Mostrando postagens com marcador Comida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Comida. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Alimentos inflamatórios: Nutricionista revela os 5 principais


É um conjunto de comida que pode interferir diretamente no bem-estar

 

Alimentos inflamatórios costumam ter adição de corantes, aromatizantes e conservantes. Mas você sabe quais são os principais? A nutricionista Giovana Amodio Ribeiro, esclareceu essa pergunta em entrevista exclusiva para o Sport Life.

 

Os 5 principais alimentos inflamatórios

Açúcares refinados

“O consumo excessivo de açúcares refinados, como a sacarose e frutose adicionada em alimentos ultraprocessados, como sorvetes, bolos e doces prontos e biscoitos, pode ajudar a aumentar os níveis de glicose no sangue e o desequilíbrio da homeostase energética”, destacou Giovana Amodio.

 

Gorduras trans

Trata-se de um tipo específico de gordura hidrogenada encontrada em alimentos ultraprocessados, exemplos: margarina, óleos vegetais hidrogenados e alimentos fritos.

 

“Sendo assim, seu consumo excessivo está associado a um aumento do colesterol LDL (Lipoproteínas de baixa densidade) e uma diminuição do colesterol HDL (Lipoproteínas de alta densidade), além de estimular a produção de moléculas pró inflamatórias”, explicou a nutricionista.

 

Carnes processadas

Não dispensa salsicha, bacon, presunto, mortadela, peito de peru e linguiça na hora do sanduíche do fim de semana? Reveja os seus hábitos já que esses alimentos são ricos em aditivos químicos, conservantes, nitratos e gorduras saturadas.

 

“Dessa forma, o consumo regular desses alimentos está associado a um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e câncer. Além disso, podem ativar vias inflamatórias no organismo”, expôs Ribeiro.

 

Glúten

“É uma proteína encontrada em grãos como trigo, cevada e centeio. Então, pode ser encontrada em pães, torradas, bolachas e biscoitos, massas de macarrão, pizza, croissant e cervejas”, enfatizou.

 

Laticínios

“Os laticínios provenientes de animais criados em sistemas de produção convencionais, como leites, iogurtes e queijos, podem desencadear um processo inflamatório em pessoas que apresentam alergia à proteína do leite, intolerância à lactose ou sensibilidade aos componentes do leite”, disse.

 

Esses alimentos de forma isolada prejudicam o nosso organismo?

“Vale ressaltar que esses alimentos isolados não são capazes de promover uma inflamação crônica no organismo e cada pessoa pode reagir de maneira diferente. Dessa forma, o ideal é manter um estilo de vida saudável e evitando alimentos que possam lhe causar uma resposta inflamatória”, garantiu Giovana.

 

Como substituir os alimentos inflamatórios

Açúcares naturais

“Opte por açúcares de fontes naturais ou que passaram por menos etapas de processamento, como açúcar de coco, açúcar mascavo e açúcar demerara no lugar do açúcar refinado. Dependendo da preparação que vai ser adicionado o açúcar, também pode ser utilizado o mel ou melado de cana”, sugeriu.

 

Gorduras boas

“Opte por fontes de gorduras saudáveis e as gorduras insaturadas. Uma boa fonte dessa gordura e que pode ser utilizada para substituir os óleos é o azeite de oliva extravirgem”, indicou.

 

Carnes magras e frescas

“Peixes, aves orgânicas e carnes vermelhas magras. Além disso, priorize métodos de preparo mais saudáveis, como grelhados, cozidos no vapor ou assados em vez de frituras”, aconselhou.

 

Sem glúten

“É recomendado substituir os grãos que não contém glúten, como arroz, milho, quinoa e amaranto para indivíduos celíacos ou com sensibilidade ao glúten”, recomendou.

 

Laticínios orgânicos ou de fonte vegetal

“Além disso, escolher laticínios orgânicos e de fontes confiáveis, que sejam livres de hormônios e antibióticos para indivíduos intolerantes ou alérgicos. Outra alternativa também são os de fonte vegetal, como bebidas e queijos à base de oleaginosas ou outros grãos”, concluiu a nutricionista Giovana Amodio Ribeiro.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/alimentos-inflamatorios-nutricionista-revela-os-5-principais/ - Giovana Amodio Ribeiro, nutricionista da SaudaBe Group, agência parceira da Grano Alimentos. By Guilherme Faber - Shutterstock


O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Números 6:24-26


terça-feira, 31 de março de 2020

Nutricionista indica 6 melhores alimentos para comprar na quarentena


Veja as escolhas mais indicadas para evitar ficar saindo de casa para comprar comida

Até agora já são mais de 1500 casos confirmados do novo coronavírus (COVID-19) e cerca de 25 mortes registradas. Esse número segue crescendo no Brasil e no mundo, por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é ficar em casa para evitar a disseminação da doença. Isso significa diminuir a circulação, mas como fazer isso quando se precisa, por exemplo, comprar alimentos?

Nesse contexto, a nutricionista clínica Fernanda Dainez deu dicas em seu Instagram de como manter a alimentação equilibrada nesse momento de distanciamento social tão importante. A profissional também indicou rever o que estamos comendo para não entrar no que ela chamou de "pânico nutricional". Confira abaixo os seis tipos de alimentos mais indicados para comprar durante a quarentena:

Alimentos que duram mais
Iogurte natural
Raízes
Grãos
Cereais
Frutas
Oleaginosas.

1- Iogurte natural
É possível fazer com poucos ingredientes como leite desnatado.

2- Raízes
Mesmo fora da geladeira duram por aproximadamente 10 dias. São elas: batatacenoura, beterraba, nabo, gengibre, mandioca, inhame.

3- Grãos
Feijão, lentilha, grão de bico soja são ótimas fontes de proteínas, principalmente para diminuir o consumo de carne. Aproveite receitas como falafel, quibe de lentilha, hambúrguer de feijão, pasta de grão de bico, etc.

4- Cereais
São eles: farinhas, macarrão, arroz aveia "Não tem problema comer carboidrato A restrição de alimentos nesse momento, mais o isolamento social e a ansiedade não fazem bem. Procure receitas de biscoitos salgados e doces, de outros jeitos de fazer o arroz, use outras farinhas", aconselha a nutricionista.

5- Frutas
Dá para ir ao mercado ou à feira apenas a cada 10 dias! A dica é comprar metade das frutas verdes e metade maduras. Se estiver percebendo que alguma já está próxima de estragar em casa, bata tudo, faça um suco ou sorvete e congele!?

