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sábado, 9 de novembro de 2019

Dormir o tempo certo diminui risco de infarto - mesmo se você tem predisposição genética


Sono é bom para o coração

Mesmo se você é um não-fumante que se exercita e não tem predisposição genética para doenças cardiovasculares, não dormir direito, ou dormir demais, pode aumentar o seu risco de ataque cardíaco.

"Isto fornece algumas das provas mais fortes de que a duração do sono é um fator-chave no que diz respeito à saúde do coração, e isso vale para todos," disse a Dra Celine Vetter, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA).

Além disso, a equipe também descobriu que, para pessoas com alto risco genético de ataque cardíaco, dormir entre 6 e 9 horas noturnas pode compensar esse maior risco.

Sono na medida

O pesquisador Iyas Daghlas coordenou a análise das informações genéticas, hábitos de sono e registros médicos de 461.000 participantes do Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, que nunca haviam sofrido um ataque cardíaco. O grupo foi monitorado por sete anos.

Em comparação com aqueles que dormiam 6 a 9 horas por noite, quem dormia menos de seis horas apresentou 20% mais chances de sofrer um ataque cardíaco durante o período. O efeito foi ainda pior para aqueles que dormiam mais de nove horas por noite: uma probabilidade 34% maior de um evento cardiovascular.

Quando os pesquisadores analisaram apenas pessoas com predisposição genética para doenças cardíacas, constataram que dormir entre seis e nove horas noturnas reduziu o risco de sofrer um ataque cardíaco em 18%.

"É uma mensagem de esperança de que, independentemente do seu risco herdado de ataque cardíaco, dormir uma quantidade saudável pode reduzir esse risco, da mesma forma que adotar uma dieta saudável, não fumar e outras abordagens de estilo de vida," disse Iyas Daghlas, atualmente na Universidade Harvard (EUA).


terça-feira, 9 de abril de 2013

Como é medida a audiência de TV?


O princípio é igual ao de qualquer outro tipo de pesquisa: os institutos de medição registram as preferências de uma quantidade bem pequena de pessoas. É a chamada amostragem. No Brasil, 87% das casas têm televisão. Isso dá cerca de 39 milhões de domicílios com telespectadores. Para saber a que esse pessoal todo assiste, o instituto Ibope, por exemplo, verifica a audiência em 3 019 casas - ou 0,008% do total.

A medição pode ser feita de três maneiras: 1 - por uma folha que os moradores preenchem e o instituto recolhe; 2 - por aparelhos eletrônicos que mandam uma vez por dia a relação de todos os programas assistidos na casa; 3 - por um controle em tempo real, que indica a cada minuto as variações de audiência, transmitindo instantaneamente os resultados às emissoras. Esse último sistema, a forma mais moderna de medição, existe apenas na Grande São Paulo (a gente explica no infográfico como funciona esse processo). O número de domicílios adaptados a essa tecnologia é ínfimo: ao todo, são apenas 750 casas, ou 0,002% do total brasileiro. Com tão pouca gente pesquisada, como essa medição pode dar certo, dentro de uma margem de erro aceitável? A chave é selecionar bem os domicílios pesquisados, escolhendo a amostra por parâmetros socioeconômicos que reflitam a composição da sociedade brasileira.

Nas ondas do Ibope

Sistema transmite preferências dos telespectadores em tempo real para as emissoras

1. As casas que participam da medição de audiência são escolhidas por critérios socioeconômicos. A idéia é que essa amostra seja um retrato da sociedade brasileira. Se 10% dos habitantes de uma região forem da classe A (a dos mais ricos), então 10% dos domicílios pesquisados também têm de pertencer a essa faixa. Na Grande São Paulo, 750 casas compõem a amostra. Nenhuma delas pode ser pesquisada por mais de quatro anos.

2. Nas casas, um aparelhinho grava o canal em que cada TV está sintonizada. Mas para medir quais são os programas favoritos da mãe ou do filho, por exemplo, é preciso saber quem está assistindo. Por isso, cada morador recebe um controle remoto particular, que avisa ao aparelho quem está na frente da tela.

3. Na Grande São Paulo, onde a medição de audiência é feita em tempo real, o aparelho do Ibope transmite minuto a minuto os programas que estão sendo assistidos em cada casa. É como se fosse um telefone celular que fica o tempo todo mandando dados.

4. Os dados transmitidos pelo aparelhinho são codificados em sinais de rádio e vão para uma das 13 antenas que o instituto mantém na Grande São Paulo. De lá, os sinais seguem para uma central, que recebe os dados enviados por vários domicílios e reúne esse "pacote" de informações.

5. Por sinais de rádio, internet ou linha telefônica, os números de audiência saem da central e chegam às emissoras que pagam pelo serviço. Nessa hora, o pessoal da TV só fica sabendo qual programa cada domicílio está assistindo. No dia seguinte, o Ibope manda relatórios mais detalhados, que mostram as preferências de cada morador da casa.