Ginecologista explica quais hábitos são ideais nesse
período que as mulheres passam
As transformações que ocorrem no corpo da mulher em
decorrência da menopausa causam efeitos que alteram a saúde, e por essa razão,
é importante estabelecer hábitos para lidar melhor com os sintomas e além
disso, garantir qualidade de vida.
No processo de envelhecimento feminino há uma queda
gradual dos níveis de estrogênio ovariano. Os efeitos a curto prazo
(pré-menopausa) são: ondas de calor, sudorese, palpitação e sensação de
tontura. A médio prazo (peri-menopausa) podem ocorrer os seguintes efeitos:
atrofia vaginal e cutânea (rugas), alterações urinárias e alterações
psicológicas. Os efeitos a longo prazo (pós-menopausa) são alterações ósseas e
cardiovasculares.
O Dr. Marcelo Condé, ginecologista e obstetra separou
algumas dicas que podem ajudar as mulheres a passarem por esse momento de
maneira mais tranquila.
1 – Cuide da alimentação
A alimentação desempenha um papel muito importante na ocorrência
dos sinais da menopausa, já que pode ser responsável por garantir agravamento
ou alívio desses sintomas. Assim, o ideal é evitar consumir alimentos muito
condimentados por causa dos fogachos e também evitar alimentos muito gordurosos
ou muito processados, já que maior é o risco de doenças cardiovasculares nesse
momento.
É recomendado investir em grãos como a soja, em
alimentos ricos em ômega 3 e, também, em laticínios e alimentos ricos em
cálcio, evitando a ocorrência da osteoporose.
2 – Pratique atividades físicas
A prática de atividades físicas libera um
neurotransmissor chamado serotonina. A serotonina é a responsável por garantir
uma sensação de prazer e bem-estar e por isso praticar atividades físicas é tão
importante, especialmente entre mulheres que experimentam quadros de depressão
e desânimo.
Além disso, a menopausa também tende a enfraquecer os
ossos e a atividade física surge como uma alternativa para garantir maior
resistência. As doenças cardiovasculares também têm seu risco diminuído com a
prática regular de atividades já que a circulação é melhorada.De maneira geral,
é importante escolher atividades mais leves, como caminhar, pedalar, fazer ioga
ou até mesmo nadar. Atividades aquáticas, inclusive, são altamente benéficas
para combater o calor intenso.
3 – Invista na qualidade do sono
A insônia é um dos sintomas comuns da menopausa e quem
deseja saber como lidar com a menopausa de um jeito melhor precisa ter em mente
que uma noite mal dormida pode fazer com que todos os sintomas da menopausa se
potencializem. Preparare o ambiente para que fique o mais confortável possível;
livre-se de distrações, como aparelhos eletrônicos, garantir a temperatura
certa e principalmente não ingerir alimentos que contenham estimulantes antes
da hora de dormir.
4 – Converse com um médico
Também é muito importante conversar com um médico
sobre todas as transformações que a menopausa causa no corpo. Um profissional
capacitado será capaz de identificar quais são os seus maiores desafios e quais
são as medidas mais adequadas para garantir que você tenha o máximo de
qualidade de vida.
Conversar com um médico também ajuda a mulher a
entender um pouco mais sobre as transformações, porque elas ocorrem e quais são
as possibilidades de melhoria, além de receber indicações de tratamento de como
driblar os sintomas da menopausa.
Para saber como driblar os sintomas da menopausa é
preciso investir em uma mudança de hábitos, tornando-se mais saudável e, com
isso, absorvendo melhor o impacto de todas as transformações. Ao cuidar da
alimentação, da movimentação, do sono e conversar com um médico a garantia é de
uma fase muito mais tranquila e saudável.
Você sabia que a secura vaginal pode ocorrer por
diversos fatores e em qualquer idade?
Segundo a Associação Brasileira de Cosmetoginecologia
(ABCGIN), as mulheres no período da menopausa acabam tratando isso com maior
normalidade, acreditando não ser tratável, por conta da idade. O ressecamento
prejudica a plena funcionalidade da vagina, causando dores, incômodos, afetando
a autoestima e a vida sexual.
Quais as causas mais comuns do ressecamento íntimo?
A causa do ressecamento vaginal, na maioria dos casos,
é a diminuição da produção do estrogênio, hormônio responsável por manter a
vagina hidratada. Essa baixa tende a acontecer naturalmente com a idade, sendo
mais perceptível durante a menopausa.
O corpo também pode produzir menos estrogênio durante
a amamentação e também em casos das pacientes que estão em tratamento contra o câncer
(quimioterapia).
A falta de lubrificação pode ocorrer também por
motivos psicológicos, se você se sente muito seca durante o sexo, isto pode
estar acontecendo por falta de estímulo. Caso o ressecamento esteja associado
com a falta de desejo sexual, você pode estar com queda na libido, que pode ser
causada por outras condições.
Para buscar a causa do ressecamento é importante uma
análise completa na sua vida. Não são apenas fatores internos ou uso de
remédios que afetam o bom funcionamento do seu corpo. Doenças psicológicas
tendem a alterar este funcionamento. A ansiedade e depressão podem estar
associadas a secura vaginal, causando baixa de libido e desejo sexual, o que
diminui a lubrificação vaginal, ressecando as mucosas.
A consequência do ressecamento é dolorida para as
mulheres, os sintomas são associados a queimação, coceira, desconforto,
corrimento e dores durante o sexo. Nenhum desses sintomas deve ser considerado
normal, procure um médico.
Como tratar a secura?
Não existe uma solução definitiva para a secura
vaginal. A melhor solução é buscar ajuda profissional para entender a causa do
problema e tratá-la, o procedimento adequado vai depender justamente da causa.
Se o motivo for a baixa hormonal, existem tratamentos como terapias hormonais e
lubrificantes que são paliativos para o problema.
Uma boa opção é o uso de radiofrequência e o laser
vaginal, sendo indolor e muito eficaz para recuperar a umidade, elasticidade e
até espessura da área íntima. É necessário a manutenção para que os efeitos se
prolonguem.
Fonte: Dr. Marcelo Condé, ginecologista e obstetra,
especialista em medicina estética, com atuação nos hospitais Albert Sabin,
Monte Sinai, Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e Hospital Unimed.
Integrante da Associação Brasileira de Cosmetoginecologia.
Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/saude-da-mulher/4-dicas-para-enfrentar-os-sintomas-da-menopausa/
- POR JULIA NATULINI - Shutterstock
O que segue a justiça e a bondade achará a vida, a
justiça e a honra.
Provérbios 21:21