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sábado, 6 de junho de 2020

A importância da água para a saúde física e mental


Boca seca, pele ressecada, cansaço… Muitas pessoas têm relatado tais sintomas durante a quarentena e, apesar de vários fatores poderem estar contribuindo para isso, tem uma possível razão que pode ser muito simples: Você não está bebendo água. Pois saiba que a importância dela vai além da sua saúde física. Ela também atinge sua saúde mental

Não é exagero dizer que água é vida. Além de representar cerca de 60% do peso do corpo de um adulto, o líquido é fundamental para células e tecidos. Também é o meio onde ocorrem todas as reações químicas e metabólicas, da digestão ao transporte de nutrientes para todo o organismo humano. Sendo assim, uma boa hidratação, é essencial para preservar a saúde física e mental.

Principais funções da água no organismo
Transporte de nutrientes
Segundo a nutricionista e diretora clínica da Dietnet Nutrição, Saúde e Bem-Estar, Lara Natacci, “a água é importante para tudo, pois todas as reações do corpo ocorrem em meio aquoso, tanto o que colocamos para dentro, através da digestão e da absorção, como o que eliminamos com as excreções”. A água funciona como um meio de transporte dos nutrientes e de qualquer outra substância para todo o nosso organismo. E também transporta os resíduos, ajudando a eliminar as toxinas, principalmente pela urina.

Proteção e bom funcionamento do cérebro
A maior parte do cérebro é composta por água, presente também no líquor, que lubrifica as membranas que o envolvem. Esse líquido ajuda a proteger a massa encefálica no caso de deslocamento do crânio. O cérebro é um tecido metabolicamente muito ativo e, por isso, requer muitos nutrientes, que melhoram, por exemplo, a comunicação entre os neurônios.

Equilíbrio da temperatura
Ela também serve como um regulador da temperatura corporal, através da transpiração, como forma de resfriar o corpo. Por isso, suamos mais em dias quentes ou quando nos exercitamos.

Respiração, articulações e funções renais
O líquido age ainda como um lubrificante, amortecendo as articulações e evitando o atrito entre os ossos. Também auxilia na respiração, pois dilui o muco, o que facilita a expectoração de resíduos pulmonares. Além disso, reduz a retenção de líquidos, estimulando as funções renais.

Hidratação e proteção da pele
A água também colabora para manter a pele hidratada e, por consequência, mais viçosa e bonita, prevenindo o envelhecimento precoce. Segundo a dermatologista Luiza Archer, “pessoas que não têm uma boa ingestão de água ficam com a pele seca. Sem essa hidratação de dentro para fora, a formação do filme lipídico, que é a barreira que protege a pele e o couro cabeludo contra as agressões externas, como infecções, não consegue se formar adequadamente”.

Quando falta água no corpo
Sem esse “líquido milagroso”, não sobrevivemos mais do que poucos dias. Lara explica que “como a água participa de todos os processos do corpo, podemos ter um prejuízo no metabolismo em geral, na eliminação de toxinas, nas funções dos órgãos e até da função cardíaca”. Mas essa é a fase mais grave da desidratação, que também pode ocorrer por causa de alguma doença em que se perde muito líquido em pouco tempo, como é o caso de muitas viroses.
Porém, mesmo em níveis mais baixos, a falta de água prejudica a saúde física e até mesmo da mente, levando a um declínio cognitivo. Um estudo de 2018, realizado pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, revela que apenas algumas horas de atividade vigorosa no calor, sem beber líquidos ou comer, pode afetar bastante a concentração. Os pesquisadores descobriram que as pessoas desidratadas, quando realizaram testes que exigiam atenção a detalhes ou testes que eram monótonos, foram as que mostraram mais dificuldade.
Algumas doenças de pele, como acne e dermatite seborreica ou caspa, também podem piorar com a falta de água. Para saber se a pele está desidratada, a dermatologista explica que “a pele vai ficando um pouco mais opaca e, em alguns casos, acinzentada. É uma descamação bem fina, que ocorre antes da descamação mais forte. Nesse ponto, ela pode começar a coçar. Outra maneira de perceber é no toque, ao sentir a pele áspera. Quando ela está bem hidratada, fica macia e sedosa. E, por último, a pele fica muito seca, irritada e vermelha. Algumas regiões podem até ferir”.

