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segunda-feira, 25 de março de 2019

Glaucoma, até em estágio inicial, aumentaria risco de acidentes de carro


Pessoas com essa doença têm maior dificuldade em distinguir objetos, mesmo em quadros iniciais – e principalmente quando o celular entra na história

O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo – ela acomete 1 milhão de pessoas só no Brasil. Apesar de relativamente comum, a doença é silenciosa: quando dá sinais claros, já está em estágio avançado. Antes disso, porém, o indivíduo já possui perdas imperceptíveis na visão periférica, que podem prejudicar a capacidade de dirigir.

Dois novos estudos trazem evidências de que o comprometimento visual dos estágios iniciais do glaucoma aumenta o risco de acidentes. O primeiro deles, conduzido por pesquisadores do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, mostra que portadores da enfermidade teriam dificuldades adicionais em distinguir objetos muito próximos.

Os 26 participantes – metade com glaucoma e metade sem – tinham que diferenciar a posição de um objeto em um monitor quando apresentado com outros itens ao redor. Os cientistas então analisaram as respostas e outros parâmetros, como exames que medem a sensibilidade e a espessura do nervo óptico, que transmite as imagens ao cérebro.

Nos acometidos pelo glaucoma, o efeito chamado de crowding, quando as imagens se misturam, foi bem mais pronunciado.

 “E notamos isso até nos estágios iniciais da doença, o que pode comprometer a realização de tarefas do dia a dia, como dirigir”, explica a oftalmologista Nara Ogata, uma das autoras do trabalho. “Quando a pessoa com a condição pega no volante, os objetos podem aparecer mais embaralhados: a placa em cima da árvore, outros carros, e por aí vai”, comenta.

Tempo de resposta também é abalado
Outro estudo, conduzido pela mesma equipe e com publicação prevista para abril no periódico científico Jama Network, colocou os pacientes com glaucoma em um simulador de direção de alta fidelidade. O objetivo era verificar a performance deles no volante com a presença de um elemento distrativo e popular, o celular.

A tarefa consistia em seguir na faixa correta em uma estrada sinuosa, enquanto o tempo de reação a estímulos visuais periféricos era analisado sem e com o uso do telefone. No segundo caso, os participantes deveriam ouvir frases emitidas pelo aparelho e relembrar a última palavra de cada sentença.

No final, a reação dos voluntários com glaucoma a objetos que surgiam na pista virtual ou outras intercorrências na paisagem foi significativamente mais lenta do que no grupo sem a doença. Pior: quando estavam com o telefone, as vítimas desse problema de visão tiveram um desempenho ao volante duas vezes pior.

“Notamos que não só a perda de visão periférica é afetada, mas o tempo que leva para o indivíduo reagir e processar a imagem é maior”, aponta Nara. “Se algum objeto entrar na frente dele, ele pode demorar mais para frear”, exemplifica.

E o mais preocupante: 59% dos participantes declararam se sentir capazes de dirigir enquanto manuseavam o telefone.

O que fazer
Quem tem glaucoma não está proibido de dirigir, mas com certeza deve discutir o assunto com o médico. “É preciso fazer uma avaliação individual e verificar o estágio da doença antes de tomar qualquer decisão”, ensina Nara.

Caso a autorização para conduzir seja dada, fica o alerta de nunca utilizar o telefone ao volante. “Na presença do glaucoma, o campo de visão já está mais restrito. Ao dividirmos a atenção com o celular, dependemos ainda mais da visão periférica, que é justamente a prejudicada pela doença”, raciocina a oftalmologista.

O pior é que muita gente tem o problema e nem sabe. Estima-se que 80% dos portadores não apresentem sintomas.

Como os estudos mostraram, mesmo na etapa mais silenciosa, os danos ao nervo óptico podem atrapalhar a rotina. Mas como flagrar cedo esse transtorno oftalmológico? “O maior desafio é conscientizar a população sobre a importância dos exames de rotina. Quanto antes o glaucoma for detectado, mais fácil será o controle”, afirma Nara.

Mesmo que não tenha cura, a condição pode ser freada com medicamentos e outros tratamentos. Os testes que a diagnosticam são simples, feitos no próprio consultório do oftalmologista. Pessoas com pressão alta ou histórico de glaucoma na família precisam fazer esse rastreamento mais vezes.