6- Oleaginosas
Por possuírem nutrientes que melhoram o humor e disposição, são uma boa opção também. Exemplos: nozes, castanhas, amêndoas, pistache, avelã, dentre outras.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Comer pimenta pode reduzir o risco de morte por ataque cardíaco e derrame


A pimenta é um ingrediente amado em muitos pratos ao redor do mundo. Quer você goste ou não do sabor, novas pesquisas sugerem que pode haver alguns benefícios médicos sérios para que você considere adicioná-la à sua próxima refeição.

O estudo, publicado no Journal of American College of Cardiology, examinou os efeitos do consumo regular de pimenta na mortalidade geral, revelando que aqueles que a incorporam em suas dietas têm menor risco de morte.

Realizado na Itália, onde a pimenta é um ingrediente comum, o estudo comparou o risco de morte entre 23.000 pessoas, algumas das quais comiam pimenta e outras não.

O estado de saúde e os hábitos alimentares dos participantes foram monitorados por oito anos, e os pesquisadores descobriram que o risco de morrer de um ataque cardíaco era 40% menor entre os que comem pimenta pelo menos quatro vezes por semana.

A morte por acidente vascular cerebral foi mais da metade, de acordo com resultados publicados segunda-feira no Journal of the American College of Cardiology.

“Um fato interessante é que a proteção contra o risco de mortalidade era independente do tipo de dieta seguida pelas pessoas”, disse Marialaura Bonaccio, autora do estudo, epidemiologista do Instituto Neurológico do Mediterrâneo (Neuromed).

“Em outras palavras, alguém pode seguir a dieta saudável do Mediterrâneo, alguém pode comer menos de maneira saudável, mas para todos eles a pimenta tem um efeito protetor”, disse ela.

A pesquisa utiliza dados do estudo Moli-Sani, que tem cerca de 25.000 participantes na região de Molise, no sul da Itália.

Licia Iacoviello, diretora do departamento de epidemiologia e prevenção da Neuromed e professora da Universidade de Insubria em Varese, explicou que as propriedades benéficas da pimenta foram passadas pela cultura alimentar italiana.

“E agora, como já observado na China e nos Estados Unidos, sabemos que as várias plantas da espécie capsicum, embora consumidas de maneiras diferentes em todo o mundo, podem exercer uma ação protetora em relação à nossa saúde”, afirmou Iacoviello.

A equipe agora planeja investigar os mecanismos bioquímicos que tornam a pimenta bom para a nossa saúde.

Especialistas externos elogiaram o estudo, apontando algumas limitações.

Duane Mellor, nutricionista e professora sênior da Aston Medical School no Reino Unido, disse que o artigo é “interessante”, mas “não mostra um nexo de causalidade” entre o consumo de pimenta e os benefícios à saúde.

Mellor disse que o efeito positivo do consumo de pimenta observado no estudo pode ser atribuído à maneira como as pimentas são usadas em uma dieta geral.

“São pessoas plausíveis que usam pimenta, pois os dados sugerem que também usaram mais ervas e especiarias e, como tal, provavelmente estão comendo mais alimentos frescos, incluindo vegetais”, disse ele.

“Portanto, embora a pimenta possa ser uma adição saborosa às nossas receitas e refeições, é provável que qualquer efeito direto seja pequeno e é mais provável que torne mais agradável o consumo de outros alimentos saudáveis”.

Ian Johnson, pesquisador de nutrição do Quadram Institute Bioscience em Norwich, Inglaterra, elogiou o “estudo observacional de alta qualidade” por seus “métodos robustos”.

No entanto, ele também apontou que nenhum mecanismo para o efeito protetor foi identificado, nem os cientistas descobriram que comer mais pimenta proporcionava benefícios adicionais à saúde.

“Esse tipo de relação sugere que a pimenta pode ser apenas um marcador de algum outro fator alimentar ou de estilo de vida que não foi considerado, mas, para ser justo, esse tipo de incerteza geralmente está presente em estudos epidemiológicos, e os autores reconhecem isso “, disse Johnson.


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Adolescentes: como está a alimentação dos jovens no Brasil?


O prato dos adolescentes anda cada vez mais desequilibrado, deixando-os na mira de doenças da pesada. Veja como alterar o rumo dessa história

Estudo brasileiro revela que 84% dos adolescentes abusam do sódio, mineral cujo excesso faz a pressão arterial decolar

Na adolescência, há indícios de que mudanças no cérebro são responsáveis por deixar os jovens destemidos. Pois a coragem típica dessa fase parece sumir na hora das refeições, quando uma folha de alface gera mais pavor do que escalar uma árvore. Pelo menos é o que dá para presumir a partir de dados divulgados nos últimos tempos, como um grande levantamento feito com 75 mil brasileiros de 12 a 17 anos, em escolas públicas e privadas. O estudo, batizado com a sigla Erica, revela que apenas um em cada três adolescentes coloca salada no prato. Pior: só um em cinco ingere pelo menos uma fruta ao dia.

Os profissionais de saúde enfrentam as consequências dos maus hábitos no dia a dia. “Entre crianças e adolescentes, a incidência de obesidade cresce exponencialmente, e em todas as classe sociais”, afirma Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Há 40 anos, atendíamos um adolescente obeso a cada 100. Hoje, são de seis a oito”, estima.

Números da Organização Mundial da Saúde refletem essa realidade. Em 1975, calcula-se que 11 milhões de adolescentes eram obesos. Em 2016, o número saltou para 124 milhões.

A infância é um período determinante na aquisição de hábitos à mesa. Mas mesmo aquela criança que venerava brócolis pode virar o adolescente que rejeita qualquer vegetal. Não há uma explicação biológica para isso, mas, sim, comportamental: é nessa fase da vida que os filhos ganham mais independência, fazem refeições longe dos pais e recebem dinheiro para escolher o que vão comer.

Sem falar na influência dos amigos. Quem vai optar por salada quando a turma toda vai de fast-food? Por isso é essencial manter o equilíbrio nas refeições em família”, diz a nutricionista Renata Faria Amorim, da All Clinik, no Rio de Janeiro.

A profissional alerta sobre o papel da escola nesse cenário. Mesmo que as cantinas não possam vender tranqueiras — alguns estados têm leis para regulamentar isso —, biscoitos, doces e bebidas açucaradas são as estrelas nos intervalos. E proibir não é solução definitiva.

