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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Quando trocar a toalha de banho e rosto? O que dizem os especialistas


Toalhas limpas e secas são mais confortáveis e também mais seguras para a saúde da família

 

Com que frequência você troca as toalhas de banho e rosto por peças limpas? Cada pessoa tem um hábito diferente: enquanto uns trocam diariamente, outros colocam as toalhas para lavar depois de uma semana de uso. Então: quando trocar a toalha de banho e rosto? Qual é a recomendação dos especialistas?

 

Toalhas em uso por muito tempo podem prejudicar a saúde

Agora você vai dizer que usa suas toalhas a semana inteira (ou mais) e nunca ficou doente por causa disso.

 

De fato, não significa que todas as pessoas vão pegar doenças vindas dos micro-organismos que povoam as toalhas.

 

Mas pode acontecer, sobretudo com pessoas que têm predisposição a doenças de pele e o sistema imunológico debilitado.

 

Depois que você seca as mãos, o rosto ou o corpo com sua toalha, ela fica úmida, com células mortas da sua pele e com micro-organismos que vivem no seu corpo e nos lugares onde você teve contato.

 

Se você estiver doente, a toalha vai ficar com vestígios do vírus, fungos ou bactérias que estejam causando sua doença.

 

Mesmo depois de se lavar, você não consegue eliminar 100% deles. E mesmo achando que você se lavou muito bem, tem muita coisa que seus olhos não conseguem ver.

 

Então, quando trocar a toalha de banho e rosto?

De acordo com a higienista hospitalar britânica Sally Bloomfield, em declarações ao jornal The Guardian, a troca das toalhas deve ser feita uma vez por semana.

 

Já para Philip Tierno, microbiólogo e patologista da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque, a troca deve ser feita mais de uma vez por semana. “Mesmo que as consiga secar completamente, não deve usá-las mais do que três vezes. Este é o máximo”, disse.

 

Então, vamos considerar que o máximo de tempo de uso de uma toalha seja de uma semana. Você também deve considerar outros fatores específicos, como:

 

Quantas pessoas usam a mesma toalha de rosto todos os dias?

Se tem mais de duas pessoas na sua casa, secando as mãos e o rosto na mesma toalha várias vezes ao dia, é melhor trocá-la a cada dois ou três dias.

 

E lembre-se de colocar a toalha para secar em local arejado ou no sol durante uma hora, pelo menos. Se permanecer úmida, além de desconfortável, vira uma colônia ideal para a reprodução dos micro-organismos.

 

Qual é a estação do ano?

Nas épocas de chuvas, se você não tiver uma secadora de roupas em casa, suas toalhas vão ficar mais úmidas. Isso porque, mesmo passando o dia todo no varal ou estendidas em outro lugar, o clima úmido não deixa as toalhas secarem. Então, troque-as com mais frequência.

 

Já no verão, as toalhas ficam secas rapidinho. Só que, se você toma mais de um banho por dia, sua toalha vai ficar com mais resíduos do corpo em menos tempo. Nesse caso, troque com mais frequência também. Já se você toma um banho por dia e coloca sua toalha para secar durante o dia, pode esperar até uma semana para a troca.

 

Tem alguém doente em casa?

Outra recomendação de Bloomfield é que, o ideal, é ter uma toalha de rosto e banho separada para cada pessoa da casa. Essa é uma dica geral, mas especialmente importante para quando alguém em casa está com uma doença contagiosa.

 

Nesse caso, a pessoa deve ter toalhas só para ela, e o período de quando trocar a toalha fica bem mais curto. As peças devem ser lavadas todos os dias com água quente, separadas das outras peças. É uma forma de evitar o contágio, junto com outros cuidados, como evitar contato direto com a pessoa e não compartilhar qualquer outro objeto até que ela esteja curada.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/quando-trocar-toalha/ - por Priscilla Riscarolli


Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

João 11:40


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Gelo: quando e como usar na recuperação de lesões

 


Segundo fisioterapeuta, o gelo é um anti-inflamatório natural recomendado para aliviar dores e inchaço

 

O hábito de colocar uma bolsa com gelo em determinada área do corpo quando surge uma dor é bem comum e tem benefícios reais. De acordo com o fisioterapeuta Maurício Garcia, a técnica chamada de crioterapia é eficaz no tratamento de lesões - porém, é necessário entender o momento certo de utilizá-la.

 

O especialista explica que, em geral, o método é indicado para reduzir sintomas clássicos de processos inflamatórios. Segundo Garcia, isso acontece porque o gelo é um anti-inflamatório natural (e o melhor: não traz riscos à saúde e é de fácil acesso).