Vale checar com o médico. A visão agradece.


segunda-feira, 31 de julho de 2017

10 coisas que você tem em casa e são mais perigosas do que você imagina

Na maioria das vezes, associamos a nossa casa com segurança. É onde nos retiramos do perigo e procuramos abrigo contra qualquer mal. No entanto, na realidade, nossa própria casa pode ser um lugar muito perigoso.

Todos os anos, inúmeras pessoas são feridas e várias morrem por causa de produtos que a maioria de nós usa com bastante frequência dentro dos nossos próprios lares. Apesar das medidas de segurança e manutenção regulares que podemos fazer, os lugares que todos chamamos de lar contêm muitos acidentes misteriosos que podem estar esperando para acontecer.

Enquanto a maioria de nós apenas olha os rótulos de advertência e ignora as dicas de segurança sobre produtos que pensamos que sabemos tudo a respeito, gastar um minuto extra para analisar e combater os riscos pode salvar sua vida. Você provavelmente possui a maioria desses itens fatais e provavelmente já os usou hoje.

Mas você sabia que eles poderiam matá-lo? Todos apagamos velas acesas antes de sairmos da casa e nunca deixamos o forno ligado. Mas essas coisas são aparentemente muito menos perigosas. A lista a seguir fornece um guia para itens domésticos comuns que podem ser surpreendentemente perigosos.

10. Alvejante
Os alvejantes, também conhecidos como água sanitária, podem ser muito perigosos. Consumir alvejantes ou mesmo inalá-los pode ser fatal.Quando misturado com outros produtos de limpeza como amônia e alguns ácidos, também podem resultar em efeitos mortais.
O principal ingrediente no alvejante é o hipoclorito de sódio. Quando misturado com amônia, esta substância libera gases tóxicos chamados cloraminas. Quando misturado com ácidos, o alvejante emite gás de cloro, o que pode prejudicar as mucosas, mesmo após exposição mínima, e pode até ser absorvido pela pele.
Enquanto as perigosas possibilidades de mistura da água sanitária podem ser uma surpresa, as pessoas sabem bem o poder do alvejante. Uma mulher de Chicago, nos EUA, foi acusada de assassinato em primeiro grau no início de 2017 depois que forçou seu namorado a ingerir alvejantes. Uma autópsia confirmou que a morte foi um resultado direto de “complicações da administração forçada de uma substância cáustica” e, portanto, determinou um homicídio.

9. Creme dental
Boa parte dos cremes dentais contêm fluoreto. Embora a gravidade dos efeitos varie conforme a quantidade ingerida, a agência reguladora dos EUA, a FDA, pede que as pessoas entrem em contato com um centro de controle de intoxicação se ingerirem apenas um pouco mais do que o usado para escovar os dentes. A “Fluoride Action Network” explica que a comunidade dentária “não conseguiu educar o público sobre os perigos de engolir demasiada pasta de dente com flúor”.
Chocantemente, a maioria das pastas de dente sugere usar apenas uma quantidade do tamanho de uma ervilha. No entanto, os anúncios publicitários representam porções muito maiores, o que pode ser perigoso. Isso pode ser especialmente prejudicial para as crianças, que talvez não avaliem com precisão a quantidade de pasta de dente necessária ou mesmo excessiva por causa de seus sabores artificiais.
O excesso de consumo de pasta de dente de flúor em crianças pode resultar em intoxicação aguda por flúor e até mesmo a morte. Outro grande fator de risco de pasta de dente é a fluorose dentária, que é um efeito colateral que ataca o esmalte dos dentes e pode resultar em reações graves.
A pasta de dentes, ironicamente destinada a nos manter higiênicos e saudáveis, pode ser mortal.

8. Lareiras
As acolhedoras lareiras que adornam as paredes de casas em todo o mundo, fornecendo calor e conforto, também podem produzir gases tóxicos. O monóxido de carbono é o problema aqui. Você corre um risco especial se a sua lareira não estiver bem ventilada ou estiver dormindo enquanto a lareira continua acesa. Claro, a intoxicação por monóxido de carbono também pode resultar de um forno que não está funcionando corretamente.
Este gás não pode ser visto, cheirado ou sentido, de modo que a intoxicação por monóxido de carbono aflige muitas casas por ano e muitas vezes resulta em fatalidades. A exposição ao monóxido de carbono pode resultar em dores de cabeça, tonturas e perda de consciência. A exposição prolongada pode resultar em danos cerebrais e morte, privando lentamente o corpo de oxigênio necessário.
Para manter a segurança e continuar usando sua lareira, é altamente recomendável que você instale um detector de monóxido de carbono em todas as áreas principais da sua casa, com foco especial nas áreas de dormir. Para casas de vários níveis, pelo menos um detector deve ser colocado em cada andar para garantir a máxima segurança.

7. Naftalina
Composto de naftaleno ou paradiclorobenzeno, as bolas de naftalina representam uma séria ameaça à segurança doméstica. Usada, entre outros fins, para combater a presença de traças nas roupas, a naftalina pode representar um risco grave em casa, principalmente para crianças pequenas.
O Departamento de Saúde Pública dos EUA explica que ambos os produtos químicos se tornam gases quando expostos ao oxigênio. Isso também causa um aroma distinto. Este gás não é apenas irritante tanto para os olhos como para os pulmões, mas é até mesmo suspeito de potencialmente causar câncer.

21 objetos que você acha que são limpos, mas na verdade são mais sujos que o seu vaso sanitário
Os bebês têm uma menor capacidade de limpar esses subprodutos de suas correntes sanguíneas. Como resultado, das aproximadamente 4.000 crianças expostas a bolas de naftalina a cada ano, 600 necessitam de atenção médica imediata. A icterícia, o amarelecimento da pele, é um sintoma chave que pode levar à falha de órgãos e até à morte.
As toxinas da naftalina podem ser ingeridas, inaladas e até mesmo absorvidas pela pele.

6. Secadora de roupas
A US Consumer Product Safety Commission, uma comissão de defesa do consumidor dos EUA, informa que mais de 15 mil incêndios começam a cada ano a partir de secadoras de roupas. Os restos coletados, como fiapos, podem se acumular no respiradouro da máquina e reduzir o fluxo de ar. Isso evita que os gases de escape da secadora sejam expelidos e faz com que eles iniciem um incêndio.
Suas roupas ainda ficam úmidas depois de um ciclo completo na secadora? Glen Mayfield, técnico de secagem, diz que este é o primeiro sinal de que o respiradouro do secador pode ser perigoso e levar a um incêndio.
Curiosamente, casas novas tendem a colocar as máquinas de lavagem e secagem em direção ao centro da casa, o que, obviamente, significa um respiradouro muito mais longo. Isso resulta em maior dificuldade na remoção de fiapos e torna essas casas mais suscetíveis ao fogo.

5. Tinta com chumbo
Estudos realizados pela Apromac (Associação de Proteção ao Meio Ambiente) e pela Toxisphera (Associação de Saúde Ambiental) em 2016 apontaram que as tintas existentes no mercado brasileiro continham 170 mil partes por milhão (PPM) de chumbo em 2009. Três anos depois, em 2012, esse número caiu para 59 mil PPM. Apesar da diminuição, o valor ainda é muito acima do máximo permitido pela lei brasileira, que estabelece 600 PPM nas tintas imobiliárias e de uso infantil.
As tintas à base de chumbo ainda estão presentes em milhões de casas no Brasil e no mundo. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA informa que o risco mais crítico ocorre quando a tinta de chumbo se deteriora.
Também pode ser um risco quando presente nas superfícies que as crianças usam ou mastiguem, como janelas, portas e escadas. Uma exposição extensa ao chumbo pode resultar na morte. É explicitamente recomendado que qualquer tinta à base de chumbo seja removida o mais rápido possível.

4. Cabos de extensão
Embora muito úteis, os cabos de extensão são muito mais perigosos do que a maioria das pessoas sabe. Usados em casa e no local de trabalho para transferir energia sempre que necessário, os cabos de extensão também são extremamente inflamáveis.
Acredite ou não, cerca de 3.300 incêndios domésticos ocorrem a cada ano nos EUA devido a extensões, matando cerca de 50 pessoas e ferindo cerca de 270. Além disso, 4 mil ferimentos associados a cabos de extensão são tratados nas salas de emergência.
Ainda mais interessante, metade dessas lesões são fraturas, entorses ou lacerações. Os cabos de extensão devem ser usados ​​apenas para necessidades temporárias e não devem sobreaquecer de forma alguma.

