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sábado, 20 de maio de 2023

Trombose é mais frequente nas mulheres; veja dicas de prevenção


As doenças venosas como a trombose são mais comuns no público feminino. Saiba como evitar o problema, que pode se tornar grave

 

O Dia Internacional da Mulher é fundamental para destacar a luta por igualdade e pelos direitos das mulheres. Além disso, essa é também uma oportunidade de reforçar a importância dos cuidados com a saúde feminina, principalmente para divulgar as maneiras de prevenir os problemas que costumam ser mais comuns entre elas, como é o caso da trombose.

 

As mulheres têm maior risco de desenvolver algumas doenças venosas, como a trombose, pois estão mais propensas a problemas genéticos que levam à condição. Isso porque os hormônios femininos contribuem para o desenvolvimento de distúrbios de coagulação sanguínea, além de outros fatores de risco ligados ao gênero, como a gestação, o pós-parto e a presença de varizes.

 

Trombose

De acordo com o neurologista Felipe Augusto, “a trombose é o processo de coagulação do sangue dentro de um vaso sanguíneo ou dentro do coração, formando trombos. Pode ser arterial (ocorrer em uma artéria, vaso que leva sangue aos órgãos) ou venosa (ocorrer em uma veia, vaso que retira sangue dos órgãos)”.

 

Geralmente, a doença atinge os membros inferiores e, devido à sua estrutura sólida e amolecida, um pedaço do coágulo pode se soltar e seguir o trajeto da circulação, causando problemas graves como a embolia pulmonar, que pode ser fatal. Por isso é tão importante trabalhar na prevenção da doença.

 

A condição pode ocorrer de maneira espontânea. No entanto, geralmente está associada a fatores de risco preexistentes. São eles:

 

Obesidade;

Uso de hormônios;

Gestação;

Pós-parto;

Idade;

Tabagismo;

Pós-cirúrgico;

Histórico familiar;

Câncer;

Doenças crônicas;

Doenças agudas;

AVC (Acidente Vascular Cerebral), entre outros.

 

Os sintomas mais comuns da trombose são edema e dor no local afetado. A trombo embolia pulmonar exige ainda mais atenção, pois nela pode haver dor no peito e falta de ar. Já a trombose nas pernas costuma causar dor nas panturrilhas, que podem se espalhar para o pé e tornozelo, ocasionando inchaço, sensação de peso e calor nas pernas, além de vermelhidão na região.

 

Felizmente, a trombose tem cura. O tratamento consiste em barrar o aumento do coágulo, remover o trombo e prevenir a embolia ou danos definitivos nas válvulas venosas. Em geral, são utilizadas substâncias anticoagulantes que dificultam a formação e crescimento do trombo, impossibilitando o avanço da obstrução das veias e a piora da doença.

 

O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade do caso. Por isso, é importante consultar um médico para tratar a trombose desde os primeiros sinais, prevenindo assim o agravamento da doença.

 

Dicas de prevenção

Especialistas em saúde da Sigvaris Group, empresa suíça focada na produção de meias médicas de compressão, destacam as principais dicas de como prevenir a trombose. Confira:

 

Beba bastante água: beba de 1,5 a 2 litros por dia de água. Além de manter a pele hidratada, o organismo fica mais saudável.

 

Evite ficar muito tempo sentado: ao ficar muito tempo na mesma posição, a circulação sanguínea fica prejudicada. Por isso, levante e faça caminhadas, mesmo que em um pequeno espaço.

 

Use meias de compressão: o uso das meias de compressão é recomendado, pois proporciona alívio das dores e inchaços. A terapia de compressão atua como uma camada muscular que pressiona suavemente as paredes das veias, ao mesmo tempo em que permite o fechamento das válvulas, fazendo com que o fluxo de sangue volte para o seu estado normal.

 

Pratique exercícios: praticar exercícios físicos é importante e auxilia muito na nossa saúde, reduzindo o estresse, aumentando a sensação de bem-estar, melhorando a qualidade do sono e reduzindo as dores no corpo.

 

Evite o consumo de álcool, cigarro e comidas gordurosas: é fundamental evitar o consumo de álcool e tabaco em excesso. Isso vale também para alimentos gordurosos e salgados, que contribuem para a retenção de líquidos, o que pode potencializar inchaços nas pernas.

 

Sigvaris Group.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/trombose-e-mais-frequente-nas-mulheres-veja-dicas-de-prevencao.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock


Maria é uma janela através da qual nossa humanidade vislumbra pela primeira vez a Divindade na terra. Ou talvez ela seja mais como uma lupa; ela intensifica nosso amor por seu Filho e torna nossas orações mais brilhantes e ardentes.

Venerável Fulton Sheen


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Passeio com cães: qual o tempo e a frequência ideais?


Se você precisa sair de casa para ver o mundo e movimentar o corpo, saiba que seu cão tem a mesma necessidade

 

Depois de terem passado por uma quarentena com necessidade de isolamento social, muitas pessoas entenderam porque é importante levar seus cachorros para passear. Sem exercícios, e sem ver o mundo lá fora, o corpo começa a adoecer, fica entediado, estressado, engorda da forma errada, vai “enferrujando”. Com seu cão é assim também, e o passeio com cães é uma das soluções. Mas, você sabe por quanto tempo deve durar o passeio, e qual é a frequência necessária para garantir todos os benefícios ao seu pet? Tire as dúvidas agora!

