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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Futebol de botão: uma saudade da minha adolescência

     


     Esta semana, dando aula online aos alunos do Colégio O Saber e explicando sobre os esportes que são variantes do futebol de campo, apresentei a eles um vídeo que falava do futebol de mesa, popularmente conhecido como jogo de botão ou futebol de botão. Então, comentei com os alunos que na minha adolescência eu jogava esse jogo, e lhes contei uma parte da história que foi mais ou menos assim:   

 

     Algum tempo atrás, Dr. Adilson me presenteou com uma foto do seu time de botões, provavelmente, a maioria dos atletas feitos por mim, já que eu fui o maior fabricante de botões de Itabaiana que se tem notícia, pois cheguei a fazer mais de mil, o que daria mais de 100 times. Os botões eram feitos de acrílico, casca de coco, mica de avião, etc. Aprendi a fazer botões com meu irmão Tonho, que ao passar na prova da Escola Técnica Federal, em 1975, foi estudar em Aracaju e me vendeu o esmeril manual. Na época, eu tinha 13 anos, e de tanto vê-lo fazer os botões, acabei aprendendo. Alguns anos depois, vendi o esmeril ao meu primo Luiz de Tonho de Rosa que continuou a fabricá-los.

 

     O processo de fabricação dos botões era simples: eu pegava a placa de acrílico e com um compasso fazia círculos do tamanho desejado do botão. Em seguida, esquentava uma faca no fogão à lenha, cortava e colava com a cola Araldite duas ou três partes para formar o botão. Depois de colado, aproximadamente após uma hora, arredondava no esmeril até ter o formato do botão. Lixava-o na lixa de madeira e, posteriormente, na lixa d’água fina par tirar os arranhões. Para finalizar, passava pasta incolor de sapato e tirava o excesso em uma flanela, estava pronto o futuro artilheiro do jogo de botão.

 

     Minha mãe, Dona Graça (in memoriam) era costureira, então eu comprava a flanela e pedia a ela que costurasse uma espécie de capa para guardar os botões, e vendia juntamente com o time para quem quisesse, pois os protegia de serem arranhados. Às vezes, eu também fazia o botão por encomenda, quando a pessoa só queria comprar um ou dois botões, especificamente, de defesa ou ataque, já que tinha diferenças: o botão da defesa era maior e mais alto e o do ataque era menor e mais baixo, o artilheiro. Na época, usávamos uma caixa de fósforo como goleiro, mas tinha pessoas que pediam para que eu fizesse de acrílico grosso ou de várias camadas de acrílico. A equipe de botão era composta por 11 jogadores, e a arrumação no campo era feita com um goleiro, 5 botões na defesa e 5 no ataque, numerados na parte superior com números da folhinha de parede. A bola do jogo era feita no esmeril com milho seco ou acrílico. Para deslocar os botões no campo usávamos uma palheta fina e redonda de acrílico. Quando os botões ficavam travados no campo, eu colocava talco de bebê para que eles se descolassem com mais velocidade.

 

     Como jogador, fiz partidas memoráveis e disputas de campeonatos com meus amigos de infância e adolescência como: Luiz Antônio, Tonho de Crispim, Flauvinaldo, Zanza, Givaldo (in memoriam), Jairo, Luiz de Tonho de Rosa, Carlos Alberto “Rolopeu” (in memorian), Dinho, Alvino, Balsa, Saulo, Rubinho e outros mais. O meu campo de jogar botão, feito pela família de Branco marceneiro, se chamava Brinco de Ouro, referência ao estádio de futebol do Guarani de São Paulo, e cheguei a levá-lo a casa de vários amigos para jogar com eles. Modéstia à parte, eu era um dos melhores jogadores da época.

 

     Apesar de ter feito mais de mil botões, não guardei nenhum time porque eu fazia para vender e ganhar dinheiro. O último time de botão que eu fiz, foi do Grêmio, com acrílico azul e grosso por baixo e tirinhas de preto, branco e azul por cima, e o vendi ao amigo Carlos Alberto.

 

     Hoje, tenho guardado dois times de fábrica que comprei na loja, mas não substituem os botões feitos manualmente por mim. Saudades dos tempos da minha adolescência e dos jogos de botões, tempo que não voltará mais.

 

Por José Costa

sábado, 23 de janeiro de 2021

Álcool danifica o cérebro na adolescência e não é só isso


O álcool não nos embriaga, ou prejudica apenas nosso julgamento e nosso fígado: ele pode ter muitos outros efeitos péssimos em nossos corpos, incluindo no cérebro, de acordo com a Dra. Claire McCarthy da Harvard Health Publishing.

