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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Exercícios físicos diários podem diminuir risco de morte, diz estudo


Também há dicas de nutrição e alimentação

 

O ano de 2023 começou e, como todo início de ano, despertou o desejo pela regularidade no universo fitness. Quem pode lhe ajudar na criação desse hábito é o estudo da Universidade de Sydney, da Austrália, que comprovou as vantagens dos exercícios físicos diários.

 

Detalhes do estudo

Os autores dessa pesquisa identificaram que os momentos curtos e intensos de exercícios inseridos na rotina diária se relacionam com a taxa menor de mortalidade prematura. Essa proposta é inédita e avaliou o impacto da atividade física vigorosa “VILPA”, na sigla em inglês. O artigo está disponível no “Nature Medicine”.

 

Esse experimento foi baseado em atividades de tempos curtos, exemplos: pique-pega e correr atrás de ônibus. Os pesquisadores afirmaram que três a quatro sessões de 60 segundos diários de VILPA fazem parte de 40% de redução na mortalidade por todas as causas, que está presente o câncer, e até 49% sobre os óbitos de doenças cardiovasculares.

 

Conclusões

“Nosso estudo mostra que benefícios semelhantes ao treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) podem ser alcançados por meio do aumento da intensidade de atividades incidentais feitas como parte da vida diária. Quanto mais, melhor”, falou o autor principal, Emmanuel Stamatakis, professor de atividade física, estilo de vida e saúde da população no Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney.

 

Emmanuel adiantou na sequência que muitos trabalhos de pesquisa global comprovaram que adultos acima de 40 anos não costumam fazer exercícios físicos com regularidade e reforçou o quão é importante a programação antes do “play”.

 

“Aumentar a intensidade das atividades diárias não requer comprometimento de tempo, preparação, matrícula em academias ou habilidades especiais. Trata-se simplesmente de aumentar o ritmo ao caminhar ou de fazer as tarefas domésticas com um pouco mais de energia”, confirmou.

 

Detalhes

Os rastreadores de pulso do UK Biobank, um amplo banco de dados biomédicos do Reino Unido, auxiliaram nesse trabalho para constatar o movimento de mais de 25 mil pessoas, que disseram que não fazem esportes ou atividades físicas. Essa ajuda definiu que qualquer rastro é como outro qualquer da vida cotidiana. A equipe verificou os dados de saúde dos participantes no tempo de sete anos.

 

Os resultados são que 89% cumpria a VILPA diariamente com a média de seis minutos e cada atividade foi de 45 segundos. Quanto as vantagens para saúde, 11 diárias associaram-se a redução de 65% no risco de morte cardiovascular. E 49% por câncer, comparação de quem não computou exercício não intencional. A mortalidade por essas causas foi 40% e 48% menor, respectivamente, no caso de quatro ou cinco VILPAS.

 

Outro reforço dessa equipe da Universidade de Sydney é que esse estudo foi feito de forma observacional. Isto é, não foi possível estabelecer a relação direta de causa e efeito.

 

“O estudo é observacional. Portanto, sempre há a possibilidade de causar reversa. Ou seja, é possível que pessoas com níveis naturalmente altos de condicionamento físico também exibam outros fatores constitucionais que os protegem de doenças”, observa David Stensel, professor de metabolismo do exercício da Universidade de Loughborough, da Inglaterra, ausente da pesquisa.

 

Entidades oficiais

A OMS (Organização Mundial da Saúde) considerou como exercício físico apenas os estruturados (intencionais) até 2020. Houve também a retirada do texto da indicação da necessidade de no mínimo dez sessões acumuladas.

 

Fonte: https://professorjosecosta.blogspot.com/2022/12/caminhada-uma-boa-opcao-de-atividade.html - By Guilherme Faber - Shutterstock


Estenda sua mão para curar e realizar sinais e maravilhas através do nome de seu santo servo Jesus.” Depois de orarem, o lugar onde se reuniam foi abalado. E todos foram cheios do Espírito Santo e falaram a palavra de Deus com ousadia. (Atos 4: 30-31)


sábado, 2 de abril de 2022

Estudo diz que aspirina reduz risco de morte por Covid


No grupo de pacientes que estavam internados e recebendo aspirina nos primeiros cinco dias, o número de mortes foi menor do que no outro grupo

 

Pesquisadores da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, concluíram, por meio de um estudo, que o uso de aspirina (ácido acetilsalicílico) durante os primeiros dias de hospitalização por Covid-19 pode reduzir o risco de morte pela doença em 13,6%.

 

O estudo, publicado na revista científica Jama Network Open, observou dados de 112.269 adultos hospitalizados com Covid-19, entre janeiro de 2020 e setembro de 2021, em 64 sistemas de saúde do país.

 

Em um comunicado à imprensa sobre o estudo, seu principal autor, professor do departamento de Anestesiologia e Medicina Intensiva da Universidade, Jonathan Chow, disse:

 

“Esse é o nosso terceiro estudo e a consequência de 15 meses de trabalho observando o uso de aspirina em pacientes hospitalizados pela Covid-19. Nós continuamos a descobrir que a aspirina é associada a melhores resultados e menores taxas de mortes em pacientes internados. E o melhor, é barata e já disponível, o que é importante em partes do mundo onde tratamentos mais caros talvez não sejam tão acessíveis”.

 

A administração de aspirina e os resultados

Os pacientes que receberam o medicamento a partir do primeiro dia de internação tiveram uma taxa de mortalidade menor, além de menor incidência de casos de embolia pulmonar.

 

Em média, estes pacientes tinham 63 anos e receberam um tratamento de cinco dias com o medicamento. Neste grupo, cerca de 10,2% dos participantes morreram pela doença, enquanto essa taxa entre os que não receberam o remédio foi de 11,8%.