Uma pesquisa feita pela marca Capricho e pela área de Inteligência de Mercado do Grupo Abril, com 1 724 garotas — 1 046 delas com 14 a 17 anos —, mostra que 34% não resistem a um docinho. Elas poderiam sucumbir menos a essas gulodices caso tivessem aulas que ensinassem por que outras opções são mais vantajosas, por exemplo. “É preciso conscientizar”, resume Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

Hábitos preocupantes dos jovens, registrados em novos estudos
Prato sem cor: menos de 40% dos jovens incluem verduras e hortaliças nas refeições, que acabam pobres em micronutrientes e ricas em carboidratos e gordura.
Doçura demais: enquanto 40% dos jovens comem algum doce todo dia, menos de 20% ingerem frutas, que têm açúcar natural, vitaminas, minerais e fibras.
Energia poupada: só três em cada dez brasileiros entre 10 e 18 anos não são sedentários — isto é, fazem uma hora de atividade física cinco dias por semana.

Pais de castigo?
Mas é em casa que está o principal gargalo. Inclusive, para os experts, é quase impossível falar da dieta dos adolescentes sem dar um puxão de orelha nos adultos.
“A maioria dos pais tem dificuldade em reconhecer as deficiências alimentares dos filhos porque eles próprios apresentam esses maus hábitos. Só que não os percebem como um problema”, analisa Julia Bittencourt, psicóloga especialista em terapia familiar, no Rio de Janeiro.
Há outro empecilho que está literalmente em nossas mãos: celulares. As horas ativas dos adolescentes não param de despencar, já que as atividades físicas foram substituídas por jogos e interações nos smartphones.
Mesmo que os pais enxerguem essas questões, não adianta somente tentar mudar o adolescente: é necessário dar o exemplo. Toda a família deve se propor a ingerir menos industrializados e mais vegetais, além de criar horários fixos para as refeições (nada de comer só quando a fome bater ou na frente da TV).
A programação completa inclui passeios que agitem o corpo, como uma ida ao parque no fim de semana. “Isso é muito mais efetivo para combater a obesidade do que apenas proibir o consumo de alguns itens”, garante Segal.
Quanto mais cedo a família se unir em torno dessa agenda saudável, melhor. “É logo no início da puberdade que o corpo, em transformação, refaz sua disposição de adipócitos, as células acumuladoras de gordura. Por isso, o sobrepeso e a obesidade nessa fase geram dificuldade para emagrecer ao longo de toda a vida”, alerta a endocrinologista Isabela Bussade, do Rio de Janeiro.

O que precisa aparecer menos na alimentação da moçada
Ultraprocessados e fast-food: biscoitos, bolinhos prontos, macarrão instantâneo, chips… Esses itens são lotados de sódio, açúcar, gorduras, aditivos, e por aí vai. Quanto menos deles, melhor. Pizza e hambúrguer também devem ficar para ocasiões pontuais — e não para o dia a dia.
Doces: eles causam picos de açúcar no sangue e, por isso, o excesso eleva o risco de diabetes. “Deixe os doces para o fim de semana e, sempre que possível, prefira os de frutas. Chocolate amargo também é uma boa opção”, ensina Samanta Brito, nutricionista da Estima Nutrição, em São Paulo.
Bebidas açucaradas: muitos pais caem na pegadinha de cortar o refrigerante e liberar sucos e chás de caixinha. Só que esses líquidos também podem reunir boas doses de açúcar. Não dá para beber de forma desenfreada. Chás feitos com ervas e frutas in natura são escolhas mais acertadas.

O que os adolescentes devem comer com frequência
Comida caseira: nessa fase, proteínas de alta qualidade e micronutrientes são determinantes para o desenvolvimento da molecada. “Não há nada como arroz, feijão e uma grande variedade de vegetais para suprir essa necessidade”, avisa Cátia Ruthner, nutricionista do W Spa, no Rio de Janeiro.
Frutas: ignoradas pelos jovens, elas são abastecidas de fibras, vitaminas e minerais. “Introduza aos poucos. Vale até vitamina e suco natural”, sugere Samanta. O melhor cenário, porém, é o do consumo do alimento em sua forma original. Que tal uma bela salada de frutas turbinada com aveia ou sementes?
Água: a falta do líquido (puro, e não dentro de refris e afins) abala várias funções do organismo. Se o adolescente toma pouca água, incentive o hábito de ter sempre uma garrafinha por perto. Tudo bem saborizá-la com pedaços de limão, abacaxi, laranja, canela, gengibre e folhas de hortelã.

Magreza não é sinônimo de saúde
Que fique claro: a luta com a balança não deve ter motivação estética. As doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, já são as principais causas de morte na população brasileira — e elas têm íntima relação com a obesidade.
“Com o estudo Erica, pudemos perceber que esses quadros têm início na infância e na adolescência”, observa a nutricionista Amanda de Moura, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e uma das responsáveis pelo levantamento.
Mas o peso está longe de ser o único indicativo de saúde. Sabe aquele adolescente que come só porcaria e é magrinho? Pois ele não está isento de riscos. “Esse jovem pode esconder um acúmulo de gordura nos órgãos”, avisa Isabela.
Fora que o consumo excessivo de açúcares e gorduras causa um desgaste no pâncreas e em outros cantos desde muito cedo. “Cerca de metade das crianças com colesterol ou triglicérides elevados terá doença cardíaca na vida adulta”, alerta Zilli. A hora de mudar esse futuro é agora.

Não há um corpo ideal – e focar nisso é um perigo
Na pesquisa da Capricho, 36% das garotas de até 14 anos relataram já ter encarado o jejum intermitente. E 76% fizeram, fazem ou pretendem fazer dieta para emagrecer. “Qual padrão de beleza é esse que deixa mais de 70% das nossas meninas desconfortáveis com a própria imagem?”, questiona Gabriela Malzyner, psicóloga da Clínica de Estudos e Pesquisas em Psicanálise da Anorexia e Bulimia, em São Paulo.
Ela defende a conscientização de que ser saudável não significa ter um certo formato de corpo. “A dieta não pode gerar insatisfação corporal constante nem isolamento social”, frisa. Até porque isso abre brecha para transtornos sérios, capazes de abalar a saúde e a qualidade de vida dos jovens.

Fonte: https://saude.abril.com.br/familia/adolescentes-como-esta-a-alimentacao-dos-jovens-no-brasil/ -  Por Manuela Biz - Ilustração: Davi Augusto/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

8 dúvidas relacionadas à comida que você provavelmente tem alguma delas

Você já evitou comer pimenta por não conseguir acabar com a ardência ou já ouviu dizer que vitamina C cura gripes e resfriados?

