A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) apoiou esse trabalho
Atividade física protege cognição durante o
envelhecimento. Quem afirma é a pesquisa da USP (Universidade de São Paulo),
que, além disso, também adiantou que a atividade física ajuda na capacidade
cardiorrespiratória, promove o fortalecimento muscular e previne doenças associadas
ao sedentarismo.
MÉTODO APLICADO
Sendo assim, 45 voluntários foram divididos pelos
grupos sedentários e ativos, compostos por 38 mulheres e sete homens. Dessa
maneira, as pessoas foram recrutadas em UBS’S (Unidades Básicas de Saúde), do
Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. Entre os critérios estabelecidos pela
pesquisa, foi de que ambos não poderiam ter participado nos últimos seis meses
de nenhum programa de atividade física.
Detalhe que tanto no de ativos quanto no de
sedentários algumas pessoas tinham diabetes eram hipertensas, fumantes ou com
glicemia elevada. Além disso, para comparar o volume das áreas e estruturas
cerebrais, os pesquisadores utilizaram um acelerômetro. Dispositivo fixado à
cintura dos voluntários, que registrava os níveis de atividade física
realizados durante sete dias por no mínimo dez horas diárias.
Os participantes foram divididos em dois grupos: um
ativo, com 25 pessoas. Que durante suas rotinas diárias na semana acumulavam
igual ou mais de 150 minutos de tempo de prática de atividade física. E outro
sedentário, com 20 pessoas, que acumularam menos de 150 minutos de atividade
física semanal.
Os voluntários foram submetidos a exames de
ressonância magnética dos cérebros para obter imagens 3D de alta resolução das
áreas. Além de estruturas avaliadas após uma semana. Os resultados apurados
mostraram que os idosos que estavam no grupo de ativos apresentaram volume
maiores em 39 áreas. E nove estruturas cerebrais quando comparados aos
sedentários.
As áreas que mostraram maior volume foram: encéfalo
total (7%), lobo frontal (8%), lobo temporal (10%), lobo parietal (9%), lobo
occipital (9,5%) e substância cinzenta cortical (9%). As estruturas com maior
diferença percentual foram o cortex entorrinal (12,5%), parahipocampo (16%),
hipocampo (8%) e lingual (10%).
RESULTADOS DAS ATIVIDADES FÍSICAS
“Os resultados da pesquisa da USP sugerem que o tempo
de prática de atividade física seja uma ferramenta importante para mitigar o
declínio do volume cerebral e para preservar a cognição durante o processo de
envelhecimento, relatou o orientador da pesquisa e professor do Laboratório de
Adaptação ao Treinamento de Força, da Escola de Educação Física e Esporte
(EEFE) da USP, Carlos Ugrinowitsch, para o Jornal da USP.
Sendo assim, o estudo trata de explicar que o
exercício físico regular aumenta o fluxo sanguíneo para a cabeça. E estimula o
crescimento de novas células cerebrais e as conexões entre elas. Fatores que
resultam em cérebros mais eficientes, maleáveis e adaptáveis.
“Com auxílio de novas tecnologias e equipamentos mais
precisos – a ressonância magnética, por exemplo – foi possível mapear todas as
estruturas do encéfalo e verificar efeitos positivos generalizados da atividade
física na preservação do volume de mais de 30 estruturas cerebrais”, completou
Carlos.
VISIBILIDADE E LIMITAÇÕES
Esse trabalho consta no artigo Objective physical activity
accumulation and brain volume in older adults: An MRI and whole brain volume
study publicado na The Journals Gerontology em julho de 2022.
Há o acréscimo de limitações do estudo, como o número
modesto de idosos avaliados e a inexistência de coleta de informações
relacionadas a fatores sociais, ambientais, culturais e comportamentais que
influenciam ações e experiências individuais.
Fonte: https://sportlife.com.br/atividade-fisica-protege-cognicao-durante-o-envelhecimento-diz-estudo/
- Jornal da USP - By Redação - Shutterstock
Então eles clamaram ao Senhor em sua angústia, e ele
os salvou de sua angústia. Ele enviou sua palavra e os curou; ele os resgatou
da sepultura. Que eles deem graças ao Senhor por seu amor infalível e suas
obras maravilhosas para a humanidade. (Salmos 107: 19-21)