Especialistas apontam as atividades ideais para
fortalecer o esqueleto e blindar o coração durante o climatério - até os
fogachos podem sair de cena.
Para os experts, não há dúvidas: a prática regular
de atividade física no climatério (período caracterizado por alterações
hormonais que culminam na última menstruação) pode evitar, ou ao menos atenuar,
a evolução de problemas capazes de colocar a saúde da mulher em risco. Por
causa do déficit de estrogênio, o hormônio que os ovários param de produzir
nessa fase, o calorão dos fogachos e as variações de humor e disposição dão as
caras.
Além disso, há uma propensão muito maior a males
como diabetes, osteoporose e doenças do coração. E não faltam estudos que
comprovem os benefícios de uma vida ativa para afastar essas encrencas. “A
prática regular e orientada de exercícios é indicada em qualquer fase da vida.
No entanto, quanto antes ela for adotada, melhor para a saúde da mulher”,
reconhece o preparador físico e doutor em ciências da motricidade Ricardo José
Gomes, da Universidade Federal de São Paulo.
Alívio nas ondas de calor
Um trabalho da Universidade Estadual da Pensilvânia,
nos Estados Unidos, sugere que 30 minutos diários de atividade física amenizam
os calores da menopausa. Ainda não se sabe quais são os mecanismos por trás dos
fogachos, mas o fato é que as mulheres que participaram da pesquisa reportaram
uma melhora considerável depois de malhar. O exercício também modula o humor e
reduz o estresse, outros fatores ligados ao aparecimento das ondas de calor”,
diz Steriani Elavsky, especialista em ciência dos movimentos e uma das autoras
da pesquisa.
Saiba quais são as melhores modalidades para quem
está no climatério
1. Hidroginástica
Amiga do coração, só peca por um fator: falta de
impacto, essencial para a prevenção da osteoporose. Por isso, tem de ser
combinada a outros esportes.
2. Caminhada
É a queridinha dos especialistas, sobretudo por não
exigir demais do organismo. Pratique de três a seis vezes por semana, durante,
no mínimo, 30 minutos.
3. Dança
Jazz, dança contemporânea, de salão… Não importa o
tipo. Rodopie na pista de duas a cinco vezes por semana, durante, pelo menos,
30 minutos.
4. Musculação
Deve ser feita de duas a três vezes por semana e, de
preferência, associada a um exercício aeróbico, como corrida. Carga e
intensidade variam caso a caso.
Os efeitos dos exercícios em cada parte do corpo
durante a menopausa
1. Músculos
Com o passar dos anos, a mulher perde muita massa
magra. Fortalecer a musculatura ao redor do joelho, por exemplo, é essencial
para manter o equilíbrio e evitar quedas.
2. Cérebro
Exercitar-se regularmente auxilia na regulação dos
sistemas cerebrais que a depressão desbalança. Melhora, entre outras coisas, a
comunicação entre as células nervosas.
3. Coração
A deficiência de hormônios femininos é responsável
por aumentar o risco de infartos. Invista em exercícios aeróbicos para prevenir
o surgimento de placas nas artérias que irrigam o músculo cardíaco.
4. Abdômen
A falta do hormônio estrogênio tem sua parcela de
culpa, mas o sedentarismo é um dos maiores vilões no quesito barriga. Mexer o
corpo é o melhor remédio.
5. Pâncreas
Combinar musculação e modalidades aeróbicas dá uma
santa ajuda no controle da glicose no sangue porque bota a insulina para
trabalhar – daí seu efeito antidiabetes.
6. Ossos
As atividades físicas de impacto estimulam a
formação de células ósseas. Assim, o esqueleto se mantém menos poroso e mais resistente,
ou seja, livre da osteoporose.
7. Vasos
Sem o estrogênio – de novo! – , a pressão arterial
tende a subir. Caminhada, natação e ciclismo aumentam a flexibilidade dos vasos
e evitam complicações nas pernas, no coração, no cérebro…
Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/malhacao-na-menopausa-conheca-os-melhores-exercicios-para-essa-fase/
- Por Redação M de Mulher - Ilustração: Éber Evangelista/SAÚDE é Vital
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