 

Entretanto, o fisioterapeuta lembra que é importante compreender que o gelo nem sempre diminui a resposta inflamatória do corpo, atuando apenas no alívio dos sintomas de um problema ou lesão. Entre os desconfortos que podem ser reduzidos com o gelo, estão:

 

Dor

Inchaço (edema)

Vermelhidão (rubor)

Aumento da temperatura local

Diminuição da função do membro ou da articulação

 

Quando usar gelo para tratar lesões

Desse modo, a indicação do gelo para o tratamento de lesões é restrita ao controle da dor e do edema. "Eu utilizo e recomendo gelo tanto na fase aguda quanto nas fases crônicas no tratamento de lesões ortopédicas, ainda que sua utilização seja controversa", diz o fisioterapeuta Maurício Garcia.

 

Além disso, é importante ter certo cuidado na aplicação do gelo, evitando regiões com grandes nervos superficiais (como o lado externo do joelho, por exemplo), áreas mais sensíveis e extremidades de mãos e pés. Garcia também reforça para nunca dormir com uma bolsa de gelo junto a qualquer parte do corpo.

 

Como usar o gelo em lesões

O uso do gelo na área afetada pode ser feita de diferentes formas. Garcia alerta apenas sobre o cuidado de fazer a aplicação em ciclos de 15 a 20 minutos a cada hora, sempre utilizando algum material para proteger a pele, como plástico ou tecido.

 

Alguns possíveis usos do gelo em lesões são:

 

Bolsas com gelo

Bolsas de gel congelado

Bolsas químicas

Imersão em água gelada

Massagem com gelo

Sprays com efeito congelante

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/36796-gelo-quando-e-como-usar-na-recuperacao-de-lesoes - Escrito por Maria Beatriz Melero

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Exercício com máscara faz mal? Veja como usar com segurança


Item é recomendado para evitar o contágio pelo novo coronavírus; saiba como ele influencia a performance nos treinos

 

O uso de máscaras é uma prática essencial na prevenção ao coronavírus e não deve ser desprezada nem mesmo durante as atividades físicas. Ainda que parte da população tenha resistência em utilizar o acessório nas práticas esportivas, especialistas da área de saúde explicam por que é essencial manter o item facial na rotina dos treinos.

 

Por que usar máscaras durante as atividades físicas

Como forma de controlar a disseminação do novo coronavírus, algumas medidas de higiene e segurança foram recomendadas à população pelos órgãos de saúde. Assim, desde o começo da pandemia de COVID-19, foi adotada uma etiqueta respiratória associada ao cuidado com a higienização das mãos, o distanciamento social e também o uso de máscaras.

 

Com o passar do tempo, algumas localidades do Brasil passaram a flexibilizar a quarentena e as novas regras de isolamento permitiram a volta da prática de atividades físicas em academias e ao ar livre. Essa retomada previu o uso de máscaras por quem desejasse realizar exercícios junto com outras regras, como evitar espaços com aglomerações ou mesmo usar o serviço de academias em horários determinados.

 

O que se viu, entretanto, foi uma onda de reclamações por parte da população sobre o uso do acessório facial durante as práticas esportivas, com o argumento de que o item prejudicaria a performance nos treinos. Embora haja certa relutância, profissionais do esporte e da saúde lembram que a máscara é fundamental para a proteção contra o vírus - que já causou a morte de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.

 

"Reduz-se muito a chance de contágio se as recomendações básicas forem seguidas por todos. É seguro praticar atividade física usando máscara facial e fazer isso não apresenta maior risco à saúde. É mais difícil fazer de máscara? Sim, mas, se é a maneira a se fazer, façamos", orienta João Felipe Franca, médico da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Estado do Rio de Janeiro e diretor da Clinimex.

 

Impactos na performance dos treinos

De acordo com Franca, é normal que, ao usar a máscara durante a prática esportiva, a pessoa sinta dificuldade de respirar. Isso se deve, principalmente, ao impedimento para dissipar o calor proveniente da expiração, ao aumento do volume de ar ventilado e pela própria barreira física do tecido.

