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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Atividade física reduz em até 40% risco de 9 tipos de câncer


Estudo analisou dados de recrutas suecos com idades entre 16 e 25 anos

 

Recentemente, um estudo de longa duração foi publicado na edição online da revista científica British Journal of Sports Medicine, o qual revelou que uma sólida condição cardiorrespiratória está relacionada a uma redução de até 40% no risco de desenvolvimento de nove variedades de câncer, principalmente entre o público masculino.

 

A aptidão cardiorrespiratória diz respeito à capacidade de uma pessoa realizar atividades aeróbicas prolongadas, como corrida, ciclismo e natação, ou até mesmo subir escadas. Apesar de já se ter conhecimento da ligação entre essa capacidade e a redução dos riscos de determinados tipos de câncer, a pesquisa nesse campo tem sido limitada em relação a estudos abrangentes e de longo prazo. Porém, isso mudou.

 

Nesse novo estudo, os cientistas utilizaram dados de registros suecos, abrangendo informações até o final de 2019. Esses dados englobavam detalhes fundamentais, diagnósticos médicos e óbitos de jovens recrutas que ingressaram no serviço militar entre 1968 e 2005. No início de seu período de serviço, quando tinham entre 16 e 25 anos, os recrutas passaram por uma bateria padrão de avaliações. Isso incluía medições como altura, peso (IMC), pressão arterial, força muscular e a própria aptidão cardiorrespiratória.

 

Dados do estudo

A avaliação final englobou uma população com mais de 1 milhão de homens, dentre os quais 84.117 (7%) foram diagnosticados posteriormente com câncer em pelo menos um local, durante um período médio de acompanhamento que durou cerca de 33 anos.

 

No total, 365.874 recrutas apresentavam um nível reduzido de aptidão cardiorrespiratória; 519.652 registraram um nível moderado; e 340.952 exibiram um nível elevado.

 

A análise demonstrou que os recrutas com aptidão cardiorrespiratória baixa apresentavam uma inclinação ligeiramente maior para a obesidade, histórico de abuso de álcool e substâncias, além de terem pais com um nível educacional mais baixo quando comparados aos indivíduos com melhor condicionamento físico.

 

Comparativamente aos homens com baixo condicionamento físico no início do recrutamento, constatou-se que uma maior aptidão cardiorrespiratória estava relacionada a um menor risco de desenvolvimento de tipos específicos de câncer, como os que afetam a região da cabeça e pescoço, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim e pulmão.

 

Confira abaixo:

 

Câncer retal: redução de 5% no risco;

Câncer pancreático: redução de 12% no risco;

Câncer de intestino: redução de 18% no risco;

Câncer de cabeça e pescoço: redução de 19% no risco;

Câncer renal: redução de 20% no risco;

Câncer de estômago: redução de 21% no risco;

Câncer de tubo alimentar: redução de 39% no risco;

Câncer de fígado: redução de 40% no risco;

Câncer de pulmão: redução de 42% no risco.

 

Contudo, uma elevada capacidade cardiorrespiratória também demonstrou estar vinculada a um aumento de 7% no risco de câncer de próstata e um incremento de 31% no risco de câncer de pele.

 

Os pesquisadores sugerem que a realização de triagens para detectar câncer de próstata e a exposição à luz solar podem explicar essas descobertas. Importante mencionar as limitações presentes nesse estudo, uma vez que ele se configura como um estudo observacional, não possibilitando o monitoramento das mudanças na aptidão cardiorrespiratória ao longo do tempo ou a coleta de dados genéticos dos participantes.

 

Porém, as conclusões obtidas estão alinhadas com as orientações da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em relação ao exercício físico durante o tratamento do câncer.

 

Os autores afirmam que este estudo evidencia que uma melhor aptidão física em homens jovens e saudáveis está correlacionada a uma redução no risco de desenvolvimento de 9 dos 18 tipos específicos de câncer analisados, destacando as taxas de risco clinicamente mais relevantes na região gastrointestinal.

 

Os resultados têm a capacidade de ajudar na formulação de políticas públicas de saúde, ampliando ainda mais o estímulo para a implementação de intervenções que visem aprimorar a capacidade cardiorrespiratória entre os jovens.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2023-08-16/estudo-aponta-que-atividade-fisica-reduz-ate-40--o-risco-de-9-tipos-de-cancer.html - Por Caciane Sousa - Foto: Reprodução Freepik


Minha carne e meu coração podem desfalecer, mas Deus é a força do meu coração e minha porção para sempre. (Salmos 73:26)


quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Atividade física reduz em 43% o risco de morte por covid-19, diz análise científica


Pesquisadores compilaram cerca de 15 estudos sobre o tema. Veja o que é necessário para manter-se ativo

 

Talvez você ainda não saiba, mas existe uma importante relação entre atividade física e Covid-19. Não é novidade para ninguém que o coronavírus mudou totalmente o modo de viver do planeta. Afinal, trata-se de um vírus novo, altamente infeccioso e com capacidade para matar. Sendo assim, a doença logo se tornou um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade.

 

Além disso, apesar de não viver mais os seus piores dias – muito em função da vacinação – vale destacar que a pandemia ainda não acabou. Sendo assim, encontrar maneiras de amenizar os efeitos negativos da Covid-19 segue sendo uma prioridade para a comunidade científica. E uma das formas encontradas para reduzir os impactos é, justamente, a atividade física regular.

 

Atividade física e Covid-19: o que os estudos mostram

Segundo uma análise científica publicada pelo British Journal of Sports Medicine, que compilou, aproximadamente, 15 estudos sobre a relação entre atividade física e Covid-19, a prática regular de exercícios tende a amenizar os efeitos da doença.

