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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Outubro Rosa: a alimentação ideal para evitar o câncer de mama


Em suma, a alimentação leve precisa ser conciliada com exercícios físicos

 

Outubro Rosa tornou-se uma campanha de conscientização sobre o câncer de mama e a importância do autoexame. Mas, além desses cuidados, a nutricionista Deise Doi também ressalta a importância da alimentação saudável como fator importante para a prevenção da doença.

 

O impacto da alimentação no outubro rosa

“O autoexame é extremamente importante e fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes, mas não é capaz de prevenir que a doença apareça. Para isso, é preciso manter uma alimentação anti-inflamatória pelo menos 80% do nosso tempo de vida”, afirma.

 

Dessa maneira, Deise pontua que esse movimento é crucial para suprir com vitaminas, antioxidantes, minerais e fitoterápicos, o que corresponde ao que o corpo perdeu ao longo dos anos.

 

“Eventuais momentos de estresse, insônia, intoxicações, decepções, frustrações e até mesmo a má administração de medicamentos são extremamente prejudiciais ao organismo, principalmente a longo prazo. Essas situações que parecem cotidianas são capazes de comprometer todo o sistema de defesa do corpo humano”, destaca.

 

Os alimentos anti-inflamatórios são ricos em nutrientes específicos, exemplos: antioxidantes, vitaminas C e E, minerais, como zinco, selênio, magnésio e cálcio, e ômega-3, essenciais para o bom desempenho do sistema de defesa do organismo.

 

A necessidade da conciliação com exercício físico

Doi ainda compartilha que a prática de exercícios também possui grande valor para evitar esse tipo de problema de saúde. “É preciso elevar o ânimo diário para praticar exercícios físicos, os quais são capazes de elevar a imunidade, a detoxificação e a auto estima. Portanto, nesse mês de outubro e nos próximos onze que estão por vir, adotar essas filosofias fará com que o autoexame seja apenas mais um hábito saudável, e não um momento de espanto”, encerra.

 

Números preocupam

A estimativa do INCA (Instituto Nacional de Câncer) é que mais de 60 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano, o que resulta em um risco projetado de 62 casos a cada 100 mil mulheres.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/outubro-rosa-a-alimentacao-ideal-para-evitar-o-cancer-de-mama/ - By Guilherme Faber - Shutterstock


Ele mesmo levou os nossos pecados” em seu corpo na cruz, para que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; “por suas feridas fostes curados. (1 Pedro 2:24)


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Carnaval e álcool: como amenizar o impacto da bebida


Cada detalhe vale a pena para comemorar sem preocupação

 

O carnaval é a festa que reúne povos de diferentes origens e raça, ou seja, a celebração que pode ser feita sem dó. No entanto, algumas orientações são necessárias para que alguém curta sem preocupação. Nesse sentido, como faz para conciliar a bebida com carnaval?

 

Resposta

“Com o estômago cheio, a absorção de etanol fica mais lenta, dando mais tempo ao fígado para metabolizar a bebida alcoólica que ali chega. Por isso, a intoxicação por etanol é mais intensa quando as bebidas são ingeridas com o estomago vazio”, orienta o farmacêutico Jamar Tejada.

 

Essa explicação do Jamar denota que é necessário comer antes da folia do que se beber de estômago vazio. Mesmo ciente dessas informações, mas sobrecarregou o seu fígado, Tejada reforça que para tratar a ressaca vale a pena água e água, pois há sódio e potássio para regularizarem as reações químicas do organismo.

 

Detalhes

Outro acréscimo é de que absorção do álcool pelos intestinos é rápida do que a capacidade do fígado de metabolizá-lo. Então, só consegue metabolizar 8,5g de álcool por hora. Quantidade que variando de pessoa para pessoa e é o menos que 300 ml de cerveja ou mesmo 25 ml de whisky, vodka e cachaça.

 

Portanto, a ingestão de três taças de vinho demorar em média três horas para eliminar o volume. “Isso significa que após um consumo exagerado de álcool, por várias horas, o organismo vai ter que lidar com duas substâncias altamente tóxicas circulando no sangue: álcool e acetaldeído e o acetaldeído é uma substância que causa câncer e pode levar à lesão do fígado se a exposição for frequente”, explica.

 

O farmacêutico ainda conclui que o processo de metabolização hepática desperta curiosidade quando falamos de ingestão alcoólica. “Como o fígado não produz uma enzima que neutralize diretamente a presença do álcool ali, ele primeiro o transforma em uma substância chamada acetaldeído e só depois em ácido acético, que é um metabólito não tóxico. O problema é que o acetaldeído é uma substância ainda mais tóxica que o próprio álcool, por isso o consumo requer alguns cuidados”, termina.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/carnaval-e-alcool-como-amenizar-o-impacto-da-bebida/ - By Guilherme Faber - Shutterstock


E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.

Gálatas 6:9


domingo, 20 de fevereiro de 2022

COVID-19 pode impactar a memória e saúde mental, diz USP


Cerca de 51,1% dos participantes relataram ter percebido declínio da memória após internação por COVID-19

 

Em um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), foi observado uma alta prevalência de déficits cognitivos e transtornos psiquiátricos em pacientes que se recuperaram das formas moderada e grave da infecção pela COVID-19.

 

A pesquisa, que teve início em 2021 e foi publicada recentemente, contou com 425 participantes avaliados entre seis a nove meses após alta hospitalar do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

 

Para fazerem as avaliações, os pesquisadores tiveram como método entrevista psiquiátrica estruturada, testes psicométricos e uma bateria cognitiva.

 

Os resultados completos foram divulgados na revista General Hospital Psychiatry e contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

 

Depressão, ansiedade e estresse pós COVID-19

O principal intuito do estudo era entender se o coronavírus e a doença por ele causada têm impacto no longo prazo, produzindo manifestações tardias no sistema nervoso central.

 

Segundo os resultados da pesquisa, cerca de 51,1% dos participantes relataram ter percebido um declínio da memória após a infecção, enquanto outros 13,6% desenvolveram transtorno de estresse pós-traumático.

 

O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) foi diagnosticado em 15,5% dos voluntários, sendo que em 8,14% deles o problema surgiu após o coronavírus.

 

Já o diagnóstico de depressão foi estabelecido para 8% dos pacientes, em 2,5% deles somente após a internação.

 

"Nenhuma das alterações cognitivas ou psiquiátricas observadas nesses pacientes se correlaciona com a gravidade do quadro", conta ao Jornal da USP, Rodolfo Damiano, médico residente do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor do artigo.

 

O médico esclarece que também não foi observada nenhuma associação com a conduta clínica adotada no período de hospitalização ou com fatores socioeconômicos, como perda de familiares ou prejuízos financeiros durante a pandemia de COVID-19.

 

Conclusão da pesquisa

Este foi o primeiro estudo a acessar as taxas de morbidade psiquiátrica e cognitiva após formas moderadas ou graves de COVID-19 usando medidas padronizadas.

 

Para o professor e pesquisador Eurípedes Constantino Miguel Filho, o fato de não ter sido encontrada uma correlação clara entre a condição psiquiátrica e a magnitude da doença na fase aguda ou a fatores psicossociais indica que as sequelas deixadas pela presença do vírus no corpo - como inflamações e a presença do vírus no cérebro - teriam ligação direta com o surgimento de transtornos como a depressão e ansiedade.

 

"A presença de manifestações clínicas, como perdas cognitivas, cefaleias, anosmia [perda do olfato] e outras alterações neurológicas nesses pacientes contribuem com evidências adicionais de que essas alterações psiquiátricas possam refletir a ação do sars-cov-2 no sistema central", explica o médico.

 

Atualmente o grupo de pesquisadores estudam para descobrir se há correlação entre o grau de inflamação durante a fase aguda da COVID-19 e o desenvolvimento de sintomas neuropsiquiátricos.

 

Para quem já foi afetado, os pesquisadores indicam vacinação e acompanhamento psiquiátrico, além de meditação, exercícios físicos e reabilitação cognitiva.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/noticias/38430-covid-19-pode-impactar-a-memoria-e-saude-mental-diz-usp - Escrito por Thaynara Moreira - Redação Minha Vida


Sara os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas.

Salmo 147:3


terça-feira, 30 de novembro de 2021

Excesso x falta de exercícios: como isso impacta no coração


Entenda como esses extremos podem afetar nossa saúde cardiovascular

 

Que os exercícios físicos fazem bem para a saúde do coração, creio que não é novidade para ninguém. No entanto, assim como praticamente tudo na vida, é preciso equilíbrio e moderação. Poucas atividades ou o excesso delas na rotina pode gerar problemas para o sistema cardiovascular - ao invés de trazer os benefícios esperados.

 

Um estilo de vida sedentário é tido como um dos principais fatores de risco para as doenças cardíacas. De acordo com a Federação Mundial do Coração, a falta de exercícios regulares aumenta as chances de doenças relacionadas ao órgão em cerca de 50%.

 

Por outro lado, o treinamento intenso, sem um período adequado de recuperação, o chamado overtraining, pode trazer consequências graves para o tecido musculoesquelético, o coração, o fígado e até ao sistema nervoso central.

 

Para comprovar e buscar evidências de ambos os cenários, novos estudos vêm sendo realizados ao longo dos anos a fim de investigar a quantidade ideal ou a "dose" de exercícios necessária para diminuir os fatores de risco associados às complicações cardiovasculares.

 

Benefícios da atividade física

Primeiramente, de modo geral, a prática regular de atividades físicas contribui para nosso bem-estar físico e mental. Traz diversos benefícios ao organismo, que envolvem, por exemplo, a manutenção do equilíbrio, o ganho de massa muscular, a proteção dos ossos, o aumento dos níveis de energia e a redução de alguns sintomas ligados ao envelhecimento.

Os exercícios incluídos no dia a dia auxiliam ainda na manutenção do peso e no controle da obesidade, da pressão arterial e do diabetes. Favorecem a diminuição do colesterol ruim (LDL) e estimulam o aumento do nível do colesterol bom (HDL) no sangue, além de agir em favor da redução do estresse, na melhora do humor e da qualidade do sono.

Todos esses pontos, juntos, retardam ou ajudam a evitar o aparecimento de problemas cardiovasculares, como a doença arterial coronariana, o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto.

 

Coração de atleta

Uma curiosidade quando o assunto é o coração e a prática de esportes é que o órgão, normalmente, passa por adaptações fisiológicas à medida que realizamos um treinamento físico frequente. O músculo cardíaco sofre alterações estruturais e funcionais benignas ao ser mais solicitado para uma atividade, o que damos o nome de "coração de atleta".

Suas funcionalidades se mantêm intactas e podemos até dizer que o "coração de atleta" chega a ser mais eficiente do que o de uma pessoa sedentária, uma vez que busca melhorar sua performance de funcionamento para suprir as necessidades do corpo. As mudanças acontecem particularmente em dois aspectos: tamanho e ritmo cardíaco.

Como esse coração é mais eficiente, pode bater menos vezes para transportar o sangue necessário aos músculos e demais órgãos. Assim, passa a manter um ritmo mais lento, com maior volume de sangue bombeado e menor quantidade de batimentos por minuto. Ao pulsar mais devagar, permite que o indivíduo não atinja seu limite durante a atividade esportiva.

