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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

11 hábitos que aumentam a gordura abdominal


Entenda como o estilo de vida pode influenciar a aparência do abdômen e a saúde do corpo

 

A gordura abdominal é um problema comum que afeta a saúde e a autoestima de homens e mulheres em todo o mundo. Ela se acumula na região da barriga, formando uma camada de gordura em torno dos órgãos internos, conhecida como gordura visceral, que está associada a uma série de problemas de saúde.

 

Conforme a Organização Mundial da Saúde, a medida da circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres, por exemplo, indica risco de doenças ligadas ao coração. "Acima desse valor existe um risco de desenvolvimento de complicações metabólicas (doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, colesterol alto, gordura no fígado etc.). Acima de 88 cm para mulheres e 102 cm para homens, o risco está muito aumentado", acrescenta a nutricionista Karen Oliveira.

 

A seguir, confira hábitos que contribuem para aumentar a gordura abdominal.

 

1. Dieta rica em calorias vazias

Consumir alimentos ricos em calorias sem valor nutricional, como refrigerantes, salgadinhos e doces, pode levar ao ganho de gordura na área abdominal. Esses alimentos fornecem poucos nutrientes essenciais, mas muitas calorias.

 

"O erro alimentar mais comum é achar que está comendo bem e, na verdade, aquele produto alimentício não contém nutrientes necessários e importantes para o organismo", alerta a nutricionista Regina Moraes Teixeira. 

 

2. Alto consumo de açúcares refinados

Alimentos com alto teor de açúcares refinados, como bolos, biscoitos e doces, são rapidamente digeridos, levando a picos de açúcar no sangue e subsequentes quedas, o que pode estimular o acúmulo de gordura abdominal.

 

3. Excesso de gordura saturada

Uma dieta rica em gordura saturada, encontrada em carnes gordurosas, laticínios integrais e alimentos fritos, pode contribuir para o ganho de gordura abdominal.

 

4. Consumo excessivo de álcool

O álcool é rico em calorias e, quando consumido em excesso, pode levar ao aumento da gordura na região abdominal. Além disso, também pode fazer com que o organismo retenha mais líquidos. "Como resultado, ficamos mais inchados e a pressão sobre as veias e artérias aumenta, o que pode contribuir para o surgimento de problemas vasculares como varizes e trombose", destaca a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

 

5. Consumo de alimentos processados

Alimentos altamente processados, muitas vezes carregados com gorduras trans, açúcares e aditivos, são conhecidos por contribuir para o ganho de barriga. "Doces concentrados, frituras, carnes com gordura aparente, creme de leite e chantili são alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados", diz a nutricionista Kelly Balieiro.

 

6. Inatividade física

A falta de exercício físico regular não apenas diminui a taxa metabólica, mas também reduz a queima de calorias, o que pode resultar no acúmulo de gordura na região abdominal. "Nosso corpo é uma máquina perfeita e programada para sobreviver. Desta forma, tudo o que comemos e que não será utilizado pelo organismo, é armazenado em forma de gordura, nossa reserva de energia […]", ressalta Kelly Balieiro. 

 

7. Má qualidade do sono

A insônia, por exemplo, aumenta a adrenalina e o cortisol, o que também faz o estresse crescer. "Além disso, aumenta os hormônios que são responsáveis por estimular o centro da fome, gerando compulsão alimentar que acarreta maior acúmulo de gordura e sobrepeso", diz a endocrinologista Dra. Deborah Beranger.

 

8. Comer assistindo à televisão

Segundo a nutricionista Nádia Neves, enquanto come e assiste à  TV, você não presta atenção no que está ingerindo e na quantidade, podendo extrapolar e comer além do que deveria. Se isso é um hábito de todos os dias, poderá ganhar uns quilinhos a mais.

 

9. Comer tomando líquido

É importante evitar ingerir líquidos durante as refeições. De acordo com Kelly Balieiro, existem dois motivos para essa sugestão. "O primeiro é que o excesso de líquidos junto aos alimentos prejudica a ação do suco gástrico no processo de digestão dos alimentos. O segundo motivo é que nosso estômago é um músculo e quanto maior a quantidade de líquidos/alimentos em seu interior, maior será o seu tamanho e necessidade de alimentos para que o indivíduo se sinta saciado", esclarece. 