Veja a resposta para essas e outras dúvidas relacionadas à comida:

1. Tábuas para cortar alimentos acumulam bactérias
Verdade.
A Professora Doutora em microbiologia Rosana Siqueira dos Santos, contou ao Jornal Laboratorial da PUC-Campinas, que foi encontrado maior número de contaminação em tábuas madeira e de plástico por causa das ranhuras e coloração mais escura, o que favorece a proliferação de bactérias e fungos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inclusive, proíbe o uso de tábuas de carne de madeiradesde 2004 para serviços de alimentação constantes (como bares e restaurantes).
Evite contaminação cruzada, use uma tábua para cada grupo de alimentos (carne crua, frutas, vegetais).
A microbiologista indica a tábua de vidro como a mais adequada.
Lembre-se também que há maneiras eficientes de higienizar o utensílio.
Ela orienta a depois de lavar com água e detergente, colocar em água fervente ou em uma solução de água sanitária por dez minutos, devendo guardar quando estiver totalmente seco.

2. Ingerir ovos aumenta o colesterol
Mito.
O ovo não é o vilão que todos pensavam.
Uma importante descoberta de pesquisadores da Universidade do Kansas (EUA), mostra que o ovo possui uma substância chamada fosfolipídeo, que interfere na absorção do colesterol e impede que seja captado pelo intestino, de onde parte para a corrente sanguínea.
Além disso, é fato que a maior parte do colesterol é produzida pelo próprio organismo.
Mas claro, comer ovo frito não é a escolha mais saudável por causa do óleo.

3. Vitamina C previne e cura gripe e resfriado
Mito.
Como observa a infectologista Raquel Muarrek, do Hospital Leforte, em São Paulo: “A vitamina C tem uma participação importante no sistema imunológico, já que fortalece os glóbulos brancos, responsáveis por combater agentes infecciosos. Entretanto, o nutriente não tem capacidade de prevenir essas doenças.”
O médico Drauzio Varella, em entrevista ao G1, é veemente: “Vitamina C não é capaz de curar gripes e resfriados.”
Em entrevista à Drauzio Varella, o médico João Silva de Mendonça, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, afirma que a medicina não conseguiu dar suporte científico para a indicação de vitamina C.
Além disso, a desinformação leva a uso indevido da vitamina C, que em excesso, deixa de ser benéfico e pode causar, entre vários problemas, cálculos renais.

4. Beber café ajuda a prevenir insuficiência cardíaca
Verdade.
Para descobrir a relação do consumo de café com o risco de insuficiência cardíaca, a pesquisadora Elizabeth Mostofsky, da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, realizou estudo em que avaliou mais de 140 mil pessoas.
O resultado: quatro xícaras pequenas de café por dia diminuíram em até 11% o risco de ter insuficiência cardíaca.
Por outro lado, é importante destacar que o consumo excessivo de café pode sim trazer males para a saúde.
As substâncias cafestol e o caveol presentes no grão do café podem elevar os níveis de colesterol no sangue, mas o uso de filtro de papel consegue reter boa parte dessas substâncias.
O impacto positivo ou negativo do consumo de café está na dose.

5. Remover a pele do frango ajuda a cortar calorias
A verdade mesmo é que não faz diferença significativa, afirma o endocrinologista Alfredo Cury, dono do Spa Posse do Corpo, no Rio de Janeiro à revista Cosmopolitan:
“É preciso considerar o óleo utilizado na fritura da carne, que o absorve, fazendo subir o valor calórico da preparação. Tirar a pele não economiza calorias de forma significativa.

6. Consumo de álcool em excesso prejudica o sistema nervoso
É verdade.
O neurologista Leandro Teles em entrevista à revista Corpo a Corpo explica que o álcool age negativamente no sistema nervoso:
“A substância traz comprometimento agudo e imediato da função de algumas regiões e, com o passar dos anos, gera alterações estruturais irreversíveis podendo levar a problemas como demência e neuropatia periférica.”
O neurologista observa ainda que o cérebro de quem bebe demais envelhece precocemente.
“Além do efeito direto, quem bebe está mais sujeito a traumas na região da cabeça e a carência de algumas vitaminas fundamentais para o bom funcionamento do cérebro, como a vitamina B1 (tiamina), vitamina B3 (niacina), B6 (piridoxina) e principalmente a vitamina B12 (cianocobalamina).”

7. Pimenta causa hemorroida e beber água acaba com a ardência na boca
Quanto à hemorroida: Mito.
Especialistas explicaram ao Programa Bem Estar que é mito dizer que hemorroida é causada pelo consumo de pimenta.
O que de fato acontece é que a pimenta irrita um problema já existente, ou seja, a pessoa já tem hemorroida ou uma fissura na região anal e sente ardência quando a pimenta passa pelo local.

8. Em relação à água acabar com a ardência: Verdade
Água: resolve a ardência momentaneamente e depois retorna.
Leite: (preferencialmente) integral é o mais indicado, porque a pimenta se dissolve na gordura.
Pão: também é indicado por absorver a pimenta.
Como a acidez eleva a salivação, os especialistas também explicam que antes de comer pimenta, é válido ingerir algo ácido, o que ajuda a diminuir a ardência.

Fonte: https://www.bemmaismulher.com/8-duvidas-relacionadas-a-comida-que-voce-provavelmente-tem-alguma-delas/

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Pesquisa descobre ligação entre alimentos ultraprocessados e câncer

Alimentos ultraprocessados não são exatamente conhecidos por seus benefícios para a saúde, mas agora um novo estudo apresenta um dado alarmante sobre este tipo de comida: pesquisadores descobriram que as pessoas que comem mais alimentos ultraprocessados correm maior risco de câncer.

A maioria dos alimentos é processada até certo ponto, mas os alimentos ultraprocessados contêm muito mais calorias, sódio e açúcar. Pesquisas já mostraram que as pessoas que comem alimentos ultraprocessados ​​tendem a ser mais obesas ou ter excesso de peso, além de ser mais propensos a ter problemas de coração e circulação ou diabetes. Comer muita carne processada, como salsichas, também já foi associado a um risco aumentado de câncer colorretal.

Na nova pesquisa, especialistas analisaram registros dietéticos de 24 horas de quase 105 mil adultos na França. Os indivíduos registraram o que comeram em uma lista de 3.300 itens alimentares categorizados pela forma como eles são processados, usando um sistema chamado NOVA.

Os cientistas descobriram que um aumento de 10% na proporção de alimentos ultraprocessados ​​na dieta está associado a um aumento significativo de mais de 10% nos riscos de câncer em geral.