Essa característica é a responsável por uma das adequações fisiológicas mais comuns no "coração de atleta", conhecida como bradicardia, definida justamente quando os batimentos são inferiores a 60 por minuto em repouso - a título de comparação, em circunstâncias normais de saúde e sem estímulos externos, a frequência cardíaca varia de 60 a 80 batimentos/minuto.

A partir do momento em que o órgão passa a ser mais exigido, quase que diariamente e por uma duração média acima de uma hora, são grandes as chances de ele crescer - muito embora isso não aconteça de um dia para o outro. É comum ter o aumento da espessura da parede do coração, conhecido como hipertrofia do músculo cardíaco.

Essa adaptação é acompanhada da dilatação da cavidade, especialmente do ventrículo esquerdo (que já é normalmente mais espesso por ser responsável por bombear sangue para praticamente todo o corpo). Geralmente, essa hipertrofia se dá de maneira simétrica - isso também ocorre nos casos de certas cardiopatias, porém, de modo geral, com crescimentos assimétricos.

Exercícios aeróbicos e cíclicos, como corrida, ciclismo, natação e futebol, são apontados como os mais comuns na lista dos esportes que geram o "coração de atleta".

 

Nem sempre mais é o melhor

Entretanto, quando o coração suporta um estresse físico extremo repetidamente, as adaptações que eram temporárias e não apresentavam perigo podem levar a uma remodelação do órgão ou de seu funcionamento. À medida que a prática esportiva acontece de maneira exagerada e sem a devida recuperação do corpo, é possível que, por exemplo, ocorram lesões cardíacas e distúrbios no ritmo dos batimentos.

Algumas evidências reveladas por pesquisas recentes sugerem que anos de treinamento de resistência intenso podem levar a consequências adversas em longo prazo, incluindo fibrose miocárdica, fibrilação atrial, uma forma adquirida de cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito, arritmias ventriculares e aterosclerose coronária (calcificação da artéria coronária).

Além disso, estudos trazem evidências de que o exercício de alta intensidade pode aumentar de forma aguda o risco de parada cardíaca súbita ou morte cardíaca súbita em indivíduos com doenças cardiovasculares subjacentes, em especial para aqueles com fatores de risco associados, histórico de cardiomiopatia hipertrófica ou doença coronariana.

Há ainda outras possíveis consequências no organismo, como fadiga, esgotamento, cansaço físico e mental extremo, lesões, dor muscular, oscilações de humor ou irritabilidade, dificuldade para dormir ou distúrbios do sono, queda na imunidade e até desidratação e maus hábitos alimentares - notadamente, quando há muita preocupação relacionada com a performance.

 

Exercícios e o coração debilitado

Assim, qualquer pessoa, independentemente da idade, ao iniciar ou manter um programa de exercícios, precisa ter cautela e atenção. Como vimos, quando o órgão é exigido, reage de diversas formas. Se não estiver em boas condições, a experiência pode ser negativa. O problema é que nem sempre as pessoas têm conhecimento de uma doença antes de sofrer suas consequências, sobretudo quando falamos dos mais jovens.

A cardiomiopatia hipertrófica, por exemplo, é uma das principais causas de morte súbita relacionada ao exercício físico em indivíduos na faixa dos 30 a 35 anos de idade. Trata-se de uma doença em que o músculo do coração apresenta uma porção do miocárdio hipertrofiada sem nenhuma causa óbvia, gerando uma deficiência no seu funcionamento. Em quadros assim, a prática de exercícios não é indicada.

Isso não significa que todos os cardiopatas ou pessoas com alguma enfermidade no coração não possam se exercitar em nenhuma hipótese. Cada caso é um caso e as doenças podem se apresentar em variados níveis. Por isso, é fundamental realizar uma avaliação cardiológica, sobretudo para aqueles que possuem problemas cardíacos, fatores de risco para tal ou sintomas que podem indicar que há algo errado, como falta de ar muito forte, arritmias, tonturas, dor no peito ou desmaio.

 

Nada de ficar parado

O que devemos ter em mente, acima de tudo, é que a prática de atividades físicas é essencial para o sistema cardiovascular e a saúde em geral. Entre os benefícios já mencionados, aqui vale reforçar a importância para o controle do peso e da circunferência abdominal - questões que vão muito além da estética. Elas podem causar mudanças na estrutura e no tamanho do coração, além de comprometer o seu funcionamento.

A gordura acumulada contém células capazes de produzir substâncias inflamatórias, que se alojam com facilidade na parede das artérias, formando placas de gordura. O acúmulo destas células gordurosas aumenta o risco de entupimento das artérias. Isso porque as placas podem dificultar ou bloquear a passagem do sangue e, por consequência, desencadear um infarto ou AVC.

Pessoas obesas ou com sobrepeso têm ainda mais chances de desenvolver complicações metabólicas, como diabetes e colesterol alto, também considerados fatores importantes para as doenças do coração. E para dimensionar o que estamos falando, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais.

 

Afinal, quanto de exercício é suficiente?

Você se engana se imagina que é preciso passar horas por dia na academia para proteger seu coração. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 150 minutos por semana de atividades em intensidade aeróbica moderada ou 75 minutos semanais em intensidade aeróbica acentuada já tem impacto positivo significativo para a saúde.

A recomendação no caso das atividades que envolvem força é de, no mínimo, duas horas por semana com intensidade moderada a acentuada. Além disso, o ideal é descansar de 24 a 48 horas o grupo muscular exercitado e revezar entre eles, assim como variar a intensidade dos treinos. E lembre-se: fique atento ao seu corpo. É possível evitar o exagero ao menor indício de sinais.

Se tornar uma pessoa ativa pode ser mais simples do que parece. Se você ainda não conseguiu organizar a sua rotina ou não criou coragem para entrar numa academia ou praticar um esporte regularmente, inclua desde já mais movimento no seu dia a dia ao preferir as escadas em vez do elevador, dançar, aproveitar a energia dos filhos para brincar, fazer trajetos a pé, entre muitas outras possibilidades.