 

Sendo assim, os pesquisadores concluíram que o tratamento promoveu uma redução relativa de 13,6% no risco de morte pela Covid-19 em hospitais.

 

Os pesquisadores fizeram questão de frisar que “subgrupos importantes que podem se beneficiar da aspirina incluem pacientes com mais de 60 anos e aqueles com comorbidades”.

 

Para o diretor do Instituto de Biologia Computacional (CBI) da Universidade George Washington, Keith Crandall, “essa pesquisa é vital para fornecer a médicos e pacientes tratamentos eficazes e acessíveis para a Covid-19 para ajudar a reduzir as taxas de mortalidade hospitalar e ajudar as pessoas a se recuperarem dessa doença potencialmente devastadora”.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/aspirina-covid/ - por Priscilla Riscarolli


Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

2 Timóteo 1:7


segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Estudo mostra que vacina de reforço reduz risco de morte de Omicron em 95%


No Reino Unido, 3 injeções da vacina reduziram a taxa de mortalidade de Covid-19 em 95%

 

No Reino Unido, três injeções da vacina reduziram o risco de morte por COVID-19 em 95% em outras pessoas com mais de 50 anos ou mais do surto da variante Ômicron, de acordo com um estudo inicial que mostrou imunidade à vacinação resistiu ao pior da doença, mesmo em idosos que estão em risco máximo.

 

A análise, conduzida através da Agência de Segurança sanitária do Reino Unido, fornece insights sobre a eficácia da vacina mortal Omicron em uma população muito fortalecida. Em dezembro, o governo britânico correu para oferecer lembretes a todas as pessoas com mais de 16 anos, expandindo uma cruzada que no passado só se aplicava a outras pessoas com mais de 50 anos e outras pessoas com certas condições físicas, informou Dow Jones.

 

Na Rússia, o governo informou que a força-tarefa russa de coronavírus na sexta-feira registrou 98. 040 novas infecções nas últimas 24 horas, a maior alta de todos os tempos do país, que nas últimas semanas enfrentou seu maior surto de infecções na pandemia.

 

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que “é evidente que esse número é maior e muito maior” porque “muitas outras pessoas não são testadas” e não têm sintomas. Peskov observou que os números da Rússia são “muito menores do que nos países da Europa Ocidental”. nos Estados Unidos, por isso não se pode descartar que eles aumentarão ainda mais”, informou a AP.

 

De acordo com a página online da Agência Europeia de Medicamentos, o Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da EMA aconselhou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para o medicamento antiviral oral Paxlovid (PF-07321332/ritonavir) para o remédio covid-19. O requerente é Pfizer Europe MA EEIG O Comitê recomendou a aprovação da Paxlovid para o tratamento do covid-19 em adultos que não precisam de mais oxigênio e que estão em um risco aumentado de a doença se tornar grave.

 

Paxlovid é o primeiro medicamento antiviral oral recomendado na UE para o tratamento de Covid-19. Consiste em dois ingredientes ativos, PF-07321332 e ritonavir, em dois outros comprimidos. O PF-07321332 funciona eliminando a capacidade do SARS-CoV-2 (o vírus causador do coronavírus) de se multiplicar no quadro, enquanto o ritonavir prolonga a ação da PF-07321332, permitindo que ele fique mais tempo no quadro em graus superiores à multiplicação do vírus.

 

No Japão, o governo disse na sexta-feira que manteria a investigação da Organização Mundial da Saúde sobre casos de racismo e abuso nos tribunais trabalhistas por meio de um alto funcionário japonês na agência, mas negou ter recebido dados confidenciais de vacinas inapropriadamente.

 

De acordo com a Associated Press, a OMS alegou que o Dr. Takeshi Kasai, diretor-geral da empresa de fitness das Nações Unidas no Pacífico Ocidental, se envolveu em comportamentos antiéticos, racistas e abusivos, o que prejudicou seus esforços para engajar a pandemia do coronavírus, de acordo com uma queixa interna apresentada em outubro passado. Kasai negou as alegações.

 

Fonte: https://nasnoticias.org/30/01/2022/estudo-mostra-que-vacina-contra-reforco-reduz-risco-de-morte-de-omicron-em-95/ - Foto: Getty Images


Porque o Senhor dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento.

Provérbios 2:6


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Consumo de azeite de oliva diminui risco de morte por qualquer doença


Se faltava algum argumento para convencer a população a ingerir azeite de oliva, este estudo dá a palavra final.

 

Consumir mais de 7 gramas (cerca de 1/2 colher de sopa) de azeite por dia está associado a um menor risco de mortalidade por doenças cardiovasculares, por câncer, por doenças neurodegenerativas e por doenças respiratórias.

 

E apenas substituir cerca de 10 gramas/dia de margarina, manteiga, maionese ou gordura láctea pela quantidade equivalente de azeite também está associado a um menor risco de mortalidade.

 

"Nossos resultados apoiam as recomendações dietéticas atuais para aumentar a ingestão de azeite e outros óleos vegetais insaturados," disse a professora Marta Guasch-Ferré, que liderou uma equipe dos EUA e da Espanha. "Os médicos devem aconselhar os pacientes a substituir certas gorduras, como margarina e manteiga, por azeite de oliva para melhorar sua saúde. Nosso estudo ajuda a fazer recomendações mais específicas que serão mais fáceis para os pacientes entenderem e, esperamos, implementarem em suas dietas".

 

Consumo de azeite de oliva

 

Os pesquisadores analisaram 60.582 mulheres e 31.801 homens livres de doenças cardiovasculares e câncer na linha de base do estudo, em 1990. Durante 28 anos de acompanhamento, a dieta foi avaliada por um questionário a cada quatro anos.

 

O questionário perguntava com que frequência, em média, as pessoas consumiam alimentos específicos, tipos de gorduras e óleos, bem como qual marca ou tipo de óleos usavam para cozinhar e adicionar à mesa.

