimento cardíaco está em 120 por minuto provavelmente está se esforçando mais do que uma pessoa mais jovem, cujo coração está batendo 150 vezes por minuto.

Um novo estudo realizado por um grupo liderado pelos pesquisadores Catherine Proenza e Roger Bannister relata que um dos motivos para a redução da frequência cardíaca máxima em razão da idade é que o envelhecimento enfraquece a atividade elétrica espontânea do “marcapasso natural” do coração: o nó sinoatrial.

A dissertação de Eric Larson, pós-graduando do laboratório de Proenza, no Departamento de Fisiologia e Biofísica, é citada no artigo. Larson descreve que utilizou uma espécie de exame de eletrocardiograma em ratos conscientes e descobriu que a frequência cardíaca máxima era menor nos animais mais velhos, assim como o é em pessoas idosas. “Este resultado não foi inesperado, mas fato completamente novo foi que o maxHR mais lento dos ratos velhos se justificava porque as células marcapasso dos indivíduos – chamadas de miócitos sinoatriais, ou “SAMs”, na sigla em inglês – simplesmente não conseguiam bater tão rápido quanto os SAMs de ratos jovens”, explica.

Os pesquisadores gravaram os minúsculos sinais elétricos das células isoladas e descobriram que os SAMs de ratos velhos realmente batem mais devagar, mesmo quando as células são diretamente estimuladas. O índice mais baixo dos batimentos cardíacos acontece devido a um conjunto limitado de modificações na forma de onda do potencial de ação – o sinal elétrico que é gerado pelas células.

As modificações são provocadas pela alteração do comportamento de alguns canais de íons nas membranas das células mais velhas. Canais de íons são proteínas que conduzem a eletricidade através da membrana celular. Imagine um balão com furos minúsculos que se abrem e se fecham para deixar o ar entrar e sair – os canais iônicos são como esses buraquinhos.

Como a maioria das descobertas iniciais em ciência básica, este estudo abre o caminho para outras perguntas e diversas novas pesquisas. No entanto, ele já indica a possibilidade de que os canais de íons sinoatriais e as moléculas de sinalização que os regulam se tornem novos alvos de remédios que visam retardar a perda de capacidade aeróbica com o decorrer da idade.

Por fim, Proenza ressalta que, embora a frequência cardíaca máxima diminua para todos de forma igual, independentemente de condicionamento físico, as pessoas podem melhorar e manter a sua capacidade aeróbica em todas as idades por meio de exercícios físicos. [Medical Xpress]