Como saber se você está bebendo pouca água
Para saber se o corpo não está hidratado o suficiente e que é preciso reforçar a ingestão diária de líquidos, observe alguns sinais de alerta, como:

• Boca seca
• Prisão de ventre
• Fezes duras e secas
• Urina concentrada, de cor e cheiro mais fortes
• Inchaço devido à retenção de líquidos
• Pele ressecada
• Fraqueza
• Tontura
• Sonolência
• Dor de Cabeça

Quantidade ideal de água por dia
Perdemos água por urina, suor, respiração e fezes e, em geral, essa perda pode variar de 1,5 a 3 litros por dia. Por isso, é tão importante uma reidratação adequada e a quantidade exata para isso depende de uma série de fatores como prática de atividades físicas, umidade do ar, peso corporal e alimentação – quem consome alimentos industrializados e com muito sal vai precisar de mais água do que quem come legumes e verduras, assim como quem mora em cidades quentes perde mais água do que quem vive em locais frios.
“É muito individual o quanto cada pessoa precisa de líquido, por isso é difícil conseguir quantificar com exatidão. Existe um consenso de que um adulto normal, com uma dieta de 2 mil calorias diárias deveria ingerir uma média de 2 litros de líquidos por dia, considerando a alimentação. Esse cálculo é feito sob a recomendação de que para cada caloria consumida, deveríamos ingerir 1 ml de água. No caso de crianças, são 1,5 ml por caloria”, explica Lara.
Outra forma utilizada de calcular é através do peso corporal:
35 ml X kg
(No caso de um adulto de 60 kg, seriam necessários 2,1 litros por dia)

 
Frequência
A forma que bebemos água também é importante. Não temos um sistema de reservatório no nosso corpo, por isso “ingerir tudo de uma vez pode sobrecarregar o sistema renal e o sistema de eliminação. Devemos beber água ao longo do dia, de forma constante”, explica a nutricionista.
Líquido além do necessário não aumenta os efeitos da hidratação, porém tomar uma quantidade exagerada pode ser perigoso. “Quando se atinge ou passa de 10 litros por dia, algumas pessoas podem ter uma espécie de intoxicação por água. Elas podem diminuir o sódio do corpo, perder coordenação muscular e ter desfechos mais graves, levando até à morte”, diz Lara.

Água X atividade física
A sede é um bom indicador da água no organismo. O cérebro é avisado pelas células desidratadas que o volume de líquidos no corpo diminuiu, provocando a necessidade de tomar água. Mas isso não vale para idosos, crianças, pessoas doentes e para quem pratica atividades físicas, que devem se hidratar mais, mesmo sem sede.
Existe uma relação direta entre as atividades físicas e a perda de água. É preciso levar em conta intensidade e duração do treino, além das características individuais do praticante e as condições ambientais.
“É muito importante se hidratar antes, durante e depois da atividade física. No geral, antes de começar a se exercitar, recomendo tomar um copo grande de água, de 400 a 500 ml, dependendo da atividade. Durante a atividade física, a cada meia hora, tome pelo menos um copo de 250 ml e outro ao final. Mas o ideal é individualizar o consumo, pesando a pessoa antes e depois da atividade para ver o quanto ela perdeu de líquido, considerando o que ela ingeriu. Assim, podemos saber qual foi a quantidade perdida durante o exercício”
No caso de quem pratica atividades muito exaustivas e transpiram demais, é preciso ter o acompanhamento profissional de um instrutor esportivo, já que será necessário repor também eletrólitos, como sódio, potássio e magnésio.

Fontes de água
Chás, sucos naturais e água de coco podem ser incluídos ao longo do dia e contar na ingestão de líquidos, “mas a água também precisa ser ingerida sozinha porque a sua absorção é mais rápida”, diz Lara. E a com gás hidrata da mesma maneira que a regular.
Para quem não gosta ou tem dificuldade para beber água, a sugestão é adotar a água saborizada (veja receitas aqui). Basta adicionar rodelas de alguma fruta, como laranja, limão e abacaxi, ou hortelã e gengibre, para conseguir uma água saborosa e natural, que é mais indicada do que as opções já prontas, que podem conter açúcar e conservantes.

Não vale
Na conta de bebidas que hidratam, não entram refrigerante e álcool, que não são boas fontes de hidratação. “O consumo de bebida alcoólica aumentou agora na quarentena. Por isso, é importante se hidratar para ter menos efeitos no organismo. Eu recomendo alternar uma taça de vinho com um copo grande de água e o mesmo quando for tomar uma cerveja. A água também vai ajudar a ter menos efeitos ruins no dia seguinte, como dor de cabeça, náusea e mal-estar”, diz Lara.
É importante ainda lembrar que uma grande parte da água vem dos alimentos. Quanto menos gorduras, mais água presente – vegetais e frutas, por exemplo, possuem entre 80 e 90% de líquido em sua composição.

A água na visão da alquimia
A abordagem alquímica acredita que a água mais alcalina e ionizada pode trazer muitos benefícios para saúde, devido, principalmente, ao seu poder antioxidante
Segundo o alquimista floral Joel Aleixo, “a melhor água é a natural, sem nenhum tipo de manipulação, sem flúor e sem cloro. Mas nem todos têm acesso à água mineral e os processos de filtragem e de purificação da água da torneira, que é mais pesada e ácida, acabam também por retirar os seus minerais”.

A água alcalina é aquela que tem o PH acima de 7 (neutro)
Abaixo disso, ela é ácida. Para deixar a água da torneira menos ácida, ele indica colocar uma colher de café de bicarbonato de sódio, diluído em 20 litros de água. Já para enriquecer a água com cálcio e magnésio, basta colocar a mesma proporção de uma colher de café de dolomita, uma pedra natural facilmente encontrada no mercado, em 20 litros de água. Ele recomenda fazer os dois procedimentos ao mesmo tempo. “São elementos da natureza, minerais que são vitais para o corpo. Apenas eles, juntos, já oferecem uma água muito melhor para a saúde e os efeitos são evidentes em pouco tempo”, acredita Joel.

Ionização da água
Outra forma de obter uma água leve e mais próxima a da natureza é o processo de ionização da água. Ele explica que “toda água corrente da natureza, de cachoeiras, rios e de fontes cristalinas é naturalmente ionizada. É uma água mais leve e rica em minerais”.
Existem filtros especiais que prometem ionizar a água, mas, segundo ele, é possível fazer isso em casa. “Se você colocar a sua garrafa de água no sol durante 10 minutos ela já estará ionizada e combinada com cálcio e magnésio, liberados durante o processo. Você vai ver muitas bolhas na água por causa do oxigênio que é liberado das moléculas da água. É uma água muito saudável para o corpo”.
De acordo com o profissional, por ser mais leve, a água ionizada é melhor absorvida pelo organismo. “Ela também é antioxidante, alcalinizada, desintoxicante e hidratante, além de melhorar a saúde como um todo e ajudar na imunidade”, diz.

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/especiais/a-importancia-da-agua-para-a-saude-fisica-e-mental/ - Por Claudia Garcia | Ilustração de Helena Sbeghen

domingo, 23 de junho de 2019

Saúde física e mental associada com otimismo e sabedoria - ou com a solidão


"Algum declínio cognitivo ao longo do tempo é inevitável, mas seu efeito não é claramente uniforme e, em muitas pessoas, não é clinicamente significativo - pelo menos em termos de impacto em sua sensação de bem-estar e desfrute da vida," disse o Dr. Dilip Jeste.

Abordagem holística

O avanço da idade está amplamente associado ao declínio da saúde cognitiva, física e mental.

Mas como fatores distintos, como sabedoria, solidão, renda e qualidade do sono, impactam - para o bem e para o mal - o funcionamento físico e mental dos idosos?

O Dr. Dilip Jeste e seus colegas na Universidade da Califórnia de San Diego e da IBM Research adotaram esse enfoque mais amplo e chegaram a conclusões que podem ampliar a abordagem de cuidados que especialistas e autoridades de saúde costumam difundir.

Eles descobriram que a saúde física correlaciona-se com a função cognitiva e com a saúde mental. Mais especificamente, a função cognitiva mostrou-se significativamente associada à mobilidade física, à sabedoria e à satisfação com a vida.

Já a saúde física mostrou-se associada ao bem-estar mental e à resiliência - além da menor idade.

A saúde mental, por sua vez, está ligada ao otimismo, autocompaixão, nível de renda e níveis mais baixos de solidão e distúrbios do sono.

"A maioria das pessoas se concentra em doenças e fatores de risco, como a velhice, a dieta pouco saudável e a falta de atividade. Isso é importante, é claro, mas também precisamos nos concentrar nas áreas que compõem a pessoa como um todo.

"Traços psicológicos, como otimismo, resiliência, sabedoria e autocompaixão mostraram-se protetores, enquanto a solidão parece ser um fator de risco. Uma pessoa de 85 anos pode estar funcionando melhor do que uma pessoa de 65 anos devido aos fatores de proteção e de risco," detalhou Jeste.