 

Em um editorial recente no BMJ, cientistas apontaram que há três períodos na vida em que o cérebro passa por grandes mudanças e é particularmente vulnerável aos efeitos do álcool. Dois desses períodos estão no início e no fim da vida. Quando as gestantes bebem álcool, ele pode danificar o cérebro em desenvolvimento do feto, levando a problemas físicos, deficiências de aprendizagem e problemas comportamentais. Quando pessoas com mais de 65 anos bebem álcool, pode piorar a redução na função cerebral que acontecem durante o envelhecimento.

 

O terceiro período é a adolescência. Durante esses anos de transição entre a infância e a idade adulta, o cérebro cresce e muda de muitas maneiras importantes que são cruciais para que essa transição seja bem sucedida. Quando adolescentes e jovens adultos bebem álcool, ele pode interferir com esse processo de desenvolvimento cerebral de maneiras que afetam o resto de suas vidas.

 

Uso de álcool em adolescentes e jovens adultos

De acordo com a CISA, o uso de álcool por jovens sobe no Brasil, na contramão do resto do mundo. Um a cada 5 jovens brasileiros entre 15 e 19 anos beberam no último ano e um a cada 4 daqueles em idade escolar já estiveram bêbados.

 

Isso é um monte de jovens que podem estar deformando seus cérebros — e suas vidas — para sempre.

 

Aqui está o que os pais de adolescentes podem e devem fazer:

 

Fale com seus adolescentes sobre álcool e seus efeitos, todos eles. Certifique-se que eles saibam dos fatos.

Tenha regras rígidas sobre o uso de álcool, e consequências se essas regras forem quebradas. Sim, é normal que os adolescentes experimentem, mas se você tolera que ou ela ele vá a festas com álcool, bebedeira ou dirigir enquanto bebe, isso pode literalmente destruir a vida do seu filho — ou acabar com ela.

Conheça os pais dos amigos do seu adolescente, e trabalhe para ter uma responsabilidade compartilhada e comunitária para manter todos seguros.

Dar um bom exemplo. Beba com responsabilidade, assim como esses anúncios incentivam.

 

Fonte: https://hypescience.com/alcool-cerebro-adolescentes/ - Por Marcelo Ribeiro

sábado, 6 de julho de 2019

Atividade física desde a adolescência reduz o risco de adenoma colorretal


Os exercícios afastam uma essa espécie de pólipo, que pode gerar um câncer. E, por quanto mais tempo suar a camisa ao longo da vida, melhor

Os efeitos de mais de 60 minutos diários de uma caminhada ou qualquer outra atividade física moderada são acumulados ao longo da vida e podem reduzir em 39% o risco de adenoma avançado. Essas lesões ou pólipos internos são precursores de câncer colorretal, o terceiro tipo de câncer com maior incidência no Brasil.

A conclusão é de um estudo epidemiológico publicado no British Journal of Cancer e realizado por pesquisadores do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. O estudo teve apoio da Fapesp por meio de uma Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE).

“A relação entre atividade física, adenoma e câncer colorretal já era conhecida. Porém, essa é a primeira vez em que se demonstra o efeito cumulativo e os impactos da atividade física realizada já na adolescência para a redução da incidência de adenoma colorretal”, disse Leandro Rezende, pesquisador da FM-USP e um dos autores do estudo.

Para chegar a essa conclusão, o estudo utilizou dados obtidos com 28 250 mulheres norte-americanas que participaram do Nurses’ Health Study II, pesquisa realizada com enfermeiras na Universidade Harvard. A pesquisa, em sua segunda edição, teve grande importância no conhecimento sobre a etiologia de doenças crônicas ao coletar por longos períodos informações sobre hábitos de vida, como atividade física, alimentação e obesidade.

O estudo publicado agora analisou a relação entre atividade física e o desenvolvimento de adenoma colorretal, independentemente de outros fatores de risco conhecidos para câncer colorretal, como alimentação, tabagismo e consumo de álcool.

De acordo com os resultados, na comparação com pessoas com baixo nível de atividade física (menos de 60 minutos diários), aquelas que praticaram atividade física só na adolescência (dos 12 aos 22 anos) tiveram redução de 7% no risco de desenvolver adenomas. Para quem praticou apenas na vida adulta (23 aos 64 anos), a redução foi de 9%. Já em pessoas ativas tanto na adolescência como na fase adulta, o risco foi 24% menor.

