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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Descoberta substância que recupera massa muscular e óssea


Recuperação de ossos e músculos

Idosos e pessoas que sofrem de músculos e ossos fracos devido a doenças logo poderão se beneficiar de um novo grupo de medicamentos, capaz de aumentar a massa muscular e óssea.

Em experimentos com animais de laboratório, as cobaias readquiriram a integridade dos músculos e ossos em poucos dias.

Pesquisadores da Universidade de Aarhus (Dinamarca) e do Centro Médico Erasmus (Holanda) batizaram o novo grupo de medicamentos benéfico para perda de massa óssea e muscular de IASPs, Inibidores da Via de Sinalização de Receptores de Activina (Inhibitors of the Activin-receptor Signaling Pathway).

"As IASPs inibem uma via de sinalização que é encontrada em praticamente todas as células. A diferença entre as várias medicações do grupo é que elas inibem rotas diferentes na via," explicou o professor Andreas Lodberg.

Com isto, é possível obter um efeito em diferentes tecidos, como tecido muscular, tecido ósseo ou células sanguíneas, dependendo da IASP utilizada.

"Nós constatamos um aumento de 19% na massa muscular em camundongos depois de apenas uma semana. Ao mesmo tempo, como um efeito sobre a massa muscular, vimos que as drogas também combatem a osteoporose.

"Se os resultados dos estudos clínicos continuarem a se mostrar tão promissores, fará todo o sentido tratar pacientes idosos frágeis que sofrem perda muscular como resultado de doenças crônicas com uma IASP. [Será benéfico] tanto para o paciente individual quanto para a economia nacional, uma vez que quedas e ossos quebrados em pacientes idosos representam uma questão de alto custo, com alta mortalidade, e também porque a perda de massa muscular devido a doenças crônicas impacta na qualidade de vida e nas taxas de mortalidade," concluiu Lodberg.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=descoberta-substancia-recupera-massa-muscular-ossea&id=13395 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Higenamina: Substância banida do esporte encontrada em suplementos


As sementes da flor-de-lótus, a fruta do conde e várias plantas da medicina chinesa contêm higenamina em doses variadas.

Menos de dois anos depois que a Agência Mundial Antidoping (WADA) acrescentou a higenamina à sua lista de substâncias proibidas no esporte, uma equipe internacional de pesquisadores de saúde pública documentou níveis potencialmente prejudiciais do estimulante em suplementos para perda de peso, suplementos para esportistas e energéticos disponíveis comercialmente - todos sem ou com indicação incorreta no rótulo sobre a presença da substância.

Com base nos resultados, os pesquisadores estão pedindo que os consumidores tomem cuidado ao consumir suplementos contendo higenamina, mesmo quando há indicações no rótulo, uma vez que essas indicações são imprecisas.

A higenamina, também conhecida como norcoclaurina, é um composto químico encontrado em uma variedade de plantas, incluindo Nandina domestica (nandina, avenca-japonesa, bambú-do-céu ou bambú-celeste), Aconitum carmichaelii (raiz conhecida como Fu Zi), Asarum heterotropoides (espécie de gengibre conhecido como Xi Xin), Galium divaricatum (parente do café), Annona squamosa (fruta do conde, ata) e Nelumbo nucifera (sementes de lótus).

"Realçamos aos atletas amadores e profissionais, bem como aos consumidores em geral, que pensem duas vezes antes de consumir um produto que contém higenamina," disse o professor John Travis. "Além do risco de doping para atletas, alguns desses produtos contêm doses extremamente altas de um estimulante com segurança desconhecida e potenciais riscos cardiovasculares quando consumido. O que aprendemos com o estudo é que muitas vezes não há como o consumidor saber quanta higenamina há de fato no produto que estão comprando."

O estudo independente foi realizado por pesquisadores da organização global de saúde pública NSF International e da Universidade de Harvard, nos EUA, e do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente (RIVM) da Holanda.

Riscos para os atletas e para o coração

Os pesquisadores estudaram 24 produtos rotulados como contendo higenamina - ou os sinônimos norcoclaurina e demetilcoclaurina - e encontraram quantidades potencialmente prejudiciais do estimulante, variando de níveis traço (desprezíveis) a 62 mg por porção.

Dos 24 produtos testados, apenas cinco listaram uma quantidade específica de higenamina no rótulo, e nenhuma dessas cinco quantidades foram precisas. Com base nas instruções de uso, os consumidores podem estar expostos a até 110 mg de higenamina por dia, dizem os pesquisadores.

Os riscos para a saúde da higenamina permanecem pouco compreendidos, mas como um agonista beta-2, ela foi banida do esporte e, portanto, representa um risco para as carreiras dos atletas profissionais.