 

O consumo de azeite foi calculado a partir da soma de três itens do questionário: Azeite usado para molhos de salada, adicionado à comida ou pão e azeite usado para assar e fritar em casa. Uma colher de sopa equivale a 13,5 gramas de azeite. O consumo médio de azeite total na categoria mais alta foi de cerca de 9 gramas/dia na linha de base (1990) e envolvia 5% dos participantes do estudo.

 

Os pesquisadores descobriram que o consumo de azeite aumentou de 1,6 grama/dia em 1990 para cerca de 4 gramas/dia em 2010, enquanto o consumo de margarina diminuiu de cerca de 12 gramas/dia em 1990 para cerca de 4 gramas/dia em 2010. A ingestão de outras gorduras permaneceu estável.

 

O consumo de azeite foi categorizado da seguinte forma:

 

Nunca ou < 1 vez por mês

> 0 a ≤ 4,5 gramas/dia ( > 0 a ≤ 1 colher de chá)

> 4,5 a ≤ 7 gramas/dia ( > 1 colher de chá a ≤ 1/2 colher de sopa)

> 7 gramas/dia ( > 1/2 colher de sopa)

 

Benefícios à saúde e deficiências do estudo

 

Quando os pesquisadores compararam as pessoas que raramente ou nunca consumiam azeite, aquelas na categoria de maior consumo tiveram 19% menor risco de mortalidade cardiovascular, 17% menor risco de mortalidade por câncer, 29% menor risco de mortalidade neurodegenerativa e 18% menor risco de mortalidade respiratória.

 

O estudo também descobriu que a substituição de 10 gramas/dia de outras gorduras, como margarina, manteiga, maionese e gordura láctea, por azeite de oliva, foi associada a um risco entre 8% e 34% menor de mortalidade total e por causa específica. Não foram identificadas associações significativas ao substituir o azeite por outros óleos vegetais.

 

"É possível que o maior consumo de azeite seja um marcador de uma dieta geral mais saudável e maior status socioeconômico. No entanto, mesmo após o ajuste para esses e outros fatores de status socioeconômico, nossos resultados permaneceram praticamente os mesmos," disse Guasch-Ferré. "Nossa coorte de estudo foi predominantemente uma população branca não hispânica de profissionais de saúde, o que deve minimizar fatores socioeconômicos potencialmente confusos, mas pode limitar a generalização, pois essa população pode ter maior probabilidade de levar um estilo de vida saudável."

 

Oleuropeína: Substância no azeite e azeitonas previne diabetes

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Consumption of Olive Oil and Risk of Total and Cause-Specific Mortality Among U.S. Adults

Autores: Marta Guasch-Ferré, Yanping Li, Walter C. Willett, Qi Sun, Laura Sampson, Jordi Salas-Salvadó, Miguel A. Martínez-González, Meir J. Stampfer, Frank B. Hu

Publicação: Journal of the American College of Cardiology

Vol.: 79, Issue 2, Pages 101-112

DOI: 10.1016/j.jacc.2021.10.041

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=consumo-azeite-oliva-diminui-risco-morte-qualquer-doenca&id=15128 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CDCC


E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.

Gálatas 6:9


domingo, 5 de setembro de 2021

Apenas 1 cachorro-quente pode nos tirar 36 minutos de vida, diz estudo


Um novo estudo mostra que comer um “simples” cachorro-quente pode nos deixar 36 minutos mais perto da morte

 

Comer é certamente um dos atos mais simples para manter a manutenção da vida. Sendo uma comida saudável ou guloseima, comer está ligado não só a necessidade de obter nutrientes, mas de sentir prazer.

 

O cachorro-quente é um dos mais tradicionais “fast-foods” do mundo. Rápido, barato e popular. É encontrado em todos os países do mundo. Não é saudável, mas certamente muito gostoso.

 

Segundo um recente estudo publicado na revista científica Nature Food, um cachorro-quente pode nos retirar 36 minutos de vida.

 

Os cientistas submeteram 5.853 alimentos aos seus “cálculos mórbidos”, classificando-os de acordo com o seu impacto na saúde humana e no ambiente.

 

Os cálculos não foram feitos como mero acaso ou usando parâmetros simples como “teor de gordura ou contagem de calorias”.

 

Os cientistas usaram dados da Health Nutritional Index, plataforma que desenvolveram anteriormente com ajuda de nutricionistas usando dados globais de um gigantesco estudo epidemiológico chamado Global Burden of Disease (GBD) que analisou o equivalente a 30 anos de dados de todos os países do mundo.

 

O GBD quantifica não apenas a prevalência de vários fatores de saúde, estilo de vida e ambiental, mas também os danos relatados causados por estes fatores.

 

Eles usaram também o impacto do ciclo de vida dos alimentos com a produção envolvida, processamento, preparação, consumo, desperdício, uso de água, etc. Ao total, 18 fatores ambientes foram usados na análise.

 

Com estes dados em mãos, os cientistas montaram uma tabela com 3 zonas de cores: vermelho, amarelo e verde.

 

A cor, assim como no semáforo, significa quando podemos ir, onde devemos ter atenção e onde deveríamos parar, não somente para uma boa saúde, mas para ajudar o planeta reduzindo impactos.

 

Com apenas pequenas mudanças na nossa dieta, dizem os cientistas, podemos conseguir impulsionar nossa saúde e ganhar minutos de vida, e ajudar o meio ambiente.

 

“Substituir apenas 10% da ingestão calórica diária de carne bovina e carnes processadas por uma mistura diversa de cereais, frutas, vegetais, algum peixe e mariscos, poderia reduzir o carbono produzido pela dieta de um norte-americano em um terço e somar 48 minutos saudáveis de vida por dia. Esta é uma melhoria substancial para uma mudança tão limitada na alimentação”, escreveram os autores do estudo.

