Mostrando postagens com marcador Aspirina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aspirina. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de maio de 2022

Aspirina pode reduzir risco de morte por COVID, sugere estudo


Eficácia do medicamento para sintomas leves e moderados ainda não é conhecida

 

A aspirina pode reduzir o risco de morte por COVID-19 em até 13,6% quando usada nos primeiros dias de hospitalização pela doença. É o que indica um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, e recém-publicado na revista científica Jama Network Open.

 

Para a pesquisa, foram observados dados de 112.269 adultos hospitalizados com COVID-19 entre janeiro de 2020 e setembro de 2021 em 64 sistemas de saúde dos Estados Unidos. Os pacientes que foram medicados com aspirina a partir do primeiro dia de internação tiveram uma taxa de mortalidade menor, além de menor incidência de casos de embolia pulmonar.

 

Os pacientes acompanhados pelo estudo tinham, em média, 63 anos e receberam um tratamento de cinco dias com o medicamento. Entre os que fizeram o uso da aspirina, 10,2% morreram pela doença, enquanto a taxa entre aqueles que não receberam o remédio foi de 11,8%.

 

A conclusão dos pesquisadores foi que o tratamento promoveu uma redução relativa de 13,6% no risco de morte pela COVID-19 em hospitais. Segundo os pesquisadores, subgrupos como idosos com mais de 60 anos e pessoas com comorbidades podem se beneficiar do medicamento.

 

De acordo com Jonathan Chow, professor do departamento de Anestesiologia e Medicina Intensiva da Universidade George Washington e principal autor do estudo, o medicamento pode ser uma alternativa barata e já disponível para reduzir a taxa de morte em pacientes internados, principalmente em partes do mundo onde os tratamentos mais caros não são tão acessíveis.

 

Apesar dos resultados, o estudo ressalta que a eficácia da aspirina em pacientes com caso leve e moderado de COVID-19 ainda não é conhecida. É importante enfatizar, também, que tomar o remédio sem orientação médica não é recomendado. Ao sentir sintomas da doença ou testar positivo para o vírus, consulte o seu médico para receber a melhor orientação.

 

O que é e para que serve a aspirina?

A aspirina é um medicamento indicado para adultos e crianças (acima de 12 anos) para o alívio sintomático de dores de intensidade leve a moderada, como dor de cabeça, de dente, de garganta, cólica menstrual, dor muscular, dor nas articulações, dor nas costas e dor da artrite. Ela também é recomendada para o alívio da dor e da febre decorrentes dos resfriados ou gripes.

 

O princípio ativo da aspirina é o ácido acetilsalicílico, que pertence ao grupo de anti-inflamatórios não-esteroides, com propriedades anti-inflamatória, analgésica e antitérmica. Isso acontece porque o componente inibe a formação de substâncias mensageiras da dor, aliviando o sintoma.

 

Para quem a Aspirina não é indicada

A aspirina é contraindicada para pessoas que possuem alergia ao ácido acetilsalicílico (se não tiver certeza, consulte seu médico de confiança), que têm histórico de asma induzida pelo uso de anti-inflamatórios não-esteroidais, que possuam úlceras no estômago ou intestino, que sofram de insuficiência renal, hepática ou cardíaca grave e para gestantes no último trimestre de gravidez. Grávidas em outros períodos da gestação devem fazer uso do medicamento somente sob prescrição médica.

 

O seu uso deve ser feito com cautela nos casos de alergia a outros analgésicos, em pacientes que tenham tido úlceras gástricas, pessoas que estejam passando por tratamento concomitante com medicamentos anticoagulantes, pacientes com asma preexistente, com predisposição à gota, que passaram por procedimentos cirúrgicos e pessoas com deficiência de G6PD.

 

Para mais informações sobre o uso de aspirina, consulte a bula.

