Especialistas testam um tipo de passada que mal tira
os pés do chão para minimizar o risco de lesões
Há basicamente duas maneiras de correr em velocidade
baixa: uma é tentar manter a dinâmica das passadas aceleradas, dando pequenos
saltos, e o outro se parece mais com a marcha atlética (aqui, praticamente não
há um momento em que ambos os pés ficam no ar). Essa segunda “modalidade”
ganhou o apelido de grounded running em inglês, ou corrida térrea na tradução
livre.
Pois pesquisadores belgas e japoneses compararam
essas técnicas em um experimento com 30 homens e publicaram os resultados no
periódico Medicine & Science in Sports & Exercise. Em suma, os
voluntários tiveram que experimentar os dois métodos em cima de uma esteira que
mantinha sempre a mesma velocidade.
“O impacto e a sobrecarga muscular foram menores com
a grounded running”, revela o cinesiologista Dirk de Clercq, da Universidade de
Ghent, na Bélgica, e coordenador da investigação. Ao contrário do imaginado, as
duas práticas queimaram um número parecido de calorias.
Benefícios do grounded running
Músculos: essa forma de sair correndo por aí reduz
em 34% a sobrecarga muscular, segundo aquele artigo do belga Dirk de Clercq.
Pernas: a grounded running não funciona em altas
velocidades. Nos ritmos menos intensos, ela consiste em abrir mais os membros
inferiores em vez de saltitar.
Chão: em comparação com a corrida normal, a versão
térrea gerou um impacto 35% menor com o solo.
Pés: como consequência do movimento das pernas, há
sempre (ou quase sempre) um pé em contato com o chão.
Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/grounded-running-um-jeito-mais-seguro-de-correr/
- Por Theo Ruprecht - Foto: Vasakna/iStock
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