Um novo estudo mostra que comer um “simples” cachorro-quente pode nos deixar 36 minutos mais perto da morte
Comer é certamente um dos atos mais simples para
manter a manutenção da vida. Sendo uma comida saudável ou guloseima, comer está
ligado não só a necessidade de obter nutrientes, mas de sentir prazer.
O cachorro-quente é um dos mais tradicionais
“fast-foods” do mundo. Rápido, barato e popular. É encontrado em todos os
países do mundo. Não é saudável, mas certamente muito gostoso.
Segundo um recente estudo publicado na revista
científica Nature Food, um cachorro-quente pode nos retirar 36 minutos de vida.
Os cientistas submeteram 5.853 alimentos aos seus
“cálculos mórbidos”, classificando-os de acordo com o seu impacto na saúde
humana e no ambiente.
Os cálculos não foram feitos como mero acaso ou usando
parâmetros simples como “teor de gordura ou contagem de calorias”.
Os cientistas usaram dados da Health Nutritional
Index, plataforma que desenvolveram anteriormente com ajuda de nutricionistas
usando dados globais de um gigantesco estudo epidemiológico chamado Global
Burden of Disease (GBD) que analisou o equivalente a 30 anos de dados de todos
os países do mundo.
O GBD quantifica não apenas a prevalência de vários
fatores de saúde, estilo de vida e ambiental, mas também os danos relatados
causados por estes fatores.
Eles usaram também o impacto do ciclo de vida dos
alimentos com a produção envolvida, processamento, preparação, consumo,
desperdício, uso de água, etc. Ao total, 18 fatores ambientes foram usados na
análise.
Com estes dados em mãos, os cientistas montaram uma
tabela com 3 zonas de cores: vermelho, amarelo e verde.
A cor, assim como no semáforo, significa quando
podemos ir, onde devemos ter atenção e onde deveríamos parar, não somente para
uma boa saúde, mas para ajudar o planeta reduzindo impactos.
Com apenas pequenas mudanças na nossa dieta, dizem os
cientistas, podemos conseguir impulsionar nossa saúde e ganhar minutos de vida,
e ajudar o meio ambiente.
“Substituir apenas 10% da ingestão calórica diária de
carne bovina e carnes processadas por uma mistura diversa de cereais, frutas,
vegetais, algum peixe e mariscos, poderia reduzir o carbono produzido pela
dieta de um norte-americano em um terço e somar 48 minutos saudáveis de vida
por dia. Esta é uma melhoria substancial para uma mudança tão limitada na
alimentação”, escreveram os autores do estudo.
A equipa de cientistas espera que suas conclusões
possam adicionar algumas nuances ao que muitas vezes é visto como um problema
do “tudo ou nada” no que diz respeito a ter uma alimentação saudável e, ao
mesmo tempo, com consciência ambiental.
Embora as opções veganas tenham “geralmente um melhor
desempenho” na análise, uma conversão alimentar completa não é necessariamente
a única opção disponível para melhorarmos a saúde do corpo e do planeta.
Fonte: https://www.jornalciencia.com/apenas-1-cachorro-quente-pode-nos-tirar-36-minutos-de-vida-diz-estudo/
- de Redação Jornal Ciência
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