Entenda por que a preocupação com o abdômen não deve se limitar à questão estética
A preocupação com a gordura abdominal vai muito além das
questões estéticas, sendo fundamental para a preservação da saúde de forma
geral. O acúmulo excessivo de gordura nessa região está diretamente associado a
diversos riscos para o organismo. "Uma cintura larga pode aumentar o risco
de desenvolvimento de problemas no coração, prejudicar a circulação sanguínea,
acumular gordura no fígado e outros órgãos internos", lista a
nutricionista Karen Oliveira.
Por isso, a seguir, confira outros prejuízos que podem
ser causados pela gordura abdominal.
1. Aumento do risco de doenças cardíacas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a
medida da circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm
em mulheres, por exemplo, indica risco de doenças ligadas ao coração.
"Acima desse valor existe um risco de desenvolvimento de complicações
metabólicas (doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, colesterol alto, gordura
no fígado etc.). Acima de 88 cm para mulheres e 102 cm para homens, o risco
está muito aumentado", acrescenta Karen Oliveira.
2. Resistência à insulina e diabetes tipo 2
A gordura visceral interfere na capacidade das células
de responderem à insulina, levando a níveis elevados de açúcar no sangue e,
eventualmente, ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. "A gordura em
excesso, especialmente a de origem animal, faz com que as células não consigam
se conectar com a insulina, prejudicando a absorção de glicose. Quando isso
acontece, a glicemia aumenta e o órgão que ficou com 'fome' de glicose acaba
ficando fraco e pode até parar de funcionar. Os órgãos mais frágeis são os
olhos", afirma Karen Oliveira.
3. Gordura abdominal contribui para a apneia do sono
A gordura abdominal pode aumentar a pressão sobre as
vias respiratórias, dificultando a passagem de ar durante o sono. Isso favorece
à apneia do sono, uma condição em que a respiração para repetidamente à noite.
O problema, além de prejudicar o sono, também está relacionado a problemas
cardíacos, hipertensão, dificuldade de concentração e problemas de memória.
4. Complicações no fígado
Conforme dados do Ministério da Saúde (MS), o excesso
de peso representa uma das principais causas de esteatose hepática não
alcoólica (gordura no fígado), sendo responsável por 60% dos casos. Se não
controlada, pode progredir para doença hepática mais grave.
"Hoje em dia, é muito comum as pessoas não
praticarem hábitos saudáveis de vida, o que pode prejudicar o funcionamento do
fígado, abrindo espaço para doenças hepáticas. Dentre esses hábitos, o mais
comum é a má alimentação, principal fator de destruição das células
hepáticas", ressalta o nutrólogo Sandro Ferraz.
5. Dificuldades na mobilidade e dor nas articulações
Segundo o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo,
especialista em joelho e traumatologia esportiva e membro da Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a obesidade e o sobrepeso são
apontados como grandes causas do desgaste e degeneração das articulações, por
causar um trauma repetitivo no joelho por conta da "sobrecarga".
6. Redução da expectativa de vida
O sobrepeso, conforme o relatório da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), está reduzindo a expectativa de
vida dos brasileiros em 3,3 anos. Isso acontece, principalmente, devido ao
aumento do risco de doenças crônicas.
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-riscos-da-gordura-abdominal-para-a-saude,19783f813323847eacdc787c8b7a30c8byfawnyv.html?utm_source=clipboard
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