Segundo Rezende, a pequena diferença entre o impacto causado só na adolescência e o só na vida adulta se dá pela quantidade de anos vividos em cada período.

“Foram reduções semelhantes. O que essa tendência sugere é um efeito cumulativo da atividade física na redução de adenomas ao longo da vida. Independentemente de ser na fase adulta ou na adolescência, mostramos que quanto maior a prática de atividade física, menor o risco de ter adenoma na fase adulta”, afirmou.

O resultado mais surpreendente para os pesquisadores, no entanto, foi a atividade física na adolescência e na vida adulta ocasionar uma redução ainda maior no risco de adenomas avançados (39%), os mais perigosos para o desenvolvimento de câncer colorretal.

“A maior redução de risco ocorreu justamente para os adenomas avançados, aqueles com mais de 1 centímetro e que pertencem a um subtipo de adenoma que é mais agressivo [chamado adenoma viloso] e, portanto, com maior propensão de evoluir para câncer colorretal”, disse Rezende.

De acordo com os pesquisadores, o impacto da atividade física na redução do risco de adenomas estaria relacionado à diminuição de fenômenos inflamatórios e da resistência à insulina.

Riqueza de dados
Para José Eluf Neto, professor titular da FM-USP e orientador do doutorado de Leandro Rezende, os resultados do artigo corroboram a importância do desenvolvimento de políticas públicas que valorizem a atividade física como uma questão de saúde pública.

“O câncer colorretal é um dos tipos mais comuns e a atividade física sozinha mostrou ser importante para a redução de riscos da doença. Mas é preciso destacar que o adenoma ainda não é a doença. Ou seja, mostramos que a atividade física tem impacto para que a doença nem chegue a ocorrer, pois atua reduzindo o desenvolvimento de um precursor”, destacou Eluf Neto à Agência Fapesp.

O pesquisador ressalta que, particularmente para o câncer colorretal, o sedentarismo tem sido uma preocupação já na adolescência.

“Apesar de a maioria dos casos da doença ocorrer depois dos 60 anos, tem crescido o número de casos em pacientes com menos de 50 anos. Não se sabe se é só por causa do aumento no diagnóstico, se as pessoas estão fazendo mais exames ou se são as exposições a fatores de risco, como o sedentarismo, no início da vida que poderiam aumentar a incidência mais cedo de câncer ou adenoma colorretal”, disse.

As enfermeiras participantes do Nurses’ Health Study II começaram a ser acompanhadas no fim da década de 1980, quando tinham entre 25 e 40 anos. Em 1997, elas responderam um questionário sobre fatores de risco e de proteção para doenças crônicas, o que incluía perguntas sobre hábitos de atividade física, alimentação e obesidade, quando elas eram adolescentes (entre 12 e 22 anos).

“Nesses questionários, elas respondiam quanto tempo na semana aproximadamente praticavam atividades de transporte, como ir da casa para a escola, e também os de intensidade moderada e de intensidade vigorosa. Isso permitiu estimar qual era o nível de atividade física delas ao longo da adolescência”, ressaltou Rezende.

As participantes foram acompanhadas até 2011, quando forneceram informações referentes aos hábitos de vida durante o período dos 23 aos 64 anos. Nesse período elas responderam questionários a cada dois anos. Para participar do estudo, as enfermeiras também tiveram que ter realizado ao menos uma vez exames de sigmoidoscopia ou colonoscopia, já que pólipos e adenomas são assintomáticos.

Esta reportagem é da Agência Fapesp.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/atividade-fisica-desde-a-adolescencia-reduz-o-risco-de-adenoma-colorretal/ - Por Maria Fernanda Ziegler (Agência Fapesp) - Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?

A médica Bettina Grajcer dá dicas para os pais evitarem o consumo excessivo de álcool entre os jovens

Você já deve ter ouvido que, em doses moderadas, o álcool pode até ser vantajoso. Ora, vários estudos comprovam que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração. E uma boa parcela da população toma seu drinque no fim de semana sem riscos. O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública – e motivo de grande preocupação entre os pais de adolescentes.

No Brasil, meninos e meninas começam a beber, em média, entre os 10 e 13 anos. E o padrão de consumo mais frequente na adolescência é o binge, ou “beber para embriagar-se”, prática associada a comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado e fazer sexo desprotegido, entre outros. Aos 17 anos, quase 40% dos estudantes brasileiros relatam já ter ficado bêbado alguma vez. Diante de dados tão preocupantes, como podemos mudar esse cenário?