É bom salientar que o estudo estava procurando apenas uma correlação, não uma causalidade. Os pesquisadores não descobriram que certos alimentos causam câncer, necessariamente.

“Gorduras e molhos, produtos açucarados e bebidas ultra-processados foram associados com um risco aumentado de câncer em geral”, diz o estudo. As pessoas que costumam comer mais alimentos ultraprocessados ​​também tendiam a fumar mais e se exercitar menos, mas os autores controlaram essas questões e ainda assim encontraram o elevado risco de câncer.


“A força dos resultados foi bastante surpreendente. Eles estavam fortemente associados, e fizemos muitas análises sensíveis e ajustamos as descobertas para muitos co-fatores, e ainda assim, os resultados aqui foram bastante preocupantes”, diz a co-autora Mathilde Touvier em uma matéria da rede americana CNN.

Cautela
Alguns especialistas afirmam que os resultados precisam ser levados em conta, mas também ser aprofundados para serem usados na prática.

“O que as pessoas comem é uma expressão de seu estilo de vida em geral e pode não estar causalmente ligado ao risco de câncer”, diz na matéria Tom Sanders, diretor científico da British Nutrition Foundation e professor emérito no King’s College de Londres. Sanders, que não estava envolvido no estudo, adverte que a abordagem de categorizar os padrões alimentares que dependem de alimentos processados ​​industrialmente em relação ao risco de doença é nova, mas provavelmente precisa de refinamento antes que possa ser traduzida em conselhos práticos de dieta”.

Marji McCullough, diretor estratégico de epidemiologia nutricional da American Cancer Society, sugere cautela sobre a interpretação do que é responsável pelo risco de câncer associado a alimentos ultraprocessados. “Este estudo não significa que as pessoas devem pensar ‘se eu comer este biscoito, eu vou ter câncer’. A mensagem primordial deste estudo foi na verdade observar um padrão de dieta geral, em vez de um ingrediente específico, e ele suporta muito do que já sabemos”.

Por exemplo, ela disse que as pessoas que comem alimentos mais altamente processados ​​provavelmente estão comendo menos alimentos saudáveis, que podem ajudar a prevenir o câncer. Nutricionistas recomendam uma dieta rica em grãos integrais, frutas e legumes inteiros em vez de alimentos com pouco valor nutricional.

Touvier também observou que é um estudo observacional, o que significa que os cientistas não sabem o que exatamente está causando o aumento do risco de câncer, mas seu grupo no Sorbonne Paris Cité Epidemiology and Statistics Research Center planeja observar melhor essa conexão. “O desafio agora é separar os diferentes alimentos e entender esse relacionamento para ver o que especificamente tem esse efeito”.

Estudos em animais mostraram que alguns aditivos colocados nestes alimentos são os candidatos mais fortes por serem cancerígenos, diz Touvier, “mas precisaria ser visto se eles também são cancerígenos na população humana”, completa. Touvier adverte que as pessoas não sejam “muito alarmistas” sobre essa pesquisa. Uma dieta equilibrada e diversificada deve ser considerada uma das prioridades de saúde pública mais importantes, recomendam os autores. “Coma comida real e tente limitar itens ultra processados”, diz Touvier. “Pelo menos até que saibamos mais”. [CNN]


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Comida para dormir melhor

Acredite: a diferença entre um sono restaurador ou desastroso pode estar dentro do seu prato

Nas últimas décadas, estudos vêm mostrando que um sono ruim está implicado em quatro das sete maiores causas de morte no mundo. Quem dorme mal corre maior risco de encarar doenças cardíacas, diabete, obesidade, derrame e acidentes em geral. É um problemão atrás do outro. Logo, os profissionais de saúde têm se esforçado para identificar o que, afinal, deixa as pessoas e o colchão em pé de guerra.

E eles já desvendaram que um dos motivos desse embate não tem nada a ver com o quarto. Fica, na verdade, na cozinha. “A alimentação é um potente sincronizador do relógio biológico”, afirma a neurocientista Adriana Ximenes, da Universidade Federal de Alagoas. A professora se refere à complexa engrenagem que regula o funcionamento do organismo e orienta nossas horas de atividade e descanso.

Uma das pesquisas mais quentes sobre esse tema foi realizada por profissionais das universidades Harvard e do Estado da Pensilvânia, ambas nos Estados Unidos. Ao cruzarem os dados a respeito da dieta e dos hábitos noturnos de mais de 15 mil homens entre 58 e 93 anos, os estudiosos perceberam que aqueles que afirmavam penar para pegar no sono, dormiam pouco (menos de cinco horas) ou se sentiam preguiçosos no dia seguinte – sinal de que não descansavam direito – apresentavam uma alimentação mais calórica e menos variada.

Para piorar, eles não só abusavam de gorduras trans e sódio como quase não comiam verduras, legumes e frutas. Um combo nada bacana para a saúde em geral – e, aparentemente, fatal para o sono.

Outro trabalho, este da Universidade de Adelaide, na Austrália, alimenta essa relação. A análise, publicada na revista científica Nutrients, avaliou o padrão alimentar de 1 800 homens de 35 a 80 anos por 12 meses. Os cientistas descobriram que quem consumia alimentos ricos em gordura era mais propenso a sofrer para apagar na cama, a ficar sonolento ao longo do dia e a desenvolver apneia do sono, distúrbio marcado por roncos, engasgos e interrupções temporárias na passagem de ar enquanto se dorme. O convívio com a apneia é, aliás, um caso digno de nota.

“Quem tem o problema nunca chega à fase REM do sono”, conta a biomédica Lenise Kim, da Universidade Federal de São Paulo. É nesse estágio – a sigla REM vem do inglês e significa “movimento rápido dos olhos” – que ocorrem os sonhos, e o corpo se encarrega de reparar funções como memória e metabolismo. Resumindo: quem não chega lá não descansa direito e fica refém, com o tempo, de encrencas da pesada. “Em longo prazo, o indivíduo passa a ter problemas cognitivos, dificuldades de atenção no dia seguinte, ganho de peso e resistência à insulina”, exemplifica Lenise.

E não pense que é coincidência a gordura surgir como inimiga das noites tranquilas em todos esses estudos. Parece que ela destrambelha o sono pra valer. “A ingestão excessiva durante a noite dificulta o esvaziamento gástrico, e a digestão fica mais lenta”, esclarece a nutricionista Patrícia Nehme, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Nessa situação, quem disse que dá para repousar a cabeça no travesseiro numa boa?

Como se não bastasse, o ingrediente ainda interfere diretamente no ritmo circadiano – o tal do relógio biológico -, afetando a produção de hormônios e a liberação de neurotransmissores, mensageiros químicos essenciais às células nervosas. Toda essa rede trabalha seguindo uma rigorosa escala ao longo das 24 horas.

“Só que as gorduras geram mais calor durante o seu processamento pelo corpo, o que eleva a nossa temperatura”, informa Patrícia. Nesse contexto, o hipotálamo, região do cérebro que responde pela regulação térmica, concentra-se em apagar o incêndio. Em meio a essa balbúrdia, ele acaba se descuidando de outra função, que é reger alguns hormônios que influenciam o sono. Aí é o repouso noturno, coitado, que paga o pato.

Uma das substâncias que ficam em níveis desajustados por causa da enxurrada de gordura da comida é o cortisol, o hormônio do estresse. Quando deveria estar mais contido para o corpo relaxar, ele passa a circular livre e desimpedido – bye-bye, sono! Outros hormônios também se metem na história.

A leptina, que dá o sinal de saciedade, e a grelina, que ativa o apetite, dão uma descompensada. O pico de produção da primeira é durante a noite e nas primeiras horas da manhã. Se o indivíduo não dorme, porém, tem menos leptina disponível – e uma fome totalmente fora de hora. A grelina, por outro lado, deveria ser liberada no decorrer do dia, mas continua agindo mesmo depois de o sol se pôr. “Quando isso acontece, a pessoa não só come mais como dá preferência a alimentos hipercalóricos”, revela Lenise. Ou seja, além de parecer um zumbi, o indivíduo fica guloso.

Aí é fácil entender por que a dieta dessa turma tende a ser composta por refeições rápidas e industrializadas, doces e salgadinhos. Esses itens são devorados com a finalidade de inconscientemente aliviar o estresse e as alterações de humor típicas dos insones ou de quem não dorme o suficiente. “Estudos mostram que, após uma noite em claro, a atividade em certas regiões do cérebro aumenta quando vemos fotos de comida, o que pode nos predispor a comer demais”, relata o médico Michael Grandner, diretor do Programa em Pesquisa sobre Saúde e Sono da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.

Agora, não é porque gordura de monte dificulta o pregar dos olhos que você deve sair por aí enxugando o prato drasticamente. Segundo Grandner, quem faz regime para emagrecer também acaba rodopiando sob os lençóis. “Quando a dieta muda radicalmente, o corpo pode ter dificuldade de se adaptar, o que contribui para a ocorrência de distúrbios do sono”, afirma. Ele lembra ainda que cardápios restritivos causam estresse, outro rival do sossego noturno.

Grandner é um dos responsáveis por um estudo recente que reforça o seguinte: se a má alimentação atrapalha, ter bons hábitos à mesa (sem cortes bruscos) faz toda a diferença. Na pesquisa, feita com mais de 5 mil pessoas, ele inclusive descobriu uma ligação entre a qualidade do descanso e a predileção por certos nutrientes. Para ter ideia, o selênio, mineral abundante nas castanhas, não costuma frequentar o prato de quem fica a madrugada acordado. Assim como o licopeno do tomate e a vitamina C da laranja, dois antioxidantes poderosos. O trio, não por acaso, tem papel direto em certos mecanismos envolvidos no sono. Na contramão, o que nunca faltava no menu dos insones era o ácido hexadecanoico, uma gordura saturada presente nos óleos vegetais, na manteiga e nos queijos amarelos.

Apesar de tantas evidências, os cientistas avisam que essa é uma área nova e cheia de mistérios – portanto, mais pesquisas precisam ser feitas antes de chegarmos à dieta anti-insônia completa. Ainda não é possível cravar que os resultados de estudos com homens valem para as mulheres, por exemplo. Outra questão nebulosa tem a ver com os carboidratos. Há suspeita de que os complexos, que demoram mais para serem absorvidos pelo organismo, não prejudicam o sono como os simples, digeridos rapidinho. Se a informação for confirmada, é mais um belo motivo para trocar o arroz branco pelo integral no jantar.

Mas se tem algo que pode ser dito com segurança é que, a despeito do alimento escolhido, empanturrar-se antes de pular na cama é um erro. “Comer duas horas antes seria o ideal considerando o tempo de digestão”, ensina a nutricionista Milana Dan, da Associação Brasileira do Sono. Outra dica: o melhor mesmo é caprichar nas primeiras refeições do dia. “Pesquisas sugerem que quem ingere mais calorias pela manhã come menos à noite”, diz Patrícia, da USP. Para começar a selar a paz com o travesseiro, é você quem precisa tomar a iniciativa à mesa.

Corpo pesado, sono leve

Novas pesquisas confirmam que os quilos extras abalam a qualidade do sono. Mais grave ainda: sabe-se que a obesidade é um fator de risco para a apneia. Tudo leva a crer que os depósitos de gordura na barriga e no pescoço prejudicam o entra e sai de ar na madrugada. “Ao dormir mal, a pessoa acima do peso fica tentada a consumir mais alimentos calóricos depois, gerando um círculo vicioso”, alerta a biomédica Lenise Kim, da Universidade Federal de São Paulo.

Promotores do descanso

Conheça os nutrientes que fazem o sono chegar

Vitamina C
Ajuda a controlar os níveis do cortisol, hormônio do estresse. Está em frutas como laranja, acerola, caju e limão.

Licopeno
No corpo, ele vira retinol, um ativador da melatonina, hormônio indutor do sono. Goiaba, mamão e tomate são boas fontes.

Selênio
Sem ele, a tireoide, também envolvida com o sono, não trabalha bem. Uma castanha-do-pará oferta a dose ideal.

Triptofano
Abundante na clara do ovo, participa da produção de serotonina, substância indispensável ao pregar dos olhos.