 

Os autores revelam que a atividade física regular é capaz de reduzir ligeiramente o risco de infecção. Mas, a principal descoberta foi que a taxa de hospitalização caiu 36%, enquanto a de morte diminuiu 43%. Ou seja, se você faz exercícios rotineiramente, suas chances de desenvolver um quadro grave de Covid-19 são, consideravelmente, menores.

 

O que é uma atividade regular

Os autores da pesquisa, com base nos estudos que analisaram a relação entre atividade física e Covid-19, também encontraram o quanto de exercício é necessário para manter-se saudável. Segundo eles, o recomendado é de, pelo menos, 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.

 

Ressalvas importantes

Apesar da notícia ser ótima, os pesquisadores admitem que a análise não é um veredito definitivo. Afinal, a metodologia dos estudos selecionados varia bastante e a maioria deles foi realizada com informações fornecidas pelos próprios voluntários. Além disso, também pode existir um risco de tendência, que leve a publicar somente os estudos com conclusões sobre um suposto efeito positivo da atividade física.

 

Além disso, ainda não se sabe ao certo por qual motivo a atividade física regular é capaz de proteger o organismo da Covid-19. A ideia, no entanto, é que o exercício aumente a capacidade imunológica do organismo e combata fatores de risco da doença como, por exemplo, o sobrepeso e a obesidade.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/atividade-fisica-e-covid-19-risco-de-morte-tende-a-diminuir/ - By Redação - Foto: Shutterstock


Venham a mim, todos vocês que estão cansados ​​e oprimidos, e eu os aliviarei. Peguem meu jugo e aprendam comigo, pois sou gentil e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas almas. o jugo é fácil e meu fardo é leve. (Mateus 11: 28-30)


sábado, 15 de janeiro de 2022

Exercícios moderados podem reduzir risco de câncer, aponta estudo


Mais do que nunca, está na hora de abandonar o sedentarismo e começar a se mexer para prevenir doenças

 

Quando os profissionais da área da saúde dizem que o sedentarismo é perigoso, deveríamos ouvi-los e aceitar suas recomendações. Fazer exercícios moderados regularmente traz enormes benefícios à saúde, desde o bem-estar que se sente logo após terminar os exercícios até a prevenção de doenças a longo prazo, como o câncer.

 

Ao menos, é isso que aponta um novo estudo que analisou a incidência de câncer e os hábitos de atividade física de quase 600 mil homens e mulheres norte-americanos, em todos os estados e no distrito de Columbia.

 

Nesse novo estudo, que foi publicado em outubro na Medicine & Science in Sports & Exercise, os pesquisadores da Sociedade Americana do Câncer e da Universidade Emory, em Atlanta, usaram um tipo sofisticado de análise estatística, chamada “PAF”, para medir a ligação entre câncer e inatividade.

 

O que é PAF?

PAF é a sigla em inglês para “fração atribuível à população”. É uma fórmula matemática para os cientistas estimarem quantas ocorrências de uma doença ou respostas a medicamentos e outras reações biológicas terão em uma população.

Essa fórmula pode dizer, por exemplo, quantos casos anuais de câncer de cólon podem ser atribuídos ao fumo, ao álcool, aos alimentos gordurosos ou a excessos em geral.

 

Como foi feito o estudo?

Para calcular o PAF de câncer resultante de inatividade, os cientistas inicialmente extraíram dados anônimos do banco de dados de Estatísticas do Câncer dos EUA. Eles usaram informações sobre casos, nacionalmente e por estado, para todos os americanos com 20 anos ou mais, entre 2013 e 2016.

 

A equipe se concentrou tanto no total de casos de câncer quanto em sete tipos de câncer que, em estudos anteriores, estavam intimamente ligados em parte à atividade (ou inatividade), que são tumores de estômago, rim, esôfago, cólon, bexiga, mama e endometrial.

 

Em seguida, eles verificaram quanto os adultos americanos afirmam exercitar-se, com base em mais de meio milhão de respostas fornecidas a duas grandes pesquisas nacionais. Ambas haviam questionado os voluntários de que forma e com que frequência se exercitavam.

 

Os pesquisadores extraíram respostas de adultos em todos os estados e as agruparam, com base no fato de as pessoas atenderem ou não às recomendações da Sociedade Americana do Câncer para atividade física. Essas diretrizes preconizam, idealmente, 300 minutos (5 horas) de exercícios moderados, como uma caminhada rápida, a cada semana para reduzir o risco de câncer.

 

Finalmente, os pesquisadores ajustaram essas estatísticas para a massa corporal e outros fatores, reuniram dados adicionais sobre os riscos de câncer e conectaram todos os números em uma equação, que então resultou no PAF para casos de câncer ligados à inatividade. Esse número acabou sendo 46.356, ou cerca de 3% do total de casos de câncer anual (excluindo os casos de câncer de pele não melanoma).

 

Estudo complementar

E se você precisa de mais estudos para mudar de opinião, uma revisão de 2016, no JAMA Internal Medicine, concluiu que os riscos para pelo menos 13 tipos de câncer, incluindo de mama, bexiga, sangue e reto, caem substancialmente se as pessoas forem fisicamente ativas. Um relatório separado, de 2019, calculou que essas reduções poderiam chegar a 69%

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/reduzir-risco-de-cancer/ - por Priscilla Riscarolli


Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.

Filipenses 2:3


terça-feira, 15 de junho de 2021

Dormir mais cedo pode reduzir o risco de desenvolver depressão


Estudo revela que mudanças significativas nos hábitos de sono podem diminuir complicações na saúde mental em até 40%; confira

 

Uma pesquisa comandada pela Universidade do Colorado, em parceria com a Universidade de Harvard e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), analisou como o tempo de sono e os hábitos na hora de dormir podem impactar o humor.