3. Lustra móveis
O polimento de móveis pode fazer o seu mobiliário parecer novo e dar à sua casa uma nova cara, mas também podem causar uma visita indesejada à sala de emergência. Embora seja um item comum encontrado sob a pia da cozinha em casas em todo o mundo, os lustra móveis possuem uma composição extremamente tóxica.
Os hidrocarbonetos dentro dos lustra móveis líquidos podem envenenar o corpo quando engolidos ou até inalados.
O composto apresenta numerosos riscos para várias partes do corpo. Se atingir seus olhos, pode causar perda de visão. Se inalado, pode causar sérios danos nos pulmões. Se você tiver contato com a pele, pode causar irritação severa. É bom tomar bastante cuidado, principalmente se crianças estão presentes.

2. Panelas antiaderentes
As panelas antiaderentes são um componente vital de qualquer cozinha, de chefs de restaurantes a cozinheiros caseiros. Em 2006, 90% de todas as panelas de alumínio vendidas eram “antiaderentes”, muitas vezes revestidas com uma substância chamada Teflon.
Esta porcentagem continuou a aumentar, mas também o ceticismo de especialistas que relatam emissões químicas perigosas. Robert L. Wolke, da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, indica que as panelas antiaderentes são seguras, desde que não sejam superaquecidas.
Quando o utensílio atinge uma temperatura inadequada, o revestimento começa a deteriorar-se a um nível molecular invisível e gases tóxicos podem ser liberados. Isso é particularmente alarmante considerando o quão comum é esquecer algo no fogão.
À medida que mais pesquisas continuam a afirmar essa preocupação, é cada vez mais importante que a cozinha seja sempre monitorada. Caso contrário, utensílios antiaderentes podem representar riscos fatais para os usuários.

1. Lavadoras de alta pressão
Valorizadas por sua praticidade e eficácia, as lavadoras de alta pressão são cada vez mais comuns. Essas máquinas usam um motor a gás ou um motor elétrico e consequentemente aumentam a intensidade da mangueira média em 30 a 80 vezes.
Uma mangueira de jardim básica oferece pressão de água em aproximadamente 50 libras por polegada quadrada, enquanto que as lavadoras de alta pressão podem produzir 80 vezes esse poder, entre 1.500 a 4.000 libras por polegada quadrada.
Quando o fluxo poderoso é orientado incorretamente, a água tem força suficiente para danificar a pele em um instante. “O perigo extremo com as lavadoras de alta pressão é que mesmo com o que parece uma ruptura de pele muito mínima, o fluido pode entrar no tecido, se espalhar e causar infecção bacteriana”, alerta o médico americano Howard Mell.
Isso pode ser mortal. Além disso, a concentração prolongada da corrente pressurizada para o corpo humano pode causar danos aos órgãos e potencialmente a morte. Estima-se que mais de 6.000 pessoas foram à sala de emergência nos EUA em 2014 com lesões relacionadas à lavagem à pressão. [Listverse]


Fonte: http://hypescience.com/itens-casa-perigosos/  - POR: JÉSSICA MAES

sábado, 2 de julho de 2016

10 mitos sobre primeiros socorros de crianças

Saiba quais cuidados devem ser tomados quando as crianças se envolvem em acidentes

Ter noções de primeiros socorros pode fazer toda diferença na hora de lidar com algum acidente envolvendo os filhos. No entanto, ainda hoje, muitos mitos e crendices são difundidos, como passar pó de café em queimadura ou não deixar a língua da criança enrolar quando ela estiver convulsionando. Para auxiliar os pais a lidar com essas situações, o UOL conversou com especialistas na área para derrubar dez mitos sobre o tema.

