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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

6 dicas para você curtir um Carnaval mais sustentável


Confete, serpentina, glitter… Será que a gente não encontra opções para todos eles?

A contagem regressiva para a época mais esperada do ano pelos foliões começou! E se você é que nem a gente e não perde uma festinha ou um bloquinho de rua, já deve ter percebido como os locais ficam depois que todo mundo vai embora. É um amontoado de confete, serpentina, glitter e copos descartáveis que não tem fim.

E por que não fazer a sua parte? Com pequenas mudanças, você pode aproveitar o Carnaval de 2020 de uma maneira muito mais sustentável, fazendo boas escolhas para o planeta e sem peso na consciência. Quer saber como? Confira as nossas 6 dicas:

1 – Aposte em uma maquiagem sustentável
O glitter é presença confirmada nas makes carnavalescas. O problema é que a maioria das marcas utilizam microplásticos para fabricar o pózinho brilhante. São pedaços tão pequenos do material que não dá para removê-los nas estações de tratamento de esgoto — e, por isso, eles acabam contaminando rios e lagos.
Para você ter uma ideia, análises de plânctons da década de 60 já apontavam quão prejudicial o glitter é para a fotossíntese desse microorganismos. Sem contar que ele pode ser confundido e ingerido por outros animais marinhos.
Mas não vá pensando que a gente deve abandonar o brilho e o glamour nessa época do ano. Muitas marcas já disponibilizaram versões biodegradáveis do produto, e a preços bem bacanas. É o caso da marca Pantys, que vende um potinho por aproximadamente R$15 cada. Veja aqui.
E já que estamos falando de uma produção mais sustentável, porque não apostar em itens veganos para a sua preparação? Pode ser uma sombra ou pigmento bem coloridos (veja aqui), um batom (veja aqui) ou até um protetor solar (veja aqui)!

2 – Recicle suas fantasias
Já parou para pensar em quantas penas sintéticas e lantejoulas você já usou nas fantasias dos seus Carnavais? Vale, este ano, reciclar alguma coisa que está guardada no armário. Que tal algumas inspirações direto do Pinterest?

3 – Leve seu próprio copo e canudo
Se você vai aproveitar os eventos realizados em lugares abertos, como praças e ruas, vai querer levar o próprio copo e canudo reutilizáveis. Assim, você evita usar os descartáveis, que geram muito mais lixo.
Algumas pessoas já começaram a se preocupar com isso: no ano passado, por exemplo, a produção de resíduos durante o carnaval de São Paulo caiu em 42 toneladas. Isso mesmo! Em 2018, a cidade acumulou 958 toneladas de lixo nas festividades. Em 2019, o número caiu para 916. Que tal contribuir para a quantidade diminuir ainda mais em 2020? Encontre aqui algumas opções.
Mas se mesmo assim você precisar comprar algum líquido, prefira os que vêm em latinhas. O alumínio é mais facilmente reciclado do que outros materiais. E os catadores agradecem!

4 – Confetes e serpentinas, só se forem feitos em casa
Afinal, eles são de papel, e dão mais volume para o monte de lixo produzido. Vários tutoriais ensinam como fazer o seu punhado em casa utilizando jornais velhos, bloquinhos usados e até folhas secas do quintal.

5 – Vá de transporte público
Por dois  motivos: o trânsito nesse período sempre está um caos. E os transportes públicos (ou até bicicletas e patinetes) são alternativas sustentáveis aos carros. Às vezes até vale um aplicativo de carona, viu?!

6 – Escolha o local
Não é só você que tem que se preocupar com o meio ambiente durante o Carnaval. Os organizadores das festas também! O Bloco Sargento Pimenta, de São Paulo, faz parcerias com ONGs de catadores de lixo e reciclagem. Vale procurar quem são os foliões eco-friendly da sua cidade!

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/estilo-de-vida/6-dicas-para-voce-curtir-um-carnaval-mais-sustentavel/ - Por Amanda Panteri - gpointstudio/Thinkstock/Getty Images

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Envelhecimento sustentável, um propósito de vida


Nossa colunista reflete sobre a importância de ter e renovar objetivos para ganhar mais saúde física e mental

Início de ano é um momento propício para fazer um balanço do período anterior e reavaliarmos nossas expectativas e projetos para a próxima temporada. Entre os idosos, então, esse momento costuma trazer consigo um convite para ressignificar a vida e encontrar novos sentidos à existência. Como se faz isso? Descobrindo novos propósitos.

Ter propósito(s) é um requisito obrigatório para que o indivíduo mais velho se sinta ativo e estimulado. Estabelecer objetivos norteia as razões pelas quais levantamos toda manhã, o porquê de ir e vir, de continuar respirando….

Além do aspecto existencial e filosófico, a ciência nos encoraja a buscar propósitos. Pesquisas mostram que isso é um instrumento capaz de melhorar a saúde mental e emocional durante o envelhecimento e inclusive aprimorar a capacidade física.

Em um estudo publicado no respeitado periódico médico JAMA Psychiatry, cientistas observaram, entre mais de 4 mil homens e mulheres acima de 50 anos, que aqueles com uma meta de vida estabelecida envelheciam melhor fisicamente: apresentavam maior força na marcha e vigor para caminhar e executar tarefas diárias.

