São estudos acadêmicos que comprovam!
Tratar as outras pessoas – todas elas – com
respeito, ter uma palavra boa para dizer a alguém (e, se não tiver,
simplesmente ficar quieta), pedir licença, agradecer, ceder o lugar no
transporte coletivo para alguém que precise dele mais do que você são algumas
atitudes que definem uma pessoa gentil. E, além de tudo isso tornar o mundo um
lugar mais gostoso, sua saúde é beneficiada quando você pratica a gentileza.
Pesquisadores de diversos países todo têm estudado
como os atos gentis afetam a saúde física e mental de quem os incorpora à
rotina, e os resultados são sempre positivos. Trazemos, a seguir, os resultados
mais interessantes.
Ser gentil alivia sintomas de ansiedade
Em um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica
(Canadá), voluntários que passavam por tratamento de ansiedade receberam a
missão de praticar um ato de gentileza por dia. Podia ser o que cada um
quisesse, de abrir uma porta a pagar uma refeição para outra pessoa. Depois de
quatro semanas, todos os voluntários estavam mais relaxados, mais propensos a
circular socialmente, com a respiração e os batimentos cardíacos mais estáveis
e com os níveis de dopamina e serotonina (hormônios da felicidade) mais altos.
Ser gentil protege seu coração
Por falar em batimentos cardíacos mais estáveis, um
estudo conduzido pela Universidade de Miami (EUA) observou que pessoas gentis
têm uma produção aumentada de ocitocina, o hormônio do amor – o mesmo que é
liberado quando a mulher entra em trabalho de parto e durante a amamentação,
entre outras situações. A ocitocina mantém a pressão arterial equilibrada,
previne contra inflamações vasculares e protege o coração de maneira geral.
Ser gentil ajuda no tratamento da depressão
A consagrada psicóloga Barbara Lee Fredrickson,
autora de livros como “Amor 2.0: A Ciência a Favor dos Relacionamentos” e
professora e diretora do Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia da
Universidade da Carolina do Norte, conduziu um estudo sobre a relação entre a
gentileza e a depressão.
Alunos em tratamento no Departamento de Psiquiatria
da universidade foram convidados a interagir entre eles, seguindo “comandos” de
gentileza mútua. Aos poucos, os atos gentis se tornaram naturais e as
orientações formais foram dispensadas. Os alunos mostraram menos tendência ao isolamento
– uma das características da depressão – e maior propensão a chamar as pessoas
para pequenos programas, como tomar um café.
Ser gentil diminui as dores do corpo
Outro hormônio produzido quando somos gentis é a
endorfina, considerada nosso “analgésico” natural, pois equilibram o ritmo da
respiração e bloqueiam a dor. Isso foi notado em um estudo clínico realizado
por Nigel Mathers, da Universidade de Sheffield (Reino Unido), no hospital
daquela instituição.
Em resumo: pessoas internadas com dores musculares e
de articulação tiveram uma melhora significativa depois de estimuladas a serem
gentis com os profissionais que as atendiam e com os outros pacientes, e essa sensação
boa acompanhava direitinho a elevação na produção da endorfina.
Ser gentil aumenta a expectativa de vida
Pesquisadores da Universidade de Michigan (EUA)
concluíram que quem presta serviço voluntário por prazer tende a viver 5 anos a
mais do que a expectativa de vida da população geral. Ao mesmo tempo, um estudo
da Universidade da Califórnia (EUA) observou que pessoas que se dedicam a mais
de um voluntariado têm 44% menos risco de morrer cedo. Isso tudo tem a ver com
a produção dos hormônios já mencionados aqui e com a diminuição do estresse no
dia a dia.
Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/5-formas-como-ser-gentil-melhora-sua-saude-fisica-e-mental/
- Por Raquel Drehmer - Tara Moore/Getty Images