Cuidar da população mais velha

O Dr. Jeste afirma que mais estudos longitudinais holísticos como este, envolvendo diversas amostras de idosos, são necessários para determinar se as variáveis psicossociais e outras são potenciais riscos ou fatores de proteção relacionados à saúde e às doenças cognitivas, físicas e mentais.

"O objetivo final seria desenvolver novas intervenções focadas na saúde com base em tais pesquisas. Centros de terceira idade na comunidade devem incorporar atividades que abordam aspectos físicos, sociais e mentais. Todos nós podemos fazer algo para melhorar e fortalecer a qualidade de vida da nossa população que envelhece," finalizou ele.


sábado, 18 de maio de 2019

Por que o tempo passa mais rápido conforme envelhecemos? A física pode responder


Sensação de duração do tempo

Os cientistas acreditam ter encontrado uma explicação para a sensação de que nossos dias na infância pareciam infindáveis, enquanto os dias atuais parecem voar - esta explicação está na física, dizem Adrian Bejan e colegas da Universidade Duke (EUA).

De acordo com a nova teoria, essa aparente discrepância temporal pode ser atribuída à velocidade cada vez mais lenta na qual as imagens são obtidas e processadas pelo cérebro humano à medida que o corpo envelhece.

"As pessoas costumam se surpreender com o quanto se lembram de dias que pareciam durar para sempre na juventude. Não é que as experiências delas fossem muito mais profundas ou mais significativas, é que estavam sendo processadas em disparo rápido," disse Bejan.

O pesquisador atribui essa sensação do tempo passando mais rápido às mudanças físicas no envelhecimento do corpo humano. À medida que teias emaranhadas de nervos e neurônios amadurecem, elas crescem em tamanho e complexidade, levando a caminhos mais longos para os sinais atravessarem. À medida que esses caminhos começam a envelhecer, eles também se degradam, dando mais resistência ao fluxo de sinais elétricos.

Esses fenômenos fazem com que a velocidade na qual novas imagens mentais são adquiridas e processadas diminua com a idade. Isso é evidenciado pela frequência com que os olhos dos bebês se movem em comparação aos olhos dos adultos, observou Bejan - como os bebês processam imagens mais rapidamente do que os adultos, seus olhos se movem com mais frequência, adquirindo e integrando mais informações.

Interpretações do tempo

O resultado final na interpretação do pesquisador é que, como as pessoas mais velhas estão visualizando menos imagens novas no mesmo período de tempo real, parece que o tempo está passando mais rapidamente.

"A mente humana sente o tempo mudar quando as imagens percebidas mudam," detalha Bejan. "O presente é diferente do passado porque a visão mental mudou, não porque seu relógio andou. Os dias pareciam durar mais em sua juventude porque a mente jovem recebe mais imagens durante um dia do que a mesma mente na velhice."

A teoria foi publicada na revista European Review e aguarda as opiniões de outros especialistas em busca de outras interpretações possíveis: Se processamos menos imagens conforme envelhecemos, não seria o caso de sentirmos o mundo cada vez mais em câmera lenta?


domingo, 3 de fevereiro de 2019

Envelhecimento sustentável, um propósito de vida


Nossa colunista reflete sobre a importância de ter e renovar objetivos para ganhar mais saúde física e mental

Início de ano é um momento propício para fazer um balanço do período anterior e reavaliarmos nossas expectativas e projetos para a próxima temporada. Entre os idosos, então, esse momento costuma trazer consigo um convite para ressignificar a vida e encontrar novos sentidos à existência. Como se faz isso? Descobrindo novos propósitos.

Ter propósito(s) é um requisito obrigatório para que o indivíduo mais velho se sinta ativo e estimulado. Estabelecer objetivos norteia as razões pelas quais levantamos toda manhã, o porquê de ir e vir, de continuar respirando….

Além do aspecto existencial e filosófico, a ciência nos encoraja a buscar propósitos. Pesquisas mostram que isso é um instrumento capaz de melhorar a saúde mental e emocional durante o envelhecimento e inclusive aprimorar a capacidade física.

Em um estudo publicado no respeitado periódico médico JAMA Psychiatry, cientistas observaram, entre mais de 4 mil homens e mulheres acima de 50 anos, que aqueles com uma meta de vida estabelecida envelheciam melhor fisicamente: apresentavam maior força na marcha e vigor para caminhar e executar tarefas diárias.

Quando somos jovens, pouco pensamos na velhice, embora seja grande a perspectiva de podermos vivenciá-la. Dificilmente “ser idoso” entra nas resoluções de Ano Novo ou nos planos para o futuro. A maioria das pessoas se esquece de incluir o tópico “vou me preparar para envelhecer bem” entre seus projetos de vida. Se você já o faz, acredite: pertence a uma minoria.