 

Passeio com cães: tem que ser todo dia?

Se for possível, sim. Se depender apenas da sua boa vontade, não fique de preguiça. Leve seu pet para um passeio um pouco maior do que o tempo que você sai só para ele fazer as necessidades. Deixe ele caminhar bastante, se der para correr é ótimo também.

 

Não tem problema se você realmente não puder passear com seu cão todos os dias, desde que ele tenha outras formas de gastar energia e alongar o corpo em casa. Mas, se você resolveu ter um cão, faz parte da responsabilidade ajudá-lo a se exercitar todos os dias.

 

Benefícios do passeio com cães

Só há benefícios em passear com seu cachorro. Aliás, muitos benefícios são para você também, que acaba saindo de casa para espairecer, alongar e fortalecer o corpo. Para os cães, os principais benefícios são:

 

Gastar uma boa carga de energia

Aumentar a sensação de bem-estar

Fortalecer os músculos

Queimar calorias

Preservar os instintos naturais do animal

Socializar com outros animais e humanos

Fortalecer o vínculo entre vocês

Veja também: Cuidados a ter quando for passear com seu cão

 

Quanto tempo deve ter o passeio?

Aí vai depender da raça e do porte do seu cão, e também de como é a rotina em casa, se ele gasta energia de outras formas ou não.

 

De modo geral, cães de pequeno porte, como Pinscher, Yorkshire e Maltês, ficam satisfeitos com 30 minutos de caminhada.

 

Os cães braquicefálicos, como o Pug, Bulldog Francês e Shih Tzu, preferem caminhadas leves e bem curtas, já que eles têm mais dificuldade para respirar. Se for caminhar por mais tempo, faça pausas para o cão descansar, e vá andando devagar.

 

Os cães de médio e grande porte, de raças bem ativas, como Border Collie, Golden Retriever, Dálmata, Pastor Alemão e Labrador, precisam de passeios com cerca de 40 a 60 minutos de duração.

 

Os cães de caça e criados para trabalho, como alguns desses citados acima, além do Dogue Alemão e do Rottweiler, por exemplo, precisam se sentir úteis, em movimento. Além do passeio de 1 hora, faça outras atividades como brincadeiras e desafios, para mantê-los com bem-estar e mais felizes.

 

Já os cães idosos precisam que você avalie as condições de saúde deles e defina o tempo mais adequado. Geralmente, 30 minutos é o bastante, e a caminhada deve seguir no ritmo do cão. Melhor ainda é se você puder passear com ele duas vezes por dia, com caminhadas de 20 minutos por vez. Se perceber que ele está preguiçoso, se recusando a continuar, é melhor voltar para casa, pois ele já cansou.

 

Artigo com informações de Patas da Casa

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/passeio-com-caes/ - por Priscilla Riscarolli


Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus.

Mateus 19:14


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Por quanto tempo é normal ficar sem transar? Ciência responde


Ficar sem transar por semanas pode ser um problema para muitas pessoas

 

É comum que nos sintamos preocupados com a frequência que transamos. Isto acontece porque comparamos a nossa realidade com a de outras pessoas, e quando não atingimos um certo padrão sexual, nos sentimos fora de sintonia com a normalidade.

 

De acordo com um estudo publicado no periódico Archives of Sexual Behavior, a maioria das pessoas transa 54 vezes por ano, o que equivaleria a ter sexo ao menos uma vez por semana.

 

Os dados foram obtidos através da análise de 26 mil americanos, que responderam um questionário sobre suas relações sexuais. Solteiros, namorados e casados foram considerados para a pesquisa. Analisando quem era casado, a média de sexo por ano cai para 51 vezes.

 

Preciso transar 54 vezes por ano para ser feliz?

Um outro estudo, publicado no periódico Social Phychological & Personality Science, comprovou que casais que transam três vezes por semana são tão felizes quanto os que transam apenas uma vez na semana.

 

Para os estudiosos, não transar pode ser apenas um sintoma para um problema maior. Entretanto, se você faz sexo apenas uma vez por mês e está feliz com isso, não há motivos para se preocupar.

 

Transar diversas vezes não significa que estamos tendo satisfação máxima. É preferível ter relações sexuais prazerosas uma vez ao mês, do que ter sexo frequentemente sem sentir-se contente.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/noticias/33830-por-quanto-tempo-e-normal-ficar-sem-transar-ciencia-responde?utm_source=news_mv&utm_medium=BE&utm_campaign=8947909 - Escrito por Redação Minha Vida

sábado, 5 de setembro de 2020

Como e por que você deve limpar o celular com frequência


Aparelhos são fonte de transmissão de agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos

Em um mundo cada vez mais conectado, o uso de celulares se tornou onipresente na vida das pessoas. De acordo com a GSM Association (GSMA), organização global das operadoras de telefonia móveis, é estimado que 5,1 bilhões de pessoas em todo o mundo possuam um tipo de dispositivo celular - cerca de 63% de toda a população global.