 

Por meio de bancos de dados estadunidenses e britânicos, os cientistas estudaram a rotina de mais de 850.000 pessoas, além de obterem acesso às informações dadas por empresas que realizam testes genéticos nos dois países.

 

Entre os indivíduos analisados, cerca de 33% se identificaram como pessoas que acordam cedo. Já 9% relataram passar a maior parte da noite acordados, dormindo apenas durante a madrugada. Os demais participantes apresentaram horários de sono variados.

 

Os pesquisadores avaliaram o efeito genético que tais padrões de sono causam nos participantes e apresentaram dados que revelaram uma possível relação entre o sono e a saúde mental: acordar mais cedo pode ajudar a diminuir em até 23% o risco de desenvolver depressão.

 

Sono x Depressão

Segundo a pesquisa, a diminuição nas chances de ter depressão são mais relevantes em indivíduos que realizarem uma mudança na escala de sono. Aqueles que costumam dormir à 1h da manhã, por exemplo, podem ter 40% menos chances de desenvolver a condição ao irem para cama às 11h da noite.

 

Dessa forma, os cientistas não conseguiram identificar efeitos considerados significativos em pessoas que já acordam cedo. Logo, diminuir o tempo de sono para acordar uma hora antes do horário habitual, não possui o mesmo impacto positivo na saúde mental.

Ainda de acordo com os pesquisadores, esses dados podem ser justificados pela estrutura construída na sociedade moderna, em que a maior parte dos horários de trabalho e compromissos são desenvolvidos para pessoas que acordam cedo. Assim, pessoas que costumam dormir até mais tarde acabam se sentindo deslocadas - fator que aumenta o risco de desenvolver condições emocionais e psicológicas.

 

Causas da depressão

A depressão envolve uma ampla família de doenças, por isso é denominada como síndrome e, então, classificada como doença psiquiátrica crônica.

 

Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.

 

Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão, considerada por muitos como o "Mal do Século".

 

Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37642-dormir-mais-cedo-pode-reduzir-o-risco-de-desenvolver-depressao - Escrito por Redação Minha Vida

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Falta de vitamina D pode aumentar o risco de COVID-19, diz novo estudo


Apesar dos resultados, são necessários mais estudos experimentais para saber se a vitamina pode reduzir o risco de COVID-19

 

Desde o início da pandemia, se tem falado bastante sobre o papel da vitamina D e sua influência no combate ao novo coronavírus. Isso porque a vitamina é conhecida justamente pelo seu papel na função imunitária do corpo. Mas até então, não havia nada cientificamente comprovado.

 

Uma nova pesquisa, publicada no início de setembro, concluiu que a deficiência nos níveis de vitamina D pode aumentar o risco de contrair a COVID-19. O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Medicina de Chicago e publicado pelo periódico científico JAMA Network Open.

 

Na pesquisa, 489 pacientes tiveram seus níveis de vitamina D analisados juntamente ao teste RT-PCR (exame que identifica o vírus e confirma a COVID-19). Os resultados mostraram que aqueles com baixos níveis da vitamina tinham um risco 1,77 vezes maior de testar positivo para a COVID-19 em comparação com pacientes que tinham níveis suficientes da vitamina.

 

Contudo, embora os resultados deste estudo sugiram um papel da vitamina D no risco de infecção por COVID-19, a descoberta precisa ser avaliada com cuidado.

 

Para comprovar seus achados, David Meltzer, chefe de Medicina Hospitalar da Universidade de Chicago e autor principal do estudo, e a equipe afirmaram no artigo que é necessário realizar estudos experimentais para indicar se a suplementação de vitamina D pode reduzir o risco e a gravidade da COVID-19.

 

Vitamina D e transmissão de COVID-19

No artigo do estudo, os pesquisadores levantam a hipótese de que, se a vitamina D tem potencial para reduzir a incidência do novo coronavírus, talvez ela possa também ajudar a reduzir a transmissão de COVID-19.

 

"A vitamina D fortalece a imunidade inata, portanto, pode-se esperar que diminua a infecção e a transmissão de COVID-19. A vitamina D também afeta o metabolismo do zinco, o que diminui a replicação dos coronavírus. No entanto, é necessário cautela devido à importância potencial de pessoas assintomáticas na disseminação do COVID-19", diz a pesquisa.

 

Além disso, o artigo ainda explica que a vitamina D modula a função imunológica por meio de efeitos nas células dendríticas e nas células T, que podem promover a eliminação do vírus e atenuar as respostas inflamatórias que produzem os sintomas.

 

"Na medida em que previne a infecção e diminui a replicação viral ou acelera a eliminação do vírus, o tratamento com vitamina D pode reduzir a transmissão (da doença).", esclarece o artigo.

 

Limitações do estudo

Por outro lado, os pesquisadores completam: "se a vitamina D reduz a inflamação, ela pode aumentar a transmissão assintomática e diminuir as manifestações clínicas, incluindo a tosse, tornando difícil prever seu efeito na disseminação do vírus", esclarece o artigo.

 

Apesar do grande avanço frente às pesquisas, os pesquisadores ressaltam outras limitações do estudo.

 

"Primeiro, a deficiência de vitamina D pode ser uma consequência associada a uma série de condições crônicas de saúde ou fatores comportamentais que plausivelmente aumentam o risco de COVID-19", completa.

 

Como foi feito o estudo

Na pesquisa, dos 4314 pacientes testados para COVID-19 durante o período do estudo, 499 tiveram um nível de vitamina D medido no ano anterior ao teste, e 489 foram incluídos na amostra analítica. A pesquisa também considerou fatores como idade, gênero, raça e etnia.

 

Desse total, 172 pacientes (35%) tinham deficiência de vitamina D, enquanto 317 não tinham.

 

Dos 71 participantes que testaram positivo para COVID-19, 32 estavam entre os que tinham deficiência de vitamina D e 39 entre os que não tinham.

 

Isso significa que, entre o grupo com deficiência da vitamina D, 18,6% tinham COVID-19, contra 12,3% do grupo sem deficiência.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/noticias/36761-falta-de-vitamina-d-pode-aumentar-o-risco-de-covid-19-diz-novo-estudo - Escrito por Redação Minha Vida

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Consumir uma a três xícaras de café por dia pode reduzir o risco de hipertensão


Estudo com 8.780 participantes concluiu que ingestão moderada da bebida pode reduzir em 20% risco de hipertensão

A associação entre o consumo de café e o risco de hipertensão é investigada em pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. Com base na análise dos hábitos de consumo da bebida, dados sociodemográficos, de estilo de vida, exames de sangue e medição de pressão arterial de um grupo de 8.780 funcionários públicos, o estudo concluiu que a ingestão moderada de café (uma a três xícaras por dia) pode reduzir em 20% o risco de hipertensão. Os resultados do estudo são detalhados em artigo da publicação científica Clinical Nutrition, no último dia 7 de junho.

A pesquisa usou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil), feito com 15.105 funcionários de seis instituições públicas brasileiras de ensino superior e pesquisa. “Através de um questionário padronizado foram obtidos dados sociodemográficos, como idade, sexo, cor da pele, renda familiar per capita, nível educacional”, relata Andreia Miranda, pós-doutoranda da FSP que realizou o presente estudo. “Além disso, também foram obtidos dados de estilo de vida, entre os quais prática de atividade física, hábito de fumar, ingestão de bebida alcoólica, bem como o histórico médico-familiar, uso de medicação, além de medição do peso e altura e avaliação do consumo alimentar por meio de um questionário específico.”

Durante a pesquisa foi realizada a coleta de sangue para análises bioquímicas e também foi aferida a pressão arterial dos participantes por um enfermeiro previamente treinado. “Para o presente estudo, foram excluídos da amostra os indivíduos com diagnóstico de hipertensão no início da pesquisa, aqueles que apresentavam histórico prévio de doença cardiovascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e cirurgia cardíaca), além dos que não tinham informação sobre o consumo de café”, explica a pesquisadora. “Dessa forma, foram analisados 8.780 participantes, com seguimento médio de quatro anos.”

O consumo de café foi obtido por meio de um questionário de frequência alimentar, sendo agrupado em quatro categorias: quem nunca ou quase nunca tomava café, quem bebia menos de uma xícara por dia, de uma a três xícaras por dia e mais de três xícaras por dia. “Foi definido que o tamanho das doses de café é de 50 mililitros (50 ml), o que corresponde a uma xícara pequena”, relata Andreia. “A presença de hipertensão foi definida com o valor de pressão acima de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg), o uso de medicação anti-hipertensiva ou ambos.”

Consumo de café
Para analisar a relação entre o consumo de café e o risco de hipertensão foi utilizado um método estatístico, conhecido como regressão de Poisson, que permitiu calcular o risco relativo e o respectivo intervalo de confiança. “O modelo final foi ajustado de acordo com outras variáveis descritas na literatura que poderiam influenciar no resultado, tais como idade, sexo, cor da pele, nível educacional, renda, tabagismo, consumo de álcool, prática de atividade física, índice de massa corporal (IMC), consumo de frutas e vegetais, ingestão de sódio, potássio e gordura saturada, açúcar de adição, uso de suplementos, e níveis séricos de glicose, colesterol total e triglicerídeos”, aponta a pesquisadora. “Em estudos prévios, já é bem documentado que o tabagismo é um fator de risco, fortemente associado com a ingestão de café e que pode exercer influência no desenvolvimento de doença cardiovascular, em especial na hipertensão. Por esse motivo, na pesquisa foi avaliado o efeito da interação do café com o tabagismo.”

A pesquisa apurou que o consumo médio de café é de 150 ml por dia, o equivalente a três xícaras. “A maioria dos participantes relatou consumir a bebida com cafeína, filtrada/coada e com adição de açúcar, o que corresponde ao hábito tradicional de consumo de café pelos brasileiros. Durante os quatro anos de acompanhamento, um total de 1.285 participantes desenvolveu hipertensão”, destaca Andreia. “Dessa forma, foi possível observar uma associação significativa inversa entre o consumo moderado de café e a incidência de hipertensão. Ou seja, comparativamente às pessoas que nunca ou quase nunca tomavam café, o risco de hipertensão foi aproximadamente 20% menor naqueles que ingeriam de uma a três xícaras por dia”. “Estudos recentes mostram que o efeito benéfico do consumo moderado de café é atribuído aos polifenóis, compostos bioativos que são encontrados em abundância nessa bebida.”

Como foi verificada uma interação significativa entre o hábito de fumar e a ingestão de café, novas análises estatísticas foram realizadas. “Verificou-se então uma diminuição do risco de hipertensão somente em pessoas que nunca fumaram e tomavam de uma a três xícaras por dia”, afirma a pesquisadora.

Entre os fumantes e não fumantes, bem como na maior categoria do consumo de café, ou seja, quem tomava mais de três xícaras por dia, não se verificou associação significativa no risco de desenvolver hipertensão. “Esses achados não permitem afirmar que haja um risco nessa população ou se trata de uma dose prejudicial para a saúde”, diz Andreia. “Em resumo, os resultados mostram o efeito benéfico da ingestão de uma a três xícaras de café por dia e a importância de moderar o consumo dessa bebida para a prevenção da hipertensão.”

A pesquisa teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e contou com a colaboração dos professores Alessandra Goulart, Isabela Benseñor e Paulo Lotufo, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário (HU) da USP e da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e da professora Dirce Marchioni, da FSP. Os resultados da pesquisa são apresentados no artigo Coffee consumption and risk of hypertension: A prospective analysis in the cohort study, publicado no Clinical Nutrition Journal.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Comer pimenta pode reduzir o risco de morte por ataque cardíaco e derrame


A pimenta é um ingrediente amado em muitos pratos ao redor do mundo. Quer você goste ou não do sabor, novas pesquisas sugerem que pode haver alguns benefícios médicos sérios para que você considere adicioná-la à sua próxima refeição.

O estudo, publicado no Journal of American College of Cardiology, examinou os efeitos do consumo regular de pimenta na mortalidade geral, revelando que aqueles que a incorporam em suas dietas têm menor risco de morte.

Realizado na Itália, onde a pimenta é um ingrediente comum, o estudo comparou o risco de morte entre 23.000 pessoas, algumas das quais comiam pimenta e outras não.

O estado de saúde e os hábitos alimentares dos participantes foram monitorados por oito anos, e os pesquisadores descobriram que o risco de morrer de um ataque cardíaco era 40% menor entre os que comem pimenta pelo menos quatro vezes por semana.

A morte por acidente vascular cerebral foi mais da metade, de acordo com resultados publicados segunda-feira no Journal of the American College of Cardiology.

“Um fato interessante é que a proteção contra o risco de mortalidade era independente do tipo de dieta seguida pelas pessoas”, disse Marialaura Bonaccio, autora do estudo, epidemiologista do Instituto Neurológico do Mediterrâneo (Neuromed).

“Em outras palavras, alguém pode seguir a dieta saudável do Mediterrâneo, alguém pode comer menos de maneira saudável, mas para todos eles a pimenta tem um efeito protetor”, disse ela.

A pesquisa utiliza dados do estudo Moli-Sani, que tem cerca de 25.000 participantes na região de Molise, no sul da Itália.

Licia Iacoviello, diretora do departamento de epidemiologia e prevenção da Neuromed e professora da Universidade de Insubria em Varese, explicou que as propriedades benéficas da pimenta foram passadas pela cultura alimentar italiana.

“E agora, como já observado na China e nos Estados Unidos, sabemos que as várias plantas da espécie capsicum, embora consumidas de maneiras diferentes em todo o mundo, podem exercer uma ação protetora em relação à nossa saúde”, afirmou Iacoviello.

A equipe agora planeja investigar os mecanismos bioquímicos que tornam a pimenta bom para a nossa saúde.

Especialistas externos elogiaram o estudo, apontando algumas limitações.

Duane Mellor, nutricionista e professora sênior da Aston Medical School no Reino Unido, disse que o artigo é “interessante”, mas “não mostra um nexo de causalidade” entre o consumo de pimenta e os benefícios à saúde.

Mellor disse que o efeito positivo do consumo de pimenta observado no estudo pode ser atribuído à maneira como as pimentas são usadas em uma dieta geral.

“São pessoas plausíveis que usam pimenta, pois os dados sugerem que também usaram mais ervas e especiarias e, como tal, provavelmente estão comendo mais alimentos frescos, incluindo vegetais”, disse ele.

“Portanto, embora a pimenta possa ser uma adição saborosa às nossas receitas e refeições, é provável que qualquer efeito direto seja pequeno e é mais provável que torne mais agradável o consumo de outros alimentos saudáveis”.

Ian Johnson, pesquisador de nutrição do Quadram Institute Bioscience em Norwich, Inglaterra, elogiou o “estudo observacional de alta qualidade” por seus “métodos robustos”.

No entanto, ele também apontou que nenhum mecanismo para o efeito protetor foi identificado, nem os cientistas descobriram que comer mais pimenta proporcionava benefícios adicionais à saúde.

“Esse tipo de relação sugere que a pimenta pode ser apenas um marcador de algum outro fator alimentar ou de estilo de vida que não foi considerado, mas, para ser justo, esse tipo de incerteza geralmente está presente em estudos epidemiológicos, e os autores reconhecem isso “, disse Johnson.


segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Caminhar emagrece, reduz desejo por doce, combate depressão e mais: veja benefícios


Simples de realizar, de impacto quase zero e sem custos, a caminhada é uma das melhores atividades para garantir proteção contra doenças e até mesmo perder peso. Conheça os benefícios para a saúde física e mental que você pode conquistar se caminhar regularmente:

1. De acordo com um estudo feito com 33 mil pessoas e publicado pela revista Stroke, mulheres que caminharam mais de três horas por semana apresentaram 43% menos riscos de ter um derrame em comparação com aquelas que não praticavam nenhuma atividade.

2. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, EUA, com 6 mil voluntários, descobriu que uma simples caminhada já pode reduzir substancialmente o risco de Alzheimer, já que atividade física tem sido associada a uma melhor capacidade mental em pessoas mais velhas.

3. A prática regular da caminhada pode funcionar até mesmo como um remédio natural contra os sintomas de depressão, uma vez que, durante a atividade, ocorre liberação de endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento.

4. Caminhar pode ainda ajudar a controlar diabetes, pois a insulina (substância responsável pela absorção de glicose) é produzida em quantidade maior durante a prática. Isso ocorre porque o esforço físico estimula a circulação sanguínea e a atividade do pâncreas e do fígado.

5. Ao contrário do que muita gente imagina, quem sofre de osteoporose só não pode como deve praticar caminhada. A movimentação do corpo e o impacto dos pés no solo promovem estímulos elétricos que aumentam a absorção de cálcio e, consequentemente, fortalecem os ossos. Neste caso, no entanto, a atividade deve ser orientada por um profissional.

6. Segundo um trabalho científico da Universidade de Exeter, Inglaterra, caminhar por apenas 15 minutos por dia diminui drasticamente a vontade de comer chocolates e controlar a compulsão alimentar. Isso porque a atividade provoca sensação de bem-estar parecida com a que o doce libera no organismo.

7. Além de melhorar a capacidade respiratória, reduzir problemas cardiovasculares e combater compulsão por doces, andar ainda pode ajudar a emagrecer. Porém, a caminhada só contribui para a perda de peso quando respeitadas regras relacionadas a velocidade, tempo e regularidade.

8. A caminhada ainda pode ajudar a parar de fumar. Segundo um estudo feito pela Universidade de Exeter com 140 pessoas viciadas em cigarro, um curto período de atividade física de intensidade moderada, como caminhar, reduz os sintomas de abstinência, fator que mais dificulta o abandono do tabagismo.


sábado, 6 de julho de 2019

Atividade física desde a adolescência reduz o risco de adenoma colorretal


Os exercícios afastam uma essa espécie de pólipo, que pode gerar um câncer. E, por quanto mais tempo suar a camisa ao longo da vida, melhor

Os efeitos de mais de 60 minutos diários de uma caminhada ou qualquer outra atividade física moderada são acumulados ao longo da vida e podem reduzir em 39% o risco de adenoma avançado. Essas lesões ou pólipos internos são precursores de câncer colorretal, o terceiro tipo de câncer com maior incidência no Brasil.

A conclusão é de um estudo epidemiológico publicado no British Journal of Cancer e realizado por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. O estudo teve apoio da Fapesp por meio de uma Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE).

“A relação entre atividade física, adenoma e câncer colorretal já era conhecida. Porém, essa é a primeira vez em que se demonstra o efeito cumulativo e os impactos da atividade física realizada já na adolescência para a redução da incidência de adenoma colorretal”, disse Leandro Rezende, pesquisador da FM-USP e um dos autores do estudo.

Para chegar a essa conclusão, o estudo utilizou dados obtidos com 28 250 mulheres norte-americanas que participaram do Nurses’ Health Study II, pesquisa realizada com enfermeiras na Universidade Harvard. A pesquisa, em sua segunda edição, teve grande importância no conhecimento sobre a etiologia de doenças crônicas ao coletar por longos períodos informações sobre hábitos de vida, como atividade física, alimentação e obesidade.

O estudo publicado agora analisou a relação entre atividade física e o desenvolvimento de adenoma colorretal, independentemente de outros fatores de risco conhecidos para câncer colorretal, como alimentação, tabagismo e consumo de álcool.

De acordo com os resultados, na comparação com pessoas com baixo nível de atividade física (menos de 60 minutos diários), aquelas que praticaram atividade física só na adolescência (dos 12 aos 22 anos) tiveram redução de 7% no risco de desenvolver adenomas. Para quem praticou apenas na vida adulta (23 aos 64 anos), a redução foi de 9%. Já em pessoas ativas tanto na adolescência como na fase adulta, o risco foi 24% menor.

Segundo Rezende, a pequena diferença entre o impacto causado só na adolescência e o só na vida adulta se dá pela quantidade de anos vividos em cada período.

“Foram reduções semelhantes. O que essa tendência sugere é um efeito cumulativo da atividade física na redução de adenomas ao longo da vida. Independentemente de ser na fase adulta ou na adolescência, mostramos que quanto maior a prática de atividade física, menor o risco de ter adenoma na fase adulta”, afirmou.

O resultado mais surpreendente para os pesquisadores, no entanto, foi a atividade física na adolescência e na vida adulta ocasionar uma redução ainda maior no risco de adenomas avançados (39%), os mais perigosos para o desenvolvimento de câncer colorretal.

“A maior redução de risco ocorreu justamente para os adenomas avançados, aqueles com mais de 1 centímetro e que pertencem a um subtipo de adenoma que é mais agressivo [chamado adenoma viloso] e, portanto, com maior propensão de evoluir para câncer colorretal”, disse Rezende.

De acordo com os pesquisadores, o impacto da atividade física na redução do risco de adenomas estaria relacionado à diminuição de fenômenos inflamatórios e da resistência à insulina.

Riqueza de dados
Para José Eluf Neto, professor titular da FM-USP e orientador do doutorado de Leandro Rezende, os resultados do artigo corroboram a importância do desenvolvimento de políticas públicas que valorizem a atividade física como uma questão de saúde pública.

“O câncer colorretal é um dos tipos mais comuns e a atividade física sozinha mostrou ser importante para a redução de riscos da doença. Mas é preciso destacar que o adenoma ainda não é a doença. Ou seja, mostramos que a atividade física tem impacto para que a doença nem chegue a ocorrer, pois atua reduzindo o desenvolvimento de um precursor”, destacou Eluf Neto à Agência Fapesp.

O pesquisador ressalta que, particularmente para o câncer colorretal, o sedentarismo tem sido uma preocupação já na adolescência.

“Apesar de a maioria dos casos da doença ocorrer depois dos 60 anos, tem crescido o número de casos em pacientes com menos de 50 anos. Não se sabe se é só por causa do aumento no diagnóstico, se as pessoas estão fazendo mais exames ou se são as exposições a fatores de risco, como o sedentarismo, no início da vida que poderiam aumentar a incidência mais cedo de câncer ou adenoma colorretal”, disse.

As enfermeiras participantes do Nurses’ Health Study II começaram a ser acompanhadas no fim da década de 1980, quando tinham entre 25 e 40 anos. Em 1997, elas responderam um questionário sobre fatores de risco e de proteção para doenças crônicas, o que incluía perguntas sobre hábitos de atividade física, alimentação e obesidade, quando elas eram adolescentes (entre 12 e 22 anos).

“Nesses questionários, elas respondiam quanto tempo na semana aproximadamente praticavam atividades de transporte, como ir da casa para a escola, e também os de intensidade moderada e de intensidade vigorosa. Isso permitiu estimar qual era o nível de atividade física delas ao longo da adolescência”, ressaltou Rezende.

As participantes foram acompanhadas até 2011, quando forneceram informações referentes aos hábitos de vida durante o período dos 23 aos 64 anos. Nesse período elas responderam questionários a cada dois anos. Para participar do estudo, as enfermeiras também tiveram que ter realizado ao menos uma vez exames de sigmoidoscopia ou colonoscopia, já que pólipos e adenomas são assintomáticos.

Esta reportagem é da Agência Fapesp.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/atividade-fisica-desde-a-adolescencia-reduz-o-risco-de-adenoma-colorretal/ - Por Maria Fernanda Ziegler (Agência Fapesp) - Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital

terça-feira, 11 de junho de 2019

Dieta balanceada reduziria risco de morte por câncer de mama


Para chegar a essa conclusão, pesquisa seguiu quase 50 mil mulheres por aproximadamente 20 anos

Comer de maneira saudável pode diminuir a probabilidade de morte por câncer de mama em até 21%. É o que indica um estudo robusto que será apresentado na edição deste ano do congresso da Asco, a Associação Americana de Oncologia Clínica, um dos eventos mais importantes do mundo sobre a doença.

O trabalho começou em 1993 e envolveu 48 835 mulheres que já tinham passado pela menopausa, com idades entre 50 e 79 anos. Elas foram divididas em dois grupos. Um seguiu uma dieta normal, com uma ingestão de gordura que representava 32% ou mais das calorias diárias, e o outro reduziu esse índice para 25% ou menos e incluiu no mínimo uma porção de legumes, verduras, frutas e grãos no cardápio diário.

As participantes que passaram pela intervenção alimentar adotaram o plano por cerca de oito anos. Depois disso, todas continuaram sendo acompanhadas – até agora, são 19,6 anos de seguimento. Pouco mais de três mil casos de câncer de mama foram diagnosticados no período. E o risco de morrer por conta dele foi 21% menor no time que comeu melhor.

Trabalho sólido
O número de participantes e o tempo de acompanhamento corroboram a relevância do achado, que reforça a influência da alimentação no combate ao câncer. “Esse estudo acrescenta mais uma evidência na lista de efeitos positivos semelhantes para vários tipos de câncer”, declarou a presidente da Asco, Monica M. Bertagnolli, em comunicado à imprensa.

Batizada de Women’s Health Initiative (Iniciativa pela Saúde da Mulher, em tradução livre), a investigação foi custeada pelo governo norte-americano e continua em andamento, com o objetivo de descobrir como prevenir males que afetam mulheres na pós-menopausa. Além do câncer de mama, entram na lista tumores colorretais, doenças cardiovasculares e osteoporose. Ou seja, mais novidades devem surgir daí nos próximos anos.

Pós-menopausa e câncer de mama
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o risco para desenvolver tumores nas mamas aumenta nessa fase graças a alguns fatores: parar de menstruar após os 55 anos; fazer reposição hormonal, especialmente por mais de cinco anos; e apresentar obesidade ou sobrepeso. Entre o grupo que comeu melhor na pesquisa norte-americana, houve uma queda de 3% no peso corporal.

Apesar de esse emagrecimento não ter impactado tanto na mortalidade, é fato que o excesso de peso está ligado ao câncer (e não só ao de mama). Para ter ideia, caso a incidência de obesidade siga crescendo, estima-se que o quadro poderá causar 500 mil casos extras de tumores ao ano pelas próximas duas décadas só nos Estados Unidos.

Um segundo estudo chegou até a mostrar que a alimentação pode ser ainda mais decisiva para mulheres com câncer de mama pós-menopausa que apresentam componentes da síndrome metabólica – entre eles estão circunferência abdominal elevada, hipertensão, diabetes e colesterol alto. Todos são ligados ao aumento de peso. Para evitar a situação, um dos caminhos é comer melhor.

O bacana é que a dieta considerada equilibrada não é coisa de outro mundo. Bastaria reduzir o consumo de gorduras no dia a dia – e, ao colocá-las na rotina, o ideal é privilegiar as versões insaturadas, encontradas nos peixes, nas oleaginosas e em certos óleos vegetais, como o azeite de oliva. Fora isso, é preciso incluir mais vegetais na dieta.

Comer ao menos cinco porções de frutas, legumes e verduras ao dia, aliás, já é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde para diminuir o risco de uma série de doenças, incluindo certos tipos de câncer.


domingo, 10 de fevereiro de 2019

Melhor que viagra: azeite reduz risco de impotência em até 40%, diz estudo


Veja a quantidade ideal de consumo do azeite para aproveitar os benefícios

O azeite de oliva, além de trazer um sabor delicioso para os alimentos, também pode ajudar a reduzir o risco de disfunção erétil em até 40%, de acordo com um estudo da Universidade de Athenas. A pesquisa descobriu que consumir 9 colheres de sopa de azeite por semana, junto com muitos legumes, frutas, peixe e feijão, aumenta as chances de homens terem uma vida sexual livre de remédios por volta de seus 70 anos.