Medidas restritivas não bastam. Até porque a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente. Os gestores públicos precisam, então, investir em políticas de prevenção, e os pais têm que estar mais atentos.

Nos últimos dez anos tenho ajudado a desenvolver estratégias nesse sentido, buscando evidências do que funciona para adaptar à realidade local, sempre com uma pitada de inovação. No programa “Na Responsa“, aplicado em parceria com ONGs e escolas, são realizadas atividades com jovens em diversos locais do país. Práticas que funcionam são multiplicadas.

Um exemplo é a “Balada sem álcool”, evento idealizado em Heliópolis, na capital paulista, em que o jovem tem uma experiência de diversão intensa sem bebida alcoólica. O programa – que já inspirou o Movimento Pé no Chão, implantado nas 5 300 escolas públicas de São Paulo – aborda também temas como consciência e empoderamento, com conteúdo todo produzido de jovem para jovem.

Além do trabalho com os adolescentes, desenvolvemos materiais educativos para os pais. Neles, há dicas como:
Incentive o diálogo, ouça o seu filho e fale sempre a verdade.
Promova a autoestima: demonstre interesse pelos seus assuntos, valorize suas ações e ajude-o a superar frustrações.
Tenha uma alimentação saudável em casa e estimule a prática de esportes.
Estabeleça regras claras: limites devem ser colocados e justificados. E as consequências, caso não sejam respeitadas, também devem ser negociadas.
Lembre-se de sua influência nas escolhas dos jovens. Seja sempre o exemplo positivo.


Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/alcool-na-juventude-como-prevenir-o-consumo-indevido/ - Por Dra. Bettina Grajcer - Ilustração: Pedro Piccinini/SAÚDE é Vital

domingo, 5 de novembro de 2017

O que acontece no corpo das meninas durante a adolescência?

Um turbilhão de hormônios e várias mudanças fazem parte dessa fase. Conheça algumas etapas desse processo

1. O início da puberdade
Por volta dos 8 anos, o hipotálamo libera um hormônio chamado gonadotrofina (GnRH), que vai até a glândula hipófise. Ali, dispara-se a produção de dois outros hormônios: o luteinizante (LH) e o folículo-estimulante (FSH). Eles estimulam os ovários a fabricar estrogênio e progesterona.

2. Voz
Assim como os meninos, as meninas produzem testosterona, mas em menor quantidade. É esse hormônio que faz a cartilagem da laringe, onde estão as pregas vocais, aumentar em torno de 4 milímetros. Isso deixa a voz menos aguda.

3. Curvas
O corpo da menina ganha contornos de mulher. Na presença do estrogênio, células do tecido adiposo na região das coxas, das nádegas e da barriga crescem e se multiplicam. Os locais em que a gordura se deposita variam muito de acordo com o biótipo de cada garota.

4. Menstruação
Nos dois primeiros anos do período menstrual, o eixo hipotálamo-hipófise-ovários ainda não está amadurecido. Por isso, os ciclos são bem irregulares. A menina pode ter períodos com fluxo e frequência variados, algumas vezes sem ovulação.

5. Acne
De novo a testosterona. Ela é um dos principais responsáveis pelo estímulo nas glândulas sebáceas, que secretam a gordura natural da pele. Esse sebo se acumula nos poros e serve de alimento para bactérias, provocando uma inflamação com pus, a espinha.

6. Pelos
Quando a testosterona, liberada pelas glândulas suprarrenais e ovários, cai na circulação sanguínea, começam a crescer os primeiros pelos nas axilas, nas pernas e na região pubiana. É que os folículos capilares são incitados pelo hormônio.

7. Mamas
O primeiro sinal da puberdade não é a menstruação, mas, sim, o surgimento do broto mamário, com elevação da aréola e da papila. O estrogênio, o hormônio ovariano, é o maestro que rege essa transformação com data certa para ocorrer – em geral entre 8 e 10 anos.

8. Novos odores
Os hormônios sexuais ativam as glândulas sudoríparas, que passam a produzir mais suor. Como o líquido é um alimento rico para bactérias, elas se proliferam nas axilas e nos pés. Daí porque essas regiões passam a exalar cheiros desagradáveis.