 

"Isto cria uma dificuldade maior para fazer a mobilização do ar, tanto na inspiração quanto na expiração, que pode variar conforme o material usado na confecção da máscara. De modo geral, quanto mais espesso, maior a dificuldade. Em função disso, é necessário um esforço aumentado da musculatura ventilatória, levando a um maior desconforto respiratório para se realizar um mesmo nível de atividade e, consequentemente, o rendimento no exercício pode ser prejudicado", diz Fernando Torres, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

 

O especialista explica ainda que, apesar da máscara trazer alguns impactos à respiração durante a prática esportiva, ela não impede ou inviabiliza os exercícios físicos. "A dificuldade ou desconforto respiratório decorrente do uso de máscara, bem como as possíveis interferências nas trocas gasosas, não são significativas. Embora possa levar a certas alterações fisiológicas, provocando fadiga mais precocemente, estas são mais evidentes em períodos maiores que uma hora de duração e intensidades altas", acrescenta.

 

Por outro lado, o médico também aponta que pesquisas mostram um efeito benéfico das máscaras combinadas a atividades físicas. "Pelo maior esforço ao inspirar e expirar, provocado pela máscara, ela melhora a força e resistência, levando a uma maior eficiência ventilatória. Além disso, os estudos sobre esse assunto geralmente usam máscaras N95, de uso hospitalar e consideradas de pouca respirabilidade para serem adotadas no exercício", afirma Torres.

 

Orientações para atividades em academias

Atualmente, a indicação para o uso de máscaras vale tanto para a realização de atividades físicas em ambientes fechados, como academias, quanto em locais ao ar livre. E não depende do estilo de treino desejado - aeróbico, força, alongamento, entre outros.

 

Nas academias, as equipes são orientadas a realizarem higienização dos equipamentos conforme a orientação das agências de saúde. Já para os frequentadores, a indicação é que eles sigam com treino individualizado e, quando houver alguém treinando junto, manter o distanciamento, além do uso obrigatório de máscara.

 

"A cada uma hora de academia aberta, fechamos por 30 minutos para higienização profunda. Durante o período em que está aberta, as equipes continuam limpando. O praticante deve fazer sua parte, não revezar equipamentos e higienizar antes e após o uso também", diz o personal trainer Altino Andrade, profissional de educação física da rede Just Fit Academias.

 

Exercício ao ar livre precisa de máscara

Torres lembra que, atualmente, mais do que uma recomendação, o uso de máscaras em ambientes públicos se tornou lei (nº 14.019/2020) no Brasil. De acordo com a regra, o acessório é obrigatório em locais acessíveis à população, em vias públicas e em transportes públicos de todo o Brasil.

 

"Portanto, não se trata de recomendação, que poderia ser seguida ou não, mas de uma obrigação. Logicamente seu uso também independe daquilo que a pessoa esteja fazendo, incluindo qualquer tipo de exercício físico", reforça.

 

Jeito errado de usar a máscara

Se você pratica exercícios nas ruas, já deve ter visto pessoas com máscaras no queixo ou descobrindo o nariz. Essa prática é totalmente inadequada, de acordo com os profissionais de saúde consultados.

 

"Para surtir o efeito desejado de reduzir ao máximo o risco de contaminação, a máscara facial deve ser utilizada da maneira correta. Se não cobrir o queixo ou o nariz, não tem efeito algum de proteção", lembra Franca.

 

Segundo o médico, quando uma pessoa está em movimento (andando ou correndo), ela é capaz de espalhar mais vestígios de secreções respiratórias do que quando está parada - o que é algo perigoso para contaminar pessoas que estão ao redor.

 

"Andando, é possível expelir gotículas até 4 metros; correndo, até 6 metros; pedalando, 15 metros. Quando eu coloco a minha máscara, na verdade, eu estou protegendo os outros de mim. Portanto, utilizar a máscara é um respeito ao próximo", aponta Franca.

 

Além disso, o especialista lembra também que, ao colocar a máscara no pescoço, a probabilidade dela ficar molhada é maior. "Se molhar, ela perde seu efeito protetor de filtragem do ar e pode piorar ainda mais a entrada de ar pelas vias aéreas, dificultando a respiração caso volte a cobrir o nariz e a boca", diz o médico.

 

Outro ponto de atenção levantado por Fernando Torres é que a constante manipulação da máscara, especialmente pela parte frontal, pode induzir a uma contaminação. "Ao levar o acessório para o queixo ou pescoço, estas regiões podem ter sido contaminadas durante o trajeto e, com isso, infectam justamente a parte interna da máscara que, depois, voltará a ter contato com o nariz e a boca, principais portas de entrada do vírus", diz o diretor da SBMEE.

 

Como reduzir impactos nos treinos com máscaras

Segundo Torres, é importante reconhecer que as máscaras não foram feitas para a realização de atividades físicas, mas para a proteção contra a doença. "Por isso, seu uso e potenciais desconfortos, cuja sensação varia individualmente, são ônus inerentes à maior necessidade de proteção do praticante do que sua eventual vontade de melhora de desempenho ou de treinar mais intensamente", pondera.