 

Automedicação não é recomendada

Apesar de a aspirina ser um MIP (medicamento isento de prescrição), a automedicação não é indicada para a COVID-19. Ainda é preciso realizar estudos mais aprofundados para entender se o remédio é eficaz para pacientes com sintomas moderados da doença.

 

Além disso, tomar medicamentos sem prescrição e acompanhamento médico pode trazer riscos à saúde. No caso da aspirina, entre os malefícios que o medicamento pode causar estão:

 

Distúrbios, dores e inflamações no trato gastrointestinal

Aumento do risco de sangramento

Reações alérgicas

Tonturas

 

Comprometimento dos rins e insuficiência renal aguda.

Já a superdosagem de aspirina, ou seja, o uso em uma quantidade maior do que a indicada, pode causar intoxicação crônica e aguda. Os sintomas incluem tontura, vertigem, zumbidos, surdez, sudorese, náuseas e vômitos, dor de cabeça e confusão, podendo ser controlados pela redução da dose.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-21981 - Escrito por Gabriela Maraccini - Analista Editorial - Foto:Reprodução/GettyImagesFoto:Reprodução/GettyImages


Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.

Provérbios 22:6


sábado, 2 de abril de 2022

Estudo diz que aspirina reduz risco de morte por Covid


No grupo de pacientes que estavam internados e recebendo aspirina nos primeiros cinco dias, o número de mortes foi menor do que no outro grupo

 

Pesquisadores da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, concluíram, por meio de um estudo, que o uso de aspirina (ácido acetilsalicílico) durante os primeiros dias de hospitalização por Covid-19 pode reduzir o risco de morte pela doença em 13,6%.

 

O estudo, publicado na revista científica Jama Network Open, observou dados de 112.269 adultos hospitalizados com Covid-19, entre janeiro de 2020 e setembro de 2021, em 64 sistemas de saúde do país.

 

Em um comunicado à imprensa sobre o estudo, seu principal autor, professor do departamento de Anestesiologia e Medicina Intensiva da Universidade, Jonathan Chow, disse:

 

“Esse é o nosso terceiro estudo e a consequência de 15 meses de trabalho observando o uso de aspirina em pacientes hospitalizados pela Covid-19. Nós continuamos a descobrir que a aspirina é associada a melhores resultados e menores taxas de mortes em pacientes internados. E o melhor, é barata e já disponível, o que é importante em partes do mundo onde tratamentos mais caros talvez não sejam tão acessíveis”.

 

A administração de aspirina e os resultados

Os pacientes que receberam o medicamento a partir do primeiro dia de internação tiveram uma taxa de mortalidade menor, além de menor incidência de casos de embolia pulmonar.

 

Em média, estes pacientes tinham 63 anos e receberam um tratamento de cinco dias com o medicamento. Neste grupo, cerca de 10,2% dos participantes morreram pela doença, enquanto essa taxa entre os que não receberam o remédio foi de 11,8%.

 

Sendo assim, os pesquisadores concluíram que o tratamento promoveu uma redução relativa de 13,6% no risco de morte pela Covid-19 em hospitais.

 

Os pesquisadores fizeram questão de frisar que “subgrupos importantes que podem se beneficiar da aspirina incluem pacientes com mais de 60 anos e aqueles com comorbidades”.

 

Para o diretor do Instituto de Biologia Computacional (CBI) da Universidade George Washington, Keith Crandall, “essa pesquisa é vital para fornecer a médicos e pacientes tratamentos eficazes e acessíveis para a Covid-19 para ajudar a reduzir as taxas de mortalidade hospitalar e ajudar as pessoas a se recuperarem dessa doença potencialmente devastadora”.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/aspirina-covid/ - por Priscilla Riscarolli


Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

2 Timóteo 1:7


sexta-feira, 26 de junho de 2020

Quais são os riscos e benefícios de tomar aspirina preventivamente?


Tomar pequenas doses de aspirina preventivamente reduz o risco de doença cardiovascular, mas aumenta muito mais significativamente o risco de sangramento.