Quando a criança engasga, é preciso sacudi-la e fazê-la olhar para cima
O engasgo certamente é o que mais preocupa os pais de crianças pequenas. No entanto, eles devem ter em mente que, muitas vezes, a criança engasga mamando ou comendo e desengasga sozinha. Caso ela tenha engasgado por ter ingerido algum corpo estranho, deve-se pedir a ela que levante a cabeça e olhe para cima. Sacudi-la pode piorar a situação, já que o corpo estranho pode descer ainda mais causando obstrução das vias aéreas. Se a criança tiver menos de um ano, a recomendação é virar o bebê de bruços em cima do braço e, com uma mão, sustentar a cabeça e o corpo da criança. Dê tapinhas nas costas até que o corpo estranho seja eliminado. Caso a criança seja mais velha, os pais devem aplicar a manobra de Heimlich. Abraçar o filho pelas costas, na altura do peito, e fazer compressão com a mão para dentro e para cima ao mesmo tempo, até que o corpo estranho seja expelido.

É preciso jogar água para despertar a criança desmaiada
O desmaio não é uma coisa comum em crianças pequenas, portanto, é importante descobrir o que causou essa indisposição, se foi porque ela não se alimentou e foi praticar esporte, por exemplo. Primeiro, os pais devem ter certeza de que o batimento cardíaco e a respiração da criança estão preservados. Se o peito estiver movimentando, mas a criança tiver caído bruscamente quando perdeu a consciência, ela pode ficar com traumatismo na coluna. Portanto, o ideal é não mexer nela, acionar um serviço de emergência e ficar ao lado dela, esperando que ela desperte. Ainda que o desmaio assuste, não há necessidade de jogar água no rosto ou qualquer outra coisa do tipo, pois a criança vai se recuperar. No entanto, se a criança não estiver respirando, ela pode ter tido uma parada cardiorrespiratória. Nesses casos, os pais devem fazer manobras de ressuscitação. Nos bebês, é preciso comprimir o tórax, logo abaixo da linha dos mamilos, usando dois ou três dedos para fazer as compressões. Já nas crianças, a compressão é feita sobre o osso esterno, no centro do peito. Ponha a parte mais dura da palma sobre esse osso e depois coloque a outra mão em cima da primeira. Com os cotovelos esticados, pressione firme para baixo, afundando o peito da criança, e deixe-o voltar à posição inicial, para repetir o movimento.

Se a criança se cortar, jogue açúcar ou pó de café no local do sangramento
A palavra-chave para conter os sangramentos é fazer pressão no local do corte. A primeira recomendação é limpar a região com água corrente, pegar uma gaze ou um pano limpo e comprimir com força até parar de sangrar. Se mesmo com a compressão, o sangramento continuar intenso, pode haver alguma lesão arterial, portanto, mantenha a pressão e vá ao hospital. Caso o corte tenha sido provocado por um caco de vidro grande ou uma faca, por exemplo, a recomendação é não retirar o corpo estranho e ir direto para o pronto-socorro. Se o corte for muito profundo, ao tirar o objeto, pode-se piorar a lesão. Os especialistas também não recomendam fazer torniquete (que é amarrar uma faixa para interromper a circulação sanguínea até a área ferida).

Se a criança se intoxicar, basta forçar vômito ou dar leite
A primeira coisa que os pais devem fazer é ligar para o Centro de Controle de Intoxicações (cada cidade tem o seu) de sua região para informar o que a criança ingeriu e qual foi a quantidade, pois eles passam, por telefone, uma recomendação do que deve ser tomado. Caso os pais não saibam o que a criança ingeriu, eles não devem induzir vômito ou dar leite, pois, dependendo da substância, essa ação irá corroer o trato digestivo. Os pais que preferirem levar a criança direto a um hospital devem sempre levar a substância que foi ingerida pela criança para os profissionais.

Após a criança bater com a cabeça, ela não pode dormir
Em geral, o crânio é um capacete natural que protege o cérebro. Quando a criança bate com a cabeça, os pais devem buscar um hospital para checar se há algum sangramento interno, quando a criança está vomitando ou tem dores de cabeça persistentes. Essa questão de não deixar dormir é controversa. O importante é avaliar a criança nas primeiras oito horas após a queda. Se o filho estiver esquisito, andando estranho, avoado, não falando coisa com coisa e mais pálido do que o habitual, esses podem ser sinais de que a criança está com algum problema. No entanto, caso ele não apresente nenhum desses sintomas, ele pode dormir normalmente.