 

Como reduzir impactos nos treinos com máscaras

Segundo Torres, é importante reconhecer que as máscaras não foram feitas para a realização de atividades físicas, mas para a proteção contra a doença. "Por isso, seu uso e potenciais desconfortos, cuja sensação varia individualmente, são ônus inerentes à maior necessidade de proteção do praticante do que sua eventual vontade de melhora de desempenho ou de treinar mais intensamente", pondera.

 

Por conta disso, o médico João Felipe Franca também recomenda escolher uma máscara que seja anatômica e confortável, que consiga cobrir a boca e o nariz, simultaneamente, e seja capaz de promover uma boa circulação de ar para a respiração e dissipação do calor.

 

Além da máscara, vale reduzir a intensidade e a duração dos exercícios neste momento, principalmente os aeróbios. "Outras recomendações é não ficar tocando e ajeitando a máscara o tempo todo e levar mais de uma para praticar qualquer atividade física", aconselha Franca.

 

Quais máscaras usar

Atualmente, empresas já estão investindo em modelos feitos especialmente para quem deseja praticar exercícios físicos, combinando proteção e respirabilidade. De acordo com Torres, na hora de escolher a máscara mais adequada à sua prática esportiva, vale considerar modelos de tecidos leves e maleáveis que contenham as camadas necessárias para garantir proteção.

 

"Geralmente, máscaras muito finas facilitam a respiração, mas seu efeito protetor tende a ser mais baixo. Testes mostram que aquelas de TNT têm boa filtragem e respirabilidade, mas são descartáveis, não podendo ser reutilizadas. Já as de neoprene, que têm a vantagem de serem laváveis e impermeáveis, também podem oferecer boa proteção, mas com nível de respirabilidade comparativamente bem mais baixo", exemplifica do médico.

 

Segundo o especialista, as máscaras de algodão são laváveis, mas molham com mais facilidade durante o exercício, tendo índices de proteção mais baixos que as anteriores, além de respirabilidade menor que as de TNT - dependendo de sua espessura. Por fim, as máscaras hospitalares, como a N95, são as que possuem o maior poder de filtragem e respirabilidade considerável, e podem ser reutilizadas de acordo com a conservação durante o uso.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/36738-exercicio-com-mascara-faz-mal-veja-como-usar-com-seguranca  - Escrito por Maria Beatriz Melero


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Médicos recomendam parar de tomar aspirina preventivamente


Já se sabia que o uso regular de aspirina pode fazer mais mal do que bem e que o uso constante e diário da aspirina costuma provocar complicações gastrointestinais graves. Também há preocupações com o maior risco das aspirinas para as pessoas mais velhas.

Risco de hemorragias graves

Se você nunca teve um ataque cardíaco ou derrame, provavelmente não deve tomar aspirina para evitá-los, de acordo com uma nova pesquisa sobre esse tema controverso - como já havia sido demonstrado que a aspirina não previne ataques cardíacos em todos os pacientes e há prós e contras em tomar aspirina preventivamente contra câncer.

Os pesquisadores revisaram três grandes estudos randomizados, controlados por placebo, publicados em 2018, que mostraram que o aumento no risco de sangramento interno associado à ingestão de aspirina diariamente é maior do que qualquer benefício preventivo.

"Esta é a evidência de mudança de prática mais significativa que foi publicada nestes últimos doze meses," disse o professor Michael Kolber, da Universidade de Alberta (Canadá), que fez a revisão de procedimentos com seu colega Paul Fritsch, da Universidade de Calgary.

"Estes não são sangramentos nasais ou gengivas que sangram. São sangramentos internos sérios, onde os pacientes precisam de hospitalização e talvez uma transfusão de sangue, por isso são de grande importância clínica e também pessoal," acrescentou Fritsch.

Um dos ensaios clínicos também revelou um aumento nas mortes por todas as causas e, em particular, pelas mortes por câncer, entre os pacientes que tomaram aspirina preventivamente em doses diárias, embora não tenham estabelecido uma relação causal.

Quem deve e quem não deve tomar aspirina preventivamente

O conselho de tomar uma aspirina diária para prevenir doenças cardíacas tornou-se dogma nos anos 90, mas foi baseado em pesquisas falhas, ressalta Kolber.

Ele reconhece, contudo, que a aspirina ainda é considerada benéfica para quem tem doenças cardíacas.