E fica uma última dica: ter passado anos em uma vida sedentária não impede que você inclua a prática de exercícios na rotina em algum momento - mesmo que isso só ocorra após décadas de vida. Sempre é hora de começar!

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/38249-excesso-x-falta-de-exercicios-como-isso-impacta-no-coracao - Escrito por Paulo Chaccur


O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a justiça e a honra.

Provérbios 21:21


domingo, 13 de setembro de 2020

Vitamina C para coronavírus: entenda qual o impacto na imunidade


Deficiência de vitamina C pode prejudicar imunidade e aumentar sensibilidade a doenças infecciosas

 

Os casos de infectados por coronavírus aumentam dia após dia e, por ser uma doença nova, que ainda não tinha sido identificada em humanos, há muitas dúvidas sobre o assunto. Uma delas é a respeito da vitamina C na prevenção da COVID-19.

 

De acordo com Fátima Rodrigues Fernandes, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a vitamina C é um potente antioxidante que contribui para a defesa imunológica, protegendo do estresse oxidativo, promovendo uma barreira contra microorganismos e ainda melhorando as respostas das células da imunidade que eliminam os micróbios.

 

Portanto, é correto afirmar que, quando há deficiência de vitamina C, pode haver prejuízo da imunidade e maior suscetibilidade a infecções. Mas e no caso do coronavírus, a vitamina C pode ser um aliado? Confira abaixo.

 

Vitamina C previne do coronavírus?

A vitamina C não é um método de prevenção do COVID-19, visto que não há estudos comprovando sua capacidade de combate ao vírus.

 

"Em tese, pacientes com problemas de imunidade são mais propensos a terem a doença numa forma mais grave. Por outro lado, estudos demonstram que, nos casos graves, pode ocorrer um excesso na resposta imune, provocando uma grande inflamação nos órgãos na tentativa de eliminar o vírus", explica a diretora da ASBAI.

 

Dessa forma, os principais métodos de prevenção ainda são:

Distanciamento social

Higienização

Não compartilhar objetos de uso pessoal

Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir.

 

Pessoas com doenças cardiovasculares, no sistema digestivo ou respiratório, por exemplo, são grupo de risco para a COVID-19, ou seja, têm mais chances de contrair o vírus. Isso porque, um dos motivos é o fato das doenças citadas comprometerem o sistema imunológico, deixando o paciente mais debilitado e propício à COVID-19.

 

Como aumentar a imunidade

Segundo a diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, Fátima Fernandes, a resposta imune de cada indivíduo é determinada por fatores genéticos e ambientais. Os fatores que podem ajudar a manter um equilíbrio na imunidade são:

 

Alimentação saudável: incluindo vitaminas e minerais que ajudam na função imunológica. "Entretanto, tomar doses altas de uma vitamina ou mineral, sem ter carência, não vai melhorar seu sistema imune e pode até causar intoxicações e insuficiência renal. Pessoas idosas ou em processos de recuperação de doenças podem apresentar deficiências de vitaminas e minerais, necessitando complementação", explica.

 

Vacinação: manter as vacinas recomendadas em dia é essencial para reforçar a imunidade. "Isto vale não só para crianças, mas também para adultos e idosos. Muitas infecções graves podem ser evitadas pela vacinação. E também existem estudos que indicam que indivíduos que têm sua vacinação completa podem ter proteção contra outros microorganismos emergentes e, além disso, ajudam na proteção passiva da comunidade (efeito rebanho)", afirma Fátima Fernandes da ASBAI.

 

Boa higiene: métodos adequados de higiene podem manter germes afastados, evitando que infecções se espalhem para outras pessoas. Lave bem as mãos e cobra nariz e boca ao espirrar ou tossir.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/36186-vitamina-c-para-coronavirus-entenda-qual-o-impacto-na-imunidade - Escrito por Raisa Cavalcante - Redação Minha Vida

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

A tecnologia se tornou um novo tipo de prisão?


O livro "A Nova Idade das Trevas" reflete como os meios digitais ditam nossa vida e cultura e podem impactar o bem-estar social. Jornalista inglês escreve sobre o impacto do mundo ultratecnológico no planeta e na sociedade.

Para o bem ou para o mal, a humanidade nunca mais vai deixar de ser dependente dos computadores. Só que viver em rede — esse estado em que homens e máquinas estão sempre hiperconectados — cobra alguns preços. E quem paga é a nossa civilização, cada vez mais avançada, mas também intolerante e doente. Problematizar como a tecnologia mexe com o planeta e a sociedade é a ambição de A Nova Idade das Trevas, do jornalista inglês James Bridle.

Longe de ser um libelo contra big data, inteligência artificial e afins, o ensaio ilumina fenômenos que, no mínimo, pedem reflexão, caso da exploração dos nossos dados na internet, dos mecanismos que escolhem o que vamos assistir, dos efeitos do sistema no meio ambiente e das teorias da conspiração.

A primeira lição da nova idade das trevas é reconhecer que não compreendemos todas as engrenagens desse mundo ultratecnológico. E é isso o que nos convoca a pensar, repensar e agir.

Pontos de atenção
A obra nos convida a rever processos e comportamentos

Efeito climático: a rede global de fios e cabos que dá vida à internet consome um volume imenso de energia.

Crianças na telinha: a falta de controle em canais de vídeo vem expondo os pequenos a conteúdos bizarros.

Máquina no comando: na era dos aplicativos, deixamos o computador tomar conta das nossas rotas e escolhas.

Sua vida à mostra: uma série de serviços virtuais extrai dados pessoais e analisa nossos hábitos.

A anticiência: narrativas sem pé nem cabeça se disseminam a rodo, alimentando teorias da conspiração e fake news.

Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/livro-a-nova-idade-das-trevas/ - Por Diogo Sponchiato - Ilustração: Paul Reid/Getty Images

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O que é a musicoterapia e qual o seu potencial?


A música está ganhando poder de remédio para silenciar males tão distintos quanto dor e depressão. Entenda como ela afeta a cabeça e o corpo

Antes de falar da musicoterapia, cabe pensar no efeito da música. Veja só: a cacatua Snowball virou febre no YouTube. Seus vídeos chegam a 7 milhões de visualizações. Neles, a ave dança e chacoalha a cabeça ao som de hits do cantor Michael Jackson e da banda Queen. Esse requebrado todo chamou a atenção de cientistas das universidades americanas Tufts e Harvard, que resolveram investigar a fundo essa habilidade única. Eles descobriram que o pássaro, morador de um santuário na cidade de Duncan, na Carolina do Sul (EUA), é capaz de realizar 14 movimentos, que variam conforme a batida das canções.

O bailado de Snowball pode até parecer inusitado e arrebatar milhões de espectadores. Mas você já parou pra pensar sobre a influência que a música tem sobre nós, seres humanos? Afinal, ela está presente em todas as fases da vida e dita o ritmo das mais variadas situações e momentos. Pode reparar: até mesmo os bebês recém-nascidos fazem sons com a boca e são atraídos por barulhos muito antes de dizerem as primeiras palavras.

Para a ciência, não há dúvidas de que a música tem um impacto nas emoções, no comportamento e, em última análise, até na saúde de cada um de nós. Quando tocamos um instrumento ou ouvimos alguma gravação, diversas áreas do cérebro são instigadas — poucas atividades intelectuais têm um efeito tão amplo.

“Regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros”, destrincha a enfermeira Eliseth Leão, pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, na capital paulista.


Mas essas reações não se limitam à massa cinzenta. Experimentos mundo afora vêm testando e reconhecendo o poder terapêutico das melodias para enfrentar os males que abalam a mente e também o corpo. Tanto é que estudiosos já ousam encará-las como um remédio de verdade, com prescrição de dose e esquema de uso.

Os trabalhos pioneiros nessa área foram iniciados na psiquiatria e mostraram que as composições têm um papel a cumprir em doenças como a ansiedade e a depressão.

“Elas também são capazes de reduzir o nível de estresse durante um procedimento cirúrgico, baixam a pressão arterial e a frequência cardíaca e até aceleram a recuperação após uma sessão de exercícios físicos”, lista o fisiologista Vitor Engrácia Valenti, da Universidade Estadual Paulista, em Marília, que publicou uma série de pesquisas que investigam essas questões. Mas será que todos os estilos musicais têm o mesmo efeito?

Os efeitos de cada estilo musical na saúde
Intuitivamente, nós sabemos selecionar o melhor tipo de som para cada ocasião. Na academia de ginástica, por exemplo, preferimos ritmos mais acelerados, que ajudam a dar aquele gás extra para o esforço físico. Já durante a meditação ou a leitura, apostamos em composições mais calmas, que auxiliam a focar e relaxar. Mas é preciso considerar que isso muda de acordo com o lugar onde você nasceu.

“Na cultura ocidental, batidas mais rápidas e progressivas são sinal de alegria, enquanto um compasso lento denota certa tristeza”, ensina o neurocientista Raphael Bender, do Centro Estadual de Educação Profissional Professora Lourdinha Guerra, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em alguns países orientais, essa lógica se inverte.

Com base nessas observações, cientistas começaram a questionar se havia um estilo musical que fosse mais vantajoso que os outros. A escolha natural na maioria das pesquisas são as músicas clássicas compostas por Mozart, Bach ou Vivaldi. “É impressionante como elas continuam a transmitir uma mensagem mesmo após três ou quatro séculos de seu lançamento”, observa Eliseth.

Porém, não dá pra cravar que esse seja o estilo mais saudável de todos. Ora, se você não curte a Nona Sinfonia de Beethoven, escutá-la repetidamente só vai deixá-lo mais incomodado. Por isso, nesse processo é essencial botar na balança os gostos pessoais de cada um.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-e-a-musicoterapia/ - Por André Biernath - Ilustracão: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Grounded running: um jeito mais seguro de correr?


Especialistas testam um tipo de passada que mal tira os pés do chão para minimizar o risco de lesões

Há basicamente duas maneiras de correr em velocidade baixa: uma é tentar manter a dinâmica das passadas aceleradas, dando pequenos saltos, e o outro se parece mais com a marcha atlética (aqui, praticamente não há um momento em que ambos os pés ficam no ar). Essa segunda “modalidade” ganhou o apelido de grounded running em inglês, ou corrida térrea na tradução livre.

Pois pesquisadores belgas e japoneses compararam essas técnicas em um experimento com 30 homens e publicaram os resultados no periódico Medicine & Science in Sports & Exercise. Em suma, os voluntários tiveram que experimentar os dois métodos em cima de uma esteira que mantinha sempre a mesma velocidade.

“O impacto e a sobrecarga muscular foram menores com a grounded running”, revela o cinesiologista Dirk de Clercq, da Universidade de Ghent, na Bélgica, e coordenador da investigação. Ao contrário do imaginado, as duas práticas queimaram um número parecido de calorias.

Benefícios do grounded running

Músculos: essa forma de sair correndo por aí reduz em 34% a sobrecarga muscular, segundo aquele artigo do belga Dirk de Clercq.

Pernas: a grounded running não funciona em altas velocidades. Nos ritmos menos intensos, ela consiste em abrir mais os membros inferiores em vez de saltitar.

Chão: em comparação com a corrida normal, a versão térrea gerou um impacto 35% menor com o solo.