Se a criança sofrer uma fratura, tente colocar o osso no lugar
Caso a criança sofra um acidente e tenha uma fratura, os pais devem fazer o máximo para deixar a região imobilizada e jamais tentar colocar o osso no lugar, pois essa ação pode lesar vasos e nervos da região. Os especialistas recomendam dar um analgésico para alívio da dor e levar a criança para o hospital. Para transportar a criança com segurança, é preciso colocar o membro sobre uma superfície rígida, imobilizado, para que ele mexa o menos possível durante o trajeto até o pronto-socorro.

Quando a criança está convulsionando, não pode deixar a língua enrolar
A convulsão clássica --quando a criança perde o sentido, cai no chão com tremores e olhar fixo, fica com o lábio arroxeado e solta baba-- assusta muito os pais. No entanto, eles nada podem fazer até que a convulsão acabe. Durante a crise, é importante proteger a criança, evitar que a cabeça dela fique batendo. Caso ela morda a língua ou o lábio, não tente impedi-la, pois isso deve ser cuidado posteriormente. Os pais não devem tentar enfiar nada na boca da criança. Após o término da convulsão, leve-a para o pronto-socorro mais próximo --de preferência, já ligue para o local avisando que chegará com o filho. No hospital, o médico poderá fazer os exames necessários para descobrir a causa da convulsão.

Se a criança tiver um membro amputado, não tem como reimplantá-lo
Caso aconteça um acidente que ampute algum membro da criança, é importante agir rapidamente para que os médicos possam reimplantá-lo. Lave bem rápido a parte amputada em água corrente e enrole-a em um pano limpo ou em uma gaze. Posteriormente, coloque-a em um saco com identificação e depois acomode-a dentro de um segundo saco ou de um isopor com gelo, para levar para o hospital. O membro nunca deve ser colocado diretamente no gelo, pois este provoca queimadura na região, impedindo a reimplantação.

Se a criança teve uma queimadura, basta colocar café ou pasta de dente
Se ela se queimou com água ou óleo fervendo, os pais devem jogar água sobre a área imediatamente. Como a pele está muito aquecida, a água interrompe esse processo, baixando a temperatura da pele e diminuindo a extensão do ferimento. Essa ação também irá aliviar a dor que a criança está sentindo. A recomendação é não passar nenhuma substância (pomada, café, pasta de dente ou qualquer outro creme), pois ela pode contaminar a área. Se a queimadura for oriunda de um produto químico em pó, tente varrer o produto e não jogue água, pois, às vezes, ela pode reagir com a substância química. Por fim, se houver bolhas, não rompa, pois é a proteção natural da área queimada. Esse procedimento deve ser feito apenas dentro do hospital por um médico ou enfermeiro para diminuir os riscos de contaminação.

Se o dente permanente caiu, não tem como reimplantá-lo
Caso um dente permanente da criança caia por conta de algum acidente, os pais podem preservá-lo para que o dentista reimplante posteriormente. Para isso, é preciso lavar o dente com água limpa corrente o mais rápido possível e conservá-lo em algum recipiente com soro fisiológico. Caso os pais não estejam em casa, basta colocar o dente em um pote com leite e ir o mais rápido possível para uma clínica de odontologia com plantão.


sábado, 26 de abril de 2014

5 dicas para prevenir acidentes domésticos

Os índices de acidentes domésticos são bem altos, porém, são problemas que podem ser evitados. Conheça 5 dicas para não se machucar dentro de casa

Cada vez mais as pessoas se machucam dentro de casa e os cuidados a serem tomados para evitar escorregões, por exemplo, são simples. Confira cinco dicas:

1. Bagunça: evitar deixar coisas no caminho é o primeiro passo para conter as quedas. Fios, brinquedos, jornais ou caixas são motivo de tombos em qualquer idade.

2. Decoração: realoque plantas e móveis que atrapalham a passagem.

3. Tapetes: eles devem ser retirados das áreas de circulação. Providencie material antiderrapante, ou prenda com fita dupla nos remanescentes. Isso evita que escorreguem.