"Algumas plantas, como a efedrina, contêm estimulantes. Se você tomar muito dos estimulantes encontrados na efedrina, isso pode ter consequências fatais. Da mesma forma, a higenamina é um estimulante encontrado nas plantas," disse o Dr. Pieter Cohen, da Universidade de Harvard. "Quando se trata da higenamina, ainda não sabemos ao certo que efeito altas dosagens terão no corpo humano, mas uma série de estudos preliminares sugerem que ela pode ter efeitos profundos sobre o coração e outros órgãos."


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Substância encontrada no chocolate e no vinho pode combater o envelhecimento


Se você está animada com a chegada do frio para curtir uma taça de vinho e um bom chocolate, você tem mais motivos para comemorar, pois uma substância encontrada nesses dois produtos pode ajudar a retardar os sinais da passagem dos anos.

A novidade surgiu a partir de um estudo que mostrou que células mais velhas, que haviam parado de se reproduzir, retomaram o processo de divisão celular ao ser expostas a substâncias parecidas com o resveratrol, um antioxidante encontrado no vinho tinto, no chocolate amargo, na casca das uvas escuras, nos mirtilos e no amendoim.

Em busca da origem do envelhecimento

Com o passar dos anos, um número cada vez maior de células do nosso organismo se torna senescente, ou seja, perde gradualmente a capacidade de se multiplicar devido a uma alteração no material genético conhecido como RNA mensageiro.

Essas células estão vivas, mas elas não crescem e não cumprem direito suas funções. Dessa forma, o acúmulo das células senescentes leva ao envelhecimento e ao surgimento de doenças degenerativas relacionadas a esse processo.

Assim, se encontrássemos uma maneira de reverter essa alteração genética no RNA mensageiro das células, talvez fosse possível combater os efeitos da passagem do tempo – e foi justamente isso que um grupo de pesquisadores do Reino Unido tentou fazer.

De acordo com o artigo publicado no periódico BMC Cell Biology, os pesquisadores desenvolveram um conjunto de moléculas parecidas com o resveratrol – cuja capacidade de interferir positivamente no RNA mensageiro já havia sido sugerida anteriormente – para investigar se elas poderiam “rejuvenescer” as células senescentes.

Com isso em mente, os cientistas colocaram essas células em contato com as substâncias análogas ao resveratrol. O resultado foi que, em questão de horas, elas voltaram a se reproduzir e apresentaram um alongamento nos telômeros, uma estrutura que protege os cromossomos e que fica mais curta com o passar do tempo. Ou seja, as células senescentes parecem ter rejuvenescido.

A partir desse efeito, os pesquisadores esperam desenvolver novas terapias que combatam as doenças degenerativas associadas ao envelhecimento, proporcionando mais saúde e qualidade de vida apesar do avanço da idade.

Posso apostar em vinho e chocolate para combater o envelhecimento?

Mais ou menos. Ao realizar o estudo, os pesquisadores não utilizaram o resveratrol propriamente dito, que realmente é encontrado no vinho tinto e o chocolate amargo, mas sim substâncias produzidas em laboratório análogas a esse componente.

Essa escolha aconteceu porque, embora o resveratrol provavelmente seja benéfico para a divisão celular, ele exerce outros efeitos biológicos que poderiam mascarar a ação exata que os cientistas queriam estudar – no caso, a influência do fator de splicing, um processo que ocorre no RNA mensageiro, no funcionamento das células. Por isso, eles desenvolveram moléculas semelhantes ao resveratrol, mas que não apresentam esses efeitos secundários.

Como o resveratrol e as novas substâncias são muito semelhantes, muitas pessoas deduziram que o consumo do vinho e do chocolate poderia ajudar a retardar os efeitos da passagem do tempo, mas, na verdade, os pesquisadores nem chegaram a mencioná-los no estudo.

Independente disso, pode haver sim uma lógica por trás dessa ideia. Afinal, da mesma forma que seus análogos, o resveratrol também parece ser capaz de fazer as células senescentes se comportarem como células mais jovens – e, desse modo, o vinho e o chocolate poderiam contribuir para o combate ao envelhecimento.

Entretanto, o álcool, a gordura e o açúcar – componentes presentes nesses produtos – são fatores que conhecidamente favorecem o envelhecimento da pele e de todo o organismo, e ainda não se sabe se o efeito do resveratrol poderia superar esse prejuízo.

Portanto, as recomendações para retardar os sinais da passagem do tempo continuam sendo as mesmas: ter uma alimentação pobre em açúcares e gorduras ruins e rica em vitaminas e sais minerais, evitar as bebidas alcoólicas, não fumar, fazer exercícios físicos, usar protetor solar e controlar o estresse. Porém, como a felicidade também nos ajuda a permanecer jovens, você pode sim aproveitar uma tacinha de vinho ou um quadradinho de chocolate – basta ter moderação.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/chocolate-e-vinho-combatem-envelhecimento/ - Escrito por Raquel Praconi Pinzon - FOTO: ISTOCK