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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Estresse e má alimentação: entenda os riscos para o coração


Setembro é marcado pelo Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio e de conscientização sobre saúde mental. E a relação entre equilíbrio emocional, qualidade da alimentação e bem-estar do coração é cada vez mais evidente. Segundo especialistas, o estresse constante e hábitos alimentares inadequados podem aumentar significativamente o risco de doenças cardiovasculares.

 

A cardiologista, com especialização em nutrologia, Dra. Lívia Sant'Ana alerta que cuidar da mente e da nutrição é fundamental para proteger o coração. "O estresse prolongado gera aumento de hormônios como o cortisol e a adrenalina, que elevam a pressão arterial, favorecem inflamações e sobrecarregam o sistema cardiovascular. Quando isso se soma a uma alimentação rica em ultraprocessados, açúcares e gorduras ruins, o impacto é ainda maior", explica.

 

Como a rotina potencializa o estresse

A rotina acelerada, preocupações financeiras e pressões sociais têm feito crescer os índices de ansiedade e depressão no Brasil. Para a médica, essas condições não devem ser vistas apenas como problemas emocionais, mas também como fatores de risco para doenças cardíacas.

 

"O coração sente os reflexos da mente. Pessoas ansiosas ou em sofrimento psíquico tendem a ter alterações de sono, comer de forma compulsiva, abusar de cafeína ou álcool, e tudo isso contribui para picos de hipertensão, aumento de colesterol e arritmias", afirma Dra. Lívia.

 

Uma das estratégias apontadas pela especialista é usar a alimentação como ferramenta de prevenção. "Alimentos ricos em triptofano, como banana, aveia, nozes e sementes, ajudam na produção de serotonina, que melhora o humor e reduz a ansiedade. Da mesma forma, peixes ricos em ômega-3, vegetais verde-escuros e frutas cítricas contribuem para reduzir processos inflamatórios e proteger os vasos sanguíneos", explica.

 

Ela ressalta ainda a importância de evitar excessos de açúcar, frituras e comidas industrializadas. "Esses alimentos aumentam o risco de resistência à insulina, obesidade e acúmulo de gordura nas artérias, agravando os efeitos negativos do estresse no coração", acrescenta.

 

Pequenos - e importantes - passos

De acordo com a médica, pequenas mudanças de hábitos podem trazer grande impacto positivo.

 

"Práticas como meditação, exercícios físicos regulares, sono de qualidade e uma nutrição equilibrada não só controlam a ansiedade como também fortalecem a saúde cardiovascular. É um cuidado integrado: mente e corpo precisam estar em sintonia", destaca Dra. Lívia.

 

Para ela, o Setembro Amarelo é também um momento de lembrar que saúde mental e saúde física caminham juntas.

 

"Cuidar da mente é cuidar do coração. Procurar ajuda profissional diante de sinais de ansiedade intensa ou depressão é um ato de coragem e de prevenção, não apenas contra o sofrimento emocional, mas também contra doenças cardíacas que podem surgir como consequência", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/estresse-e-ma-alimentacao-entenda-os-riscos-para-o-coracao,d4c4b7b33bb819f88c33c03ba79f197fo3zfse45.html?utm_source=clipboard - Por: Sofia Tavares / Revista Malu - Foto: Revista Malu

domingo, 26 de maio de 2019

Milhares de casos de câncer estão ligados a este hábito fácil de controlar


Sua dieta pode ter mais impacto sobre o seu risco de câncer do que você imagina. De acordo com um novo estudo, 80.110 novos casos de câncer entre adultos nos Estados Unidos em 2015 foram atribuíveis simplesmente a má alimentação.

“Isso equivale a cerca de 5,2% de todos os casos de câncer invasivo diagnosticados entre adultos nos EUA em 2015”, disse Fang Fang Zhang, epidemiologista da Universidade Tufts, em Boston, principal autora do estudo. “Essa proporção é comparável ao fator de risco de câncer atribuível ao álcool”.

Dados
O estudo incluiu dados sobre a ingestão alimentar de adultos com 20 anos ou mais registrados entre 2013 e 2016 pela Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição dos EUA, bem como dados sobre a incidência nacional de câncer coletados em 2015 pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Os pesquisadores avaliaram sete fatores dietéticos: baixa ingestão de vegetais, frutas, grãos integrais e produtos lácteos, e alta ingestão de carnes processadas, carnes vermelhas e bebidas açucaradas, como o refrigerante.
 “O baixo consumo de grãos integrais foi associado à maior carga de câncer nos EUA, seguido por baixa ingestão de laticínios, alta ingestão de carne processada, baixa ingestão de vegetais e frutas, alto consumo de carne vermelha e alto consumo de bebidas açucaradas”, resumiu Zhang.

Comer alimentos orgânicos reduz seu risco de câncer?
A equipe utilizou um modelo comparativo de avaliação de risco. As estimativas foram feitas usando associações de câncer e dieta encontradas em estudos separados.
Por exemplo, estudos anteriores forneceram fortes evidências de que um alto consumo de carne processada aumenta o risco de câncer colorretal enquanto um baixo consumo de grãos integrais diminui o risco de câncer colorretal. “No entanto, nosso estudo quantificou o número e a proporção de novos casos de câncer que são atribuíveis a uma dieta ruim em nível nacional”, explicou Zhang.

Detalhes
Mais especificamente, os pesquisadores descobriram que 38,3% dos casos de câncer relacionados à dieta eram cânceres colorretais, a maior proporção vista pelo estudo.
Além disso, homens de 45 a 64 anos e minorias étnicas, incluindo negros e hispânicos, foram os mais afetados pelo diagnóstico de câncer associado à dieta, em comparação com outros grupos.
Vale notar que o estudo tem algumas limitações, incluindo o fato de que os dados não podem esclarecer como a associação entre dieta e risco de câncer pode mudar à medida que a pessoa envelhece.

Alimente-se melhor
A dieta está entre os poucos fatores de risco facilmente modificáveis ​​para a prevenção do câncer, o que ressalta a necessidade de melhorarmos a ingestão de grupos de alimentos e nutrientes essenciais.
Os alimentos ultraprocessados estão ​​ocupando uma parte crescente da dieta mundial. Um estudo de 2016 descobriu que 60% das calorias na dieta média americana vêm desse tipo de alimento, e um estudo de 2017 descobriu que elas compõem metade da dieta canadense e britânica. Além disso, mais da metade dos países em desenvolvimento está começando a comer dessa maneira também.
A comida ultraprocessada é interessante por sua conveniência – no mundo moderno, um alimento que já vem pronto e é saboroso parece uma boa escolha. No entanto, essas opções – como salgadinhos, nuggets, sucos em pó, bolachas, refeições congeladas – são pouco saudáveis.

Pesquisa descobre ligação entre alimentos ultraprocessados e câncer
Uma pesquisa publicada na revista médica JAMA Internal Medicine mostrou que as pessoas enfrentam um risco 14% maior de morte prematura a cada 10% de aumento na quantidade de alimentos ultraprocessados ​​que ingerem. Além disso, outro estudo divulgado na mesma revista concluiu que pessoas que frequentemente comem alimentos orgânicos diminuíram seu risco geral de desenvolver câncer. Ou seja, troque o fast food por uma refeição nutritiva e orgânica sempre que puder.

O novo estudo foi publicado na revista científica JNCI Cancer Spectrum. [CNN]