Quando somos jovens, pouco pensamos na velhice, embora seja grande a perspectiva de podermos vivenciá-la. Dificilmente “ser idoso” entra nas resoluções de Ano Novo ou nos planos para o futuro. A maioria das pessoas se esquece de incluir o tópico “vou me preparar para envelhecer bem” entre seus projetos de vida. Se você já o faz, acredite: pertence a uma minoria.

É comum ver gente passando a vida focada na carreira ou no acúmulo de bens e riqueza. Ok, nada de errado em conquistar recursos e propriedades. Mas o que acontece quando isso “acaba”? Quando chega o momento de se aposentar? Soa desnorteador, não é mesmo?

Daí, mais do que nunca, vem a importância do propósito. De redirecionar as habilidades e perspectivas para o que pode ser um recomeço, com a oportunidade, inclusive, de usar aquilo que já sabemos fazer.

Propósito remete muitas vezes a aprender coisas novas. Dançar, cozinhar, falar outro idioma, adotar e cuidar de um animal de estimação, cultivar um jardim, ajudar outras pessoas… Quando nos sentimos parte ativa do universo ao qual pertencemos, nos sentimos mais úteis e inspirados a aproveitar o momento ao máximo.

O propósito é um grande mestre na arte de nos ensinar o que fazer com o tempo livre na velhice e a superar problemas e ausências.

Manter objetivos, independentemente da idade, traz fôlego para passar dos 70, 80, 90, 100 anos de idade. Porque ninguém é apenas um número anunciando uma projeção crescente na porcentagem de idosos da população brasileira. Cada um tem sua história… e seus sonhos.

Como bem disse o estadista inglês Winston Churchill (1874-1965): “Não é suficiente ter vivido. Devemos estar determinados a viver por algo.”

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/envelhecimento-sustentavel-um-proposito-de-vida/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

segunda-feira, 24 de junho de 2013

11 dicas para construir ou reformar com menos impacto ambiental

Comprou um terreno e vai começar a construir uma casa? Finalmente vai fazer a tão esperada reforma? Veja algumas formas de tornar o seu projeto viável e sustentável, com menos impacto para o meio ambiente e para o seu bolso.

1. Planeje. A decisão de construir ou reformar exige conhecimento sobre o que você quer fazer, o que permite um melhor controle do orçamento e a viabilização do projeto. O primeiro passo de um bom planejamento é ir até a prefeitura de sua cidade buscar informações sobre as regras exigidas. Essas normas estão previstas no Código de Obras e Edificações do Município.

2. Fique atento à geração de resíduos. Em geral, muita coisa vai para o lixo após reformas e construções. No primeiro caso, tente reaproveitar e reciclar materiais. Hoje em dia, está muito em moda “garimpar” madeiras, portas, janelas e outros materiais de demolição. Azulejos, louças e armários antigos podem ser doados para que outras pessoas os reaproveitem.

3. Ao construir, preserve as espécies nativas existentes no terreno, já que elas garantem a estabilidade do solo e refrescam o ambiente. A vegetação do entorno da edificação combina a evapotranspiração das plantas com isolamento térmico. Outra coisa importante é adaptar seu projeto à topografia natural do terreno, para evitar o impacto do deslocamento de muita terra.

4. Considere as peculiaridades da região onde você mora. Os materiais e as técnicas devem sempre ser utilizados conforme o clima de cada região. Afinal, é a casa que deve estar de acordo com o clima, não o contrário. Isso também minimiza o consumo de energia. Se for o caso, utilize coberturas verdes, que proporciona melhor conforto térmico e ajuda na retenção de águas pluviais.

5. A disposição dos ambientes em uma residência pode criar condições prévias de conforto ou desconforto. Cabe ao projeto arquitetônico assegurar o grau adequado de insolação e ventilação natural para cada ambiente. Por isso, aproveite a luz natural nos ambientes e otimize as condições de ventilação natural, garantindo a ventilação cruzada.

6. O aquecimento solar de água, especialmente para o banho, consiste na instalação de placas sensíveis à luz do sol nos telhados. O investimento pode ser recuperado com a economia na conta de luz.

7. Se possível, instale sensores de ocupação que desligam as luzes sempre que o cômodo estiver desocupado. Outras boas soluções que ajudam a economizar são o dimmer, dispositivo que regula a intensidade luminosa, e os sensores de presença nos ambientes.

8. Pinte os cômodos da casa com cores claras. Cores escuras absorvem luz. E não custa lembrar: atente-se ao tipo de tinta que você vai usar na sua casa. Muitas contêm Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) como benzeno, tolueno e xilenos, que têm grande potencial tóxico. Prefira tintas à base de água. Veja neste post o que você deve saber sobre substâncias tóxicas das tintas antes de comprá-las.

9. Para economizar água, troque a descarga com válvulas por aquelas que acompanham caixas de 6 litros de água. Outro recurso é a caixa de descarga com fluxo duplo (3 e 6 litros, a menor quantidade de água é para a descarga do xixi). Cisternas para armazenagem de água da chuva também são uma boa ideia. Você pode utilizar a água para regar jardins, lavar a varanda…

10. Priorize o uso de madeira certificada, o que garante que o produto foi extraído de forma correta e é proveniente de florestas com manejo adequado.

11. Se possível, separe um espaço para fazer compostagem de resíduos orgânicos. Hoje em dia, existem composteiras domésticas disponíveis no mercado, adaptando-se, inclusive, a apartamentos – veja aqui como fazer.

Fonte: Cartilha Construções e Reformas Sustentáveis, do Ministério do Meio Ambiente - Imagem: Getty Images