 

A equipa de cientistas espera que suas conclusões possam adicionar algumas nuances ao que muitas vezes é visto como um problema do “tudo ou nada” no que diz respeito a ter uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, com consciência ambiental.

 

Embora as opções veganas tenham “geralmente um melhor desempenho” na análise, uma conversão alimentar completa não é necessariamente a única opção disponível para melhorarmos a saúde do corpo e do planeta. 

 

Fonte: https://www.jornalciencia.com/apenas-1-cachorro-quente-pode-nos-tirar-36-minutos-de-vida-diz-estudo/ - de Redação Jornal Ciência

sábado, 11 de abril de 2020

Ter um cão diminui em 24% o risco de morte, afirma estudo


Pesquisa revelou que ter um cachorro traz benefícios à saúde, diminui riscos de morte por doenças cardiovasculares e melhora bem-estar

Uma pesquisa feita com pessoas de vários países revelou que ter um cachorro diminui em 24% as chances de mortalidade humana por diversas causas, quando comparado a quem não possui um pet em casa.

O estudo foi conduzido pela endocrinologista Carolina Kramer e publicado na revista Circulation, da Associação Americana do Coração (AHA, em inglês).

Para chegar ao resultado, a médica coletou dados de quase 4 milhões de pessoas de lugares como Estados Unidos, Canadá, Escandinávia, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.

Além da redução de mortalidade geral, o estudo também apontou que há uma diminuição de 31% no risco de morte por doenças cardiovasculares - que são a maior causa de óbitos em todo o mundo.


Outra pesquisa, publicada no mesmo jornal com dados coletados na Suécia, ainda apontou que os cãezinhos também podem ajudar a prolongar a vida de quem já passou por algum problema sério de saúde.

Pessoas que já tiveram um infarto e moravam sozinhas com cães tiveram uma diminuição de 33% do risco de morte. Já aqueles que sofreram um AVC e viviam apenas com um cachorro em casa tiveram uma redução do risco em 27%, quando comparado a quem não tinha cães.

Cachorros e bem-estar
O estudo feito por Carolina Kramer ressaltou também que possuir um cachorro contribui beneficamente ao bem-estar, de forma que estimula atividades físicas, diminui o isolamento social, diminui a pressão sanguínea e melhora as taxas de colesterol.

Portanto, o menor risco de morte conectado aos donos de cães, segundo as pesquisas, poderia ser explicado pelo aumento da prática de exercícios físicos na rotina diária e diminuição da depressão e solidão.

Nenhum dos autores das pesquisas, no entanto, afirma que possuir um cachorro impacta diretamente no aumento da expectativa de vida. Eles sugerem tal relação, mas os resultados dependem de outros fatores, como o comportamento do dono, melhor estilo de vida, recursos financeiros, entre outros.

Vale acrescentar que uma pesquisa realizada por psicólogos das universidades de Miami e St. Louis, nos Estados Unidos, reforçou a ideia de que possuir animais de estimação traz benefícios ao bem-estar dos donos.

O grupo estudado, que possuía animais como cachorros e gatos, era menos solitário, tinha melhor autoestima, era mais extrovertido e se aproximava das pessoas com maior facilidade, quando comparado ao grupo sem animais de estimação.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Novo exame de sangue pode prever seu risco de morrer nos próximos 10 anos


Ninguém pode ver o futuro, mas o sangue que corre em suas veias pode conter alguns segredos importantes sobre sua saúde futura – ou a falta dela.

Um estudo recente sugeriu que um exame de sangue que rastreia catorze biomarcadores diferentes possibilita prever o risco de morte da pessoa na próxima década muito melhor do que qualquer outra técnica tradicional. Porém, existe um longo caminho até que essa pesquisa possa ser utilizada em ambientes clínicos.

O exame de sangue, como mencionado anteriormente, rastreia catorze biomarcadores que foram identificados como associados à mortalidade por todas as causas. Os biomarcadores identificados não estão relacionados a nenhum tipo específico de doença, mas representam saúde geral e incluem marcadores para inflamação, glicólise e metabolismo de ácidos graxos.

Os pesquisadores validaram o teste usando um conjunto de amostras de mais de 44.000 indivíduos que cobrem todas as faixas etárias. Segundo o estudo, o escore de mortalidade preditivo gerado pelo exame de sangue é preciso entre mulheres e homens de todas as idades.

Amanda Heslegrave, que é pesquisadora de demência e não fez parte do estudo, disse: ‘Os grandes números no estudo são bons e também o fato de terem um número grande para o resultado – neste caso, a mortalidade – torna os dados mais viáveis.

No entanto, é limitado pelo fato de que apenas dados europeus podem não se aplicar a outros grupos étnicos sem estudos adicionais ». Entre a lista de resultados desse exame de sangue específico, está o fato de que ele pode ser utilizado como desfecho substituto em estudos clínicos por representar a mortalidade geral.

Os pesquisadores escreveram em seu artigo publicado, ‘… pode ser usado como um desfecho substituto para ensaios clínicos em indivíduos mais velhos, pois mostra (uma redução) o desfecho total da mortalidade geralmente não é viável devido à duração e número limitados de casos em um ensaio clínico regular. Eline Slagboom, que está entre os pesquisadores que trabalharam no artigo da Universidade de Leiden, sugere que um resultado desse exame de sangue possa ser o de ajudar os médicos a determinar estratégias de tratamento mais eficazes para pacientes idosos.

Slagboom diz: ‘A era do calendário não diz muito sobre o estado geral de saúde das pessoas idosas: uma pessoa de 70 anos é saudável, enquanto outra já pode estar sofrendo de três doenças. Agora, temos um conjunto de biomarcadores que podem ajudar a identificar idosos vulneráveis, que podem ser tratados posteriormente.

A pesquisa foi publicada na revista Nature Communications.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Comer pimenta pode reduzir o risco de morte por ataque cardíaco e derrame


A pimenta é um ingrediente amado em muitos pratos ao redor do mundo. Quer você goste ou não do sabor, novas pesquisas sugerem que pode haver alguns benefícios médicos sérios para que você considere adicioná-la à sua próxima refeição.

O estudo, publicado no Journal of American College of Cardiology, examinou os efeitos do consumo regular de pimenta na mortalidade geral, revelando que aqueles que a incorporam em suas dietas têm menor risco de morte.

Realizado na Itália, onde a pimenta é um ingrediente comum, o estudo comparou o risco de morte entre 23.000 pessoas, algumas das quais comiam pimenta e outras não.

O estado de saúde e os hábitos alimentares dos participantes foram monitorados por oito anos, e os pesquisadores descobriram que o risco de morrer de um ataque cardíaco era 40% menor entre os que comem pimenta pelo menos quatro vezes por semana.

A morte por acidente vascular cerebral foi mais da metade, de acordo com resultados publicados segunda-feira no Journal of the American College of Cardiology.

“Um fato interessante é que a proteção contra o risco de mortalidade era independente do tipo de dieta seguida pelas pessoas”, disse Marialaura Bonaccio, autora do estudo, epidemiologista do Instituto Neurológico do Mediterrâneo (Neuromed).

“Em outras palavras, alguém pode seguir a dieta saudável do Mediterrâneo, alguém pode comer menos de maneira saudável, mas para todos eles a pimenta tem um efeito protetor”, disse ela.

A pesquisa utiliza dados do estudo Moli-Sani, que tem cerca de 25.000 participantes na região de Molise, no sul da Itália.

Licia Iacoviello, diretora do departamento de epidemiologia e prevenção da Neuromed e professora da Universidade de Insubria em Varese, explicou que as propriedades benéficas da pimenta foram passadas pela cultura alimentar italiana.

“E agora, como já observado na China e nos Estados Unidos, sabemos que as várias plantas da espécie capsicum, embora consumidas de maneiras diferentes em todo o mundo, podem exercer uma ação protetora em relação à nossa saúde”, afirmou Iacoviello.

A equipe agora planeja investigar os mecanismos bioquímicos que tornam a pimenta bom para a nossa saúde.

Especialistas externos elogiaram o estudo, apontando algumas limitações.

Duane Mellor, nutricionista e professora sênior da Aston Medical School no Reino Unido, disse que o artigo é “interessante”, mas “não mostra um nexo de causalidade” entre o consumo de pimenta e os benefícios à saúde.

Mellor disse que o efeito positivo do consumo de pimenta observado no estudo pode ser atribuído à maneira como as pimentas são usadas em uma dieta geral.

“São pessoas plausíveis que usam pimenta, pois os dados sugerem que também usaram mais ervas e especiarias e, como tal, provavelmente estão comendo mais alimentos frescos, incluindo vegetais”, disse ele.

“Portanto, embora a pimenta possa ser uma adição saborosa às nossas receitas e refeições, é provável que qualquer efeito direto seja pequeno e é mais provável que torne mais agradável o consumo de outros alimentos saudáveis”.

Ian Johnson, pesquisador de nutrição do Quadram Institute Bioscience em Norwich, Inglaterra, elogiou o “estudo observacional de alta qualidade” por seus “métodos robustos”.

No entanto, ele também apontou que nenhum mecanismo para o efeito protetor foi identificado, nem os cientistas descobriram que comer mais pimenta proporcionava benefícios adicionais à saúde.

“Esse tipo de relação sugere que a pimenta pode ser apenas um marcador de algum outro fator alimentar ou de estilo de vida que não foi considerado, mas, para ser justo, esse tipo de incerteza geralmente está presente em estudos epidemiológicos, e os autores reconhecem isso “, disse Johnson.


terça-feira, 8 de outubro de 2019

Sono ruim aumenta risco de morte de diabéticos, hipertensos e cardíacos


Dormir menos de seis horas por dia é associado a maior mortalidade em pessoas com diabetes, pressão alta ou histórico de doenças do coração ou AVC

Não faltam evidências de que dormir pouco faz mal para a saúde. Mas um estudo publicado no periódico científico da Associação Americana do Coração sugere que a falta de sono é especialmente perigosa para quem tem diabetes, hipertensão e doenças do coração. Quando essa turma repousa por menos de seis horas ao dia, o risco de morte precoce aumenta mais de três vezes em alguns casos.

Os cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, chegaram a essa conclusão após examinarem o histórico médico de 1 654 adultos de 20 a 74 anos. Eles foram selecionados através de entrevistas por telefone.

Os indivíduos foram divididos em três grupos:

Hipertensos e diabéticos do tipo 2
Portadores de doenças cardíacas ou que já sofreram um AVC
Pessoas saudáveis

Todos os participantes dormiram por uma noite no laboratório do sono da universidade, onde se submeteram a exames de polissonografia. Após 18 anos, os estudiosos contabilizaram o número de mortes e quais suas causas. Até o fim de 2016, 1 142 voluntários continuaram vivos e 512 faleceram.

Os experts constataram, então, que os hipertensos e diabéticos que dormiram menos de seis horas naquela noite no laboratório possuíam um risco de morrer do coração 83% maior, em relação a indivíduos com essas enfermidades que descansaram por mais tempo. Já as vítimas de AVC ou doenças cardíacas que mal pregaram os olhos tinham uma probabilidade três vezes maior de morrer por câncer.

Além disso, a falta de sono foi ligada a um risco 2,14 vezes maior de óbito por qualquer causa entre a turma com diabetes ou pressão alta. E 3,17 vezes maior no pessoal que já havia sofrido uma pane no coração ou um AVC. É bastante coisa.