No Brasil, dados do relatório da GSMA mostraram que 81% dos brasileiros haviam adotado algum tipo de smartphone em 2018. Porém, em tempos de coronavírus, esses aparelhos viraram alvo na rotina de higienização e proteção contra a COVID-19. E não é para menos.

De acordo com o químico Renan Pioli, conselheiro técnico da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (Abralimp), os celulares são uma fonte de transmissão de agentes infecciosos, como vírus, bactérias e fungos. Assim, a presença intensa dos dispositivos facilita a ocorrência de diversas doenças.

Limpeza do celular: como fazer?
Para que esses microrganismos consigam nos contaminar, Pioli explica que o ciclo necessário é o seguinte: haver o contato da mão com o celular infectado e, então, essa mesma mão entrar em contato com olhos, nariz e/ou boca - algo muito similar com a rota de contaminação do SARS-CoV-2, por exemplo.

Assim, para combater esses agentes causadores de doença, é importante fazer a higienização correta e frequente dos celulares. O recomendado é borrifar ou umedecer um paninho de microfibra com produto próprio para a limpeza do aparelho e passar na tela e sobre toda a superfície do dispositivo.

Os produtos de limpeza escolhidos para essa higienização, segundo Pioli, podem ser álcool 70% ou outros tipos de desinfetante. Segundo o especialista, não é recomendado o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio), nem mesmo água pura.

"Não indicamos água sanitária pois, em contato com a parte eletrônica do celular, ela pode provocar sua oxidação e haver perda do aparelho. Já a água não é recomendada para este caso de higienização, porque ela apenas remove algumas sujidades, mas não elimina microrganismos que possam existir ali", explica Pioli.

Limpar a capinha é importante?
Ao realizar a higienização do celular, é importante limpar a capinha do eletrônico também. Isso porque há contato direto do aparelho com o acessório e com o meio ambiente, o que também torna a capinha suscetível a contaminação por agentes infecciosos.

"Devemos limpar todo o celular. Desde a tela, até os botões e a parte de trás, tentando não haver contato com a parte eletrônica. Não há necessidade de abrir a parte de dentro para limpar. Só a superfície onde há contato direto: o celular e toda a capinha", aponta Pioli.

Além disso, a limpeza do celular deve acontecer sempre que o aparelho for levado para a rua. Desse modo, sempre que voltar para casa, o indicado é realizar os passos de higienização indicados. "A rua é a maior fonte de contaminação. Sempre que chegar em casa, faça a limpeza com os produtos destinados a isso", finaliza.


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Porque a frequência cardíaca máxima diminui com a idade


Você já deve ter ouvido de seu cardiologista ou percebido isso na esteira de sua academia: quanto mais jovem você for, maior é a frequência de batimentos cardíacos que seu coração consegue aguentar. Mas você sabe por que, exatamente, isso acontece?

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, oferecem uma nova visão sobre a velha questão do porquê a frequência cardíaca máxima (também conhecida internacionalmente como “maxHR”) diminui com a idade. Esta diminuição não só limita o desempenho de atletas à medida que o tempo passa, mas também é uma das principais causas de admissão de idosos em casas de repouso. Essas pessoas estariam completamente saudáveis se não fosse seus corações, que acabam limitando suas atividades e minando a capacidade física necessária para uma vida independente.

O que significa essa “desaceleração”?

Todo mundo sabe que a capacidade aeróbica diminui com a idade. Voltamos à tabelinha que indica a sua frequência cardíaca máxima diminuindo à medida que você envelhece. Os corações mais velhos simplesmente não podem bater tão rápido quanto os mais jovens – uma pessoa idosa cujo batimento cardíaco está em 120 por minuto provavelmente está se esforçando mais do que uma pessoa mais jovem, cujo coração está batendo 150 vezes por minuto.

Um novo estudo realizado por um grupo liderado pelos pesquisadores Catherine Proenza e Roger Bannister relata que um dos motivos para a redução da frequência cardíaca máxima em razão da idade é que o envelhecimento enfraquece a atividade elétrica espontânea do “marcapasso natural” do coração: o nó sinoatrial.

Cientistas criam coração funcional de rato com células humanas
A dissertação de Eric Larson, pós-graduando do laboratório de Proenza, no Departamento de Fisiologia e Biofísica, é citada no artigo. Larson descreve que utilizou uma espécie de exame de eletrocardiograma em ratos conscientes e descobriu que a frequência cardíaca máxima era menor nos animais mais velhos, assim como o é em pessoas idosas. “Este resultado não foi inesperado, mas fato completamente novo foi que o maxHR mais lento dos ratos velhos se justificava porque as células marcapasso dos indivíduos – chamadas de miócitos sinoatriais, ou “SAMs”, na sigla em inglês – simplesmente não conseguiam bater tão rápido quanto os SAMs de ratos jovens”, explica.

Os pesquisadores gravaram os minúsculos sinais elétricos das células isoladas e descobriram que os SAMs de ratos velhos realmente batem mais devagar, mesmo quando as células são diretamente estimuladas. O índice mais baixo dos batimentos cardíacos acontece devido a um conjunto limitado de modificações na forma de onda do potencial de ação – o sinal elétrico que é gerado pelas células.