Esta é a palavra mais recente da ciência sobre o assunto, de acordo com uma revisão sistemática da literatura médica publicada no British Journal of Clinical Pharmacology.

Nicola Veronese e um time de várias instituições europeias conduziram a revisão porque o equilíbrio geral entre riscos e benefícios de tomar aspirina é um dos assuntos mais controversos da medicina atualmente.

A equipe reuniu informações de análises de todos os estudos observacionais relevantes e ensaios clínicos randomizados feitos no passado recente.

O uso de aspirina em baixa dose por pessoas sem doença cardiovascular mostrou-se associado a uma incidência 17% menor de eventos cardiovasculares, como ataques cardíacos não fatais, derrames não fatais ou mortes relacionadas a doenças cardiovasculares.

Por outro lado, o uso preventivo de aspirina em baixa dose também foi associado a um risco 47% maior de sangramento gastrointestinal e um risco 34% maior de sangramento intracraniano.

"Esses riscos e benefícios precisam ser ponderados em análises formais de decisão para orientar o uso de aspirina na prevenção primária," ponderou o professor Lee Smith, da Universidade Anglia Ruskin (Reino Unido).

Os autores da meta-análise observam que, embora tenham sido avaliadas muitas dezenas de efeitos na saúde - além das doenças cardiovasculares e dos sangramentos -, as evidências para esses outros efeitos permanecem fracas e, portanto, não devem ser uma consideração importante ao decidir se se deve usar aspirina preventivamente, mesmo em baixas doses.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Médicos recomendam parar de tomar aspirina preventivamente


Já se sabia que o uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem e que o uso constante e diário da aspirina costuma provocar complicações gastrointestinais graves. Também há preocupações com o maior risco das aspirinas para as pessoas mais velhas.

Risco de hemorragias graves

Se você nunca teve um ataque cardíaco ou derrame, provavelmente não deve tomar aspirina para evitá-los, de acordo com uma nova pesquisa sobre esse tema controverso - como já havia sido demonstrado que a aspirina não previne ataques cardíacos em todos os pacientes e há prós e contras em tomar aspirina preventivamente contra câncer.

Os pesquisadores revisaram três grandes estudos randomizados, controlados por placebo, publicados em 2018, que mostraram que o aumento no risco de sangramento interno associado à ingestão de aspirina diariamente é maior do que qualquer benefício preventivo.

"Esta é a evidência de mudança de prática mais significativa que foi publicada nestes últimos doze meses," disse o professor Michael Kolber, da Universidade de Alberta (Canadá), que fez a revisão de procedimentos com seu colega Paul Fritsch, da Universidade de Calgary.

"Estes não são sangramentos nasais ou gengivas que sangram. São sangramentos internos sérios, onde os pacientes precisam de hospitalização e talvez uma transfusão de sangue, por isso são de grande importância clínica e também pessoal," acrescentou Fritsch.

Um dos ensaios clínicos também revelou um aumento nas mortes por todas as causas e, em particular, pelas mortes por câncer, entre os pacientes que tomaram aspirina preventivamente em doses diárias, embora não tenham estabelecido uma relação causal.

Quem deve e quem não deve tomar aspirina preventivamente

O conselho de tomar uma aspirina diária para prevenir doenças cardíacas tornou-se dogma nos anos 90, mas foi baseado em pesquisas falhas, ressalta Kolber.

Ele reconhece, contudo, que a aspirina ainda é considerada benéfica para quem tem doenças cardíacas.

"Realmente vemos um hiato [nos efeitos] da aspirina," disse Kolber. "Há muitas pessoas que tomam aspirina para prevenção primária que não precisam dela, e há um grupo de pessoas que já tem doenças cardiovasculares que não estão tomando, e deveriam tomar."

O conselho de Kolber é que pessoas que nunca tiveram problemas cardíacos usem outras medidas preventivas.

"Em vez de apenas tomar uma aspirina diária como ensinamos há uma geração, recomendamos que os pacientes parem de fumar, se exercitem, controlem a pressão arterial e considerem a dieta mediterrânea," afirmou.


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Tomar aspirina todo dia traz risco para pessoas mais velhas


Já se sabia que o uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem - além disso, o uso constante e diário da aspirina costuma provocar complicações gastrointestinais graves.

Prevenção que vira risco

Uma nova e importante pesquisa feita nos Estados Unidos e na Austrália sugere que idosos em boas condições de saúde não devem tomar uma aspirina por dia, como já indicaram outros estudos, que vêm demonstrando que milhões podem estar recebendo receitas incorretas para prevenção cardiovascular.

Segundo a nova pesquisa, não há nenhum benefício em tomar aspirina todo dia se você é saudável e não sofreu derrame ou ataque cardíaco - nesses casos há benefícios porque a droga ajuda a diluir o sangue, evitando assim um novo episódio.

Algumas pessoas completamente saudáveis optam por tomar aspirina para diminuir as chances de ataque cardíaco ou derrame e há pesquisas contínuas sobre o uso desse medicamento para reduzir o risco de câncer.

Mas o novo estudo não encontrou benefícios para pessoas saudáveis com mais de 70 anos tomarem diariamente aspirina - pelo contrário, o medicamento aumentou o risco de hemorragias, sangramentos internos que podem levar à morte.

Especialistas descreveram os resultados como "muito importantes e definitivos", e alertaram contra a automedicação com aspirina.

A maioria das pesquisas sobre os benefícios da aspirina é realizada em pessoas na meia-idade, mas crescem as evidências de que os perigos aumentam à medida que envelhecemos. Mesmo entre os mais jovens, já se sabia que a aspirina não previne ataques cardíacos em todos os pacientes, com alguns experimentos concluindo que pessoas saudáveis não devem tomar aspirina de forma preventiva.

Aspirina apenas para doentes

O estudo foi feito com 19.114 pessoas nos EUA e na Austrália. Os voluntários tinham mais de 70 anos, boas condições de saúde e não possuíam histórico de problemas cardíacos.

Metade delas recebeu uma dose diária de aspirina em baixa dose por cinco anos.

As pílulas não reduziram o risco de problemas cardíacos e nem proporcionaram qualquer outro benefício para quem as tomou.

Ao contrário, a pesquisa, publicada na forma de três relatórios na revista científica New England Journal of Medicine, mostra que o uso da aspirina aumentou o número de grandes hemorragias estomacais entre os voluntários.

"Isso significa que milhões de idosos saudáveis em todo o mundo que estão tomando aspirina em doses baixas sem uma razão médica podem estar fazendo isso desnecessariamente, porque o estudo não mostrou nenhum benefício geral para compensar o risco de sangramento.

"Essas descobertas ajudarão a informar os médicos, que prescrevem há muito tempo essa droga, para eles saberem se devem recomendar a aspirina a pacientes saudáveis," disse o pesquisador John McNeil, da Universidade Monash.

O estudo também descobriu um aumento nas mortes por câncer, embora os pesquisadores achem que isso precise de uma investigação mais aprofundada, já que vai contra outros resultados obtidos nessa área.

As descobertas não se aplicam a pessoas que tomam aspirina por já terem sofrido um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral - estas devem continuar a seguir os conselhos de seus médicos.


quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

É por isso que algumas pessoas são alérgicas a exercícios físicos

Existem dois casos que exercícios físicos podem causar reações alérgicas em alguém: a urticária colinérgica e a anafilaxia induzida pelo exercício. Na primeira, aparecem pequenas erupções na pele que são causadas pelo aumento de temperatura do corpo. Elas aparecem alguns minutos depois do exercício, normalmente na região do pescoço e tórax, espalhando-se pelo corpo depois. Uma simples compressa fria ajuda a aliviar a coceira. Esta reação é mais comum e raramente evolui para algo mais sério como queda da pressão e alteração respiratória, segundo a BVS APS Atenção Primária à Saúde.

Já a anafilaxia induzida pelo exercício é muito mais grave, mas apenas 2% da população mundial sofre com o problema. Nele, acontece coceira generalizada, inchaço nos lábios, olhos ou região genital, sintomas gastrointestinais, falta de ar, chiado no peito. Quem sofre com essa reação alérgica pode chegar ao choque anafilático.

Na anafilaxia causada pelo exercício, os sintomas também aparecem poucos minutos da movimentação, e podem durar até três horas. Adultos jovens sofrem mais com ela, e alguns pacientes só têm a reação depois de ingerir algum alimento específico, geralmente o aipo, trigo e frutos do mar. Nesses casos, a pessoa deve evitar esses alimentos entre quatro e seis horas antes do exercício.

Confira sintomas leves da anafilaxia induzida pelo exercício:
– pele avermelhada
– urticária
– inchaço da pele em qualquer parte do corpo
– inchaço dos lábios
– dor abdominal, náusea ou vômito

Sintomas severos:
– inchaço da língua
– voz rouca
– dificuldade em engolir
– dificuldade em respirar, chiado ou tosse persistente
– sensação de fraqueza ou tontura

Veja algumas combinações que podem desencadear a anafilaxia induzida pelo exercício, segundo dados da Campanha Anafilaxia, do Reino Unido:

Alimento + exercício
Este tipo de reação se chama anafilaxia induzida pelo exercício dependente de alimento (FDEIA). Os sintomas acontecem quando um alimento ao qual a pessoa é alérgica é ingerido antes do exercício, normalmente trigo ou frutos do mar. Pessoas diagnosticadas com FDEIA devem evitar exercícios quando ingerem esses alimentos.

Aspirina + exercício
Sintomas acontecem quando aspirina é tomada no mesmo dia que os exercícios acontecem.

Alimento + exercício + aspirina (ou anti-inflamatório não-hormonal)
A combinação de aspirina, alergia a alimento e exercício pode causar sintomas severos. Um estudo analisou um paciente que tinha reações alérgicas quando ingeria alimentos feitos com trigo e tomava aspirina, e essa reação se tornava ainda pior se ele se exercitasse no mesmo dia. Apenas a ingestão do trigo não causava problemas ao paciente. Em outros casos, anti-inflamatórios não-hormonais causavam a mesma reação.

Exercício + exposição ao frio ou calor extremos
Pesquisadores relatam um caso de um menino japonês de 16 anos que sofria há 4 anos com reações alérgicas toda vez que se exercitava no inverno. Testes mostraram que a combinação de frio e exercício causavam os sintomas.

Como é o tratamento?
É muito importante que quem suspeite tenha anafilaxia induzida pelo exercício procure um médico o quanto antes.

Quem sofre com esse tipo de alergia normalmente tem que carregar uma EpiPen, injeção de adrenalina que ajuda a controlar os sintomas de fortes reações alérgicas. Depois da aplicação da adrenalina, a pessoa deve ser levada rapidamente ao hospital.

Como a reação tem sido estudada há apenas 30 anos, ainda não se sabe se os pacientes superam o problema naturalmente conforme ficam mais velhos ou se sofrem com ele a vida toda.

O ideal é que quem sofre com a alergia nunca se exercite sozinho, e que faça exercícios mais leves.

[BVS APS Atenção Primária à Saúde, Anaplylaxis Campaign, Science Alert]


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O milagre da aspirina

Muitos imaginam que o inventor da aspirina é um gênio: o comprimido, além de aliviar a dor, previne ataques cardíacos e possivelmente câncer. Mas poucos sabem da verdade: os seres humanos utilizam o equivalente natural da aspirina há milhares de anos.

Não há países em que o remédio seja desconhecido, negligenciado ou indisponível. O nome da “droga milagrosa” não é uma coincidência: a palavra “aspirina” vem de Spiraea, gênero biológico de arbustos que inclui fontes naturais de um ingrediente-chave da droga: o ácido salicílico.