Segundo o psicólogo Julio Fernandez-Mendoza, que liderou a investigação, identificar indivíduos com problemas de sono e tratá-los adequadamente poderia preservar vidas e até recursos financeiros. “Gostaria de ver mudanças políticas para que as consultas e os estudos do sono se tornassem parte integrante de nossos sistemas de saúde”, comenta o expert, em comunicado à imprensa.

Esse, no entanto, é um dos primeiros grandes estudos a se focar nesse assunto. Além disso, os cientistas levaram em conta o sono de apenas uma noite e não acompanharam os pacientes de perto nos anos posteriores.

“São necessárias mais pesquisas para examinar se a melhoria do sono por meio de terapias médicas ou comportamentais pode de fato reduzir as mortes precoces”, conclui Mendoza.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/sono-ruim-aumenta-risco-de-morte-de-diabeticos-hipertensos-e-cardiacos/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital

domingo, 7 de julho de 2019

Pouca massa muscular em braços e pernas elevaria risco de morte em idosos


Estudo com população acima de 65 anos mostrou que mortalidade sobe consideravelmente quando faltam músculos nos membros

Avaliar a composição corporal de pessoas com mais de 65 anos – particularmente a massa muscular localizada nos braços e nas pernas (apendicular) – pode ser uma estratégia eficaz para estimar a longevidade, mostrou um estudo feito na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP).

Depois de acompanhar um grupo de 839 idosos ao longo de aproximadamente quatro anos, os pesquisadores observaram que o risco de mortalidade geral durante o período foi quase 63 vezes maior entre as mulheres com pouca massa muscular apendicular. Entre os homens que já na primeira avaliação apresentavam baixa porcentagem de músculos nos membros, a chance de morrer foi 11,4 vezes maior.

Resultados da pesquisa, apoiada pela Fapesp, foram divulgados no Journal of Bone and Mineral Research.

“Avaliamos a composição corporal da nossa população, com ênfase na massa muscular apendicular, gordura subcutânea e gordura visceral. Em seguida, buscamos identificar quais desses fatores poderiam predizer a mortalidade nos anos seguintes. A quantidade de massa magra nos membros superiores e inferiores foi o que mais se destacou na análise”, disse Rosa Maria Rodrigues Pereira professora da Disciplina de Reumatologia da FM-USP e coordenadora da pesquisa, à Agência FAPESP.

Os voluntários foram examinados por uma técnica conhecida como densitometria por emissão de raios X de dupla energia (DXA, na sigla em inglês). O equipamento foi adquirido com auxílio da FAPESP durante um projeto anterior coordenado por Pereira, cujo objetivo era avaliar a prevalência de osteoporose e de fraturas em idosos residentes no bairro do Butantã, zona oeste da capital paulista. Em ambos os projetos foi estudada a mesma população acima de 65 anos.

“Selecionamos os voluntários com base nos dados do censo do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]. Trata-se de uma amostra representativa da população de idosos do Brasil”, disse Pereira.

Na análise final foram incluídos 323 (39%) homens e 516 mulheres (61%). A frequência de baixa massa muscular nessa amostra foi em torno de 20% em ambos os sexos.

Mal silencioso
A perda generalizada e progressiva de massa muscular associada ao envelhecimento é conhecida como sarcopenia. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia indicam que a condição chega a afetar 46% dos indivíduos acima de 80 anos.

Principalmente quando combinada à osteoporose, a sarcopenia pode aumentar a vulnerabilidade dos idosos, tornando-os mais propensos a quedas, fraturas e outros traumas físicos. A relação entre baixa densidade mineral óssea no fêmur e mortalidade foi também demostrada em estudos feitos com essa comunidade, publicados em 2016.

O grupo coordenado por Pereira desenvolveu uma equação para determinar, com base nas características da população estudada, quais indivíduos poderiam ser considerados sarcopênicos.

“Pelos critérios mais usados [ajuste da massa muscular apendicular pela altura ao quadrado], a maioria dos indivíduos identificados como sarcopênicos é magra. Como a população que estudamos apresentava, em média, um IMC [índice de massa corporal] mais elevado, ajustamos o cálculo da massa muscular de acordo com a gordura corporal dos voluntários. Aqueles que apresentavam um índice de massa muscular 20% abaixo da média foram classificados como sarcopênicos”, explicou Pereira.

O tema foi abordado pelos pesquisadores da Disciplina de Reumatologia da FM-USP em artigos publicados na revista Osteoporosis International em 2013.

Além do exame de densitometria, também foram realizadas análises de sangue e aplicados questionários para avaliação da dieta, grau de atividade física, consumo de tabaco e álcool e presença de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e dislipidemia.

Após quatro anos de seguimento, 15,8% (132) dos voluntários haviam morrido. Desses, 43,2% por problemas cardiovasculares. O índice de óbito entre os homens foi de 20%, enquanto entre as mulheres foi de 13%.

“Fizemos então uma série de análises estatísticas para entender em que os voluntários que morreram se diferenciavam dos que permaneceram vivos. A pergunta do trabalho era: com base na composição corporal medida pela densitometria é possível predizer se a pessoa vai morrer?”, disse Pereira.

Diferenças
De modo geral, os indivíduos que morreram eram mais velhos, faziam menos atividade física, sofriam mais de diabetes e de problemas cardiovasculares. Além disso, no caso das mulheres, apresentavam um índice de massa corporal (IMC) mais baixo. No caso dos homens, possuíammaior chance de sofrer quedas. Todas essas variáveis foram acrescentadas no modelo estatístico e ajustadas para não interferirem no resultado final, que indicaria qual fator da composição corporal estaria associado com o risco de morte.

