Com boa informação e planejamento fica mais fácil
evitar uma gestação indesejada
Muito se fala sobre como a gestação é um dom
maravilhoso que pertence apenas às mulheres. Nós não duvidamos disso, mas
também sabemos que, em determinados momentos de nossas vidas, o que nós menos
desejamos é engravidar.
Se este é o seu caso e você não se imagina com um
bebê nos braços nos próximos meses, é essencial que você conheça os principais
erros que podem levar a uma gestação indesejada. Confira nossa lista e saiba
como evitá-los:
1. Confundir dias férteis e não férteis
Em média, o período fértil dura seis dias a cada
ciclo, mas ele pode ser diferente de um mês para o outro, ainda mais se sua
menstruação não for muito regulada.
Por isso, é necessário saber muito bem como
calculá-lo e manter um registro das datas em que você está mais propensa a
engravidar, seja com a clássica tabelinha ou um aplicativo.
2. Usar um método contraceptivo inadequado para você
Se você nunca se lembra de tomar seus medicamentos
na hora certa, vai ser difícil manter a regularidade no uso da pílula, e isso
vai aumentar as chances de uma gravidez indesejada.
Dessa forma, é mais seguro procurar seu
ginecologista para encontrar outro método, como o DIU, os adesivos ou as injeções,
que se adapte melhor ao seu estilo.
3. Não se planejar antes de uma relação sexual
Seja porque não estavam esperando ter uma relação
sexual ou porque não fazem sexo com muita frequência, muitas mulheres não se
preparam para prevenir uma possível gravidez, de forma que elas não usam nenhum
método hormonal e não carregam preservativos na bolsa.
Porém, o risco de engravidar em uma relação casual
também existe, por isso é essencial providenciar camisinhas (que também
protegem contra DSTs) ou, em último caso, a pílula do dia seguinte.
4. Confiar no método do coito interrompido
O alerta é antigo, mas continua valendo: o coito
interrompido não é um método eficaz para evitar uma gestação, pois seu índice
de falha é de 4% (40 vezes mais do que a pílula).
Isso acontece porque nem sempre o homem consegue
controlar o momento da ejaculação e porque o líquido lubrificante liberado pelo
pênis antes do orgasmo pode conter uma pequena quantidade de espermatozoides,
que já são capazes de fecundar o óvulo.
5. Utilizar lubrificantes à base de óleo ou qualquer
outro produto oleoso
Os lubrificantes à base de óleo podem dissolver o
látex da camisinha e causar seu rompimento. Justamente por isso, esses produtos
quase não são mais encontrados no mercado.
Outro erro está no uso de ingredientes “naturais”,
como o óleo de coco ou o óleo mineral, que têm o mesmo efeito prejudicial sobre
o material que compõe o preservativo. Dessa forma, as melhores opções são os
lubrificantes à base de água ou silicone, que não causam esse problema.
6. Colocar a camisinha no meio da penetração
O hábito de deixar as coisas rolarem e só colocar a
camisinha depois que a penetração já começou também pode resultar em uma
gravidez caso você não use outro método contraceptivo.
Assim como acontece no coito interrompido, a
fecundação pode acontecer porque o líquido lubrificante que sai do pênis antes
da ejaculação já contém espermatozoides.
7. Não usar um método contraceptivo no pós-parto
Existe uma grande chance de que a amamentação
proteja você de uma nova gestação, mas ela não é um método infalível. Em geral,
esse efeito protetor só acontece se a amamentação for exclusiva e dura até seis
meses depois do parto (desde que sua menstruação ainda não tenha voltado).
Nesse caso, vale a pena conversar com o médico sobre
a melhor forma de evitar uma nova gestação, principalmente no período em que
você estiver amamentando.
8. Achar que você já passou da idade de engravidar
Ao se aproximar dos 40 anos, muitas mulheres
acreditam que já não têm mais chances de engravidar. Porém, enquanto você
menstruar, mesmo que seus ciclos sejam irregulares, isso pode acontecer. Dessa
forma, o uso de métodos contraceptivos deve ser continuado.
9. Tomar certos tipos de medicamento enquanto usa
pílula
Algumas classes de medicamentos são capazes de
reduzir o efeito da pílula anticoncepcional devido à sua ação no fígado e nas
paredes do estômago e do intestino, modificando a maneira como nosso organismo
metaboliza e absorve os hormônios sintéticos.
Esses medicamentos incluem alguns antibióticos
(especialmente a rifampicina), antimicóticos, barbitúricos, anticonvulsivantes
e remédios naturais (principalmente a erva-de-são-joão).
Por isso, antes de utilizar qualquer medicamento,
sempre pergunte ao médico ou farmacêutico se existe algum tipo de interação com
a pílula anticoncepcional. Durante o tratamento e sete dias depois dele,
recomenda-se o uso do preservativo para evitar uma possível gestação.
É importante lembrar também que a camisinha é o
único método que protege contra as doenças sexualmente transmissíveis, de forma
que ela deveria ser utilizada em todas as relações, independente de outras
medidas de contracepção.
Se você tiver dúvidas sobre a eficácia do método
anticoncepcional que você utiliza ou ainda não fizer uso de nenhum, não deixe
de consultar seu ginecologista para tomar uma decisão mais bem informada. A
gestação é maravilhosa, mas somente quando você está preparada para ela.