 

10. Falta de fibras na dieta

As fibras são componentes vegetais encontrados em alimentos como frutas, legumes, cereais integrais, feijões e sementes, e possuem um papel essencial no controle do peso corporal. Quando a dieta é pobre em fibras, o organismo sente menos saciedade após as refeições, já que elas retardam o esvaziamento gástrico. Assim, há uma tendência maior de comer mais, aumentando a ingestão calórica diária.

 

11. Dietas ricas em carboidratos refinados

Uma dieta rica em carboidratos refinados, como pão branco, arroz branco, massas, bolos, doces e alimentos industrializados, pode ser uma das principais causas do acúmulo de gordura abdominal. Isso ocorre porque esses alimentos têm alto índice glicêmico, o que significa que eles são rapidamente digeridos e absorvidos pelo organismo, causando picos de glicose no sangue.

 

Quando há um aumento súbito nos níveis de glicose, o corpo libera grandes quantidades de insulina, um hormônio responsável por regular o açúcar no sangue. O problema é que a insulina também desempenha um papel importante no armazenamento de gordura.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/autocuidado/11-habitos-que-aumentam-a-gordura-abdominal,822795fc41c2d3cab8c35828cfe1a60evfua0pyn.html?utm_source=clipboard - Foto: ViDI Studio | Shutterstock / Portal EdiCase

 

Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.

1 Pedro 5:7

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Não devemos separar a saúde da boca da saúde do corpo


Campanha nacional visa quebrar distinção entre boca e corpo para criar um ambiente que cuide da saúde de maneira mais integral

“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.” Esse é o conceito adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1948. Mais que uma definição, ele simboliza um compromisso, um horizonte a ser alcançado.

Saúde não é uma situação estável: uma vez obtida, precisa de ação contínua para ser mantida e depende não somente do indivíduo, mas também de um contexto externo, muitas vezes não controlável, de questões culturais e conhecimento dos limites do corpo e da mente.

Pensando nesse bem-estar, o corpo deve ser considerado como um todo, um sistema que funciona integralmente, engrenado e em harmonia interna e externa. Precisamos, portanto, pensar a saúde de forma sistêmica. E aqui chegamos ao nosso grande mote: por que tão frequentemente a saúde bucal é separada da saúde do corpo?

A saúde bucal é parte integrante e inseparável do estado geral de uma pessoa. No contexto de busca do bem-estar, existem inúmeras especialidades médicas e odontológicas que atendem a diferentes necessidades, e a procura por um profissional adequado nem sempre é fácil.

O próprio modelo de ensino pode causar incerteza e falta de conhecimento para o alcance de uma saúde plena. Odontologia e medicina são cursos ministrados de diferentes formas em diversos locais do mundo. Em alguns países, por exemplo, é o mesmo curso de graduação; em outros, são cursos completamente separados que, ainda, ocasionam disputa entre profissionais no mercado de trabalho. E essa realidade afeta o paciente.

Há mais de cem anos a associação entre doença bucal e doença sistêmica é debatida, sendo que muitos estudos foram realizados para comprovar essa relação. Mas, para balizar tudo isso, é preciso investir em uma formação acadêmica que faça os estudantes de odontologia e medicina focarem num olhar integral às necessidades do paciente.

Uma dose extra de qualidade de vida para o seu ano novo.
O corpo tem algumas principais estruturas de contato com o mundo, sendo que a boca se expande para além dos sentidos. É responsável por muito mais: o primeiro choro, a amamentação, a nutrição, a respiração, a criação de vínculos, a fala e a comunicação, a socialização, o primeiro beijo, a autoestima, os sorrisos… Além disso, da boca e de suas atividades depende uma quantidade considerável de órgãos, como coração, estômago, intestino, pulmões…

Foi esse cenário de dicotomia entre saúde bucal e saúde do corpo que inspirou a Sorrir Muda Tudo, maior campanha de valorização da odontologia já realizada no Brasil. Um projeto que visa criar o hábito de prevenção, incentivando a visita regular ao cirurgião-dentista, e abrangendo todo o ciclo de cuidados: indústria da saúde, cirurgiões-dentistas, associações e pacientes.

Essa parceria da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) com entidades e indústrias do setor promete atingir muitas pessoas, desdobrando-se, inclusive, em benefícios para todo o sistema de saúde brasileiro. Afinal, um sorriso tem o poder de transformar muitas histórias.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/com-a-palavra/nao-devemos-separar-a-saude-da-boca-da-saude-do-corpo/ - Por Regiane Marton, cirurgiã-dentista - Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital