Estudo revela que mudanças significativas nos hábitos de sono podem diminuir complicações na saúde mental em até 40%; confira
Uma pesquisa comandada pela Universidade do
Colorado, em parceria com a Universidade de Harvard e o MIT (Instituto de
Tecnologia de Massachusetts), analisou como o tempo de sono e os hábitos na
hora de dormir podem impactar o humor.
Por meio de bancos de dados estadunidenses e
britânicos, os cientistas estudaram a rotina de mais de 850.000 pessoas, além
de obterem acesso às informações dadas por empresas que realizam testes
genéticos nos dois países.
Entre os indivíduos analisados, cerca de 33% se
identificaram como pessoas que acordam cedo. Já 9% relataram passar a maior
parte da noite acordados, dormindo apenas durante a madrugada. Os demais
participantes apresentaram horários de sono variados.
Os pesquisadores avaliaram o efeito genético que
tais padrões de sono causam nos participantes e apresentaram dados que
revelaram uma possível relação entre o sono e a saúde mental: acordar mais cedo
pode ajudar a diminuir em até 23% o risco de desenvolver depressão.
Sono x Depressão
Segundo a pesquisa, a diminuição nas chances de ter
depressão são mais relevantes em indivíduos que realizarem uma mudança na
escala de sono. Aqueles que costumam dormir à 1h da manhã, por exemplo, podem
ter 40% menos chances de desenvolver a condição ao irem para cama às 11h da
noite.
Dessa forma, os cientistas não conseguiram
identificar efeitos considerados significativos em pessoas que já acordam cedo.
Logo, diminuir o tempo de sono para acordar uma hora antes do horário habitual,
não possui o mesmo impacto positivo na saúde mental.
Ainda de acordo com os pesquisadores, esses dados
podem ser justificados pela estrutura construída na sociedade moderna, em que a
maior parte dos horários de trabalho e compromissos são desenvolvidos para
pessoas que acordam cedo. Assim, pessoas que costumam dormir até mais tarde
acabam se sentindo deslocadas - fator que aumenta o risco de desenvolver
condições emocionais e psicológicas.
Causas da depressão
A depressão envolve uma ampla família de doenças,
por isso é denominada como síndrome e, então, classificada como doença
psiquiátrica crônica.
Há uma série de evidências que mostram alterações
químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos
neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina),
substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos
que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores
psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da
depressão, considerada por muitos como o "Mal do Século".
Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a
depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A
prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o
que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta
o problema em algum momento da vida.
Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/37642-dormir-mais-cedo-pode-reduzir-o-risco-de-desenvolver-depressao
- Escrito por Redação Minha Vida
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