A parada cardíaca é muito associada ao infarto do miocárdio, mas diversos outros eventos podem levar à cessação dos batimentos do coração
Em novembro de 2022, a cantora Gal Costa sofreu um
infarto agudo no miocárdio aos 77 anos, o que a levou a uma parada cardíaca,
causando seu óbito. O infarto é a causa
mais comum da parada, mas muitos outros fatores podem levar à cessação dos
batimentos cardíacos.
“A parada cardíaca normalmente deve-se a algum evento
que leva o indivíduo a uma arritmia grave, o que põe em risco de vida”, explica
o Dr. Fábio Argenta, médico cardiologista, sócio-fundador e diretor médico da
Saúde Livre Vacinas.
Segundo ele, essa arritmia pode ou não ser reversível,
conforme a expertise dos indivíduos de saúde (socorristas e bombeiros) que
fazem esse primeiro atendimento, além da rapidez que esse socorro ocorre. Ou
seja, nem sempre uma parada cardíaca pode levar à morte.
“Já o ataque cardíaco refere-se ao infarto agudo do
miocárdio que, em muitas das vezes, resulta em parada cardíaca levando a uma arritmia
chamada fibrilação ventricular”, diz o especialista. Nesses casos, se não for
realizada a cardioversão em questão de minutos, a pessoa pode chegar ao óbito.
“Então, o ataque cardíaco, nada mais é que o infarto
do miocárdio. E, infelizmente, metade dos indivíduos que têm um ataque do
miocárdio, não conseguem chegar vivos ao hospital. Destes que chegam, se não
tiverem um atendimento adequado com trombolítico e medicações específicas,
podem vir a óbito também”, explica o cardiologista.
O que pode levar a uma parada cardíaca?
No caso de indivíduos com idade menor que 35 anos, a
parada cardíaca costuma ser consequência de doenças estruturais do coração, que
normalmente são congênitas. É o caso, por exemplo, da miocardiopatia
hipertrófica do ventrículo esquerdo, da displasia arritmogênica do ventrículo
direito, entre outras.
Sem o diagnóstico e com um grande esforço por parte do
indivíduo, que se submete a atividade física mais intensa, há a chance de
desencadear episódios cardíacos a partir dessas patologias. O paciente pode
então sofrer uma arritmia grave e que pode levar a parada cardíaca e morte.
“Por isso, antes de fazer atividade física mais
intensa, mesmo que de forma amadora, é importante fazer a consulta
cardiológica”, alerta o cardiologista.
Já nos indivíduos com idade de 35 anos ou mais, a
principal causa que pode levar a parada cardíaca é o infarto agudo do
miocárdio, em seguida a doença aterosclelotica, que é a formação de placa de
gordura nas artérias coronárias.
Esses quadros também são consequência de outras
comorbidades que somam para levar a pessoa ao infarto. É o caso, por exemplo,
de hipertensão arterial e/ou diabetes, especialmente os casos não controlados.
A parada cardíaca causa algum sintoma prévio?
A parada cardíaca não costuma dar sintomas quando se
deve a doenças estruturais nos indivíduos mais jovens. Por isso, durante um
esforço mais intenso, é comum a pessoa ter uma arritmia e morte súbita, explica
o cardiologista.
Já a parada cardíaca secundária, nos indivíduos com
mais de 30/40 anos, secundária a doença transclerotica, pode dar alguns sinais.
O principal sintoma tem o nome de angina, ou seja, o pré-infarto, que é uma dor
torácica intensa.
O desconforto atinge o lado esquerdo do peito e por
vezes até mesmo a região do estômago, e pode ou não se irradiar para o braço
esquerdo, às vezes para os dois braços e também para a região do pescoço.
“Essa dor cessa quando o indivíduo pára de fazer
aquele esforço. Isso é o que chamamos de angina, o ‘aviso’ do infarto”,
salienta o médico.
A dor é resultado de uma coronária que tem um
entupimento de gordura, mas ainda não fechou por completo. Quando ocorre o
fechamento completo, em que essa placa rompe e há uma oclusão completa, ocorre
o infarto agudo do miocárdio. “Muitas vezes acontece sem aviso prévio, sem
esses sintomas”, diz o especialista.
Prevenção
Os episódios cardíacos podem e devem ser prevenidos
através da consulta cardiológica de rotina, salienta o Dr. Fábio Argenta. “Quem
tem histórico familiar de doença cardiovascular, como, por exemplo, colesterol,
diabetes e hipertensão, já deveria com a idade entre 10 e 18 anos fazer a
primeira consulta”, recomenda.
Caso não tenham eventos genéticos importantes, a
consulta pode ser depois dos 18 anos de idade. Nessa consulta, que inclui exame
físico e eletrocardiograma, o cardiologista irá tanto fazer o diagnóstico de
alguma patologia, quanto certificar-se que o indivíduo está apto para a
atividade física de forma segura.
Quando necessário, o médico especialista poderá dispor
de outros exames, como Fábio explica abaixo:
Ecocardiograma, que avalia doenças estruturais;
Holter 24 horas, que avalia de forma ainda mais
completa certas arritmias;
Mapa de 24 horas, quando se quer fazer um diagnóstico
mais preciso da pressão arterial;
Teste ergométrico, que avalia doenças sistêmicas do
coração;
Ressonância e tomografia cardíaca.
No que tange à prevenção, é indicada a adoção de um
estilo de vida saudável. Isto é, na alimentação, não abusar do sal, evitar o
excesso de comida saturada e, além disso, manter atividade física regular, por
pelo menos 30 minutos e 5 vezes na semana. É importante também evitar a
obesidade, o excesso do consumo de bebida alcoólica e o tabagismo, orienta o
médico cardiologista.
Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/parada-cardiaca-o-que-e-causas-e-consequencias.phtml
- By Milena Vogado - Foto: Shutterstock
Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque
a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.
1 Timóteo 6:11
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