4. Escadas: corrimão dos dois lados e adesivos antiderrapantes em todos os degraus são imprescindíveis.

5. Banheiro: tapete antiderrapante e assento na área do chuveiro, no vaso sanitário, além de barras de apoio nesses locais são necessários. Em caso de cansaço, fraqueza ou mal súbito, haverá um apoio para o usuário.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/familia/veja-como-evitar-acidentes-domesticos/2284/ - Texto: Letícia Ronche / Adaptação: Clara Ribeiro - Foto: Shutterstock

sábado, 29 de janeiro de 2011

Como evitar acidentes domésticos com as crianças


Acidentes na Infância: Saiba Como Evitar


Os acidentes na infância, principalmente os domésticos, são muito comuns e merecem uma atenção especial dos pais que devem saber como proceder nos momentos de dificuldades. Mais de 90% dos casos entre choques, quedas, asfixias frequentes entre 0 e 6 anos poderiam se evitados.

Queimaduras

Entre 0 e 1 ano é comum a queimadura com mamadeira, água de banho, e pelo sol. Para evitar basta colocar uma gotinha do leite no dorso da mão, experimentar a água do banho usando o cotovelo e expor a criança ao sol somente antes das 10 horas e após as 15 horas. Em caso de queimaduras, os primeiros socorros são lavar o local com água e sabão e encaminhá-la ao médico.

Entre 1 e 6 anos são comuns acidentes com panelas. As crianças costumam puxar as panelas do fogão. Para evitar basta não deixar as panelas com os cabos voltados para fora. Também é importante manter longe do alcance das crianças torradeiras, cafeteiras, ferros elétricos, fósforos e isqueiros.

Intoxicação

É comum a criança ingerir plantas venenosas, produtos de limpeza e medicamentos, desde que estejam ao seu alcance. A primeira providência caso isto ocorra é ligar para um médico com a embalagem do produto nas mãos. Caso não o encontre, leve a criança ao hospital com a embalagem nas mãos.

Quedas

Nas crianças pequenas, a queda é comum de um trocador, sofá, banco de carro e cama. Para prevenir coloque a criança em locais adequados, berço e cercadinho, evitando expô-la ao perigo. Entre 1 e 6 anos as quedas ocorrem das janelas, escadas, muros e playgrounds. Para evitar coloque grades nas janelas e portões nas escadas. Além disso, redobre a atenção em locais de brincadeira.

Asfixia

Existe uma grande probabilidade de acontecer este tipo de problema com crianças entre 0 e 1 ano de idade. Normalmente isto acontece com cordões, sacos plásticos, fios, madeira, colchão e cobertor. O importante é manter estes objetos longe da criança, nunca deixá-la mamando sozinha e não use cordões no pescoço para prender a chupeta. Evite colocar a criança na mesma cama para dormir com os pais.

Choque Elétrico

A partir dos 6 meses até 6 anos, a criança desloca-se pela casa com curiosidade. As tomadas são um alvo fácil, e também os fios. A prevenção de possíveis choques pode ser feita com um protetor especial para as tomadas e escondendo-se os fios. Mas caso o choque aconteça, desligue a chave geral, solte a criança do que está segurando e leve-a ao médico.

Afogamento

Até 1 ano de idade é importante não deixar a criança sozinha no banho, em piscina ou em área de serviço onde há baldes de água. Quando a criança começa a crescer o problema aumenta pois continua a atração pela água. Evite deixar a criança sozinha em piscinas, tranque a porta do banheiro e da área de serviço e em áreas de lazer como lagos e praia, leve sempre um objeto flutuante e não a deixe fora do alcance. As bóias devem suportar o peso da criança com facilidade.

Engolir objetos

De 0 a 1 ano crianças levam tudo à boca, como peças de brinquedos, botões, bicos de chupetas e outros. Para evitar que as crianças engulam objetos, procure brinquedos grandes, resistentes sem pontas finas e salientes. Evite roupas com botões e teste sempre as chupetas, paras verificar se não se soltam.

Quando a criança começar a crescer o problema passa a ser chicletes, pipocas, balas, caroços, pirulitos e moedas. Para evitar é só guardar as guloseimas longe do alcance e trancadas, e manter as moedas fora de circulação.

Alerta

Estes são apenas alguns exemplos entre os vários acidentes que podem acontecer com crianças. A palavra de ordem é manter uma atenção redobrada e, no caso de acontecer algum acidente, além do socorro imediato, procure sempre um hospital ou centro de saúde.

Fonte: Revista Boa Saúde