É comum ver gente passando a vida focada na carreira ou no acúmulo de bens e riqueza. Ok, nada de errado em conquistar recursos e propriedades. Mas o que acontece quando isso “acaba”? Quando chega o momento de se aposentar? Soa desnorteador, não é mesmo?

Daí, mais do que nunca, vem a importância do propósito. De redirecionar as habilidades e perspectivas para o que pode ser um recomeço, com a oportunidade, inclusive, de usar aquilo que já sabemos fazer.

Propósito remete muitas vezes a aprender coisas novas. Dançar, cozinhar, falar outro idioma, adotar e cuidar de um animal de estimação, cultivar um jardim, ajudar outras pessoas… Quando nos sentimos parte ativa do universo ao qual pertencemos, nos sentimos mais úteis e inspirados a aproveitar o momento ao máximo.

O propósito é um grande mestre na arte de nos ensinar o que fazer com o tempo livre na velhice e a superar problemas e ausências.

Manter objetivos, independentemente da idade, traz fôlego para passar dos 70, 80, 90, 100 anos de idade. Porque ninguém é apenas um número anunciando uma projeção crescente na porcentagem de idosos da população brasileira. Cada um tem sua história… e seus sonhos.

Como bem disse o estadista inglês Winston Churchill (1874-1965): “Não é suficiente ter vivido. Devemos estar determinados a viver por algo.”

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/envelhecimento-sustentavel-um-proposito-de-vida/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

5 formas como ser gentil melhora sua saúde física e mental


São estudos acadêmicos que comprovam!

Tratar as outras pessoas – todas elas – com respeito, ter uma palavra boa para dizer a alguém (e, se não tiver, simplesmente ficar quieta), pedir licença, agradecer, ceder o lugar no transporte coletivo para alguém que precise dele mais do que você são algumas atitudes que definem uma pessoa gentil. E, além de tudo isso tornar o mundo um lugar mais gostoso, sua saúde é beneficiada quando você pratica a gentileza.

Pesquisadores de diversos países todo têm estudado como os atos gentis afetam a saúde física e mental de quem os incorpora à rotina, e os resultados são sempre positivos. Trazemos, a seguir, os resultados mais interessantes.

Ser gentil alivia sintomas de ansiedade
Em um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá), voluntários que passavam por tratamento de ansiedade receberam a missão de praticar um ato de gentileza por dia. Podia ser o que cada um quisesse, de abrir uma porta a pagar uma refeição para outra pessoa. Depois de quatro semanas, todos os voluntários estavam mais relaxados, mais propensos a circular socialmente, com a respiração e os batimentos cardíacos mais estáveis e com os níveis de dopamina e serotonina (hormônios da felicidade) mais altos.

Ser gentil protege seu coração
Por falar em batimentos cardíacos mais estáveis, um estudo conduzido pela Universidade de Miami (EUA) observou que pessoas gentis têm uma produção aumentada de ocitocina, o hormônio do amor – o mesmo que é liberado quando a mulher entra em trabalho de parto e durante a amamentação, entre outras situações. A ocitocina mantém a pressão arterial equilibrada, previne contra inflamações vasculares e protege o coração de maneira geral.

Ser gentil ajuda no tratamento da depressão
A consagrada psicóloga Barbara Lee Fredrickson, autora de livros como “Amor 2.0: A Ciência a Favor dos Relacionamentos” e professora e diretora do Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia da Universidade da Carolina do Norte, conduziu um estudo sobre a relação entre a gentileza e a depressão.

Alunos em tratamento no Departamento de Psiquiatria da universidade foram convidados a interagir entre eles, seguindo “comandos” de gentileza mútua. Aos poucos, os atos gentis se tornaram naturais e as orientações formais foram dispensadas. Os alunos mostraram menos tendência ao isolamento – uma das características da depressão – e maior propensão a chamar as pessoas para pequenos programas, como tomar um café.

Ser gentil diminui as dores do corpo
Outro hormônio produzido quando somos gentis é a endorfina, considerada nosso “analgésico” natural, pois equilibram o ritmo da respiração e bloqueiam a dor. Isso foi notado em um estudo clínico realizado por Nigel Mathers, da Universidade de Sheffield (Reino Unido), no hospital daquela instituição.
Em resumo: pessoas internadas com dores musculares e de articulação tiveram uma melhora significativa depois de estimuladas a serem gentis com os profissionais que as atendiam e com os outros pacientes, e essa sensação boa acompanhava direitinho a elevação na produção da endorfina.