Pés: como consequência do movimento das pernas, há sempre (ou quase sempre) um pé em contato com o chão.


domingo, 26 de maio de 2019

Milhares de casos de câncer estão ligados a este hábito fácil de controlar


Sua dieta pode ter mais impacto sobre o seu risco de câncer do que você imagina. De acordo com um novo estudo, 80.110 novos casos de câncer entre adultos nos Estados Unidos em 2015 foram atribuíveis simplesmente a má alimentação.

“Isso equivale a cerca de 5,2% de todos os casos de câncer invasivo diagnosticados entre adultos nos EUA em 2015”, disse Fang Fang Zhang, epidemiologista da Universidade Tufts, em Boston, principal autora do estudo. “Essa proporção é comparável ao fator de risco de câncer atribuível ao álcool”.

Dados
O estudo incluiu dados sobre a ingestão alimentar de adultos com 20 anos ou mais registrados entre 2013 e 2016 pela Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos EUA, bem como dados sobre a incidência nacional de câncer coletados em 2015 pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Os pesquisadores avaliaram sete fatores dietéticos: baixa ingestão de vegetais, frutas, grãos integrais e produtos lácteos, e alta ingestão de carnes processadas, carnes vermelhas e bebidas açucaradas, como o refrigerante.
 “O baixo consumo de grãos integrais foi associado à maior carga de câncer nos EUA, seguido por baixa ingestão de laticínios, alta ingestão de carne processada, baixa ingestão de vegetais e frutas, alto consumo de carne vermelha e alto consumo de bebidas açucaradas”, resumiu Zhang.

Comer alimentos orgânicos reduz seu risco de câncer?
A equipe utilizou um modelo comparativo de avaliação de risco. As estimativas foram feitas usando associações de câncer e dieta encontradas em estudos separados.
Por exemplo, estudos anteriores forneceram fortes evidências de que um alto consumo de carne processada aumenta o risco de câncer colorretal enquanto um baixo consumo de grãos integrais diminui o risco de câncer colorretal. “No entanto, nosso estudo quantificou o número e a proporção de novos casos de câncer que são atribuíveis a uma dieta ruim em nível nacional”, explicou Zhang.

Detalhes
Mais especificamente, os pesquisadores descobriram que 38,3% dos casos de câncer relacionados à dieta eram cânceres colorretais, a maior proporção vista pelo estudo.
Além disso, homens de 45 a 64 anos e minorias étnicas, incluindo negros e hispânicos, foram os mais afetados pelo diagnóstico de câncer associado à dieta, em comparação com outros grupos.
Vale notar que o estudo tem algumas limitações, incluindo o fato de que os dados não podem esclarecer como a associação entre dieta e risco de câncer pode mudar à medida que a pessoa envelhece.

Alimente-se melhor
A dieta está entre os poucos fatores de risco facilmente modificáveis ​​para a prevenção do câncer, o que ressalta a necessidade de melhorarmos a ingestão de grupos de alimentos e nutrientes essenciais.
Os alimentos ultraprocessados estão ​​ocupando uma parte crescente da dieta mundial. Um estudo de 2016 descobriu que 60% das calorias na dieta média americana vêm desse tipo de alimento, e um estudo de 2017 descobriu que elas compõem metade da dieta canadense e britânica. Além disso, mais da metade dos países em desenvolvimento está começando a comer dessa maneira também.
A comida ultraprocessada é interessante por sua conveniência – no mundo moderno, um alimento que já vem pronto e é saboroso parece uma boa escolha. No entanto, essas opções – como salgadinhos, nuggets, sucos em pó, bolachas, refeições congeladas – são pouco saudáveis.

Pesquisa descobre ligação entre alimentos ultraprocessados e câncer
Uma pesquisa publicada na revista médica JAMA Internal Medicine mostrou que as pessoas enfrentam um risco 14% maior de morte prematura a cada 10% de aumento na quantidade de alimentos ultraprocessados ​​que ingerem. Além disso, outro estudo divulgado na mesma revista concluiu que pessoas que frequentemente comem alimentos orgânicos diminuíram seu risco geral de desenvolver câncer. Ou seja, troque o fast food por uma refeição nutritiva e orgânica sempre que puder.

O novo estudo foi publicado na revista científica JNCI Cancer Spectrum. [CNN]


quinta-feira, 2 de maio de 2019

Abuso de álcool pode ter impacto maior na saúde das mulheres


Organismo feminino tem menos água e por isso demora mais para metabolizar a bebida

Embora o maior consumo de álcool sempre tenha sido atribuído aos homens, nos últimos anos, as mulheres têm aumentado significativamente seu uso tanto na quantidade como em relação à frequência. Um estudo publicado na BMJ Open em 2016 mostrou que, em um século, essa diferença entre homens e mulheres tem diminuído. No início do século 20, os homens apresentavam risco 3,6 vezes maior de sofrer consequências negativas relacionadas ao consumo nocivo de álcool do que as mulheres. Esse número diminuiu para 1,3 vez no início do século 21.

No Brasil, o mais recente Relatório Global sobre Álcool e Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), demonstra essa mesma tendência. Em 2010, 5,2% das mulheres reportaram o uso de álcool no padrão Beber Pesado Episódico (BPE), quando é ingerida grande quantidade de álcool em curto período de tempo. Em 2016, esse índice subiu para 6,9%. Vale ressaltar que este padrão de consumo está associado a diversos problemas agudos, como acidentes, violência e amnésia alcoólica, além de prejuízos de longo prazo.

É alarmante notar que essa mudança de padrões tem ocorrido também entre as adolescentes. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015 (IBGE, 2016), com alunos do 9º ano do ensino fundamental (entre 13 e 15 anos), indicou que, tanto a experimentação quanto o consumo atual de bebidas alcoólicas (nos 30 dias que antecederam a pesquisa), foram maiores entre as meninas para a experimentação (56,1% frente a 54,8% entre os meninos) e para o consumo atual (25,1% contra 22,5%).