Regras da refeição noturna

    Evite certos alimentos pouco antes de dormir.
    Além dos gordurosos, convém ficar longe dos ricos em sódio, que dão sede, e dos que contêm cafeína, muito estimulantes.
    Por outro lado, priorize alguns itens.
    É o caso daqueles que têm triptofano, como a aveia e o leite. Que tal um copo quente antes de deitar?
    Há horário-limite para jantar.
    Os especialistas dizem que o correto é realizar a última refeição duas horas antes de dormir.
    Tenha cuidado com as bebidas alcoólicas.
    Para algumas pessoas, uma lata de cerveja ou taça de vinho todo dia pode prejudicar o sono após algumas semanas.
    Não abuse dos líquidos durante a noite.
    O motivo é simples: a bexiga não dorme. Aí, quando está cheia, vai despertá-lo para fazer xixi.


domingo, 17 de janeiro de 2016

Conheça os 6 motivos que fazem você engordar

Muitas vezes, o roncar do estômago nada tem a ver com fome. Identifique os motivos que fazem você descontar na comida, aprenda a controlá-los e (finalmente) emagreça

Cansaço, ansiedade, tristeza... Muitas vezes, o que faz seu estômago roncar não tem nada a ver com fome. “O modo como uma pessoa lida com a comida diz muito sobre como está seu lado emocional. Se ela come mais do que o necessário, com certeza há algo errado”, afirma Cristiane Pertusi, doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano (SP). Se você desconta as emoções na comida, mesmo que inconscientemente, você vai se identificar com ao menos algum dos casos a seguir. Confira o que dispara seu apetite emocional e aprenda a controlá-lo:

1. “Sinto que não tenho energia e preciso de disposição.”
Falta de ânimo, na maioria das vezes, tem a ver com um só motivo: sono irregular. “Enquanto dormimos, regulamos a produção de grelina e leptina, hormônios relacionados à saciedade, e produzimos melatonina, responsável por induzir a um sono revigorante e por fortalecer o sistema imunológico. Se a pessoa dorme pouco, o organismo sente mais fome e necessidade de consumir alimentos ricos em triptofano, aminoácido utilizado na produção da melatonina”, destaca o endocrinologista Mohamad Barakat, de São Paulo. Entre esses alimentos estão ovo, leite, carne bovina e castanhas. Então, para evitar a gula, procure manter o sono em dia, ok?  
Tente isso: para uma noite de qualidade, tome um copo de leite morno ­tem triptofano, lembra? antes de deitar e evite estímulos – leia-se: nada de ficar checando o Instagram!

2. “Não consigo emagrecer mesmo.”
Quem nunca sofreu com o temido “efeito sanfona” que atire a primeira pedra. Ele não só prejudica a pele, causando flacidez e estrias, e a produção de hormônios, como abala, e muito, nosso lado emocional. “O sentimento de fracasso em relação à conquista do corpo dos sonhos pode levar à depressão. Os baixos níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina (neurotransmissores relacionados ao humor) de uma pessoa depressiva aumentam a tendência à compulsão alimentar”, analisa Barakat. Para fugir desse círculo vicioso, é preciso mudar os hábitos definitivamente e saber que, para chegar ao peso ideal, será necessário paciência e determinação. “Seja otimista, sempre, e se force a fazer escolhas saudáveis a cada refeição. Em pouco tempo, o que é um esforço virará algo natural”, diz.
Tente isso: estabeleça metas reais para a perda de peso e procure uma dieta factível, que não a proíba de ingerir seus alimentos preferidos. Melhor perder menos quilos em um período de tempo, mas mantê-los longe, do que emagrecer muito de uma vez e ganhar tudo de novo.

3. “Vivo estressada e o motivo é sempre o mesmo: trabalho.”
Correr contra o relógio para cumprir prazos é, de fato, viver no limite. Vale lembrar que, no meio desse caos, ainda é preciso arranjar tempo para estreitar relações de trabalho, dar feedbacks, fazer reuniões com o chefe... Seguir uma dieta à risca com tanta coisa acontecendo ao redor fica bem difícil. “Em situações de tensão, o sistema límbico, conjunto de estruturas do cérebro relacionado às emoções, envia sinais para o hipotálamo, responsável pela sensação de fome”, explica Moacyr Bustamante, neurologista (SP). Como resultado, o apetite aumenta e os pneuzinhos não tardam a aparecer. A boa notícia é que, com pequenas atitudes, é possível tornar seu dia a dia mais tranquilo. “A cada 2 horas de trabalho, faça uma pausa de 15 minutos e desconecte-se. Ah, e alongue-se para diminuir a tensão muscular!”, ensina. Respirar fundo e ter uma planta na mesa também ajudam.
Tente isso: quando estiver morrendo de vontade de mastigar algo, beba água. Dois copos vão acabar com essa fissura por comer.
4. “Levei um fora daqueles e ainda não superei a rejeição.”
Terminar um relacionamento nunca é fácil – e a forma como cada um reage ao fim é muito particular. Há quem afogue as mágoas com rodadas e mais rodadas de caipirinha, quem estoure o cartão de crédito e quem, claro, coma para esquecer. “Funciona como um  mecanismo de compensação. A pessoa busca no alimento, quase que instintivamente, uma forma de aliviar seu sofrimento, mesmo que em curto prazo”, explica a psicóloga Márcia Lopes de Souza, do Hospital Adventista Silvestre (RJ).
Tente isso: experimente fazer coisas diferentes e prazerosas, como se matricular em algum curso de culinária ou de vinho, e passar mais tempo com seus amigos e família. Você verá que, com o tempo, esses novos hábitos deixarão as mágoas no passado.

5. “Queria comprar um sapato, mas um bombom é mais barato.”
Não poder adquirir o item-desejo que você namora há um tempão pela vitrine é uma frustração que a gente conhece muito bem. E, como diz o ditado, quem não tem cão caça com gato. Enquanto a fatura do cartão não fecha ou o salário não chega, o jeito é procurar algo mais acessível para satisfazer os impulsos de consumo e baixar o nível de ansiedade. “É normal querer comprar algo, mas quando esse desejo é tão intenso que precisa ser compensado com qualquer coisa, é preciso olhar para dentro e tentar entender quais são suas reais necessidades. Na maioria das vezes, o consumista não quer o produto em si, mas, sim, o que ele representa, seja para se sentir melhor com ele mesmo, seja para chamar atenção”, analisa Rodrigo Fonseca, especialista em Inteligência Emocional (SP).
Tente isso: da próxima vez que olhar a foto da bolsa dos sonhos na revista, em vez de esvaziar a caixa de bombons, respire, conte até dez e faça algo que a distraia. Vale ligar pra amiga, brincar com o filho, ver um filme... “Como não era uma necessidade real, a pessoa logo vai esquecer e tudo ficará bem”, diz Fonseca.