As modificações são provocadas pela alteração do comportamento de alguns canais de íons nas membranas das células mais velhas. Canais de íons são proteínas que conduzem a eletricidade através da membrana celular. Imagine um balão com furos minúsculos que se abrem e se fecham para deixar o ar entrar e sair – os canais iônicos são como esses buraquinhos.

Como a maioria das descobertas iniciais em ciência básica, este estudo abre o caminho para outras perguntas e diversas novas pesquisas. No entanto, ele já indica a possibilidade de que os canais de íons sinoatriais e as moléculas de sinalização que os regulam se tornem novos alvos de remédios que visam retardar a perda de capacidade aeróbica com o decorrer da idade.

Por fim, Proenza ressalta que, embora a frequência cardíaca máxima diminua para todos de forma igual, independentemente de condicionamento físico, as pessoas podem melhorar e manter a sua capacidade aeróbica em todas as idades por meio de exercícios físicos. [Medical Xpress]


sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Alongamento: o que a ciência sabe sobre isso


Para muitas pessoas, o alongamento geralmente cai naquela categoria “coisas que eu acho que deveria fazer com mais frequência, mas não faço”.

Será que deveria mesmo? A ciência ainda não chegou a um consenso sobre isso.

“Há muita controvérsia em torno do alongamento. De todos os tipos de atividades [recomendadas pela Associação Americana de Medicina Esportiva], o alongamento é provavelmente aquele cujos conselhos mudaram com mais frequência, porque ainda estamos aprendendo muito sobre isso”, explica Jan Schroeder, especialista da Universidade Estadual da Califórnia (EUA).

Dito isso, há algumas coisas que os pesquisadores já sabem sobre a prática. Embora alguns dos supostos benefícios tenham sido exagerados, ser mais flexível pode definitivamente desempenhar um papel importante na saúde.

Entenda o que é o alongamento e o que a ciência descobriu sobre ele:

O que acontece com um músculo quando você o estica?
“O músculo é [principalmente] feito de fibras”, esclarece Mike Ramsey, professor de esporte e exercício da Universidade Estadual East Tennessee (EUA).

As unidades funcionais básicas do tecido muscular são chamadas de sarcômeros, compostos de fibras chamadas de proteínas contráteis. Quando os sarcômeros se contraem, essas proteínas “se entrelaçam” e, à medida que relaxam, se afastam. O tecido conjuntivo em seus músculos também se estende junto com essas proteínas contráteis.

Entre as fibras musculares, existem receptores sensoriais (basicamente terminações nervosas) chamados fusos musculares, que monitoram o comprimento e a tensão do músculo.

Se o músculo é alongado muito depressa, os fusos iniciam o reflexo de estiramento. Isso faz com que o músculo se contraia, porque seu corpo acha que corre o risco de se machucar. Se você já tentou se alongar e percebeu uma resistência, experimentou esse efeito. Se você luta contra essa resistência e força para se alongar enquanto suas fibras musculares estão tentando contrair, de fato pode acabar se machucando, danificando seus músculos, tendões ou ligamentos.

Com o tempo, quanto mais você alonga um músculo, menos sensíveis ficam os fusos musculares, o que significa que o reflexo de estiramento não é tão forte. Eventualmente, você se torna capaz de alongar-se mais.

Diferentes tipos de alongamentos são mais adequados para diferentes situações
Os dois principais tipos de alongamento são o estático (em que você segura uma mesma posição por um tempo) e o dinâmico (em que você realiza uma série de movimentos que estendem os músculos).

O alongamento dinâmico geralmente é incluído em um aquecimento antes de um treino. Com movimentos suaves e controlados, o objetivo é preparar o corpo para o trabalho muscular que está prestes a realizar.

“Quando fazemos alongamento dinâmico, estamos aquecendo lentamente a área das articulações e os músculos que cercam essa articulação”, diz Schroeder. Também começa a preparar as vias neurais envolvidas no exercício que você vai fazer – contrações musculares são amplamente reguladas pelo cérebro, de modo que o alongamento dinâmico ajuda a preparar essa conexão mente-músculo.

O alongamento estático, por outro lado, significa manter uma posição por um determinado período de tempo. As orientações para a duração ideal de um alongamento estático variam, mas alguns fisioterapeutas dão um conselho geral de cerca de 30 segundos. Schroeder sugere que as pessoas não se estressem com o tempo e apenas se estiquem até sentirem um alongamento profundo e satisfatório.

O alongamento estático pode ser benéfico para algumas pessoas…
A maior vantagem do alongamento estático é que ele pode melhorar sua mobilidade articular. Como as articulações trabalham em conjunto com os músculos ao redor, quanto mais móveis estiverem, melhor será a amplitude do movimento.

Uma maior amplitude de movimento irá ajudá-lo a fazer praticamente qualquer exercício com mais facilidade. Isso também significa que você provavelmente conseguirá aproveitar melhor o exercício. Por exemplo, ser capaz de abaixar mais em um agachamento atingirá mais músculos.

Além de aumentar a mobilidade articular e a amplitude de movimento, o alongamento estático também pode ser útil para melhorar o alinhamento do corpo e prevenir dor no dia a dia. Isto é especialmente verdadeiro se você passa muito tempo sentado. Os músculos flexores do seu quadril vão começar a encurtar, o que puxará sua pélvis para baixo. Por sua vez, a parte inferior das costas ficará arqueada. Essa posição biomecânica pode levar a dor em outras áreas, mas o alongamento pode ajudar a remediar isso.

