Vou relatar duas histórias que presenciei ao longo de minha vida, uma de ingratidão e outra de gratidão:
É comum nas
escolas ao final do ano letivo, a turma da 3ª série do ensino médio
confeccionar uma placa com o nome dos alunos concludentes. Numa determinada
escola, a turma colocou a seguinte frase na placa: “Agradecemos aos professores
dos últimos 3 anos que nos levaram a vitória”. Ou seja, para os alunos, apenas
os professores do ensino médio tiveram relevância no processo educacional dos
mesmos. Como professor, nunca tinha visto tamanha ingratidão aos professores do
ensino infantil e fundamental, já que eles tiveram uma grande parcela de
contribuição para que ocorresse o ensino-aprendizagem.
Certa vez,
uma pessoa de volta à cidade natal resolveu fazer uma visita a um casal amigo
que há muito tempo não via, para sua surpresa, os dois filhos do casal dormiam
na mesma cama por não haver outra; comovido com aquela situação, foi a uma
loja, comprou uma cama e deu de presente. Algum tempo depois, o casal encontrou
o amigo e mais uma vez agradeceu pelo favor prestado, mas o amigo respondeu que
não lembrava do episódio. A atitude do casal foi a de gratidão e a do amigo de
humildade, por não esperar receber nada em troca pelo seu ato, e ter memória
curta para esquecer o favor oferecido.
A gratidão
é um ato nobre, humilde e grandioso, já a ingratidão é a falta de
reconhecimento e agradecimento por uma pessoa, pelo que recebeu de outra, sendo
o pior defeito do ser humano. A ingratidão dos alunos com os professores que após
terem concluído os estudos, não deram a devida importância e reconhecimento, àqueles
que os educaram do maternal até o ensino superior, e contribuíram nas suas
formações integrais preparando-os para a vida; a ingratidão do filho que coloca
a mãe ou pai no asilo, depois de uma vida de dedicação, amor, educação,
carinho, segurança, orientação, e quando os pais mais precisam do apoio dele,
que é na velhice, são desprezados, esquecidos e abandonados, ficando longe dos
netos, demais familiares e amigos; a ingratidão do homem ou da mulher em
relação ao outro, quando trai no casamento, acabando com o compromisso de
fidelidade, cumplicidade e amor no relacionamento a dois, levando a dissolução
do casamento e da família.
Deus deu o
livre arbítrio ao homem para escolher o caminho a seguir na vida, e
infelizmente tem um ou outro que não acredita existir um Ser superior, Criador
do mundo e de todas as coisas, inclusive do homem, e afirma ser ateu, mesmo
sabendo que Jesus morreu na cruz por todos nós e que assumiu os nossos pecados
para nos salvar. Tem maior ingratidão do que esta? Imagine como deve ser grande
e misericordioso o amor que Ele sente por nós, que mesmo sofrendo tamanha ingratidão,
nos perdoa.
Quando uma
pessoa recebe uma ingratidão é possível sentir tristeza, mágoa e decepção por
alguém que se mostrou egoísta, orgulhosa e silenciosa diante do favor recebido,
que foi logo esquecido, porque o ingrato não conhece a palavra obrigada. Se
você sofrer alguma ingratidão perdoe, como faz Deus todos os dias com os
ingratos que não creem Nele.
Por Professor José Costa
Durante quarenta anos fiquei irado contra aquela geração e
disse: "Eles são um povo de coração ingrato; não reconheceram os meus
caminhos".
Salmos 95:10
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