No caso das mulheres, consideradas as variáveis de ajuste, apenas o índice de massa muscular baixo se mostrou significativo. Já entre os homens, a gordura visceral também foi um fator relevante. A chance de morrer tornava-se duas vezes maior a cada aumento de seis centímetros quadrados na adiposidade abdominal. Curiosamente, um índice mais alto de gordura subcutânea teve efeito protetor para os homens estudados.

“Observamos que nos homens outros parâmetros também influenciaram negativamente a mortalidade, diminuindo do ponto de vista estatístico o peso da massa muscular apendicular. Nas mulheres, por outro lado, a massa muscular se destacou de forma isolada e, por esse motivo, teve maior influência”, disse Pereira.

A perda de massa muscular, que naturalmente ocorre após os 40 anos, pode passar despercebida pelo ganho de peso, também comum após essa idade. Estima-se que, após os 50 anos, entre 1% e 2% da massa muscular seja perdida anualmente. Entre os fatores que podem acelerar o fenômeno estão sedentarismo, dieta pobre em proteínas, doenças crônicas e hospitalização.

Além da importância evidente para a postura, o equilíbrio e o movimento, a musculatura tem outras funções essenciais ao organismo. Ajuda a regular os níveis de glicose no sangue (consome energia durante a contração), a temperatura corporal (o corpo treme quando sentimos frio) e produz mensageiros hormonais, como a mioquinase, que promovem a comunicação com diferentes órgãos e influenciam respostas inflamatórias.

A boa notícia é que a sarcopenia é um problema que pode ser evitado e até mesmo revertido com a prática de exercícios físicos, principalmente musculação. Cuidados com a ingestão de proteínas também são recomendados.

Este conteúdo é da Agência Fapesp.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/pouca-massa-muscular-em-bracos-e-pernas-elevaria-risco-de-morte-em-idosos/ - Por Karina Toledo (Agência Fapesp) - Ilustração: Matheus Costa/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 14 de junho de 2019

Suplementos não substituem boa alimentação, aponta estudo


Pelo contrário: eles foram associados a um maior risco de morte por câncer

Muita gente usa os tão famosos suplementos de vitaminas e minerais para suprir a falta de uma alimentação balanceada. Contudo, um novo estudo publicado no Annals of Intern Medicine, no início de maio deste ano, afirma que essa não é a melhor estratégia: as cápsulas não são tão eficazes quanto os nutrientes vindos do prato. Isso porque além de não aumentarem a longevidade de quem as ingere, elas não são absorvidas da mesma forma pelo organismo em comparação com o método natural.

Na pesquisa, foram avaliados dados de 30 mil voluntários que participaram do Levantamento Nacional de Saúde e Nutrição entre 1999 e 2010, nos Estados Unidos. As informações coletadas relacionavam o uso de suplementos com os hábitos alimentares dos indivíduos.

Os resultados mostraram que a ingestão suficiente de vitaminas A e K, além de magnésio, zinco e cobre, esteve relacionada com menores riscos de morte, mas somente quando absorvidos pelo corpo por meio de uma dieta equilibrada. Além disso, pacientes que suplementaram exageradamente cálcio estavam mais propensos ao risco de morte por câncer em 53%. Não aconteceu a mesma coisa quando o excesso de cálcio veio do cardápio dessas pessoas.

Outra questão interessante foi que quem usou vitamina D sem necessidade também tinha maior risco de morte durante o experimento.

Suplementos na medida certa são importantes
Contudo, nem pensar em abandonar a suplementação prescrita pelo médico por conta própria, viu? Quando há a deficiência de algum nutriente mesmo com adoção de um estilo de vida saudável, é preciso lançar mão das cápsulas sim. “Esses produtos servem para complementar aquilo que, por algum motivo, não está sendo alcançado com a alimentação. Isso pode acontecer por uma uma absorção deficiente do organismo ou uma demanda aumentada, como no caso atletas que não conseguem repor tudo que precisam por meio da comida”, explica o médico endocrinologista Francisco Tostes, membro da SBEM e sócio-diretor da clínica Nutrindo Ideias, do Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo o médico, pacientes com gastrite, idosos e quem passou pela cirurgia bariátrica podem desenvolver algumas mudanças no ácido digestivo que dificultam a absorção de substâncias benéficas ao corpo, e geralmente precisam de uma forcinha extra. “Além disso, mulheres com fluxo menstrual mais intenso podem ter perdas maiores de ferro, enquanto veganos e vegetarianos uma deficiência de vitamina B12. Já portadores de doenças renais e hepáticas podem apresentar problemas com a vitamina K, e alcoolistas com o ácido fólico”, complementa Francisco.

Mas, então, por que os alimentos continuam sendo as melhores fontes?
“O processo de mastigação estimula a liberação de outras enzimas necessárias para a digestão e absorção eficientes. Alguns alimentos também são ricos em fibras e quase nunca contém somente um nutriente”, afirma a nutróloga Nívea Bordin Chacur, da Clínica Leger, em São Paulo. Em uma cenoura, por exemplo, encontramos 300 carotenoides diferentes, o que é impossível obter em uma única cápsula.

E se abandonar os suplementos sem o aval médico não é recomendado, começar a tomá-los sem necessidade traz conseq. uências ainda piores. “Acaba alterando o funcionamento das vias metabólicas. O paciente pode apresentar taquicardia, cálculos renais, aumento de peso e queda de cabelo”, explica Nívea Chacur.