…Mas tem sua hora certa
O alongamento estático pode ser uma boa maneira de terminar um treino. “O corpo está voltando para a homeostase. Parar abruptamente pode fazer com que o sangue se acumule nas pernas (em vez de recircular prontamente para o coração e o cérebro) e fazê-lo sentir tonturas ou desmaiar, por isso o alongamento é uma boa maneira de esfriar e fazer a transição do corpo para o descanso”, explica Schroeder.

Por outro lado, a pesquisa sugere que o alongamento estático logo antes de um treino pode não ser a melhor ideia. Embora o alongamento dinâmico antes de um treino possa ser benéfico, o estático pode, na verdade, afetar negativamente a força muscular e sua capacidade de realizar movimentos explosivos (como pular ou correr).

Dito isso, esta pode não ser uma grande preocupação para a pessoa média. As pessoas que precisam se preocupar com isso não são as que fazem atividades no fim de semana – estamos falando mais sobre um grupo de elite em que isso realmente se torna um fator. Se você tem um objetivo de desempenho (como em um triatlo ou maratona), provavelmente é melhor evitar o alongamento estático antes do treino.

A melhor opção para atletas parece ser se aquecer antes do treino, e se alongar depois dele.

Há algum debate sobre se o alongamento estático realmente é necessário para todos
Pessoas ativas, que se exercitam regularmente, provavelmente já fazem alongamentos dinâmicos suficientes através de suas atividades como agachamentos, flexões e outras. Nesse caso, fazer alongamentos estáticos pode não adicionar muito benefício.

 “Será que o alongamento estático é realmente necessário para todos? Estou em cima do muro, para ser honesta”, opina Schroeder.

Você deve ter ouvido falar que o alongamento é importante porque pode ajudar a torná-lo um melhor atleta, mas a verdade é que a pesquisa científica não confirma definitivamente isso. Pelo menos, não para qualquer tipo de exercício.

Por exemplo, uma revisão de 2017 publicada na revista Research in Sports Medicine, que analisou como o alongamento afeta o desempenho e o risco de lesões em corredores de longa distância, descobriu que o alongamento provavelmente não ajuda a maioria a correr mais rápido nem a diminuir lesões.

Mas os pesquisadores também observaram que, de acordo com alguns estudos, parece que uma rotina regular de alongamento pode reduzir a probabilidade de lesões musculares e tendinosas em algumas atividades (como esportes que envolvem movimentos rápidos e explosivos).

Até que mais pesquisas específicas e amplamente aplicáveis sejam feitas, não há como dizer qual é a quantidade ideal de alongamento, se houver, para o seu exercício de escolha. O conselho padrão é: faça o que parece bom para o seu corpo, pare se sentir dor, e sempre converse com um especialista se quiser mudar sua rotina de exercícios.

Alongamento não pode prevenir ou curar músculos doloridos por conta do treino
O alongamento tem seus propósitos, mas se esticar antes ou depois de um treino certamente não impedirá seus músculos de ficarem doloridos.

De fato, uma revisão de 2011 concluiu que o alongamento antes ou depois de um treino não impede nem cura dor muscular de forma significativa.

O alongamento não pode impedir essa quebra de fibras musculares em um treino, nem curá-la. A única coisa que realmente funciona é o tempo. Fazer com que o sangue flua através de exercícios leves como caminhar ou andar de bicicleta com baixa intensidade também pode ajudar.

Porém, um alongamento suave pode de fato levar a algum alívio temporário dessa dor, ao relaxar o músculo.

Conclusão: alongamento é bom, mas não se alongar não é o maior dos problemas
Além de um aquecimento dinâmico antes de um treino, fazer alguns alongamentos estáticos por semana é uma abordagem razoável.

Não é necessário complicar demais as coisas – faça uma pausa de 5 a 10 minutos no final de um treino para se acalmar com alongamentos estáticos, ou estique-se durante um intervalo no trabalho (caminhe por alguns minutos primeiro, para fazer o sangue fluir).

E, é claro, alongue-se se tiver vontade. Às vezes, se esticar apenas traz uma sensação boa – e isso já é um bom motivo para fazê-lo. [Self]


sábado, 21 de outubro de 2017

Pela sua saúde: 7 razões para você fazer mais sexo

Aplacar dores, proteger o coração e aumentar a autoestima são apenas alguns dos motivos por que você deveria ter relações sexuais com mais frequência

1. Queima calorias
Sim, o sexo é capaz de mandar embora aquelas calorias extras que você consumiu no jantar. “Os movimentos de diferentes intensidades e o aumento no ritmo respiratório elevam o gasto de energia”, explica Adriana Feital de Oliveira Gameiro, ginecologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trinta minutos de rala e rola subtraem até 100 calorias do balanço diário.

2. Alivia dores
Na hora H o organismo libera uma série neurotransmissores – alguns com propriedades analgésicas que reduzem sensações dolorosas. “Além disso, a atividade promove um alto relaxamento muscular após o orgasmo, perfeito para quem sofre com incômodos pelo corpo”, conta Adriana.