O estudo, apresentado na conferência da Sociedade Européia de Cardiologia em Munique, na Alemanha, sugere que uma dieta saudável na meia-idade pode abrir caminho para uma vida amorosa ativa sem o uso de medicamentos na terceira idade. Especialistas estudaram 670 homens com uma idade média de 67 anos da ilha grega de Ikaria. Além do azeite de oliva, eles descobriram que os homens tendem a ser protegidos desse tipo de problema se a dieta contiver cerca de 13 porções de legumes por semana, seis pedaços de frutas, três porções de peixe e duas porções de feijão, seguindo as bases da Dieta Mediterrânea.

Os cientistas acreditam que essa dieta ajuda os homens a manterem o coração saudável e a limpar os vasos sanguíneos, o que resulta em um bom fluxo de sangue para a virilha. Os cardiologistas também descobriram que os homens que seguiram essa dieta tinham níveis mais altos de testosterona porque tinham baixas taxas de gordura corporal, o que pode interferir nos hormônios.

A responsável pelo estudo, Christina Chrysohoou, afirma: "O Viagra não melhora algo a longo prazo, ele só pode dar algum efeito rápido para gerar a capacidade sexual. Esta é uma solução livre de medicamentos que permite que os homens mantenham sua função sexual". Segundo os cientistas, consumir mais frutas, peixes, e menos bebidas açucaradas e lanches, são os aspectos mais importantes de uma dieta mediterrânea.


segunda-feira, 5 de junho de 2017

Fazer exercícios reduz a vontade por itens gordurosos, diz estudo

Pesquisa inglesa notou que pessoas que praticam atividade física intensa tendem a atacar guloseimas com menos frequência

Você malha para poder comer suas comidas favoritas sem peso na consciência? Aí vai uma notícia: essa tática pode ser uma furada… do bem! Entenda: ao fazer exercícios com frequência e, de preferência, em alta intensidade, a vontade por devorar um cheeseburguer, uma pizza ou um pedaço de cheesecake vai embora.

É o que sugere um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Para realizar o trabalho, os experts recrutaram 180 pessoas, que passaram alguns dias no laboratório. Primeiro, foram avaliados a capacidade respiratória delas, a composição corporal e os índices metabólicos. Os participantes foram divididos em três turmas: os que praticavam exercícios em intensidade alta, moderada ou baixa.

Num segundo momento, os cientistas analisaram o apetite dos voluntários, seus gostos e grau de saciedade. Os resultados foram curiosos: a turma mais “fitness” considerou comidas gordurosas menos atraentes em até 15% das vezes, em comparação aos mais sedentários.

“O que nós descobrimos é que existe uma clara relação entre a intensidade da atividade física – aumentando a frequência cardíaca e produzindo suor – e o desejo de comer itens cheios de gordura”, comentou o principal autor do artigo, Graham Finlayson, em entrevista ao jornal britânico The Telegraph.

No entanto, segundo Finlayson, ainda é cedo para comprovar esse elo, já que o trabalho foi apenas observacional. “Podemos especular que aqueles que já ganham sua recompensa e alegria diárias ao se exercitarem são menos propensos a sucumbir às tentações das junk foods”, avalia o especialista.

Até que cheguem a uma conclusão definitiva, vale apostar no exercício para relaxar do stress do dia a dia. Isso a ciência não precisa mais comprovar: fazer sua atividade favorita traz benefícios a curto e longo prazo para o corpo e a mente. E guloseima nenhuma é capaz de superar esse fato.


Fonte: http://boaforma.abril.com.br/dieta/fazer-exercicios-reduz-a-vontade-por-itens-gordurosos-diz-estudo/ - Por Redação Boa Forma - kiboka/Thinkstock/Getty Images

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Consumo de água reduz risco de obesidade infantil: estudo explica por que isso acontece

Essencial para a vida, a água traz incontáveis benefícios à saúde, e seu simples consumo diário pode ajudar no tratamento e prevenção de doenças. A bebida é especialmente importante para crianças que, por possuírem uma massa corporal menor do que a dos adultos, retêm mais calor do ambiente.

Atividades físicas comuns e frequentes para os pequenos, como brincadeiras, natação, futebol, balé e tantas outras, resultam em uma necessidade maior de hidratação do organismo, uma vez que uma quantidade muito grande de água é perdida durante estas práticas através do suor.

Segundo a bióloga Manuela Seidel, a bebida é fundamental para odesenvolvimento das crianças e deve ser oferecida desde a amamentação, por meio do leite materno. "É neste período que a mãe deve ingerir uma quantidade adequada de água, aproximadamente 30 mililitros por quilo do peso dela, para que o filho absorva a quantidade necessária do líquido", orienta. "Após este tempo, a água deve ser incorporada ao dia a dia da criança, sendo oferecida para ela constantemente", completa.

Obesidade infantil

Segundo cita a bióloga, uma pesquisa realizada pelas Universidades de Dortmund, na Alemanha, e Witten-Herdecke, na Inglaterra, em 2009, apontou uma relação direta entre o aumento do consumo de água diário e a diminuição do risco de excesso de peso nas crianças.

A pesquisa foi feita com quase três mil alunos, que foram divididos em 32 grupos. Parte deles foi incentivada a ingerir um copo a mais de água por dia do que o consumido normalmente. Em um ano, houve uma queda de 31% no risco de excesso de peso nas crianças que estavam bebendo mais água.

O restante delas apresentou aumento de peso no mesmo período. "Isso se explica porque, se a ingestão de água não for adequada, a realização das funções do nosso organismo não acontece de forma eficiente", explica a bióloga.