"Realmente vemos um hiato [nos efeitos] da aspirina," disse Kolber. "Há muitas pessoas que tomam aspirina para prevenção primária que não precisam dela, e há um grupo de pessoas que já tem doenças cardiovasculares que não estão tomando, e deveriam tomar."

O conselho de Kolber é que pessoas que nunca tiveram problemas cardíacos usem outras medidas preventivas.

"Em vez de apenas tomar uma aspirina diária como ensinamos há uma geração, recomendamos que os pacientes parem de fumar, se exercitem, controlem a pressão arterial e considerem a dieta mediterrânea," afirmou.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Você provavelmente está escovando seus dentes de forma errada


Todo mundo conhece a recomendação de escovar os dentes depois das refeições, usar fio dental e evitar consumir muito açúcar. Mas isso é o suficiente para evitar cáries? Confira quatro dicas para melhorar ainda mais sua saúde bucal:

4. Na hora de escovar
A forma que você escova os dentes faz muita diferença. O ato mecânico de escovar os dentes, língua e bochechas remove a placa dental grudenta que é uma mistura de restos de alimentos, bactérias, os ácidos formados por elas e seus produtos.
A placa se forma naturalmente nos dentes imediatamente depois da mastigação, mas não causa problemas imediatos. Ela leva algumas horas para crescer e danificar os dentes. As bactérias consomem açúcar, produzem ácidos que dissolvem os minerais dos dentes e deixam pequenos poros que não são visíveis ao olho nu. Se o processo não é impedido e esses buraquinhos não são reparados, eles podem virar cáries enormes.
Levar dois minutos para escovar os dentes é uma boa meta para remover a placa. A escovação impede o crescimento das bactérias e estabiliza a presença das espécies que produzem mais ácido.
As escovas elétricas mostram melhores resultados do que escovas manuais. Um estudo de 2014 feito em parceria entre universidades do Reino Unido e da Malásia mostrou que quem usa escova elétrica tem uma redução de 11% nas placas depois de um a três meses de uso quando comparado com pessoas que usam escovas manuais, e uma redução de 21% na placa depois de três meses de uso. Para gengivite, houve uma redução de 6% em quem usou a escova elétrica entre um e três meses, e 11% de redução para quem usou por mais de três meses.

3. Use pastas com fluoreto e também evidenciadores de placa
Grande parte do benefício da escovação vem do uso da pasta. O ingrediente mais importante nela é o fluoreto de sódio, mais conhecido como fluoreto ou apenas flúor, que previne o enfraquecimento dos dentes. O fluoreto previne o enfraquecimento dos dentes ao repor minerais perdidos.
Uma dica ótima para quem tem crianças é comprar evidenciadores de placa bacteriana, uma pastilha vermelha com um tipo de corante que quando mastigado revela onde estão as placas bacterianas para ajudar a criança a melhorar a limpeza bucal.

Cuspa, não enxague
Quando você escova os dentes antes de ir dormir, é melhor cuspir o excesso de pasta de dentes e não enxaguar com água. Isso permite que a concentração de fluoreto continue alta durante a noite uma vez que a taxa de salivação diminui quando você dorme.
Este hábito pode ser difícil de ser mudado, mas você pode reduzir o enfraquecimento dos dentes em 25% se deixar de enxaguar a boca na última escovação.
Não coma ou beba mais nada além de água depois de escovar os dentes à noite. Essas informações vem de estudos reunidos no Guia Nacional Clínico de cuidados bucais infantis do governo da Escócia.

Limite as doses de açúcar a 4 por dia
Açucares encontrados nas frutas não costumam causar problemas para os dentes, mas açúcares de doces, salgadinhos, bebidas açucaradas e o açúcar refinado que você adiciona no café ou no chá devem ser limitados a quatro doses por dia.
Conte quantas doses você consome por dia. Pense no café, suco industrializado, sobremesa e lanches entre as refeições. Se o seu consumo de açúcar for maior que quatro doses por dia, pense em tirar o açúcar das bebidas quentes e trocar os lanches industrializados por frutas. A Organização Mundial da Saúde recomenda o limite de oito colheres de chá de açúcar por dia para crianças com mais de 11 anos e adultos, o equivalente a 30g.
As bactérias adoram açúcar por ser fácil de processar e metabolizar. É desta reação que vem o ácido que danifica os dentes.
Resumindo: escove os dentes com pasta com fluoreto, cuspa e não enxague antes de dormir, não coma nada depois da última escovação, e limite o açúcar em bebidas e lanchinhos. Seus dentes vão virar fortes e brilhantes.