3. Protege o coração
Por ser uma atividade com diferentes níveis de intensidade, o sexo eleva, temporariamente, a frequência cardíaca e a pressão arterial. “Com isso, o fluxo sanguíneo do corpo aumenta, o que gera uma melhora no retorno venoso, ajudando na saúde do coração”, esclarece a ginecologista.

4. Melhora a autoestima
Transar faz a pessoa se sentir amada e desejada. “Isso acaba despertando uma vontade de se manter sempre bem e estimulando, como consequência, a busca por outras atividades físicas e uma alimentação balanceada”, diz Adriana.

5. Reduz o stress
Suar a camisa – ainda que na cama – estimula o corpo a produzir endorfina e serotonina, neurotransmissores que espantam a ansiedade e o stress da rotina.

6. Define os músculos
O ato sexual ajuda na tonificação dos músculos como um todo. Meia horinha já é suficiente para você trabalhar glúteos, braços, abdômen, coxas e panturrilha. “Dependendo do movimento durante a penetração é possível até fortalecer o períneo, que é um grupo muscular localizado na base da pelve da mulher”, revela Adriana.

7. Aumenta a imunidade
O sexo ativa e equilibra o sistema imunológico. Pesquisas já relacionaram a liberação de hormônios da felicidade, que ocorre durante a transa, a uma defesa reforçada do organismo.


Fonte: https://boaforma.abril.com.br/saude/pela-sua-saude-7-razoes-para-voce-fazer-mais-sexo/ - Por Caroline Randmer (Colaboradora) - nd3000/Thinkstock/Getty Images

domingo, 28 de maio de 2017

6 fatores que alteram a frequência cardíaca

Não é só a intensidade da atividade física que influencia na alteração da frequência cardíaca. Saiba quais são os outros fatores que mexem com os batimentos
  
A frequência cardíaca não responde apenas a mudanças da intensidade do treino. Muitos outros fatores podem deixar seu coração com batimentos alterados. Veja:

1. Idade
À medida que você vai ficando mais velho, há uma tendência de redução da frequência cardíaca regular durante os mesmos esforços que você faz hoje.

2. Condição física
Para uma mesma intensidade de exercício, a frequência de um esportista é menor do que em pessoas sedentárias, o que implica uma recuperação mais rápida.

3. Sexo
O tamanho do coração da mulher é menor por conta de sua estrutura, que é mais delicada. No caso do sistema cardiorrespiratório, as cavidades cardíacas são menores, o que resulta em menor quantidade de sangue e menor volume sistólico (quantidade de sangue que o coração libera toda vez que se contrai). Isso significa que o coração feminino trabalha mais, resultando em um aumento da FC.

4. Posição
Quando você está deitado, a força da gravidade afeta a circulação do sangue, favorecendo o retorno venoso e, consequentemente, a diminuição da frequência cardíaca no estado de repouso.

5. Temperatura do ambiente
Calor e frio provocam vasodilatação e vasoconstrição, respectivamente. Em outras palavras, a frequência aumenta quando você está em um ambiente quente e diminui sob temperaturas frias.

6. Altitude
Com o aumento da altitude, a pressão barométrica diminui, assim como a pressão parcial do oxigênio. Isso quer dizer que sua frequência cardíaca será maior para obter
mais oxigênio para suas células. Por isso que corridas de montanha podem ser mais exaustivas, mesmo se o seu esforço for igual ao de um treino do dia a dia.

Dica: use sempre um relógio esportivo para monitorar seus batimentos durante uma atividade física, principalmente as que trabalham o sistema cardiorrespiratório, como corrida, spinning, escada, entre outros. Dessa forma, você poderá acompanhar sua frequência cardíaca e mantê-la em uma zona de treinamento de acordo com o seu condicionamento.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Faz mal segurar o xixi?

Às vezes seguramos o xixi para terminar de ver o final daquele filme ou para mandar mais um e-mail no trabalho, ou simplesmente porque estamos com muita preguiça de levantar e ir ao banheiro. Você já deve ter escutado que isso faz mal para você. Mas como, exatamente?

Segurar a urina faz mal apenas se você fizer isso com frequência e por um tempo muito longo. Na maioria das situações, segurar o xixi por muito tempo não chega a ser uma ameaça para a sua vida.

Sua bexiga tem receptores que medem o quão cheia ela está, e quando atinge a capacidade máxima, os receptores mandam o sinal de que está na hora de correr para a privada. A bexiga de um adulto consegue conter 500 ml de xixi antes de mandar o sinal para o cérebro.

A maioria dos adultos consegue segurar o xixi por um bom tempo, então você pode decidir se quer urinar agora ou mais tarde. Essa capacidade de segurar o xixi é muito importante caso você não esteja perto de um banheiro. Se você decide segurar, os esfíncteres cilíndricos na sua bexiga se contraem para evitar que toda a urina escape pela uretra.