9. Crescimento
Na infância, a velocidade média de crescimento das meninas é de 5 a 7 centímetros por ano. Antes da menarca, a primeira menstruação, chega a 12 centímetros por ano. Depois da menstruação, elas continuam crescendo num ritmo menor. É o resultado da soma dos hormônios sexuais e do GH, hormônio do crescimento, que multiplica as células e aumenta a síntese de proteínas nelas.

Óvulo maduro
O hormônio FSH provoca o crescimento dos folículos, as células que guardam os óvulos. Um deles se desenvolve, se rompe e lança o óvulo na trompa.

O endométrio cresce
O folículo produz estrogênio e o corpo lúteo, que libera a progesterona. Os hormônios deixam o endométrio, o revestimento interno do útero, cheio de vasos e espesso.

Sangramento
Caso não ocorra a gravidez, e se o ciclo for de 28 dias, 14 dias após a ovulação o corpo lúteo se degenera e deixa de produzir os hormônios. Com isso, há a descamação do endométrio.

Da infância à adolescência
É pelo crescimento das mamas que os médicos acompanham o desenvolvimento das meninas. Para isso, eles seguem a classificação de Tanner. São cinco estágios. No M1, as mamas ainda são infantis. No M2, há o desenvolvimento dessas glândulas – é o broto mamário. Depois, no M3, tem-se um maior crescimento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos, que só acontece no M4. No M5, as mamas têm aspecto adulto e o contorno areolar é incorporado ao da mama. A menstruação costuma ocorrer entre os estágios M3 e M4.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-acontece-no-corpo-das-meninas-durante-a-adolescencia/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Abuso de álcool na adolescência danifica o cérebro

Exagerar nas bebidas alcoólicas foi associado a um menor volume de regiões cerebrais

Pesquisadores da Universidade da Finlândia Oriental e do também finlandês Hospital Universitário Kuopio realizaram exames de ressonância magnética para analisar o cérebro de adultos saudáveis que já exageravam nas doses de álcool desde a adolescência. A ideia era comparar essas avaliações com as de outro grupo, composto por voluntários que bebiam pouco.

O estudo foi longo: durou dez anos, com testes feitos em 2005, 2010 e 2015. Na primeira etapa, os participantes tinham de 13 a 18 anos de idade e apresentavam bom desempenho acadêmico, além de não manifestarem qualquer tendência a transtornos mentais. Embora parte do pessoal bebesse bastante, ninguém recebeu o diagnóstico de alcoolismo.

Os cientistas descobriram que a turma que abusava desde a juventude exibia um volume menor em duas partes do cérebro: o córtex cingulado anterior e a ínsula. Mudanças nessas estruturas podem causar um descontrole no uso de drogas e também uma sensibilidade reduzida aos efeitos negativos do álcool. Ou seja, um copo cheio para o desenvolvimento de dependência.

Segundo os pesquisadores, é justamente na adolescência que essas regiões da massa cinzenta estão se desenvolvendo — e o álcool afetaria essa maturação. Mas eles não sabem ainda o mecanismo por trás das alterações, embora afirmem que elas podem ser reversíveis caso o consumo de álcool seja reduzido significativamente.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Crianças gordinhas podem ter fatores de risco cardíaco na adolescência


Foi-se o tempo em que “criança gordinha” era sinônimo de “criança saudável”. De acordo com um novo estudo da Universidade de Bristol, no Reino Unido, crianças com idades entre nove e 12 anos que estão acima do peso são mais propensas a ter, na adolescência, maiores níveis de colesterol e insulina, além de pressão alta - todos, fatores de risco para doenças cardíacas.

Em pesquisa com mais de 5 mil crianças, os especialistas notaram que um alto índice de massa corporal (IMC) - medida do peso em relação à altura - entre crianças de nove a 12 anos de idade estava associado a fatores de risco para doença cardíaca aos 15 e 16 anos de idade. Entretanto, a circunferência da cintura e a medida de gordura corporal na infância não foram associadas, na mesma proporção que o IMC, aos fatores de risco na adolescência.

De acordo com os autores, o que é um pouco mais tranquilizador é que as crianças com maior IMC que conseguem voltar ao peso normal até a adolescência podem melhorar seu perfil de risco cardíaco, em comparação com aqueles que continuam com sobrepeso ou obesos. “Nossas descobertas destacam a necessidade de mudar a completa distribuição da adiposidade na população infantil e de desenvolver intervenções que, de forma segura e eficaz, reduzam o peso e melhorem os fatores de risco cardiovascular em crianças com sobrepeso e obesas”, escreveram os autores no British Medical Journal.

Fonte: Revista Boa Saúde