Este ácido, presente na aspirina moderna, pode ser encontrado em jasmim, feijões, ervilhas, trevos e certas gramíneas e árvores. Os antigos egípcios já usavam a casca do salgueiro como um remédio para dor, mas não sabiam que o que estava reduzindo a temperatura corporal e a inflamação era o ácido salicílico.

Levaram milhares de anos para que as pessoas começassem a isolar os principais ingredientes da aspirina. Um clérigo do século 18, Edward Stone, praticamente redescobriu a aspirina quando escreveu um relatório sobre como a preparação de pó de casca de salgueiro parecia beneficiar 50 pacientes com malária e outras doenças.

Em 1800, pesquisadores de toda a Europa exploraram o ácido salicílico. Em 1829, o farmacêutico francês Henri Leroux o isolou. Em 1874, descobriram o ácido salicílico sintético, mas, muitas vezes, quando administrado em doses elevadas, os pacientes apresentaram náuseas e vômitos, e alguns até entraram em coma.

A aspirina como a conhecemos hoje surgiu no final de 1890, na forma de ácido acetilsalicílico, quando o químico Felix Hoffmann, da Alemanha, usou-a para aliviar o reumatismo do pai. A droga se tornou um sucesso e, em 1915, começou a ser vendida em comprimidos.

Um paciente que não deveria ter tomado aspirina foi o jovem Alexei Romanov Nicholaevich, da Rússia, que tinha hemofilia. A aspirina tornaria o sangramento desta desordem pior, mas os médicos imperiais provavelmente deram ao menino a nova droga maravilhosa sem saber disso.

Alexei, filho do último czar, possivelmente melhorou porque o místico Grigori Rasputin disse a mãe do menino para parar com os tratamentos modernos, e recorrer à cura espiritual. A influência de Rasputin sobre a família Romanov pode ter contribuído para a revolta contra ela, tornando a aspirina um possível culpado nos assassinatos e no fim da Rússia czarista.

O uso da aspirina em pacientes cardíacos veio à tona em 1948, quando o médico americano Lawrence Craven recomendou uma aspirina por dia para reduzir o risco de ataque cardíaco, com base no que tinha observado nos seus pacientes.

O Prêmio Nobel de medicina em 1982 foi concedido a pesquisadores que demonstraram a razão disso: a aspirina inibe a produção de hormônios chamados prostaglandinas. Prostaglandinas são responsáveis pela formação de coágulos que levam a ataques cardíacos e derrames cerebrais, e a aspirina impede a coagulação.

Hoje, a aspirina é universalmente reconhecida como preventiva de ataque cardíaco em homens (que já tiveram ataques cardíacos), e benéfica contra derrame em mulheres.

Também, recentemente, a droga foi manchete por causa de um estudo que mostrou que uma aspirina por dia parecia reduzir o risco de câncer em pelo menos 20% durante um período de 20 anos. Mas essa pesquisa tem limitações e não é totalmente comprovada.

Ainda assim, a aspirina não é necessariamente o analgésico mais usado. Em 2007, analgésicos como Advil, Tylenol e Aleve estavam entre os cinco principais analgésicos vendidos; a aspirina não. Segundo médicos, quando a pessoa está sofrendo muito, precisa de um analgésico mais forte. Na maioria dos casos, uma aspirina infantil por dia não faz ninguém se sentir melhor ou pior.

E, além de seus benefícios, é bom manter as desvantagens da aspirina em mente. Como analgésico, os efeitos da aspirina são potentes, mas de curta duração. A forma com que ela inibe as enzimas no estômago pode causar úlceras, que podem ser especialmente prejudiciais em combinação com a diminuição da coagulação.