O que acontece se você segurar o xixi com frequência?
Quem segura a urina com frequência e por longos períodos de tempo, como os motoristas de caminhão, podem experimentar efeitos não muito agradáveis, como retenção urinária ou infecções.
Segurar a urina com frequência pode enfraquecer seus músculos da bexiga, o que pode causar a retenção urinária quando você ficar mais velho. Isso significa que apesar de sentir vontade de urinar, a pessoa vai ao banheiro mas nunca consegue esvaziar completamente a bexiga. Parece uma coisa digna de pesadelo.
Quanto à infecção, isso acontece porque a bexiga pode se transformar num local ideal para a proliferação de bactérias se ela está sempre segurando uma grande quantidade de xixi.

E se eu simplesmente me recusar a ir ao banheiro e tentar segurar o xixi para sempre?
O mais provável é que a bexiga vai se revoltar contra os sinais enviados pelo cérebro ordenando que ela continue segurando a urina e você vai acabar fazendo xixi nas calças.
No entanto, em alguns casos muito raros, a bexiga pode se romper. Isso acontece com mais frequência em pessoas que já tinham algum problema na estrutura da bexiga, como depois de um acidente de carro.
Mesmo assim, existem alguns poucos casos de pessoas que sofreram rompimento da bexiga sem nenhum problema anterior. O rompimento normalmente aconteceu em pessoas que beberam demais e não conseguiram computar o sinal enviado pela bexiga de que era hora de ir ao banheiro. Assim, elas simplesmente não foram e a bexiga se rompeu.
Esses casos, porém, são raríssimos. Então se você precisar segurar o xixi por algumas horas de vez em quando, provavelmente nada terrível vai acontecer com você. [SciShow]


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Casais que têm relações sexuais semanalmente são mais felizes

Quanto mais sexo, melhor? Hum, não exatamente. E quem está dizendo isso é a ciência.

De acordo com a pesquisadora Amy Muise Said, embora o hábito de fazer sexo com mais frequência esteja associado com uma maior felicidade, esta ligação não é mais significativa se um casal faz sexo apenas uma vez por semana.

Os resultados dos estudos conduzidos por ela sugerem que é importante manter uma relação íntima com seu parceiro, mas você não precisa ter relações sexuais todos os dias para manter a chama do relacionamento acesa.

Aí sim fomos surpreendidos novamente
Alguns estudos anteriores (e uma infinidade de artigos de autoajuda) alegam indiscriminadamente que fazer mais sexo equivale a ser mais feliz.
O novo estudo, que foi feito com base em análises de mais de 30.000 americanos com mais de 40 anos, é o primeiro a encontrar uma falha nesta associação. A conclusão é que não há diferenças significativas entre casais que fazem sexo todo dia e casais que fazem sexo uma vez por semana.
O estudo não foi projetado para identificar uma ligação causal, por isso não nos diz que fazer sexo até uma vez por semana faz casais mais felizes, ou estar em um relacionamento feliz leva as pessoas a ter relações sexuais mais frequentes.
Além disso, estas conclusões específicas foram para pessoas em relacionamentos românticos. Não houve uma associação entre a frequência sexual e bem-estar para pessoas solteiras, segundo Muise, que é psicóloga social e tem pós-doutorado na Universidade de Toronto-Mississauga.

Sexo x Felicidade
A ligação entre sexo e felicidade depende de uma série de fatores, tais como o contexto em que a relação sexual ocorre e como as pessoas estão confortáveis com o sexo fora do relacionamento. Os resultados representam a maioria – que são casais heterossexuais ou aqueles em relacionamentos estabelecidos.
Apesar dos estereótipos comuns que os homens querem mais sexo e as pessoas mais velhas fazem menos sexo, não houve diferença nos resultados com base em sexo, idade ou tempo de relacionamento. Segundo Muise, os resultados foram consistentes para homens e mulheres, jovens e idosos, e casais que estavam juntos por anos ou décadas.

Felicidade tem mais relação com sexo do que com dinheiro
Os pesquisadores também realizaram uma pesquisa online com 335 pessoas (138 homens, 197 mulheres) que estavam em relacionamentos de longo prazo e encontraram os mesmos resultados do primeiro estudo.
Estes participantes também foram questionados sobre a sua renda anual. O que eles concluíram a partir da análise dos dados coletados foi que havia uma diferença maior na felicidade entre as pessoas que têm relações sexuais uma vez por mês em comparação com pessoas que fazem sexo uma vez por semana, do que entre as pessoas que tinham uma renda de 15 a 25 mil por ano comparado com pessoas que tinham uma renda de 50 a 75 mil por ano.
De acordo com o pesquisador, as pessoas pensam que muitas vezes mais dinheiro e mais sexo é igual a mais felicidade, mas isto só é verdade até certo ponto.
Quando o assunto é felicidade, parece que fundamental mesmo é o equilíbrio. [medicalxpress]


Fonte: http://hypescience.com/estudo-sexo-felicidade/ - Autor: Gabriela Mateos

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Exercício físico melhora a saúde se feito com frequência

Benefícios da atividade física não ficam restritos ao coração

Hoje em dia, é lugar-comum escrever ou dizer que a prática regular de exercícios físicos traz benefícios à saúde. Observamos que os aspectos mais abordados pelos jornais e revistas dizem respeito à saúde do coração e aos benefícios estéticos e funcionais. Mas, felizmente, as vantagens são mais amplas.