6. “Estou de TPM e só o chocolate me acalma.”
Não tem jeito, essa situação é clássica entre a mulherada. O ciclo menstrual é quase uma licença para cometer excessos, especialmente na alimentação. E, pior: não é uma mera desculpa, não, sabia? “Nesse período, há uma queda drástica de serotonina, então é real a história de que as mulheres sentem mais vontade de comer doces, principalmente chocolate, pois são alimentos que aumentam a produção desse neurotransmissor”, diz Barakat. Além disso, o organismo perde muitos nutrientes com o sangue eliminado durante a menstruação e tenta recuperá-los por meio da alimentação.
Tente isso: troque a barra de chocolate por uma banana com canela ou por alguns pedacinhos de abacate. A sensação de bem­ ­estar é a mesma, mas com muuuito menos calorias! A necessidade é mesmo de chocolate? Então prefira as versões amargas, com mais de 50% de cacau.


Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/dieta/nutricao/descontar-na-comida-conheca-os-6-motivos-que-fazem-voce-engordar/9828 - Texto Vand Vieira | Edição Helô Oliveira | Adaptação Ana Araujo

terça-feira, 22 de outubro de 2013

10 dicas simples de conservação de alimentos para evitar o desperdício

Ninguém gosta de desperdiçar comida, ainda mais porque vivemos em um mundo onde, segundo o mais novo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), uma em cada 8 pessoas passa fome. Em números absolutos, 868 milhões de seres humanos não têm o que comer no almoço de hoje.

O mesmo documento da ONU indica que, no Brasil, o número de famintos, felizmente, caiu 54% entre 1992 e 2013. No entanto, a estatística ainda assusta: 13,6 milhões de brasileiros (o que corresponde a 6,7% da população nacional) passam fome.

Grande parte dos alimentos é perdida logo na colheita e no transporte de frutas, verduras e legumes. Porém, os consumidores também podemos fazer sua parte para diminuir essas estatísticas desanimadoras. De acordo com um relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido, metade da comida comprada nos Estados Unidos e na Europa é jogada fora por seus habitantes.

Por isso, aprender a fazer seus alimentos durarem por mais tempo em sua casa apenas armazenando-os corretamente pode ser muito bom. Confira 10 dicas para manter sua comida fresca e evitar o desperdício:

10. Mantenha as bananas frescas por mais tempo, envolvendo seus cabinhos em plástico
A razão é bastante simples: as bananas liberam gás etileno, que controla o escurecimento enzimático e amadurecimento da própria fruta e de quaisquer outras perto delas. Muito do gás sai daquela região que liga a banana em si ao seu cacho, conhecida como haste. Ao envolvê-la, você retarda o processo de amadurecimento e, consequentemente, as frutas não estragam tão rápido. O processo é exatamente igual ao costume de enrolar mamão em folha de jornal para que ele demore mais para amadurecer.

9. Congele ervas em óleo para preservá-las
O congelamento é sempre uma ótima maneira de conservar os alimentos, mas raramente pensamos em fazê-lo com ervas, que normalmente usamos como tempero, como salsinha e cebolinha. Se você congelar ervas em óleo, você já garante uma pequena quantidade de óleo para cozinhar sua refeição, além das ervas em si, para temperá-la.

8. Corte as embalagens de sorvete à medida que você for comendo para evitar se queimar com o gelo
A sensação de queimação ao encostar em algum alimento que estava no freezer acontece porque o ar de um recipiente fornece um local apropriado para o gelo se fixar. Você pode (e deve) se livrar desse espaço extra cortando o recipiente e, de repente, você não vai mais se queimar ao pegar aquele pote de sorvete que só tem um restinho sobrando.

7. Armazene suas batatas junto com as maçãs para evitar que elas brotem
Assim como as bananas, as maçãs também liberam gás etileno. Isso faz com que alguns frutos amadureçam mais rápido, mas também previne que as batatas brotem de repente.

6. Conserve os tomates de cabeça para baixo
Quando você armazena um tomate com a haste para baixo (em temperatura ambiente, e não na geladeira), essa posição impede que o ar e a umidade entrem pelo local de onde o fruto foi arrancado no momento da colheita. Isso prolonga um pouco a sua vida útil.

5. Guarde os limões na geladeira para mantê-los suculentos
Existem diversas maneiras de se armazenar limões, mas depois de testar várias delas, um famoso programa de culinária da televisão estadunidense, chamado America Test Kitchen, chegou à conclusão de que a melhor forma de conservação é armazená-los em sua geladeira. Isso faz com que eles se mantenham mais suculentos e pode até mesmo adicionar um pouco mais de longevidade se você os armazenar em um saco plástico.

4. Conserve o pão de forma em temperatura ambiente, fora da geladeira
Parece que cada pessoa possui um pensamento diferente sobre onde armazenar o pão de forma. A ciência, no entanto, sugere que a melhor maneira de conservá-lo é em temperatura ambiente, ou seja, fora da geladeira. A razão é que a temperatura mais baixa de um refrigerador faz com que o processo de desidratação aconteça mais rapidamente.

3. Mantenha frutas mais delicadas, como morango e amora, em uma única camada, para mantê-las frescas
Parece que frutas mais delicadas – por exemplo, frutas vermelhas como morangos, amoras ou framboesas – estragam muito rapidamente, não é mesmo? Uma maneira de mantê-las frescas e ideais para o consumo por mais tempo é armazená-las em uma única camada. Ou seja, tire-as das bandejas nas quais elas normalmente são comercializadas (com diversas camadas de frutas, uma em cima das outras) e distribua-as em uma única camada, em algum recipiente propício. Isso impede que o suco das frutas vaze e prejudique as camadas abaixo.

2. Guarde seus laticínios na prateleira mais alta da geladeira
Essa é bem simples: na maioria dos refrigeradores, a prateleira de cima possui a temperatura mais constante, porque é onde o termômetro está. Por isso, o ideal é que você armazene neste local os laticínios – produtos como queijo, leite, requeijão, manteiga etc – porque são os alimentos mais prováveis a estragar se não forem mantidos na temperatura certa.

1. Evite que o molho guacamole escureça adicionando um pouco d’água
Você decidiu fazer uma noite mexicana em casa, mas acabou superestimando a fome de seus convidados e sobrou guacamole, iguaria típica feita à base de abacate. Se você deixá-lo na geladeira durante a noite, o molho tende a apresentar uma tonalidade marrom mais no topo. Para evitar que isso aconteça, adicione uma fina camada de água sobre ele. A água é uma barreira contra o oxigênio e impede que o molho escureça.
Todas essas dicas podem ser observadas com exemplos concretos neste vídeo abaixo. A produção é de um site dos Estados Unidos, por isso o filme é em inglês, mas você pode acionar as legendas traduzidas automaticamente para o português clicando no botão “cc”, no canto inferior direito. Selecione “ativar legendas ocultas” e depois procure “português”.[Life Hacker]