Ser gentil aumenta a expectativa de vida
Pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA) concluíram que quem presta serviço voluntário por prazer tende a viver 5 anos a mais do que a expectativa de vida da população geral. Ao mesmo tempo, um estudo da Universidade da Califórnia (EUA) observou que pessoas que se dedicam a mais de um voluntariado têm 44% menos risco de morrer cedo. Isso tudo tem a ver com a produção dos hormônios já mencionados aqui e com a diminuição do estresse no dia a dia.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

Alimentação pode e deve ser uma aliada da performance física


A alimentação adequada é de fundamental importância na busca pela melhora da performance física

No dia a dia do consultório de nutrólogos e nutricionistas, sempre aparecem as dúvidas sobre o tipo e a forma de alimentação que melhore os resultados musculares, energéticos e promova um sucesso competitivo. A alimentação adequada, juntamente com a prática de atividade física, é de fundamental importância na busca pela melhora da performance física.

Alimentação balanceada
Os macronutrientes presentes na dieta, carboidratos, proteínas e lipídeos, atuam de maneira conjunta para que os resultados previamente estabelecidos sejam atingidos. Para indivíduos que praticam exercícios de natureza não competitiva, uma dieta balanceada, conforme o que é recomendado para a população, em geral é suficiente para a manutenção da saúde e bom desempenho esportivo.

Para o planejamento alimentar, deve-se considerar a rotina de treino do indivíduo (intensidade e modalidade), preferências alimentares, patologias e condição econômica. O exercício, dependendo da intensidade e duração, é capaz de utilizar rapidamente os estoques de glicogênio muscular, que é uma reserva energética, podendo levar à redução rápida dessa disponibilidade e consequentemente ao cansaço.

Para manter estoques elevados de glicogênio muscular e energia durante a atividade física, a dieta deve ser rica em carboidratos no período que antecede o treino. Além disso, é importante que a refeição no pré-treino seja pobre em gorduras e fibras para facilitar o processo de digestão e não causar desconforto gástrico.

O que consumir antes do treino?
Os alimentos mais indicados para consumir antes do treino são carboidratos de baixo índice glicêmico (pão integral, cereais, aveia, batata-doce, mandioca), isto é, que fornecem energia de forma mais gradativa. Estes podem ser combinados com uma fonte de proteína, como ovos, frango, peixe, queijo ou iogurte. O ideal é se alimentar até duas horas antes de treinar, caso a refeição seja o café-da-manhã ou lanche. Se o pré-treino for uma refeição principal, o mais indicado é consumir três horas antes.

E o pós-treino?
A alimentação pós-treino tem como principal objetivo o restabelecimento das reservas hepáticas e musculares de glicose, além da otimização da recuperação muscular. Isso é possível através do consumo de proteínas de alto valor biológico (ovos, frango, atum) e de carboidratos de alto índice glicêmico (arroz branco, massas, batata, tapioca, frutas secas). O recomendado é se alimentar de trinta minutos a duas horas após o término da atividade física.

Uma alimentação para cada objetivo
Quando o objetivo é emagrecimento, o pós-treino pode ser uma refeição sólida ou líquida após 30 minutos da sessão de treino. Caso o objetivo seja ganho de massa muscular, é indicado o consumo de uma refeição líquida imediatamente após o treino. Nesta situação, é importante consultar um profissional especializado para avaliar a necessidade de suplementação.

Atualmente, já existem no mercado opções de suplementos de origem vegetal (a base de proteína de arroz e de ervilha) para o público vegano ou para aqueles que não toleram muito bem suplementos provenientes de outras fontes de proteína.

É importante incluir antioxidantes na alimentação
O exercício físico é um processo que gera estresse para o nosso organismo, favorecendo a formação de radicais livres. Dessa forma, os alimentos antioxidantes conferem proteção às nossas células. Os principais nutrientes com ação antioxidante que podem ser incluídos na dieta são: vitamina E (sementes, castanhas, gérmen de trigo); vitamina C (acerola, goiaba, kiwi, espinafre); zinco (carnes, castanhas); selênio (castanhas, grãos, carnes) e ômega 3 (sardinha, salmão, arenque).

Para além dos cuidados alimentares, é fundamental a hidratação, tanto durante cada sessão de exercício como ao longo do dia. Portanto, não se esqueça e tenha sempre uma garrafinha por perto.