Desde a antiguidade, o exercício físico começou a ser reconhecido como uma intervenção que traria vantagens para os seus praticantes. Por exemplo, por volta de 1.550 a.C. um médico hindu chamado Susrota descreveu o uso clínico do exercício em diabéticos (ele notou que em torno da urina desses pacientes juntavam-se formigas - pela presença de glicose na urina; isso passava a não mais ocorrer quando eles eram tratados com dieta e exercícios). 

Para que possamos nos beneficiar, é fundamental que a prática de exercícios ocorra regularmente, pelo menos cinco vezes por semana.

Do ponto de vista científico, as coisas começaram a ficar cada vez mais claras a partir da metade do século XX. Um estudo clássico, realizado em Londres na década de 50, observou que os trocadores dos ônibus de dois andares (que subiam e desciam as escadas diversas vezes ao dia, durante o seu trabalho) tinham menos doenças cardiovasculares do que os motoristas, que permaneciam sentados o tempo todo. Esse mesmo estudo também comparou os carteiros, que caminhavam ou pedalavam vários quilômetros por dia, durante o seu trabalho, com os funcionários das agências dos correios, que ficavam sentados a maior parte do tempo; mais uma vez, os mais ativos tinham menos doenças do coração.

Mas os benefícios são se restringem somente ao coração. Diversos grandes estudos científicos mostraram nas décadas seguintes, até os nossos dias, a variedade de benefícios para a nossa saúde: 

Doenças cardiovasculares: na prevenção e também no tratamento de hipertensão arterial, doença coronariana, insuficiência cardíaca e doença cerebrovascular
Doenças metabólicas: na prevenção e como ponto central do tratamento da síndrome metabólica, do diabetes tipo II (não-insulino-dependente), da obesidade e das dislipidemias (colesterol e triglicerídeos elevados)
Doenças respiratórias: na prevenção e no tratamento da asma brônquica na cessação do hábito de fumar
Doenças neurológicas: na prevenção e no tratamento da doença de Alzheimer e outras doenças degenerativas
Doenças oncológicas: na prevenção de diversos tipos de câncer, como o de mama, intestino grosso (cólon), próstata e útero
Esses efeitos ocorrem por uma série imensa de mecanismos. Os benefícios principais não se restringem a uma menor possibilidade de desenvolver doenças. Para os que já sofrem com elas, o exercício físico serve, muitas vezes, como um excelente meio de tratamento. E, além disso, os estudos são unânimes em apontar o prolongamento da vida como um efeito inequívoco da prática regular de exercícios.

Na Medicina do Exercício e do Esporte, sempre brincamos, dizendo que "o exercício não é vacina". Assim, para que possamos nos beneficiar, é fundamental que a prática de exercícios ocorra regularmente, pelo menos cinco vezes por semana. Além disso, sempre gostamos de lembrar que o exercício é como um medicamento: deve ser "administrado" na "dose" correta; se a dose for excessivamente baixa, os benefícios não aparecem; se a dose for excessiva, podem surgir os "efeitos colaterais", como lesões musculares e articulares e até a morte súbita. Desta forma, uma cuidadosa avaliação clínica e uma correta orientação são importantes para extrairmos o máximo de benefícios com o mínimo de riscos. 

A prática de exercícios não é algo supérfluo; não é um "luxo", nem algo que seja reservado somente aos que pretendem benefícios de ordem estética. É um instrumento poderosíssimo que pode melhorar a saúde de todos nós. Deve ser encarado como algo tão natural como acordar, tomar banho, escovar os dentes e tomar o café da manhã.

Deve ser algo que nos acompanhe por toda a vida, desde a infância até a terceira idade. Desta forma, não somente viveremos mais, mas também viveremos melhor e mais felizes.

Crédito: Dr. José Kawazoe Lazzoli (Especialista em Medicina do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte ? SBMEE)

domingo, 12 de maio de 2013

Aprenda a calcular sua frequência cardíaca


O número ajuda a monitorar a intensidade do treino

Antes de iniciar qualquer atividade física, é essencial fazer uma avaliação física, incluindo um teste ergométrico, uma avaliação postural, além de outros testes como o de flexibilidade, resistência muscular, biótipo e composição corporal. "Esses testes determinam exatamente o seu nível de condicionamento físico, as atividades mais indicadas e a intensidade a ser trabalhada, com treinos adequados aos seus objetivos", afirma a personal trainer do Dieta e Saúde, Valéria Alvim.

Também é muito importante controlar a frequência cardíaca, com base na sua avaliação.

Há uma regra geral:

Para mulheres:
226 - (sua idade em anos) = F.C. máxima.
Iniciantes podem trabalhar de 60% a 75% deste valor.
Uma pessoa com nível de condicionamento avançado pode trabalhar até 95% da F.C. máxima.

Para homens:
220 - (sua idade em anos) = F.C. máxima.
Iniciantes podem trabalhar de 60% a 75% deste valor.
Uma pessoa com nível de condicionamento avançado pode trabalhar até 95% da F.C. máxima.

"Mas o mais seguro e eficiente é realmente trabalhar com base na avaliação física, pois cada pessoa é uma e tem um nível de condicionamento físico diferente, independente da idade", afirma Valéria Alvim. No resultado, também devem ser consideradas doenças, desvios de coluna e outros problemas pessoais.

Valéria Alvim- Personal trainer