Mulheres são mais sensíveis
"As mulheres, em especial, são mais sensíveis aos efeitos do álcool devido a diversos fatores como, por exemplo, os menores níveis das enzimas metabolizadoras do álcool e menor quantidade de água no organismo".

Os dados preocupam. Essa tendência à equiparação no consumo de álcool poderá representar desigualdade nos resultados para a saúde, pois as mulheres são mais sensíveis aos efeitos dessa substância do que os homens devido a diferenças na composição biológica entre os sexos. Um dos motivos é a menor quantidade de água presente no corpo feminino, o que faz com que o álcool fique muito mais concentrado em seu organismo. Além disso, também apresenta menores níveis das enzimas que metabolizam o álcool, demorando mais para eliminá-lo do organismo.

Isso faz com que, quando consumidas as mesmas quantidades de bebidas alcoólicas que os homens, elas apresentem níveis mais elevados de álcool no sangue e demorem mais tempo para metabolizá-lo, ou seja, os efeitos iniciam mais rapidamente e tendem a ser mais duradouros. Com isso, elas têm maior probabilidade de ter problemas relacionados ao álcool (dependência e outros danos à saúde) com níveis de consumo mais baixos e/ou em idade mais precoce do que os homens.

Acredito que as transformações do papel da mulher nas últimas décadas possam explicar a tendência de se igualarem aos homens em relação a comportamentos vistos anteriormente como masculinos, como o consumo de álcool em padrões mais pesados. Outros fatores que podem influenciar neste aumento são: estresse da dupla jornada de trabalho, conquista de melhores condições socioeconômicas, maior convivência com homens bebedores, maior aceitação social do uso, entre outros.

Um problema de saúde pública
Em suma, o uso pesado de álcool tem implicações relevantes em termos de saúde pública, pois está associado a riscos para a saúde e a consequências sociais, não só ao bebedor, mas também àqueles que estão próximos a ele. Por isso, como médico e pesquisador da área, creio que políticas de prevenção futuras devam contemplar os padrões mais pesados de consumo de bebidas alcoólicas, independente do gênero, visando reduzir os prejuízos causados por esse tipo de comportamento.


sábado, 5 de agosto de 2017

O impacto da alimentação e da atividade física na menopausa

Os sintomas e riscos à saúde associados à menopausa podem ser reduzidos por meio de uma reeducação nutricional associada aos exercícios físicos

A menopausa é a interrupção permanente da menstruação. Podendo ocorrer naturalmente ou de forma artificial, após procedimentos clínicos ou cirúrgicos que levem à parada da produção hormonal ovariana.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1996), a menopausa natural é definida por 12 meses consecutivos de amenorréia, sem outra causa patológica ou psicológica evidente, não existindo nenhum indicador biológico independente e adequado para caracterizá-la. É relacionada à atresia fisiológica dos folículos primordiais, ocorrendo geralmente entre 40 e 55 anos.

Sintomas e consequências
O período climatérico costuma se apresentar com uma variedade de sintomas que afetam a qualidade de vida. Dentre eles, destacam-se os vasomotores, como fogachos e sudorese, a atrofia genital, transtornos psicológicos, alterações de humor, aumento da gordura abdominal e alterações nos aspectos da pele, cabelo e unhas.
O déficit estrogênico também está associado à maior incidência de doença coronariana, assim como a uma maior taxa de mortalidade por doença cardiovascular. As mulheres na menopausa perdem a proteção relativa às doenças coronárias, devido às modificações no perfil lipídico que ocorrem com a deficiência estrogênica.
O hipoestrogenismo aumenta o colesterol total e a LDL-colesterol, que é aterogênica (produz mudanças degenerativas nas paredes arteriais), por diminuição dos receptores hepáticos. São observadas ainda aumento no risco de osteoporose e fraturas osteoporóticas devido à diminuição da densidade mineral óssea nesse período.

Uma boa dieta ajuda a minimizar as mudanças
Estes sintomas podem provocar prejuízo pessoal e implicação social de grande importância. Essas mudanças podem ser prevenidas e amenizadas com um melhor controle dietético:
A ingestão de isoflavonas demonstra um estímulo no estrogênio (hormônio feminino) em mulheres no climatério, diminuindo assim os sintomas de fogachos e alterações de humor. Boas fontes de isoflavona são soja em grãos, proteína de soja texturizada, tofu e leite de soja. Mas nesse caso em especial, a ingestão desses alimentos deve ser feita de forma individualizada, de acordo com o histórico familiar de câncer de mama;
A gordura abdominal se localiza muito próxima das vísceras, sendo danosa para a saúde. Para ajudar no controle e prevenção a mulher pode incluir alimentos ricos em ácidos graxos insaturados, como ômega 3 (peixes de água fria) e ômega 6 (azeite de oliva);
O aumento da oxidação ocorre nessa fase, caracterizando o envelhecimento acelerado, além das alterações nos aspectos da pele, cabelo e unhas. E para minimizar, o uso de antioxidantes está relacionado ao combate de radicais livres que causam essas alterações. Podem ser incluídos na dieta alimentos ricos em vitamina C (frutas cítricas, tomate), betacaroteno (folhas verde-escuras, cenoura, mamão, abóbora, melancia), vitamina E, zinco, selênio e manganês;
A perda de cálcio é muito comum, portanto, ingerir boas fontes desse micronutriente podem deixar os ossos mais resistentes. Podendo ser encontrado no leite e derivados, sardinhas, brócolis e folhas de mostarda, por exemplo. As recomendações de cálcio são de 1000 mg/dia na faixa etária de 19 a 50 anos e de 1200 mg/dia na faixa etária de 51 a 70 anos. Atingir estas recomendações é um desafio considerável, visto que a ingestão de alimentos fontes pelas mulheres no climatério fica aquém do recomendado.