Sem contar que quando há excesso de um, pode haver falta de outro, “Um exemplo é o do cobre e zinco, que são absorvidos pelo mesmo local do intestino. Quando há zinco demais, o cobre não consegue ser absorvido”, diz Francisco Tostes.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/nutricao/suplementos-nao-substituem-boa-alimentacao-aponta-estudo/ - Por Amanda Panteri - marilyna/Thinkstock/Getty Images

terça-feira, 11 de junho de 2019

Dieta balanceada reduziria risco de morte por câncer de mama


Para chegar a essa conclusão, pesquisa seguiu quase 50 mil mulheres por aproximadamente 20 anos

Comer de maneira saudável pode diminuir a probabilidade de morte por câncer de mama em até 21%. É o que indica um estudo robusto que será apresentado na edição deste ano do congresso da Asco, a Associação Americana de Oncologia Clínica, um dos eventos mais importantes do mundo sobre a doença.

O trabalho começou em 1993 e envolveu 48 835 mulheres que já tinham passado pela menopausa, com idades entre 50 e 79 anos. Elas foram divididas em dois grupos. Um seguiu uma dieta normal, com uma ingestão de gordura que representava 32% ou mais das calorias diárias, e o outro reduziu esse índice para 25% ou menos e incluiu no mínimo uma porção de legumes, verduras, frutas e grãos no cardápio diário.

As participantes que passaram pela intervenção alimentar adotaram o plano por cerca de oito anos. Depois disso, todas continuaram sendo acompanhadas – até agora, são 19,6 anos de seguimento. Pouco mais de três mil casos de câncer de mama foram diagnosticados no período. E o risco de morrer por conta dele foi 21% menor no time que comeu melhor.

Trabalho sólido
O número de participantes e o tempo de acompanhamento corroboram a relevância do achado, que reforça a influência da alimentação no combate ao câncer. “Esse estudo acrescenta mais uma evidência na lista de efeitos positivos semelhantes para vários tipos de câncer”, declarou a presidente da Asco, Monica M. Bertagnolli, em comunicado à imprensa.

Batizada de Women’s Health Initiative (Iniciativa pela Saúde da Mulher, em tradução livre), a investigação foi custeada pelo governo norte-americano e continua em andamento, com o objetivo de descobrir como prevenir males que afetam mulheres na pós-menopausa. Além do câncer de mama, entram na lista tumores colorretais, doenças cardiovasculares e osteoporose. Ou seja, mais novidades devem surgir daí nos próximos anos.

Pós-menopausa e câncer de mama
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o risco para desenvolver tumores nas mamas aumenta nessa fase graças a alguns fatores: parar de menstruar após os 55 anos; fazer reposição hormonal, especialmente por mais de cinco anos; e apresentar obesidade ou sobrepeso. Entre o grupo que comeu melhor na pesquisa norte-americana, houve uma queda de 3% no peso corporal.

Apesar de esse emagrecimento não ter impactado tanto na mortalidade, é fato que o excesso de peso está ligado ao câncer (e não só ao de mama). Para ter ideia, caso a incidência de obesidade siga crescendo, estima-se que o quadro poderá causar 500 mil casos extras de tumores ao ano pelas próximas duas décadas só nos Estados Unidos.

Um segundo estudo chegou até a mostrar que a alimentação pode ser ainda mais decisiva para mulheres com câncer de mama pós-menopausa que apresentam componentes da síndrome metabólica – entre eles estão circunferência abdominal elevada, hipertensão, diabetes e colesterol alto. Todos são ligados ao aumento de peso. Para evitar a situação, um dos caminhos é comer melhor.

O bacana é que a dieta considerada equilibrada não é coisa de outro mundo. Bastaria reduzir o consumo de gorduras no dia a dia – e, ao colocá-las na rotina, o ideal é privilegiar as versões insaturadas, encontradas nos peixes, nas oleaginosas e em certos óleos vegetais, como o azeite de oliva. Fora isso, é preciso incluir mais vegetais na dieta.

Comer ao menos cinco porções de frutas, legumes e verduras ao dia, aliás, já é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde para diminuir o risco de uma série de doenças, incluindo certos tipos de câncer.


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Dieta irregular aumenta o risco de morte em vítimas de infarto, diz estudo


Quem não toma café da manhã e janta muito tarde tem muito mais chance de morrer após um ataque cardíaco. Entenda

Um estudo recente, realizado pelo médico Guilherme Neif Vieira Musse, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), revelou que a dieta irregular aumenta o risco de morte em quem sofreu infarto. Hábitos como jantar tarde e não tomar o café da manhã aumentam de quatro a cinco vezes a probabilidade de morrer e de ter outro ataque cardíaco. Pelo menos no período durante a internação e 30 dias após a alta hospitalar, nas vítimas de infarto agudo.

“Dieta irregular aumenta o risco de morte ao passo que, geralmente, esses costumes estão associados aos hábitos de vida ruins. Por exemplo, acordar tarde ou mesmo comer em excesso no jantar e fora de hora. É uma questão comportamental que influencia no pior prognóstico para esses pacientes. O mais indicado é evitar açúcar, produtos industrializados em geral e adotar a chamada ‘dieta do mediterrâneo’. Ela é crucial na proteção contra doenças cardiovasculares”, aconselha o médico Guilherme.

Dados
A pesquisa analisou 113 pessoas, com idade média de 60 anos. Desses, 73% eram homens. Dentre aqueles que morreram após a internação, 58% não tomavam o café da manhã, 51% jantavam tarde e 41% adotavam os dois hábitos combinados. A pesquisa foi realizada com pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB), no período entre agosto de 2017 e agosto de 2018.

Marcos Ferreira Minicucci, professor-assistente da disciplina de Clínica Médica Geral da Unesp e orientador da pesquisa, recomenda esperar pelo menos 2 horas, depois do jantar, para ir dormir.  Ele ainda acrescenta que “a melhor maneira de viver é tomando café da manhã como um rei. Um bom café da manhã geralmente é composto de laticínios como leite desnatado ou semidesnatado, iogurte e queijo”.  O carboidrato de pães e cereais integrais, assim como as frutas, também são importantes. “Deve fornecer de 15% a 35% do total de calorias que precisamos por dia”, finaliza Marcos.