Nenhum paciente deve apenas tomá-la, sem consultar um médico. Alguns suplementos, tais como óleo de peixe e alho, podem causar problemas de sangramento em combinação com aspirina. A aspirina não é aprovada para crianças menores de 2 anos, e deve ser usada com precaução em pessoas muito jovens por causa de uma possível ligação com a síndrome de Reye.

De qualquer forma, é provável que a aspirina tenha ainda mais benefícios que não foram descobertos ainda. [CNN]


terça-feira, 2 de junho de 2015

Aspirina pode prevenir doenças cardiovasculares

As principais associações médicas recomendam o uso de aspirina em baixas doses, principalmente, para evitar um segundo ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. Mas muitos outros que não tiveram um problema de coração também deveriam tomar aspirina regularmente, segundo uma nova pesquisa. Os dados existentes são impressionantes: estudos indicam que tomar aspirina reduz o risco de um segundo ataque cardíaco de 25 a 30%.

A aspirina tem duas ações principais sobre o coração e a circulação: ela pode prevenir a formação de coágulos nas artérias (coágulos esses que podem causar um acidente vascular cerebral ou infarto do coração. Ela também tem propriedades anti-inflamatórias que podem impedir placas no interior das artérias de se tornarem instáveis e romper, o que também pode contribuir para obstruções nas artérias do coração e de todo o corpo.

Em uma nova pesquisa sobre o uso da aspiraina, foram entrevistadas mais de 2.500 pessoas entre 45 e 75 anos sobre o uso de aspirina e seu histórico de saúde. Os resultados foram publicados na edição de maio de 2015 da revista American Journal of Preventive Medicine.

Cerca de 52% relataram o uso atual de aspirina, e outros 21% a tinham usado em algum momento no passado.

Os pesquisadores descobriram que quatro em cada cinco usuários de aspirina estavam fazendo uso do medicamento para evitar um primeiro ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. Cerca de 47% das pessoas sem histórico de problemas cardíacos disseram que estavam tomando aspirina. A pesquisa revelou que uma conversa com seu médico foi o fator mais forte que determina se uma pessoa começou a tomar aspirina.

Cerca de 84% dos usuários de aspirina disseram que tomavam o medicamento para a prevenção de um ataque cardíaco, e 66 % para a prevenção de acidente vascular cerebral (derrame), indicou o estudo. Outros 18% tomavam aspirina para a prevenção do câncer, e 11% para a prevenção da doença de Alzheimer.

American Journal of Preventive Medicine, maio de 2015

Fonte: http://www.boasaude.com.br/noticias/10865/aspirina-pode-prevenir-doencas-cardiovasculares.html

sexta-feira, 23 de março de 2012

Como reduzir em 30% sua chance de ter câncer


Se você costuma ler artigos científicos, já deve ter perdido a conta de quantos métodos preventivos contra o câncer você já ouviu falar. A maioria, no entanto, sequer está relacionada a medicamentos. São dicas de alimentação, hábitos de vida ou consumo de certas substâncias.

Agora, cientistas da Universidade Oxford, na Inglaterra, afirmam que um produto muito simples e presente na nossa rotina pode nos proteger do câncer: a aspirina.

A pesquisa se baseia no fundamento de que a melhor forma de evitar o câncer é combatendo a formação de metástases. São lesões tumorais malignas secundárias, criadas a partir de uma primeira, que se espalham pelos órgãos do corpo humano e aumentam as chances de contração da doença.

A aspirina, conforme os cientistas apuraram, teria propriedades ideais para restringir as metástases. Basta tomar um comprimido ao dia, durante três a cinco anos, para que as chances de formação de tumor se reduzam em 19%.

Fazer uso do medicamento por mais de cinco anos pode diminuir tais riscos em até 30%. Este efeito vale, inclusive, para pessoas que já ultrapassaram os 60 anos de idade. [Telegraph, foto de jlodder]

Fonte: http://hypescience.com/como-reduzir-em-30-sua-chance-de-ser-diagnosticado-com-cancer/ - Por Dalane Santos