Atividade física é essencial
Portanto, mulheres no climatério e menopausa devem procurar uma reeducação nutricional focada na prevenção dos fatores de riscos, no entanto, nada disso terá um bom efeito se houver sedentarismo.
Aliada a nutrição e à alimentação correta, é de suma importância, a pratica regular de atividade física, um misto da forma aeróbia, corridas, caminhadas e bikes, com exercícios anaeróbios como cross fit, musculação e pilates.


sábado, 8 de agosto de 2015

Impacto do estresse no seu corpo

Uma somatória de situações leva ao desconforto que, além do desgaste mental, pode causar doenças físicas

Durante um dia difícil no trabalho, quem nunca sentiu irritação, acompanhada de falta de ar e de concentração? Tais sinais, típicos do estresse, têm-se tornadocomum entre os brasileiros. “O problema é acumulativo. Dificilmente você vai reagir por algo que está acontecendo agora”, explica Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association (ISMA) do Brasil (RS). “Não existe um motivo único que leve ao estresse. Tudo depende de como a pessoa interpreta cada situação.” Daniela Guimarães Iaquinta Cipriano, psicóloga (Campinas – SP), alerta que o estresse não é doença. “É um desgaste físico e mental que com o tempo pode levar a outras patologias.”

E classifica os estressores: “Os externos são os problemas financeiros, discussões, violência e o clima. Já os internos surgem a partir de como a pessoa é, age e enfrenta o mundo”, diz. “Há pessoas que são fábricas de estresse para si mesmo, interpretando tudo de forma negativa”, completa.
O QUE ALIVIA O DESCONFORTO

75,74% conversam com amigos e familiares.
62,45% praticam esportes ou apoio espiritual.
42% pedem ajuda psicológica.
16,23% procuram a acupuntura.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/bem-estar/impacto-do-estresse-no-seu-corpo/5249/ - Texto Priscila Pegatin / Ilustração: Isa Santos - por Marília Alencar

segunda-feira, 24 de junho de 2013

11 dicas para construir ou reformar com menos impacto ambiental

Comprou um terreno e vai começar a construir uma casa? Finalmente vai fazer a tão esperada reforma? Veja algumas formas de tornar o seu projeto viável e sustentável, com menos impacto para o meio ambiente e para o seu bolso.

1. Planeje. A decisão de construir ou reformar exige conhecimento sobre o que você quer fazer, o que permite um melhor controle do orçamento e a viabilização do projeto. O primeiro passo de um bom planejamento é ir até a prefeitura de sua cidade buscar informações sobre as regras exigidas. Essas normas estão previstas no Código de Obras e Edificações do Município.

2. Fique atento à geração de resíduos. Em geral, muita coisa vai para o lixo após reformas e construções. No primeiro caso, tente reaproveitar e reciclar materiais. Hoje em dia, está muito em moda “garimpar” madeiras, portas, janelas e outros materiais de demolição. Azulejos, louças e armários antigos podem ser doados para que outras pessoas os reaproveitem.

3. Ao construir, preserve as espécies nativas existentes no terreno, já que elas garantem a estabilidade do solo e refrescam o ambiente. A vegetação do entorno da edificação combina a evapotranspiração das plantas com isolamento térmico. Outra coisa importante é adaptar seu projeto à topografia natural do terreno, para evitar o impacto do deslocamento de muita terra.

4. Considere as peculiaridades da região onde você mora. Os materiais e as técnicas devem sempre ser utilizados conforme o clima de cada região. Afinal, é a casa que deve estar de acordo com o clima, não o contrário. Isso também minimiza o consumo de energia. Se for o caso, utilize coberturas verdes, que proporciona melhor conforto térmico e ajuda na retenção de águas pluviais.

5. A disposição dos ambientes em uma residência pode criar condições prévias de conforto ou desconforto. Cabe ao projeto arquitetônico assegurar o grau adequado de insolação e ventilação natural para cada ambiente. Por isso, aproveite a luz natural nos ambientes e otimize as condições de ventilação natural, garantindo a ventilação cruzada.

6. O aquecimento solar de água, especialmente para o banho, consiste na instalação de placas sensíveis à luz do sol nos telhados. O investimento pode ser recuperado com a economia na conta de luz.

7. Se possível, instale sensores de ocupação que desligam as luzes sempre que o cômodo estiver desocupado. Outras boas soluções que ajudam a economizar são o dimmer, dispositivo que regula a intensidade luminosa, e os sensores de presença nos ambientes.

8. Pinte os cômodos da casa com cores claras. Cores escuras absorvem luz. E não custa lembrar: atente-se ao tipo de tinta que você vai usar na sua casa. Muitas contêm Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) como benzeno, tolueno e xilenos, que têm grande potencial tóxico. Prefira tintas à base de água. Veja neste post o que você deve saber sobre substâncias tóxicas das tintas antes de comprá-las.

9. Para economizar água, troque a descarga com válvulas por aquelas que acompanham caixas de 6 litros de água. Outro recurso é a caixa de descarga com fluxo duplo (3 e 6 litros, a menor quantidade de água é para a descarga do xixi). Cisternas para armazenagem de água da chuva também são uma boa ideia. Você pode utilizar a água para regar jardins, lavar a varanda…

10. Priorize o uso de madeira certificada, o que garante que o produto foi extraído de forma correta e é proveniente de florestas com manejo adequado.

11. Se possível, separe um espaço para fazer compostagem de resíduos orgânicos. Hoje em dia, existem composteiras domésticas disponíveis no mercado, adaptando-se, inclusive, a apartamentos – veja aqui como fazer.

Fonte: Cartilha Construções e Reformas Sustentáveis, do Ministério do Meio Ambiente - Imagem: Getty Images